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Formação Inicial de Professores e o ensino da Literatura para a diversidade: Machado sem máscaras
Este artigo tem por principal objetivo discutir a formação inicial de professores de língua e literatura na perspectiva dos estudos sobre formação inicial de professores e o ensino de Língua Portuguesa. Para isso, tomamos a temática da diversidade como eixo condutor de nosso trabalho e trazemos o conceito de vozes e polifonia presentes nas obras do Círculo de Bakhtin (BAKHTIN: 1988; BRAIT: 2005; OLIVEIRA: 2004, 20). Apresentamos e analisaremos a experiência do PIBID-FAE/UFMG em duas escolas municipais de Belo Horizonte entre os anos de 2015 e 2016, recortando o ensino de apólogos, contos e um romance de Machado de Assis. O corpus é constituído por relatos escritos pela equipe de dez futuros professores que integram o programa
Interação, utopia e a construção de uma escola inclusiva
Neste artigo, retomamos o surgimento da instituição escolar no berço da sociedade capitalista ocidental e discutimos o lugar reservado às práticas de leitura e escrita na idealização de uma sociedade perfeita, a partir da discussão dos conceitos de utopia (MANNHEIM, 1976; RICOUER, 1989; BAKHTIN, 1988a, 1988b, 1997; SANTOS, 1995; OLIVEIRA, 2005), letramento (STREET, 2003; SIGNORINI, 1995a, 1995b; SOARES, 1998; COLLINS; BLOT, 2003). Nosso objetivo é revisitar esses conceitos, tendo em vista analisar interações entre professores e professores formadores que vivem mudanças implementadas pelo Programa Escola Plural, em andamento desde o ano de 1994, em Belo Horizonte. Dessa forma, explicitamos nosso entendimento de uma ética da interação na construção de uma escola inclusiva. Entendendo “inclusão na escola” como o conjunto de medidas que visam garantir educação a todos os cidadãos a quem esse direito foi historicamente negado ou denegado, recortamos falas e fragmentos de interações, ocorridas durante reuniões de formação. As análises revelam que nossos sujeitos ora reproduzem, ora resistem ao discurso liberal e ao “mundo lá fora”, como costumam se referir às relações sociais. Revelam, também, as relações estabelecidas entre a forma como os professores percebem o papel da escolarização na vida futura dos estudantes e como idealizam (ou não) a sociedade em meio a esse processo
Formação Inicial de Professores e o ensino da Literatura para a diversidade: Machado sem máscaras
Este artigo tem por principal objetivo discutir a formação inicial de professores de língua e literatura na perspectiva dos estudos sobre formação inicial de professores e o ensino de Língua Portuguesa. Para isso, tomamos a temática da diversidade como eixo condutor de nosso trabalho e trazemos o conceito de vozes e polifonia presentes nas obras do Círculo de Bakhtin (BAKHTIN: 1988; BRAIT: 2005; OLIVEIRA: 2004, 20). Apresentamos e analisaremos a experiência do PIBID-FAE/UFMG em duas escolas municipais de Belo Horizonte entre os anos de 2015 e 2016, recortando o ensino de apólogos, contos e um romance de Machado de Assis. O corpus é constituído por relatos escritos pela equipe de dez futuros professores que integram o programa
O mito da democracia racial brasileira no discurso de educadores da RME-Belo Horizonte: Silenciamentos e Ausências
This paper presents reflections on the myth of Brazilian racial democracy in the discourse of educators of the Belo Horizonte County Schools Network. The data presented were collected in audio with eight educators from two schools, through interviews elaborated through semi-structured questions, aiming to know and discuss the pedagogical practices in accordance with the guidelines of the laws 10.639 / 03 and 11.645 / 08. For this, we will discuss the myth of the Brazilian racial democracy, taking the reflections of FLORESTAN FERNANDES, 1966; Gomes, 2005, 2013; GUIMARÃES, 1999, 2002, 2005; MUNANGA, 1999 and, the definitions of implicit and explicit racism, addressed by ROSEMBERG AND SILVA, 2003. Also, the reflections of Critical Discourse Analysis as in VAN DIJK 2003; ORLANDI 