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Acidentes graves do trabalho na Capital do Estado de São Paulo (Brasil)
In 1970, the Accidents On-the-Job Group of the National Institute of Social Security (INPS), began a special program for the prevention of on-the-job-accidents. The following factors were studied in 3,930 cases: age, sex, marital status, occupation, cause of accident, date of occurrence, time of occurrence, occurred how soon after beginning day's work, number and type of body lesions, limitation of working capacity.Em 1970, o Grupamento de Acidentes do Trabalho (GAT) do INPS desenvolveu programa preventivo contra os acidentes de trabalho. Detalhes operacionais deste programa são descritos, e o resultado da investigação de 3.930 acidentes graves é analisado. Estes acidentes foram estudados quanto às seguintes variáveis: estado civil, faixa etária, sexo, profissão, tipo, conseqüências, fatores, dia da semana, hora do dia, horas decorridas do início do serviço, causas e número de lesões
Via de acesso anterolateral minimamente invasiva para as artroplastias totais de quadril
OBJETIVO: O estudo apresenta uma via de acesso anterolateral minimamente invasiva e verifica se esta via permite realizar a artroplastia total de quadril sem comprometer a qualidade do posicionamento dos implantes, mantendo-se a integridade da musculatura glútea. MÉTODO: Realizou-se um estudo retrospectivo de 260 pacientes, 18 bilateral perfazendo um total de 278 quadris, sendo 186 do sexo feminino e 74 masculino, com idade média de 62 anos, portadores de osteoartrose, submetidos à artroplastia total de quadril não cimentada, metal-metal ou metal-polietileno, no período de outubro de 2004 a dezembro de 2007. Utilizou-se uma via de acesso anterolateral minimamente invasiva, medindo aproximadamente 7 a 10cm variando de acordo com a massa corpórea e o tamanho da cabeça femoral. Os pacientes foram avaliados clinicamente quanto à idade, sexo, presença do sinal de Trendelenburg e, radiograficamente, quanto ao posicionamento acetabular e femoral. RESULTADOS: Verificou-se uma inclinação acetabular entre 30° e 40° em 78 pacientes, entre 41° e 50° em 189, e 11 casos com 51° ou mais. Quanto ao posicionamento femoral na incidência anteroposterior obteve-se posição central em 209 casos, 41 em valgo e 28 em varo. No perfil, observaram-se 173 centrais, 67 anteriores e 38 posteriores. O tempo cirúrgico foi, em média, de 63 minutos. Como complicações, houve cinco casos de infecção, três casos de trombose venosa profunda, dois casos de luxação do quadril, 80 casos de alongamento de membros inferiores e cinco casos de encurtamento do membro operado. Verificou-se a presença de Trendelenburg em quatro casos, um dos casos com lesão do nervo glúteo superior. CONCLUSÃO: A via de acesso anterolateral minimamente invasiva permite realizar a artroplastia total de quadril sem comprometer o posicionamento dos implantes, mantendo a integridade da musculatura glútea.OBJECTIVE: The aim of this study was to present a minimally invasive anterolateral access route and to ascertain whether this enables total hip replacement without compromising the quality of the implant positioning, while maintaining the integrity of the gluteus muscles. METHOD: A retrospective study was conducted on 260 patients (186 females and 74 males) of average age 62 years. There were 18 bilateral cases, thus totaling 278 hips. All the patients had osteoarthritis and had undergone non-cemented total hip arthroplasty (metal-metal or metal-polyethylene) between October 2004 and December 2007. A minimally invasive anterolateral access route was used, measuring 7 to 10 cm in length, according to body weight and the size of the femoral head. The patients were assessed clinically regarding age, sex and presence of the Trendelenburg sign, and radiologically regarding acetabular and femoral positioning. RESULTS: The acetabular inclination was between 30° and 40° in 78 patients, between 41° and 50° in 189 patients, and 51° or over in 11 patients. On anteroposterior radiographs to study femoral positioning, the positioning was central in 209 cases, 41 presented valgus deviation and 28 presented varus deviation. On lateral views, 173 were central, 67 anterior and 38 posterior. The mean duration of the procedure was 63 minutes. Regarding complications, there were five cases of infection, three of deep vein thrombosis, two of hip dislocation, 80 of lengthening of the lower limbs and five of shortening of the operated limb. The Trendelenburg sign was present in four cases, of which one showed superior gluteal nerve injury. CONCLUSION: The minimally invasive anterolateral access route made it possible to perform total hip arthroplasty without compromising the positioning of the implants, thereby maintaining the integrity of the gluteus muscles
