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    Sob os escombros da dor e da desilusão: a melancolia em Mrs. Dalloway, de Virgínia Woolf

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    From dissatisfaction and suffering, elementary structures of human existence are broken. Since we are individuals tangled by loss, we are surrounded by memories and reverie that often do not abandon us. When we deny the abandonment of those whom we considered to be ours and who somehow are gone, we are shipwrecked in a deluge of finitude, in which we find a gloominess of our own selves, neglecting ourselves and revealing a fragility of the soul, then relapsing into melancholy. The psychic processes that rely on this sphere are experienced from archaic rudiments, from which are relocated to posteriori, in the confrontation with the Other. With the contribution of Sigmund Freud’s theoretical framework, Michelle Perrot, Jean Bellemin-Noël, Julia Kristeva, among others, we intend to analyze, from a discursive-psychoanalytical perspective, the melancholic entanglements that permeate and constitute the character Clarissa, heroine of Mrs. Dalloway, of Virginia Woolf. It is examined in Clarissa an intense sense of guilt, which devours her marked by a reality idealized in fantasy to guard the wounds left by the loss of her objects of love. Her efforts to achieve what she lacks are surrounded by the desire to gather moments in which are framed by a profusion of beings in an attempt to obtain a completeness in her incomplete Being. However, it entails dissatisfaction, anguish, and the taste of failure that it shatters her. Thereby, it relapses into a void that invades her own self. Recognizing herself in the non-existence, she glimpses in the end, liberation, getting in, in any way, in the voracity of the melancholic annihilation.Das insatisfações e sofrimentos rompem-se as estruturas elementares da existência humana. Por sermos indivíduos enlaçados pelas perdas, somos envoltos as memórias e devaneios que, muitas vezes, não nos abandonam. Quando enjeitamos o abandono daqueles que considerávamos como nossos e que, de alguma forma, se foram, naufragamos em um dilúvio de finitude, em que encontramos um lado sombrio de nós mesmos, nos negligenciando e revelando uma fragilidade da alma, recaindo assim, na melancolia. Os processos psíquicos que se amparam nessa esfera são vivenciados a partir de rudimentos arcaicos, dos quais são transferidos a posteriori, no confronto com o Outro. Com a contribuição do arcabouço teórico de Sigmund Freud, Michelle Perrot, Jean Bellemin-Noël, Julia Kristeva, dentre outros, pretendemos analisar, a partir de uma perspectiva discursivo-psicanalítica, os enlaçamentos melancólicos que permeiam e constituem a personagem Clarissa, heroína da obra Mrs. Dalloway, de Virgínia Woolf. Examinamos, em Clarissa, um intenso sentimento de culpa, do qual a devora, marcado por uma realidade idealizada na fantasia para resguardar as feridas deixadas pelas perdas de seus objetos de amor. Seus esforços em atingir o que lhe falta, são circundados pelo desejo em coligir momentos, nos quais sejam emoldurados por uma profusão de seres, na tentativa de lograr uma completude em seu incompleto Ser. Contudo, acarreta insatisfações, angústias e o sabor do fracasso, que assim, a esfacelam. Desse modo, recai, em um vazio que invade seu Eu. Reconhecendo-se na inexistência, vislumbra no fim, a libertação, adentrando, de toda forma, na voracidade do aniquilamento melancólico

    A crise entre o modo de produção capitalista e a finitude dos recursos naturais: a ascensão de um novo modelo ético como alicerce de um estado ambiental de direito

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    A alta velocidade com que se desenvolve a sociedade no campo da tecnologia é contrária à garantia do mínimo existencial, desencadeando, assim, o processo de desequilíbrio ambiental, pois a contínua exploração desenfreada acarretará a falta de condições para a existência humana. Sendo necessário notar a enorme importância que a preservação da biodiversidade representa aos cidadãos. No que concerne à diversidade das espécies, a sua funcionalidade destaca-se no fornecimento de recursos para os seres humanos, além de representar o alcance das adaptações evolucionárias e ecológicas das espécies em determinados ambientes. Desta forma, o presente trabalho busca analisar a crise entre o modo de produção capitalista e a finitude dos recursos naturais trazendo a ascensão de um novo modelo ético como alicerce de um estado ambiental de direito
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