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MONITORIA ACADÊMICA INTERDISCIPLINAR NO CURSO DE AGRONOMIA
A busca por estratégias eficazes de ensino e aprendizado é um desafio constante no cenário educacional. Dentre os processos de ensino ainda existem muitas lacunas que precisam ser preenchidas para melhorar esse cenário. À medida que avançamos no tempo, torna-se crucial o uso de métodos que promovem a conexão do conhecimento e tornam o fluxo de informações e a complexidade dos conteúdos menos intimidantes. Nesse contexto, a monitoria surge como uma abordagem pedagógica poderosa, visando não apenas a transmissão de informações, mas também a consolidação do aprendizado. Através da interação entre estudantes de diferentes níveis de conhecimento, a monitoria não apenas oferece um ambiente propício para o esclarecimento de dúvidas, mas também influencia a troca de experiências e perspectivas entres os membros envolvidos, estabelecendo dessa forma a fixação e a compreensão mais profunda e duradoura dos conteúdos. O presente projeto tem como objetivo fortalecer o processo de aprendizado dos discentes, promover a cooperação acadêmica entre docentes e discentes e contribuir para a formação de recursos humanos na área de ensino. Estão sendo atendidos por meio desse projeto discentes de cinco disciplinas do curso de Agronomia do Instituto Federal Catarinense, Campus Concórdia, sendo: Fisiologia Vegetal; Plantas de Lavoura II, Manejo e Conservação do Solo; Tecnologia e Produção de Sementes e Mudas e Culturas Anuais de Inverno. Em primeira instância é dada orientação prévia ao monitor, proporcionando conhecimento e autonomia suficiente para auxiliar nas atividades de ensino, onde a partir desse momento prestou-se assistência aos alunos no decorrer das atividades repassadas nas disciplinas contempladas pelo projeto. Concomitantemente foram elaborados roteiros de aulas práticas, roteiros para a resolução de exercícios, preparo de reagentes e organização de utensílios utilizados nas aulas práticas e esclarecer dúvidas de alunos durante o período contemplado pelo projeto. Durante o período de monitoria, que ainda se estende até o final do ano letivo de 2023, já se torna visível uma melhor compreensão dos conteúdos abordados em aula por parte dos alunos, acarretando num desempenho superior dos discentes nos processos avaliativos. Dessa forma conclui-se, que a monitoria enriquece a jornada de busca ao conhecimento, e contribui de maneira notável para a formação acadêmica e pessoal dos envolvidos. Portanto, ao considerar a implementação da monitoria, as instituições de ensino não apenas promovem a fixação do conhecimento, mas também cultivam um ambiente de aprendizado enriquecedor, preparando os estudantes para os desafios futuros e os monitores a uma possível atuação como futuros docentes. Suporte financeiro IFC campus Concórdia – Edital nº 92/2022
PRODUTIVIDADE DE MASSA FRESCA E SECA DE FORRAGEIRAS DE INVERNO NO MUNICÍPIO DE CONCÓRDIA - SC
As culturas de inverno, também conhecidas como culturas de entressafra, são introduzidas nas lavouras após a colheita do milho ou soja safrinha pelos produtores rurais do oeste catarinense com intuito de produzir massa seca para os animais ruminantes, principalmente na bovinocultura de leite. Além de fornecer alimento aos animais, as forrageiras são utilizadas como forma de preparar o solo para os plantios da safra do segundo semestre. Portanto, o objetivo do trabalho foi analisar a produtividade de massa fresca e seca de diversas culturas de inverno utilizadas na produção de forragem e cobertura do solo. O experimento foi implantado na área experimental do curso de Agronomia do Instituto Federal Catarinense, Campus Concórdia, SC, na data do dia 24 de maio de 2023. O experimento foi conduzido em delineamento de blocos completos casualizados, com 4 repetições. As parcelas foram constituídas por cinco linhas de 5m de comprimento, com espaçamento de 17,5cm entre linhas. Foi considerada área útil aquela ocupada pelas três linhas centrais da parcela, excluindo-se 50 cm em cada extremidade. Os tratamentos foram constituídos por três cultivares de trigo (BRS Tarumaxi, X Front e Lenox), duas cultivares de aveia (aveia preta e ucrania) e uma de azevém (azevém + aveia). As variáveis analisadas foram massa fresca (MF) e massa seca (MS) durante o primeiro corte, 40 dias após da implantação do ensaio. A MF foi determinada a partir do corte manual das plantas da área útil da parcela, seguido pela determinação de sua massa em balança. Na sequência, o material vegetal foi disposto em estufa de secagem (60º C) até a estabilização de seu peso, sendo em