Treatment of transtrochanteric fractures of the femur complications associated with the use of extramedullar slidind pin and minimally invasive Minus System techique
Orientador: William Dias BelangeroTese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências MédicasResumo: INTRODUÇÃO: O tratamento cirúrgico das fraturas intertrocanterianas do fêmur ainda é motivo de estudo e controvérsias. As vantagens da utilização de técnicas minimamente invasivas para essas fraturas já despontam na literatura. O objetivo deste estudo foi avaliar as complicações da técnica minimamente invasiva que utiliza um implante e um instrumental desenvolvidos especificamente (Sistema Minus) para o tratamento dessas fraturas. CASUÍSTICA E MÉTODO: Foram estudados 172 pacientes com fratura intertrocanteriana do fêmur, tratados com o Sistema Minus, dos quais 52 pacientes foram excluídos do estudo por não terem preenchido os critérios de inclusão. No protocolo inicial foram registrados o gênero, a idade, detalhes operatórios como tempo cirúrgico, tempo de uso da fluoroscopia, qualidade da redução e da fixação da fratura. Como parâmetros clínicos foram incluídos a capacidade de marcha, dor, classificação da fratura segundo os critérios de Tronzo e o risco anestésico segundo a classificação de ASA. Dividimos as complicações em dois grupos. As complicações gerais, subdivididas em infecção e mortalidade e as complicações específicas, subdivididas em migração do implante, a perda da redução e a falta de união. Embora a migração do pino deslizante não seja considerada na literatura como uma complicação do DHS (Hrubna e Skotak, 2010)1, no presente estudo ela foi incluída. Cabendo salientar que foi considerada como migração, a impacção lateral da fratura sem a ocorrência de perda de redução. RESULTADOS: O gênero feminino ocorreu em 93 casos e obteve percentual de 77,5%, foi prevalente em relação ao masculino com 27 casos e 22,5%. A idade variou de 52 a 95 anos, com a média de 80,06 anos e desvio padrão de 7,87 anos. A média de idade do gênero masculino foi de 76,19 anos e desvio padrão de 8,321. O gênero feminino obteve a média de 81,18 anos com desvio padrão de 7,407. O tempo cirúrgico médio foi de 39,35 minutos, variando de 25 a 65 minutos. O tempo médio de radioscopia foi 1min7s, variando de 0,6 a 2 minutos e 3s. A redução foi considerada adequada em 92 casos (76,6%), quando obteve-se o alinhamento do eixo de carga, como valgo em 20 casos (16,6%) e como varo em oito casos (6,6%). O somatório médio do TAD (Tip Apex Distance) na incidência Ântero-posterior (AP) foi de 1,19cm, variando de 0,2 a 2,8cm; e no Perfil (P), de 1,14cm, variando de 0,3 a 2,52cm. Dos pacientes, 112 (93,3%) voltaram a andar e a dor pós-operatória em uma escala de 0 a 10, teve a média de 4,44. Dos 120 pacientes, 11 foram classificados como Tronzo I (9,1%), 24 como Tronzo II (20%), 58 como Tronzo III (48,3%), sete Tronzo III variante (5,8%) e 20 Tronzo IV (16,7%). As fraturas instáveis ocorreram em 85 (70,8%) pacientes, os quais 74 (61,6%) tinham idade superior a 75 anos. Já as fraturas estáveis em 35 (29,1%) pacientes, os quais 17 (14,1%) possuíam idade superior a 75 anos. Em relação ao risco anestésico, oito (6,6%) foram classificados como ASA I, 33 (27,5%) ASA II, 74 (61,6%) ASA III e cinco ASA IV (4,16%). Houve um caso de infecção (0,83%). Ocorreram 13 óbitos (10,8%) dentro do primeiro ano de pós-operatório. Desses, um (0,83%) foi classificado como Asa II, cinco (4,16%) como Asa III e sete (5,83%) Asa IV. Dos 85 pacientes com fraturas instáveis, 36 (30%) apresentaram complicações, como perda de redução em 7(5,88%) e migração do pino deslizante em 29 (24,1%). No grupo das 35 fraturas estáveis, as complicações ocorreram em 4 casos (3,33 %), sendo que a perda de redução ocorreu em um caso (0,83%) e a migração em 3 casos (2,5%). No total, a migração ocorreu em 33 casos (27,6%), sendo que desses, todos evoluíram para consolidação. A perda de redução ocorreu em oito (6,7%) e a falta de união, em um caso (0,83%). CONCLUSÃO: Concluímos que a técnica minimamente invasiva, Sistema Minus, é uma técnica segura, que permite a realização da cirurgia com baixa incidência de complicações, quando comparada aos demais métodos existentesAbstract: INTRODUCTION: The surgical treatment of intertrochanteric fractures is still controversial, resulting in further studies. Many papers have appeared in reference to the advantages of minimal invasive procedures for these fractures. The aim of this study was to evaluate the complications of a minimal invasive procedure using a specific implant and instruments developed for the treatment of intertrochanteric