2015; Silva and Oliveira 2016, among others. It was noted the lack of teacher education to attend the laws and the absence of practices focused on ethnic-racial education, allied to the discourse of Brazilian racial democracy. The myth of racial democracy is unveiled in the teachers' speech through the denial of racism as well as in the absence of pedagogical practices that question its reproduction in schools.Este artigo apresenta reflexões sobre o mito da democracia racial brasileira no discurso de educadores da Rede Municipal de Ensino de Belo Horizonte. Os dados aqui apresentados foram coletados em áudio com oito educadores de duas escolas, através de entrevistas elaboradas através de questões semiestruturadas, tendo em vista conhecer e discutir as práticas pedagógicas em consonância com as diretrizes das leis 10.639/03 e 11.645/08. Para isso, será discutido o mito da democracia racial brasileira, tomando as reflexões de Florestan Fernandes, (1966); Gomes (2005), 2013; Guimarães (1999, 2002, 2005); Munanga (1999) e as definições de racismo implícito e explícito, abordados por Rosemberg e Silva (2003). E as reflexões críticas da Análise do Discurso em Van Dijk 2003; Orlandi (2015); Silva e Oliveira (2016), dentre outros. Foi notada a carência de formação e a ausência de práticas voltadas para a educação étnico-racial, aliadas ao discurso da democracia racial brasileiro. Verifica-se que o mito da democracia racial se desvela, nas falas dos professores, através da negação do racismo assim como na ausência de práticas pedagógicas que questionem a sua reprodução na escola
INTERAÇÃO, UTOPIA E A CONSTRUÇÃO DE UMA ESCOLA INCLUSIVA
Neste artigo, retomamos o surgimento da instituição escolar no berço da sociedade capitalista ocidental e discutimos o lugar reservado às práticas de leitura e escrita na idealização de uma sociedade perfeita, a partir da discussão dos conceitos de utopia (MANNHEIM, 1976; RICOUER, 1989; BAKHTIN, 1988a, 1988b, 1997; SANTOS, 1995; OLIVEIRA, 2005), letramento (STREET, 2003; SIGNORINI, 1995a, 1995b; SOARES, 1998; COLLINS; BLOT, 2003). Nosso objetivo é revisitar esses conceitos, tendo em vista analisar interações entre professores e professores formadores que vivem mudanças implementadas pelo Programa Escola Plural, em andamento desde o ano de 1994, em Belo Horizonte. Dessa forma, explicitamos nosso entendimento de uma ética da interação na construção de uma escola inclusiva. Entendendo "inclusão na escola" como o conjunto de medidas que visam garantir educação a todos os cidadãos a quem esse direito foi historicamente negado ou denegado, recortamos falas e fragmentos de interações , ocorridas durante reuniões de formação. As análises revelam que nossos sujeitos ora reproduzem, ora resistem ao discurso liberal e ao "mundo lá fora", como costumam se referir às relações sociais. Revelam, também, as relações estabelecidas entre a forma como os professores percebem o papel da escolarização na vida futura dos estudantes e como idealizam (ou não) a sociedade em meio a esse processo
O professor e a pólis: debates discursivos em torno de uma política de inclusão
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Previous issue date: 28Esta tese discute os processos interativos entre professores e integrantes de uma das equipes pedagógicas do Departamento de Educação Regionalizado da Rede Municipal de Ensino de Belo Horizonte, durante reuniões nas escolas ao longo do ano 2000. Nosso principal objetivo foi analisar os debates em torno das propostas e ações inclusivas do Projeto Politico Pedagógico Escola Plural, apontando a relação entre o professor e a pólis a dimensão da cidade em que é discutida a sua construção política.Guiados pelas reflexões da Análise do Discurso e da Pedagogia Crítica, tomamos como base os conceitos de consenso e conflito, as relações espaço-temporais representadas na linguagem e as interligações entre letramento, utopia e escolarização para apontar como o senso de eu e de nós se mostraram nas falas de nossos sujeitos.Notamos que os momentos de conflito/consenso, provocados