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    The Alvalade neighborhood schools from Estado Novo regime formal design to the green structure implementation principles (1945-1960)

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    O Bairro de Alvalade, planeado em plena época de consolidação do Regime do Estado Novo e subjacente à política de expansão de cidade de Duarte Pacheco, ocorre dos estudos do Plano de Urbanização da Zona Sul da Avenida Alferes Malheiro (atual Avenida do Brasil), elaborado a partir de 1938, com a participação do arquiteto Faria da Costa (1906-1971) a partir de 1942 e aprovado pelo Governo em Outubro de 1945, e do Plano Geral de Urbanização de Lisboa (PGUL) de 1948, da responsabilidade do urbanista Etiénne de Gröer (1881-1952), que o incorpora posteriormente. A estrutura do bairro e a sua organização em oito células habitacionais, resulta do cruzamento entre as vias que o delimitam e o atravessam e da aplicação do “conceito de vizinhança”, onde o equipamento escolar, a distância inferir a 500 m da habitação, define a dimensão da célula e a hierarquização de uma malha de percursos de circulação pedonal. A aplicação deste conceito, em torno do equipamento escolar atribui-lhe posição de relevo como equipamento do Bairro, mas igualmente como espaço de descompressão urbana onde a presença de vegetação é explorada. A construção do Bairro entre 1945 e 1970, durante vinte e cinco anos, coincidiu com o período estimulante da arquitetura portuguesa marcado pela transição entre a arquitectura do Estado Novo e a arquitetura influenciada pelo Movimento Moderno e pelos valores da Carta de Atenas (1933), debatida no I Congresso Nacional da Arquitectura (1948). Esta transição que se observa entre as Casas de Renda Económicas das Células 1 e 2 (do Estado Novo) e os conjuntos habitacionais influenciados pelo Movimento Moderno, encontra-se igualmente patente nos Centros Escolares do Bairro, particularmente ao nível do seu partido estético, bem como ao nível da organização dos espaços de recreio e de enquadramentos dos logradouros, como adiante se desenvolve. Em paralelo às mudanças que se verificavam no seio da arquitetura, ocorre neste período a afirmação profissional e social da arquitetura paisagista em Portugal, marcada pelo início da atividade dos primeiros técnicos com formação específica em arquitetura paisagista ministrada no Instituto Superior de Agronomia (ISA) pelo Curso Livre de Arquitectura Paisagista a partir de 1942 por Francisco Caldeira Cabral (1908-1992), importando para Portugal os valores ecológicos e da preservação da paisagem que adquiriu na Alemanha onde se formou como arquiteto paisagista (1939), após ter concluído o curso de Engenheiro Agrónomo no ISA em 1936. Da primeira fornada de arquitetos paisagistas formados por Francisco Caldeira Cabral, Manuel de Azevedo Coutinho (1921-1992) e Gonçalo Ribeiro Telles (n.1922) a partir de 1950, Edgar Sampaio Fontes (1922-2000) em 1953 e Manuel Sousa da Câmara (1929-1992) em 1957, irão integrar a 3ª Repartição – Arborização e Jardinagem da Direcção dos Serviços Técnicos Especiais (DST-E), desenvolvendo intensa atividade projetual segundo a doutrina de Francisco Caldeira Cabral, de cariz artística, aberta e promotora da dialética interdisciplinar e profundamente ecológica. Esta coincidência temporal permitiu à primeira geração de arquitetos paisagistas da Câmara Municipal acompanhar as dinâmicas que pautavam o pensamento arquitetónico das décadas de 1940 e 1950, bem como a elaboração e execução dos projetos dos conjuntos habitacionais do Bairro, complementando-o com projetos de arborização e ajardinamento para o espaço urbano, bem como para os logradouros escolares que foram progressivamente projetados e construídos. O presente ensaio explora a relação projetual estabelecida entre os projetos de arquitectura para os Grupos Escolares e os projetos de arborização e ajardinamento para os respetivos logradouros, onde os valores do Estado Novo encontram ainda definição nos Grupos Escolares das Células 1 e 2 e as influências do Movimento