fractures (Minus System). MATERIAL AND METHOD: One hundred and seventy two patients with intertrochanteric fractures of the femur were studied, and submitted to treatment with the Minus System. Fifty two patients were excluded from the study as they did not fulfil all criteria for inclusion. The initial protocol registered gender, age, operative details such as length of operation, length of fluoroscopy use, quality of reduction and fixation of the fracture. The clinical parameters considered included deambulatory ability, pain, Tronzo fracture classification and anesthesia risk according to ASA classification. Complications were divided into two groups: general complications (infection and mortality rate) and specific complications (implant migration, loss of reduction and non-union). Although the migration of a sliding nail has not been considered in the literature as a DHS complication (Hrubna e Skotak, 2010)1 RESULTS: There were 93 feminine cases (77.5%) prevailing on 27 masculine cases (22.5%). Age span was 52 to 95 years, with an average of 80.06 years (standard deviation of 7.87 years). The average age for men was 76.19 years with a standard deviation of 8.321. The average age for women was 81.18 years with a standard deviation of 7.407. The average operative length of time was 39.35 minutes (25 to 65 minutes). The average time of fluoroscopy was 1min 7sec (0.6 to 2min 3sec). Fracture reduction was considered adequate in 92 cases (76.6%), , in the present study it was taken into account. It is important to mention that migration here is the lateral impaction of the fracture without loss of reduction. when alignment with weight-bearing axis was obtained, valgus in 20 cases (16.6%) and varus in eight cases (6.6%). The average Tip Apex Distance (TAD) on an anteroposterior view was 1.19cm (variation of 0.2 to 2.52 cm) and lateral view was 1.14cm (variaton of 0.3 to 2.52cm). One hundred and twelve patients (93,3%) were able to walk with postoperative pain (average of 4.4 on a pain scale of 0 to 10). The classification of the 120 patients is as follows: 11 patients with Tronzo I (9,1%), 24 cases of Tronzo II (20%), 58 Tronzo III (48.3%), seven Tronzo III variant (5.8%) and 20 Tronzo IV (16.7%). Unstable fractures occured in 85 (70.8%) patients, and 74 (61.6%) were over 75 years of age. There were 35 stable fractures (29.1%), with 17 patients (14.1%) over 75 years of age. As to the anesthesia risk eight (6.6%) were classified as ASA I, 33 (27.5%) ASA II, 74 (61.6%) ASA III and five patients as ASA IV (4.16%). There was one case of infection (0.83%). During the first postoperative year there were 13 deaths (10.8%). Of these, one patient (0.83%) had been classified as ASA II, five (4.16%) as ASA III and seven (5.83%) as ASA IV. There were 36 patients (30%) with complications out of 85 patients with unstable fractures, with loss of reduction in seven (5.88%) and migration of the sliding nail in 29 (24.1%). In the group of 35 stable fractures there were complications in four cases (3.3 %), with loss of reduction in one case (0.83%) and migration in three (2.5%). The total number of migrations was 33 (27.5%), but resulted in union in all patients. The loss in reduction occurred in eight patients (6.7%) and non-union in one case (0.83%). CONCLUSION: The minimal invasive procedure, the Minus System, is a safe procedure, that provides adequate surgery with a low incidence of complications, when compared to other existing techniquesDoutoradoFisiopatologia CirúrgicaDoutor em Ciência
Sistema MINUS® - técnica minimamente invasiva para o tratamento das fraturas transtrocanterianas do fêmur The MINUS® System - minimally invasive technique for the treatment of trantrochanteric fractures
O Sistema MINUS foi desenvolvido para ser um procedimento minimamente invasivo que usa implante cefalodiafisarioextramedular para o tratamento das fraturas transtrocanterianas do fêmur no idoso. O implante é constituído por um parafuso deslizante acoplado a uma placa adaptados para a técnica minimamente invasiva. O acesso cirúrgico tem aproximadamente três centímetros de extensão localizado na face lateral do quadril, abaixo da projeção do pequeno trocanter. Utiliza-se instrumental perfeitamente adaptado para o procedimento que necessita também do uso do intensificador de imagem, reduzindo assim o tempo cirúrgico e a taxa de sangramento. O objetivo deste estudo é apresentar um novo instrumental e implante, desenvolvido especificamente para o tratamento com técnica minimamente invasiva reduzindo a extensão do acesso cirúrgico convencional de 10 para três centímetros. Este novo implante recebeu o nome comercial de Sistema MINUS.