seguida determinada a MS com o auxílio de uma balança digital. Os dados das variáveis foram submetidos a análise de variância, e em seguida, as médias foram separadas pelo teste Tukey (p<0,05). A partir dos resultados de MF foi possível separar as culturas em dois grupos, sendo as maiores médias alcançadas pelas culturas da aveia preta, aveia ucrania e o trigo X Front. As demais culturas (azevém + aveia, trigo Lenox e BRS Tarumaxi) apresentaram médias inferiores, contudo, iguais entre si. Já para a variável MS, a maior média foi alcançada pelo trigo X Front (1.176,11 kg ha-1), e a menor, pelo trigo Lenox (593,41 kg ha-1). As demais culturas apresentaram médias intermediárias e iguais entre si. Considerando que os resultados obtidos a partir das duas variáveis analisadas, conclui-se que a variedade de trigo X Front apresenta maior produtividade, sendo o seu cultivo recomendado para a produção de massa fresca e seca
AVALIAÇÃO EM CAMPO DA RESISTÊNCIA DE CULTIVARES DE SOJA À FERRUGEM ASIÁTICA NA SAFRA E SAFRINHA
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MULTIPLICAÇÃO, USO EM AULAS PRÁTICAS, PESQUISAS E DISTRIBUIÇÃO DE SEMENTES DE VARIEDADES CRIOULAS DE FEIJÃO COMUM
O feijão comum (Phaseolus vulgaris L.) é uma das culturas de maior importância nutricional, econômica e cultural no Brasil. A cultura é tradicionalmente cultivada por agricultores familiares em pequenas áreas sem que sejam feitos grandes investimentos tecnológicos. O cultivo na maioria das vezes é realizado com sementes próprias, onde a cada ano uma parte da produção é reservada para o plantio da safra seguinte. As variedades crioulas de feijão comum são amplamente utilizadas pela agricultura familiar devido a sua rusticidade e resistência contra pragas e doenças. Apesar da relativa facilidade existente em multiplicar populações de feijão comum, muitos agricultores não possuem o hábito de compartilhar suas sementes com outros agricultores e nem caracterizá-las de forma correta, o que de certa forma acaba se tornando um risco para a variedade, que poderá ser perdida a qualquer momento, e junto com ela ocorre a perda de combinações gênicas que muitas vezes são únicas e fundamentais para viabilizar o sistema produtivo em ambientes ecologicamente restritivos. Sendo assim, o presente trabalho teve como objetivo fortalecer a rede de conservação de variedades crioulas de feijão comum por meio da multiplicação de sementes, realização de um dia de campo, disponibilização de sementes novas para a condução de aulas práticas, desenvolvimento de pesquisas e distribuição de amostras a agricultores, estudantes, servidores e demais interessados em sua multiplicação. Na safra 2021/2022, foram implantadas áreas demonstrativas com 36 diferentes variedades de feijão comum, na área experimental do curso de Agronomia do IFC - Concórdia. Cada variedade foi multiplicada numa área de 30 m². Durante a multiplicação das variedades foram avaliados alguns caracteres agronômicos como hábito de crescimento, ciclo, resistência às principais doenças e o potencial produtivo. Durante o estádio reprodutivo, foi realizado um dia de campo na área de multiplicação das variedades visando apresentar as principais características aos participantes (agricultores, alunos e servidores do IFC). A partir de um resumo das características mais importantes, associado a imagens das variedades, foi elaborada uma cartilha, a qual foi distribuída aos interessados junto a amostras de sementes durante a feira de sementes que foi realizada durante a Tecnoeste de 2022. Por meio desta estratégia, o trabalho contribuiu para o fortalecimento da rede de conservação de sementes de feijão comum, garantindo que mais produtores tenham acesso às sementes com adaptações específicas ao sistema particular de cultivo dos pequenos agricultores, que quando cultivadas em suas propriedades possam suprir as demandas alimentícias da família e que ainda possa se tornar fonte de renda por meio da comercialização do excedente da produção. Além disso, promoveu maior interação da escola (IFC – Concórdia) com a sociedade, por meio da transferência de conhecimento (dia de campo e cartilha) e de produtos (sementes de feijão)
MONITORIA ACADÊMICA INTERDISCIPLINAR NO CURSO DE AGRONOMIA