Moderno se observam com maior expressividade nos Grupos Escolares das Células 7, 4, 6 e 8. Esta alteração no seio da arquitetura possibilitou a conceção de logradouros com organização diferenciada, o que terá fomentado igualmente uma nova abordagem na conceção do logradouro escolar, mantendo, no entanto, os mesmos pressupostos que regiam a prática da arquitetura paisagista em Portugal, o que terá proporcionado o estabelecimento de importantes manchas de vegetação no bairro, com reflexo sobre a Estrutura Verde deste. Nos Centros Escolares das Célula 1 e 2, construídos até 1950, no que terá correspondido à 1ª fase da construção dos Centros Escolares no Bairro no âmbito do Plano dos Centenários, complementam-se os projetos de arquitetura de Inácio Peres Fernandes (1910-1989) para a Célula 1 projetado entre 1945-46 e do arquiteto Luís Xavier para a Célula 2 projetado em 1946, com os projetos de arborização e ajardinamento elaborados Manuel de Azevedo Coutinho. Da implantação semelhante dos corpos dos edifícios destes dois Centros Escolares, fruto do programa a cumprir, resultaram igualmente logradouros com implantação semelhante, caracterizados por dois recreios distintos afetos à fruição segregada pelo género. O contexto urbanístico destes dois Grupos Escolares é ainda marcado pelo enquadramento que ambos possuem por Jardins Públicos de conceção formal, o que não ocorre nos restantes, onde áreas verdes de enquadramento resolvem a transição para os arruamentos. Esta circunstância, permitiu a Azevedo Coutinho, autor dos planos de plantação dos dois jardins e dos dois logradouros escolares, considerar a conceção dos segundos na lógica da conceção dos jardins e assim alargar significativamente a mancha de vegetação dentro da célula habitacional com benefício para a estrutura verde do Bairro. O estudo deste diálogo permite observar que à arquitetura de linguagem “nacionalista e de feição regionalista” assim designada por alguns autores (no que concerne à aparência), terá correspondido um desenho igualmente formal por Azevedo Coutinho, marcada pela simetria e pelos alinhamentos em relação aos edifícios. Na 2ª Fase de Construção, que decorreu entre 1953 e 1957, observa-se a complementaridade, entre os projetos de arquitetura de Ruy Jervis D’ Athouguia (1917-2006) para o Grupo Escolar da Célula 7 elaborado entre 1949 e 1952, de Manuel Coutinho Raposo para o Grupo Escolar da Célula 4 e de Cândido Palma de Melo (1922-2003) para a Célula 6, ambos projetados em 1953, com os projetos de arborização e ajardinamento de Edgar Fontes elaborados em 1954, 1956 e 1958 respetivamente. O projeto do Grupo Escolar da Célula 8 elaborado em 1956-57 por Ruy D’ Athouguia insere-se na 3ª Fase de construção que decorre entre 1957 e 1958, sendo igualmente complementado por projeto de Edgar Fontes elaborado no ano seguinte. A mudança na arquitetura que se observa da primeira fase para as seguintes é igualmente acompanhada nos projetos de arborização e ajardinamento, passando a conceção dos logradouros a beneficiar de maiores áreas destinadas a esse tratamento e a ocorrer de forma orgânica, ou seja, sem a rigidez e sem a simetria verificada nos logradouros das Células 1 e 2. Nos projetos de Edgar Fontes, a vegetação ocorre de forma orgânica, predominando as orlas arbóreo-arbustivas com solução de proteção do Grupo Escolar face à envolvente. A conjugação de espécies de perenifólias e caducifólias e com diferentes tipos de copa ocorre igualmente como um traço comum, o que se interpreta como estratégia para não concorrer com a leitura dos edifícios e atenuar a perceção dos taludes onde estas se localizam. O recurso a espécies presentes na paisagem portuguesa, quer por serem espontâneas quer por serem tradicionais e/ou características desta, ocorre como aspeto comum a todos os projetos, independentemente dos planos de plantação seguirem alinhamento formais ou contornos orgânicos, confirmado assim a profunda influência da matriz ecológica e defensora dos valores da paisagem portuguesa de Francisco Caldeira Cabral.info:eu-repo/semantics/acceptedVersio