ora pelo papel institucional dos sujeitos ora pelas divergências ideológicas a respeito do projeto, fazem parte dos processos de reprodução mas também de transformação e resignificação de antigas crenças sobre o que seja formação continuada e sobre práticas educacionais excludentes e inclusivas. São, portanto, produtivos na medida em que garantem interações dialógicas.Notamos, ainda, que a Escola Plural inaugurou um tempo histórico híbrido pelas relações espaço-temporais que antecederam ao projeto e pelos discursos e ideais de uma Pedagogia Crítica Inclusiva. As ações inclusivas implementadas pelo projeto instauraram a discussão em torno da construção de uma sociedade inclusiva e estabeleceram o debate político em torno do papel social da escola e das práticas deletramento que nela ocorrem.Nosso dados nos levam a crer que a Educação Inclusiva é um processo em construção nas escolas municipais de Belo Horizonte.The dissertation discusses interactive processes between teachers and teacherseducators during weekly pedagogical meetings at municipal schools of Belo Horizonte.Our main aim was to analyze the debates around the proposals and inclusive actions ofthe Pedagogical Project Escola Plural, emphasizing the relation between the teacherand the polis the dimension of the city in which it is discussed its politicalconstruction.Influenced by the reflections of Discourse Analysis and Critical Pedagogy, westarted with the concepts of conflict and consensus, chronotope and the relationsbetween literacy, utopia and schooling to emphasize how the understanding of selfand of ourselves were shown through the teachers speeches.We noticed that the moments of conflict/consensus, caused sometimes by theirinstitutional role and sometimes by ideological divergences, are constitutive part of theprocess of reproduction but also of reevaluation and re-signification of their beliefsabout teacher continuing formation and about school and social justice. These momentsare, therefore, productive because they are the ground of dialogical interactions.We also noticed that the Escola Plural started a historical time hybrid of thespace-time relations that preceded the project as well as of the discourses and ideals ofan Inclusive Critical Pedagogy. The inclusive actions implemented by the projectestablished the discussions around the construction of an inclusive society and openedthe doors for a political debate around literacy practices and around the social role ofschooling.Our data make us believe that an Inclusive Education is an on-going process atthe municipal schools of Belo Horizonte
Interação, utopia e a construção de uma escola inclusiva
Neste artigo, retomamos o surgimento da instituição escolar no berço da sociedade capitalista ocidental e discutimos o lugar reservado às práticas de leitura e escrita na idealização de uma sociedade perfeita, a partir da discussão dos conceitos de utopia (MANNHEIM, 1976; RICOUER, 1989; BAKHTIN, 1988a, 1988b, 1997; SANTOS, 1995; OLIVEIRA, 2005), letramento (STREET, 2003; SIGNORINI, 1995a, 1995b; SOARES, 1998; COLLINS; BLOT, 2003). Nosso objetivo é revisitar esses conceitos, tendo em vista analisar interações entre professores e professores formadores que vivem mudanças implementadas pelo Programa Escola Plural, em andamento desde o ano de 1994, em Belo Horizonte. Dessa forma, explicitamos nosso entendimento de uma ética da interação na construção de uma escola inclusiva. Entendendo “inclusão na escola” como o conjunto de medidas que visam garantir educação a todos os cidadãos a quem esse direito foi historicamente negado ou denegado, recortamos falas e fragmentos de interações, ocorridas durante reuniões de formação. As análises revelam que nossos sujeitos ora reproduzem, ora resistem ao discurso liberal e ao “mundo lá fora”, como costumam se referir às relações sociais. Revelam, também, as relações estabelecidas entre a forma como os professores percebem o papel da escolarização na vida futura dos estudantes e como idealizam (ou não) a sociedade em meio a esse processo