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INUNDITOS COMO MODELO DEPOSICIONAL NO TRIÁSSICO DA BACIA DO PARANÁ: UM EXEMPLO NO GRÁBEN ARROIO MOIRÃO (RS)
O Gráben Arroio Moirão (RS) é um relicto doTriássico da Bacia do Paraná no embasamento, o Escudo Sul-Rio-Grandense. No setor noroeste do gráben foram reconhecidas características que se associam com um modelo sedimentar do tipo inundito. Foram aplicadas técnicas de mapeamento geológico de rochas sedimentares, sendo selecionados seis afloramentos para levantamento de perfis colunares com a descrição detalhada das unidades, documentação fotográfica e coleta de amostras de rochas para análises. Osperfis colunares permitiram o reconhecimento de dezoito fácies, oito sucessões de fácies, sete superfícies-chave e dois marcadores estratigráficos. A análise de fácies, das associaçõese dassucessões resultou na definição do arcabouço estratigráfico comproposição de um modelo deposicionaldo tipo inundito. O modelo atende as características da situação geológica encontrada, ou seja, um sistema composto por fluxos progradantes de baixa densidade, subaquosos, que geram litologias mal selecionadas, grãos angulosos a subangulosos.O agente transportador não é eficaz na segregação textural, é um evento episódicoenão há migração lateral de canais. A etapa de desenvolvimento de canais ocorre rapidamente por meio de feições rasas e desconfinantesqueocasionam depósitos com geometrias em lençóis ou tabulares. Sendo assim, considera-se que seja um modelo deposicional do tipo inundito
GEOCONSERVAÇÃO EM GRANDES CIDADES E PROPOSIÇÃO DOS ITINERÁRIOS GEOLÓGICOS DE PORTO ALEGRE: CONTRIBUIÇÕES METODOLÓGICAS PARA VALORAÇÃO INTEGRADA DE UNIDADES GEOLÓGICAS
Os temas da geodiversidade e geoconservação emergem no século XXI como contribuições das geociências para o desenvolvimento sustentável. Devido ao gigantismo urbano, aos colapsos socioambientais e à intensa ocupação da geosfera, se faz urgente a culturalização dos temas relacionados à Terra, especialmente da sua conservação. Nesse cenário, surgem os conceitos da geodiversidade e de suas funções ecossistêmicas, bem como estratégias e metodologias para aplicação da geoconservação. Embora antigas, as estratégias de geoconservação ganharam espaço na gestão patrimonial e ambiental a partir dos anos 1990 e, desde então, diferentes propostas metodológicas vêm sendo construídas para dar suporte técnico-científico para tais ações. Este trabalho apresenta contribuições metodológicas para valoração integrada de unidades geológicas a partir da análise de seis mapas temáticos do município de Porto Alegre e da proposição de uma matriz com 12 indicadores geopaisagísticos aplicados às 22 unidades geológicas locais. Além disso, 11 geossítios são encadeados em termos de itinerários geológicos que permitem evidenciar a história geológica regional. Por fim, o presente estudo propõe os Itinerários Geológicos de Porto Alegre como tecnologia socioeducativa para auxiliar a conexão das pessoas com a paisagem onde vivem. Dessa forma, geoeducação e geoconservação podem ter papéis importantes na gestão de ambientes urbanos populosos
O desafio da gestão ambiental no município de Porto Alegre
A emergência dos temas ambientais na sociedade contemporânea verifica-se desde as décadas de sessenta e setenta. Anteriormente lidos como um problema de ecologistas, os temas do meio ambiente logo passaram a fazer parte da cosmovisão do mundo civilizado. Além da necessária defesa dos ecossistemas naturais, faz-se mister que programas de gestão ambiental sejam adotados nas grandes cidades deste fim de século. O desenvolvimento sustentável das cidades passa, então, a ser uma condição para a plenitude da cidadania.A Secretaria Municipal do Meio Ambiente apresenta, neste texto, as diretrizes gerais e os principais programas para a gestão ambiental que estão sendo considerados no município de Porto Alegre.Antes de constituir-se num projeto acabado, trata-se de um diagnóstico inicial, ponto de partida para a consolidação de um projeto estratégico para a Secretaria, visando afirmá-la enquanto um órgão capaz de responder ao desafio de concretizar a gestão ambiental no município
New dinosaur tracks from the Late Cretaceous El Molino Formation of Toro Toro (Dep. Potosi, Bolivia)
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Contamination of Urban Watersheds: the Case of Arroio Moinho, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brazil
This article aims to analyze the contamination of water and bottom sediment at Arroio Moinho (Mill Stream), in Porto Alegre (Rio Grande do Sul, Brazil). From two sample collections, a series of diagnostic measurements were carried out, such as: a) physical-chemical and biological analysis of the water; b) water quality index (WQI); c) metal contamination, granulometric and mineralogical analyses of the bottom sediment; d) total organic carbon (TOC); e) categorization into water quality classes; f) contamination factor (CF) and geoaccumulation index (Igeo) geoindicators; g) analysis of per capita income and population density. The analytical results of the water at the two sample locations exceeded the limits established by Class 4 (restricted use). The WQI revealed the worst level (very bad in 2012 and bad in 2018) at all sampling points. The bottom sediment analysis showed that the spring has a low fine-grained fraction content (3%) and TOC levels between 8 and 17%. However, the sediments revealed high levels of metals such as Zn and Cu and low to moderate Pb levels. These results allowed the stream to be classified as Class 3 in terms of soil quality, requiring identification of the source of the pollution and ongoing inspection to monitor contamination.
Cognição e paisagem no processo civilizatório andino: a matriz do lugar como chave para decifrar Machu Picchu
Este trabalho investiga as relações entre a paisagem andina e a construção das cidades incaicas de Machu Picchu e Ollantaytambo no vale do rio Vilcanota-Urubamba, na região de Cusco, Peru. Por meio de técnicas da Ecologia de Paisagem, Geologia e Geomorfologia, estabeleceu-se a matriz do lugar da região em termos de uma rede de falhas tectônicas e as formas das montanhas e blocos rochosos resultantes da erosão. Procura-se mostrar que as cidades incaicas foram propositadamente situadas em locais de cruzamento de falhas geológicas, onde as condições do meio rochoso propiciaram a construção de cidades em locais elevados e estrategicamente seguros frente às condições inóspitas dos Andes centrais