    Optical doping and damage formation in AIN by Eu implantation

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    AlN films grown on sapphire were implanted with 300 keV Eu ions to fluences from 3×1014 to 1.4×1017 atoms/cm2 in two different geometries: “channeled” along the c-axis and “random” with a 10° angle between the ion beam and the surface normal. A detailed study of implantation damage accumulation is presented. Strong ion channeling effects are observed leading to significantly decreased damage levels for the channeled implantation within the entire fluence range. For random implantation, a buried amorphous layer is formed at the highest fluences. Red Eu-related photoluminescence at room temperature is observed in all samples with highest intensities for low damage samples (low fluence and channeled implantation) after annealing. Implantation damage, once formed, is shown to be stable up to very high temperatures.FCT - POCI/FIS/57550/2004FCT - PTDC/FIS/66262/2006FCT - PTDC/CTM/100756/200

    Feeding behaviour of broiler chickens: a review on the biomechanical characteristics

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    Feed related costs are the main drivers of profitability of commercial poultry farms, and good nutrition is mainly responsible for the exceptional growth rate responses of current poultry species. So far, most research on the poultry feeding behaviour addresses the productivity indices and birds' physiological responses, but few studies have considered the biomechanical characteristics involved in this process. This paper aims to review biomechanical issues related to feed behaviour of domestic chickens to address some issues related to the feed used in commercial broiler chicken production, considering feed particle size, physical form and the impact of feeders during feeding. It is believed that the biomechanical evaluation might suggest a new way for feed processing to meet the natural feeding behaviour of the birds

    Gauging the SU(2) Skyrme model

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    In this paper the SU(2) Skyrme model will be reformulated as a gauge theory and the hidden symmetry will be investigated and explored in the energy spectrum computation. To this end we purpose a new constraint conversion scheme, based on the symplectic framework with the introduction of Wess-Zumino (WZ) terms in an unambiguous way. It is a positive feature not present on the BFFT constraint conversion. The Dirac's procedure for the first-class constraints is employed to quantize this gauge invariant nonlinear system and the energy spectrum is computed. The finding out shows the power of the symplectic gauge-invariant formalism when compared with another constraint conversion procedures present on the literature.Comment: revised version, to appear in Phys.Rev.

    Conformal Bulk Fields, Dark Energy and Brane Dynamics

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    In the Randall-Sundrum scenario we analyze the dynamics of a spherically symmetric 3-brane when the bulk is filled with matter fields. Considering a global conformal transformation whose factor is the Z2Z_2 symmetric warp we find a new set of exact dynamical solutions for which gravity is bound to the brane. The set corresponds to a certain class of conformal bulk fields. We discuss the geometries which describe the dynamics on the brane of polytropic dark energy.Comment: 12 pages, latex, 2 figures. Talk given by Rui Neves at the Fourth International Conference on Physics Beyond the Standard Model, Beyond the Desert 03, Fundamental Experimental and Theoretical Developments in Particle Physics, Accelerator, Non-Accelerator and Space Approaches, Max Planck Institut f. Kernphysik/MPI Heidelberg, Castle Ringberg, Tegernsee, Germany, 9-14 June 2003. To be published in the Conference Proceedings, Springer-Verlag, Heidelberg, German

    Modified Gravity on the Brane and Dark Energy

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    We analyze the dynamics of an AdS5 braneworld with matter fields when gravity is allowed to deviate from the Einstein form on the brane. We consider exact 5-dimensional warped solutions which are associated with conformal bulk fields of weight -4 and describe on the brane the following three dynamics: those of inhomogeneous dust, of generalized dark radiation, and of homogeneous polytropic dark energy. We show that, with modified gravity on the brane, the existence of such dynamical geometries requires the presence of non-conformal matter fields confined to the brane.Comment: Revised version published in Gen. Rel. Grav. Typos corrected, updated reference and some remarks added for clarity. 11 pages, latex, no figure

    Machine learning approach for classification of REE/Fe-zeolite catalysts for fenton-like reaction

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    Various heterogeneous catalysts based on rare earth elements (REE) and iron supported on zeolites were selected and analyzed using machine learning approaches. REE were used in the preparation of multiple REE/Fe-zeolite catalysts with lanthanum, praseodymium or cerium obtained by ion exchange or impregnation methods, using FAU or MFI structures as supports. The efficiency of these REE/Fe-zeolite catalysts was examined in Fenton-like reaction, in the degradation of tartrazine (Tar) and indigo carmine (IC) as selected organic pollutants in the aqueous solution. The REE/Fe-zeolite catalysts demonstrated outstanding performance, with Tar being degraded by over 80% and IC 95%. Machine learning algorithms were employed for clustering and classification of the different catalysts, based on their performance. Unsupervised learning algorithms like Principal Component Analysis and K-Means were used for pattern recognition while supervised classifiers were employed to classify the heterogeneous catalysts, considering their ability to degrade dyes by Fenton reaction

    Bilateral Shoulder Arthritis in COVID-19 Patient After Prolonged Mechanical Ventilation Assist: a Case Report

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    Prolonged immobilization and, in particular, mechanical ventilation, have been linked to muscle atrophy. Anecdotal reports in the literature describe rhabdomyolysis as a potential late complication of COVID-19 infection which, in severe cases, may coexist with fluid collections. We report a case of a 28-year-old patient that had been recently hospitalized with SARS-CoV-2 pneumonia, with need for invasive ventilation support. Days after being discharged, the patient presents with retrosternal thoracalgia irradiating to the left upper limb. On physical examination, abduction and external rotation were limited due to pain complaints and there was soft tissue swelling of the corresponding shoulder and arm. Imaging evaluation was essential to establish the underlying condition, revealing bilateral arthritis communicating with large rotator cuff collections, which was considered of septic nature.info:eu-repo/semantics/publishedVersio
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