A monitoria consiste em uma atividade complementar para os alunos, além de oferecer ao monitor uma vivência diferenciada quanto as questões educacionais. O programa da monitoria é um apoio aos alunos que querem aprofundar seus conhecimentos, solucionar dúvidas e dificuldades em relação aos conteúdos trabalhados em sala de aula. O presente projeto tem como objetivo fortalecer o processo de aprendizado dos orientados, estreitar a relação professor-aluno-instituição e contribuir para a formação de recursos humanos na área de ensino nas disciplinas de Fisiologia Vegetal, Plantas de Lavoura II, Uso Manejo e Conservação do Solo, Tecnologia e Produção de Sementes e Mudas e Culturas Anuais de Inverno do curso superior de Agronomia do Instituto Federal Catarinense (IFC) - Campus Concórdia. Por meio deste projeto são atendidos alunos dessas cinco disciplinas do curso de Agronomia do IFC no período de março a novembro de 2022. O atendimento foi realizado de forma presencial no laboratório de sementes do IFC - Concórdia e por meio do Google Meet® em horário noturno. Além disso foram preparados materiais utilizados em aulas práticas para a disciplina de Tecnologia e Produção de Sementes e Mudas para facilitar o entendimento de como proceder com os equipamentos e ferramentas do laboratório. Para o entendimento do Software “Terraço 4.1” e “Hidro Terraço 1.0”, são realizados atendimentos em grupos, individuais via Google Meet® e presencial, explicando como é feita a construção dos terraços. Ainda será elaborado um material didático com a demonstração da fenologia de algumas culturas na disciplina de Culturas Anuais de Inverno e, além disso, o auxílio e acompanhamento na implantação dos projetos de campo dos acadêmicos nas disciplinas de Culturas Anuais de Inverno, Plantas de Lavoura II e de Fisiologia Vegetal. Os assuntos são reforçados e abordados em aula através desses materiais complementares, instigando a curiosidade e a criatividade dos alunos, facilitando deste modo o entendimento
PROGRAMA SEMENTES DA PAIXÃO
O feijão comum (Phaseolus vulgaris L.) é uma das principais culturas alimentícias produzidas pela agricultura familiar no Brasil. O grão tem grande relevância nutricional e cultural na dieta da população brasileira. A maior parte da produção de feijão comum é proveniente da agricultura familiar, onde os cultivos são predominantemente conduzidos em áreas pequenas e muitas vezes a partir de sementes de variedades locais. Entretanto, existem riscos de perda significativos de parte dessa variabilidade genética, pois muitas populações são representadas por pequenas quantidades de sementes. Em geral, as redes de conservação de sementes de variedades locais são frágeis, a troca de sementes entre agricultores é praticamente inexistente. O armazenamento nas propriedades rurais também é problemático pelo fato de as sementes serem armazenadas em condições inadequadas, perdendo rapidamente a viabilidade de uma safra para a outra. Assim, o presente trabalho teve como objetivo multiplicar, caracterizar e distribuir sementes de variedades locais de feijão comum do banco ativo de germoplasma conservadas pelo grupo de pesquisa AGROBIO. As sementes destas populações são utilizadas na condução de atividades de ensino, pesquisa e extensão nos cursos Técnico em Agropecuária e na Agronomia do IFC – Concórdia. O experimento foi implantado na safra 2021/22, na área experimental do curso de Agronomia do Instituto Federal Catarinense, Campus Concórdia – SC, no qual foi conduzido em delineamento em blocos casualizado (DBC), com três repetições. As parcelas foram constituídas por 4 linhas de 5 m de comprimento, com espaçamento de 40 cm entre linhas e densidade populacional de 300.000 plantas ha-1. Durante a condução do experimento, as populações de feijão comum foram avaliadas em relação à resistência as principais doenças de ocorrência espontânea e caracteres morfológicos, tais como, o hábito de crescimento, o ciclo e a produtividade. A partir dos dados médios das características foi elaborado um folder, que juntamente com amostras de sementes foram distribuídos aos interessados no estande da Agronomia durante a Tecnoeste de 2022. Uma parte das sementes foi armazenada em condições adequadas para posteriormente ser utilizada em aulas práticas no Laboratório de Sementes do Campus, para conduzir novos experimentos e para distribuir em futuras feiras de sementes. Entende-se que esta estratégia venha auxiliar na conservação e evolução adaptativa dessas populações de feijão comum, que são muito importantes para a alimentação humana, que ainda são manejadas pela agricultura familiar do Oeste de Santa Catarina e Noroeste do Rio Grande do Sul
AVALIAÇÃO DA RESISTÊNCIA NO CAMPO DE CULTIVARES DE SOJA AO OÍDIO
