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HLA e suscetibilidade genética a hepatite viral A
Orientador: Bento Arce-GomesDissertaçao (mestrado) -Universidade Federal do Paraná. Curso de Pós-Graduaçao em Genética HumanaResumo: A hepatite viral A se caracteriza por um processo inflamatório agudo das células hepáticas, causado por um RNA enterovirus de 27nm após um perÃodo de incubação de 26 ± 10 dias. A transmissão deste vÃrus se dá pela via fecal-oral, atingindo principalmente crianças entre 5 e 14 anos. Não foram notificados casos crônicos desta doença. Sintomas como anorexia, náusea, febre, dor abdominal e icterÃcia, associados a nÃveis elevados de transaminase glutâmico oxalacética (GOT), transaminase glutâmico pirúvica (GPT) e bilirrubina sérica são sugestivos de hepatite viral. Especificamente, esta doença pode ser diagnosticada pela pesquisa do anticorpo anti-vÃrus da hepatite A (HAV-M). Com o objetivo de definir um componente genético para a susceptibilidade e/ou resistência à hepatite viral A, foram tipados, para os antÃgenos HLA, 47 indivÃduos acometidos por esta doença durante um surto epidêmico ocorrido no mês de março de 1983 em Paranaguá, Paraná. O diagnóstico foi estabelecido através de dados clÃnicos, epidemiológicos e laboratoriais. O grupo controle consiste de 53 indivÃduos normais, residentes na mesma localidade dos pacientes e pareados com estes em termos de sexo, idade, grupo étnico e classe social. Para a realização das tipagens, foram isolados linfócitos do sangue venoso, basicamente de acordo com a técnica de BÖYUM (1968). As especificidades HLA foram definidas através de uma bateria de antisoros do National Institute of Health dos E.E.U.U. (NIH), os quais permitiram a detec ção de 8 especificidades HLA-A e 15 especificidades HLA-B, pelo teste de microlinfocitotoxicidade dependente de complemento (TERASAKI & Mc CLELLAND, 1964; TERASAKI et al., 1978). A atividade citotóxica dos antisoros foi avaliada pelo método de citofluorocromasia, descrito por BODMER & BODMER (1977). Os resultados obtidos mostram uma freqüência mais alta do antÃgeno HLA-A9 nos pacientes (44,7%) em relação aos controles (15,1%) e, conseqüentemente, uma associação positiva entre o antÃgeno HLA-A9 e hepatite viral A (x2 = 10,59; Pc0,05). A partir destes resultados, ficou demonstrada a ação de um componente genético para a susceptibilidade à hepatite viral A, bem como a possibilidade da resistência a esta doença também estar sob controle genético
Associação de HLA-DR2 com cardiopatia crônica em uma população da região noroeste do Estado do Paraná, Brasil
A doença de Chagas é um dos maiores problemas que afetam a saúde pública no Brasil e outros paÃses latino americanos. No entanto, poucos trabalhos avaliaram a susceptibilidade genética a esta doença. Como genes de resposta imune estão localizados no Complexo de Histocompatibilidade HLA, decidimos estudar a associação entre os antÃgenos HLA e a forma cardÃaca da doença de Chagas, que parece apresentar um componente auto-imune importante. Trinta e cinco pacientes e 72 controles residentes na região noroeste do estado do Paraná foram utilizados neste estudo. Métodos estatÃsticos clássicos foram usados para comparar as freqüências HLA entre pacientes e controles. Os dados confirmam uma associação primária com HLA-DR2 (48.4%vs12.3%; Pc=0,0011) e secundária com HLA-B7 (31.4%vs8.3%; Pc=0.033). Concluindo, uma associação positiva entre DR2 e cardiopatia chagásica crônica foi demonstrada numa população de brancos brasileiros, reforçando a hipótese do envolvimento de fatores genéticos na susceptibilidade à forma cardÃaca da doença de Chaga
Activity of antiretroviral drugs in human infections by opportunistic agents