<br>The MINUS system was developed as a minimally invasive procedure that uses a diaphyseal cephalic extramedullary implant for the treatment of transtrochanteral fractures of the femur in elderly patients. The implant consists of a sliding screw coupled to a plate adapted to the minimally invasive technique. The surgical access is approximately three centimeters in length located on the lateral surface of the hip, below the projection of the small trochanter. A perfectly adapted instrument was used for the procedure, which also requires the use of an image intensifier, reducing surgery time and rate of bleeding. The objective of this study is to present a new instrument and implant, developed specifically for treatment with the minimally invasive technique, reducing the length of the conventional surgical access from 10 to three centimetres. This new implant was given the commercial name of MINUS System
Via de acesso anterolateral minimamente invasiva para as artroplastias totais de quadril Minimally invasive anterolateral access route for total hip arthroplasty
OBJETIVO: O estudo apresenta uma via de acesso anterolateral minimamente invasiva e verifica se esta via permite realizar a artroplastia total de quadril sem comprometer a qualidade do posicionamento dos implantes, mantendo-se a integridade da musculatura glútea. MÉTODO: Realizou-se um estudo retrospectivo de 260 pacientes, 18 bilateral perfazendo um total de 278 quadris, sendo 186 do sexo feminino e 74 masculino, com idade média de 62 anos, portadores de osteoartrose, submetidos à artroplastia total de quadril não cimentada, metal-metal ou metal-polietileno, no período de outubro de 2004 a dezembro de 2007. Utilizou-se uma via de acesso anterolateral minimamente invasiva, medindo aproximadamente 7 a 10cm variando de acordo com a massa corpórea e o tamanho da cabeça femoral. Os pacientes foram avaliados clinicamente quanto à idade, sexo, presença do sinal de Trendelenburg e, radiograficamente, quanto ao posicionamento acetabular e femoral. RESULTADOS: Verificou-se uma inclinação acetabular entre 30° e 40° em 78 pacientes, entre 41° e 50° em 189, e 11 casos com 51° ou mais. Quanto ao posicionamento femoral na incidência anteroposterior obteve-se posição central em 209 casos, 41 em valgo e 28 em varo. No perfil, observaram-se 173 centrais, 67 anteriores e 38 posteriores. O tempo cirúrgico foi, em média, de 63 minutos. Como complicações, houve cinco casos de infecção, três casos de trombose venosa profunda, dois casos de luxação do quadril, 80 casos de alongamento de membros inferiores e cinco casos de encurtamento do membro operado. Verificou-se a presença de Trendelenburg em quatro casos, um dos casos com lesão do nervo glúteo superior. CONCLUSÃO: A via de acesso anterolateral minimamente invasiva permite realizar a artroplastia total de quadril sem comprometer o posicionamento dos implantes, mantendo a integridade da musculatura glútea.OBJECTIVE: The aim of this study was to present a minimally invasive anterolateral access route and to ascertain whether this enables total hip replacement without compromising the quality of the implant positioning, while maintaining the integrity of the gluteus muscles. METHOD: A retrospective study was conducted on 260 patients (186 females and 74 males) of average age 62 years. There were 18 bilateral cases, thus totaling 278 hips. All the patients had osteoarthritis and had undergone non-cemented total hip arthroplasty (metal-metal or metal-polyethylene) between October 2004 and December 2007. A minimally invasive anterolateral access route was used, measuring 7 to 10 cm in length, according to body weight and the size of the femoral head. The patients were assessed clinically regarding age, sex and presence of the Trendelenburg sign, and radiologically regarding acetabular and femoral positioning. RESULTS: The acetabular inclination was between 30° and 40° in 78 patients, between 41° and 50° in 189 patients, and 51° or over in 11 patients. On anteroposterior radiographs to study femoral positioning, the positioning was central in 209 cases, 41 presented valgus deviation and 28 presented varus deviation. On lateral views, 173 were central, 67 anterior and 38 posterior. The mean duration of the procedure was 63 minutes. Regarding complications, there were five cases of infection, three of deep vein thrombosis, two of hip dislocation, 80 of lengthening of the lower limbs and five of shortening of the operated limb. The Trendelenburg sign was present in four cases, of which one showed superior gluteal nerve injury. CONCLUSION: The minimally invasive anterolateral access route made it possible to perform total hip arthroplasty without compromising the positioning of the implants, thereby maintaining the integrity of the gluteus muscles