A soja (Glycine max) é a cultura agrícola de maior importância no país. Dela são produzidos os mais diversos produtos, desde alimentos para humanos, rações para animais, até embalagens biodegradáveis, sendo de expressiva representatividade nas exportações brasileiras. É motriz de estudos do melhoramento genético, que busca constantemente melhorar o desempenho das cultivares no campo. Ainda assim, a soja é hospedeira de várias doenças, sendo as fúngicas as de maior expressão. Dentre estas, pode-se citar o oídio (Erysiphe diffusa), que é uma das doenças de maior ocorrência nas lavouras brasileiras. Neste contexto, para a prevenção e controle deste fator atenuador da produtividade, a melhor escolha tem sido o cultivo de cultivares resistentes em alternativa ao controle químico curativo. Portanto, o objetivo deste trabalho foi avaliar a tolerância ao oídio de cultivares de soja ofertadas pelas empresas aos produtores do oeste catarinense. Desta forma, na safra 2021/22, foi conduzido um experimento em delineamento de blocos casualizados, com três repetições. Os tratamentos foram constituídos de 12 cultivares de soja indicadas para o cultivo no oeste de Santa Catarina. Durante a fase vegetativa, a partir da inoculação espontânea das plantas, foi avaliada a severidade do oídio a partir da atribuição de uma nota, que podia variar de 1 a 9 (1 para a ausência da doença e 9 para plantas completamente doentes). Foram feitas seis avaliações semanais seguidas a partir do surgimento dos primeiros sintomas. A partir das notas, foi determinada a área de baixo da curva de progresso da doença (AACPD). A partir desta variável foi realizada a análise de variância. Uma vez constatada diferença significativa (p<0,05) entre as cultivares, suas médias foram agrupadas pelo teste Scott-Knott (a=0,05). O resultado indicou que as cultivares BMX Trovão I2X (Brasmax), NS 5505 I2X (Nidera) e BS 2606 IPRO (Basf) obtiveram um desempenho superior no campo, sendo menos acometidas pelo patógeno em comparação com as demais cultivares avaliadas. Conclui-se que há cultivares com maior tolerância ao oídio disponíveis aos produtores do oeste catarinense. Suporte financeiro IFC campus Concórdia – Edital no 19/2021 – Pesquisa
RESISTÊNCIA DE CULTIVARES DE SOJA À FERRUGEM ASIÁTICA.
A soja (Glycine max) é considerada umas das principais culturas agrícolas brasileiras, alavancando a economia nacional por estar dentre os principais produtos exportados atualmente pelo país. O envio dos grãos ao mercado exterior movimentou cerca de US$ 40,9 bilhões em 2021, possibilitando o país se tornar mundialmente conhecido como maior exportador do grão. Entretanto, a produtividade da cultura pode ser afetada devido a ocorrência de várias doenças foliares, que reduzem a área fotossintética da planta. Entre as doenças com maior potencial de danos, destaca-se a ferrugem asiática da soja (Phakopsora pachyrhizi). Diante disso, o objetivo deste trabalho foi avaliar a resistência genética de cultivares de soja a ferrugem asiática em campo. O experimento foi instalado na safra agrícola 2021/22, na área experimental do curso de Agronomia do Instituto Federal Catarinense, Campus Concórdia, SC, com 12 cultivares de soja, indicadas para o plantio nessa região. O experimento foi conduzido em delineamento de blocos completos casualizados (DBC), com 3 repetições. As parcelas foram constituídas por quatro linhas de 5 m de comprimento, com espaçamento de 50 cm entre linhas e densidade populacional de 300 mil plantas ha-1. A severidade da ferrugem asiática foi avaliada com base na percentagem de área foliar lesionada em todas as plantas da parcela útil, por meio da escala diagramática . Foram realizadas seis avaliações em intervalos de sete dias. A partir das notas atribuídas a severidade da doença, foi calculada a área abaixo da curva de progresso da doença (AACPD). As cultivares foram classificadas como resistentes, moderadamente resistentes e suscetíveis ao patógeno. Após a trilha manual das plantas da parcela útil, foi determinada a produtividade de grãos (PRO). Os dados das variáveis AACPD e PRO foram submetidos a análise de variância. Mediante constatação de diferenças significativas entre os tratamentos, as médias das variáveis foram agrupadas pelo teste Scott-Knott (p<0,05), utilizando o software estatístico R. Foi possível separar as cultivares em três grupos, sendo 2 cultivares (BMX ZEUS IPRO e BS 2606 IPRO) classificadas como resistentes, 7 cultivares (BMX TROVÃO I2X, BMX TORQUE I2X, NS 5505 I2X, TMG X20 - 001XTD, P95R51 RR, CZ15 B29 XTD, BRS 2553 XTD e M5710 I2X) com resistência moderada e 2 cultivares (NS 5115 I2X e DM53I54 I2X) como suscetíveis a ferrugem asiática da soja. Esse resultado demonstrou que há variabilidade genética das cultivares de soja cultivadas na região quanto a resistência a ferrugem asiática. Além disso, verificou-se que a cultivar BS 2606 IPRO é uma das mais produtivas e resistentes ao patógeno