Highly active antiretroviral therapy (HAART) is used in patients infected with HIV. This treatment has been shown to significantly decrease opportunist infections such as those caused by viruses, fungi and particularly, protozoa. The use of HAART in HIV-positive persons is associated with immune reconstitution as well as decreased prevalence of oral candidiasis and candidal carriage. Antiretroviral therapy benefits patients who are co-infected by the human immunodeficiency virus (HIV), human herpes virus 8 (HHV-8), Epstein-Barr virus, hepatitis B virus (HBV), parvovirus B19 and cytomegalovirus (CMV). HAART has also led to a significant reduction in the incidence, and the modification of characteristics, of bacteremia by etiological agents such as Staphylococcus aureus, coagulase negative staphylococcus, non-typhoid species of Salmonella, Streptococcus pneumoniae, Pseudomonas aeruginosa, and Mycobacterium tuberculosis. HAART can modify the natural history of cryptosporidiosis and microsporidiosis, and restore mucosal immunity, leading to the eradication of Cryptosporidium parvum. A similar restoration of immune response occurs in infections by Toxoplasma gondii. The decline in the incidence of visceral leishmaniasis/HIV co-infection can be observed after the introduction of protease inhibitor therapy. Current findings are highly relevant for clinical medicine and may serve to reduce the number of prescribed drugs thereby improving the quality of life of patients with opportunistic diseases.A terapia HAART (terapia antirretroviral altamente ativa) é usada em pacientes infectados pelo vÃrus da imunodeficiência humana (HIV) e demonstrou diminuição significativa de infecções oportunistas, tais como as causadas por vÃrus, fungos, protozoários e bactérias. O uso da HAART está associado com a reconstituição imunológica e diminuição na prevalência de candidÃase oral. A terapia antirretroviral beneficia pacientes co-infectados pelo HIV, vÃrus herpes humano 8 (HHV-8), vÃrus Epstein-Barr (EBV), vÃrus da hepatite B (HBV), parvovÃrus B19 e citomegalovÃrus (CMV). A HAART também apresentou redução significativa da incidência e modificou as caracterÃsticas da bacteremia por agentes etiológicos, tais como Staphylococcus aureus, espécies não-tifóides de Salmonella, Streptococcus pneumoniae, Pseudomonas aeruginosa, Mycobacterium tuberculosis. A HAART é capaz de modificar significativamente a história natural da criptosporidiose e microsporidiose. HAART pode efetivamente restaurar a imunidade da mucosa, levando à erradicação de Cryptosporidium parvum. Semelhante restauração da resposta imune ocorre em infecções por Toxoplasma gondii. O declÃnio na incidência de co-infecção leishmaniose visceral/HIV pode ser observada após a introdução da terapia com inibidores da protease. Os resultados atuais são altamente relevantes para a medicina clÃnica e podem proporcionar diminuição no número de prescrições medicamentosas e, consequentemente, melhor qualidade de vida para pacientes com doenças oportunistas
HLA e suscetibilidade genética a hepatite viral A
Orientador: Bento Arce-GomesDissertaçao (mestrado) -Universidade Federal do Paraná. Curso de Pós-Graduaçao em Genética HumanaResumo: A hepatite viral A se caracteriza por um processo inflamatório agudo das células hepáticas, causado por um RNA enterovirus de 27nm após um perÃodo de incubação de 26 ± 10 dias. A transmissão deste vÃrus se dá pela via fecal-oral, atingindo principalmente crianças entre 5 e 14 anos. Não foram notificados casos crônicos desta doença. Sintomas como anorexia, náusea, febre, dor abdominal e icterÃcia, associados a nÃveis elevados de transaminase glutâmico oxalacética (GOT), transaminase glutâmico pirúvica (GPT) e bilirrubina sérica são sugestivos de hepatite viral. Especificamente, esta doença pode ser diagnosticada pela pesquisa do anticorpo anti-vÃrus da hepatite A (HAV-M). Com o objetivo de definir um componente genético para a susceptibilidade e/ou resistência à hepatite viral A, foram tipados, para os antÃgenos HLA, 47 indivÃduos acometidos por esta doença durante um surto epidêmico ocorrido no mês de março de 1983 em Paranaguá, Paraná. O diagnóstico foi estabelecido através de dados clÃnicos, epidemiológicos e laboratoriais. O grupo controle consiste de 53 indivÃduos normais, residentes na mesma localidade dos pacientes e pareados com estes em termos de sexo, idade, grupo étnico e classe social. Para a realização das tipagens, foram isolados linfócitos do sangue venoso, basicamente de acordo com a técnica de BÖYUM (1968). As especificidades HLA foram definidas através de uma bateria de antisoros do National Institute of Health dos E.E.U.U. (NIH), os quais permitiram a detec ção de 8 especificidades HLA-A e 15 especificidades HLA-B, pelo teste de microlinfocitotoxicidade dependente de complemento (TERASAKI & Mc CLELLAND, 1964; TERASAKI et al., 1978). A atividade citotóxica dos antisoros foi avaliada pelo método de citofluorocromasia, descrito por BODMER & BODMER (1977). Os resultados obtidos mostram uma freqüência mais alta do antÃgeno HLA-A9 nos pacientes (44,7%) em relação aos controles (15,1%) e, conseqüentemente, uma associação positiva entre o antÃgeno HLA-A9 e hepatite viral A (x2 = 10,59; Pc0,05). A partir destes resultados, ficou demonstrada a ação de um componente genético para a susceptibilidade à hepatite viral A, bem como a possibilidade da resistência a esta doença também estar sob controle genético
Association of cytokine genetic polymorphism with hepatites B infection evolution in adult patients
The infection by the hepatitis B virus (HBV) has different forms of
evolution, ranging from self-limited infection to chronic hepatic
disease. The objective of this study was to evaluate the influence of
cytokine genetic polymorphisms in the disease evolution. The patients
were divided into two groups, one with chronic HBV (n = 30), and the
other with self-limited infection (n = 41). The genotyping for TNF
(–308), TGFB1 (+869, +915), IL- 10 (1082, –819, and
–592), IL-6 (–174), and IFNG (+874) was accomplished by the
PCR-SSP (polymerase chain reaction with sequence specific primers
technique using the One Lambda kit. Although no statistically
significant differences were found between the groups, the combination
of TNF –308GG and IFNG +874TA was found in a lower frequency in
chronic patients than in individuals with self-limited infection (26.7
versus 46.3%; P = 0.079; OR = 0.40; IC95% = 0.14-1.11). In chronic
patients with histological alterations it was not observed the genotype
TGFB1+869 C/C, against 24.4% in the self limited infection group (100
versus 75.6%; P = 0.096; OR = 7.67; IC95% = 0.42-141.63). Further
studies in other populations, and evaluation of a greater number of
individuals could contribute for a better understanding of the cytokine
genetic polymorphism influence in HBV infection evolution
Evaluation of IgG and IgM anti-cytomegalovirus antibodies in parturient women and their newborns in the municipality of Presidente Prudente and region, State of São Paulo Pesquisa de anticorpos IgG e IgM para citomegalovÃrus em parturientes e recém-natos do municÃpio de Presidente Prudente e região, Estado de São Paulo
Primary infection by Cytomegalovirus (CMV) is usually followed by a persistent and/or recurrent infection. In most cases the infection is sub-clinical, but it can eventually be acute. This paper aims to evaluate by ELISA the frequency of IgG and IgM anti-CMV antibodies in 86 samples of parturient women and their newborns living in Presidente Prudente, SP, and vicinities. The samples were collected at Dr.Domingos Cerávolo University Hospital. Three parturient women (3.5%) were negative for anti-CMV antibodies, and 83(96.5%) were positive for IgG only. About the newborns, 83(96.5%) were positive for IgG only, 2(2.3%) where positive for both antibodies, and 1(1,2%) was negative for both antibodies. Results showed a high frequency of IgG anti-CMV antibodies in parturient women and their newborns. Moreover, we detected a relative high frequency of CMV congenitally infected newborns in this population, which might have an important impact on the amount of children with neurological and other diseases due to the virus infection<br>A infecção primária pelo citomegalovÃrus (CMV) é freqüentemente seguida por infecção persistente e/ou recorrente. Na grande maioria dos casos a infecção é subclÃnica, podendo ser aguda em certas condições. O objetivo deste trabalho foi determinar por ELISA a freqüência de anticorpos IgG e IgM para CMV, em 86 parturientes e seus recém-natos (RNs) provenientes do Hospital Universitário Dr. Domingos Cerávolo, Presidente Prudente, Estado de São Paulo. Os dados demonstraram que 83 parturientes (96,5%) apresentaram anticorpos IgG anti-CMV e 3(3,5%) não apresentaram anticorpos anti-CMV. Quanto aos RNs, 1(1,2%) não apresentou anticorpos anti-CMV, 83(96,5%) apresentaram anticorpos IgG e 2(2,3%) apresentaram anticorpos IgM, caracterizando infecção aguda. Verificamos, assim, uma alta freqüência de anticorpos IgG para CMV em gestantes e RNs, bem como uma relativa alta freqüência de RNs infectados congenitamente pelo CMV nessa população, o que pode ter um impacto importante no número de crianças com problemas neurológicos e outros decorrentes da infecção por esse vÃru