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Incidência de pancreatite aguda: Impactos na saúde pública e estratégias de prevenção
A pancreatite aguda é uma inflamação súbita do pâncreas que pode variar de casos leves e autolimitados a quadros graves e potencialmente fatais. Esta condição é uma das principais causas de internação hospitalar relacionada a doenças gastrointestinais em todo o mundo. No Brasil, o impacto da pancreatite aguda nas internações hospitalares tem se mostrado significativo, refletindo tanto na sobrecarga do sistema de saúde quanto nos custos associados ao tratamento. A natureza urgente da maioria dos casos requer intervenção médica imediata para prevenir complicações severas, como necrose pancreática, infecções e falência de órgãos. Com uma distribuição desigual de casos e custos entre as diferentes regiões do país, a análise das internações por pancreatite aguda oferece informações importantes sobre as disparidades no acesso e na qualidade dos cuidados de saúde. Além disso, o estudo dos fatores demográficos e comportamentais associados às internações pode ajudar na formulação de políticas de prevenção e manejo mais eficazes, visando reduzir a incidência e a severidade dessa condição. Trata-se de estudo descritivo e retrospectivo com análise de dados secundários, que traçou o perfil epidemiológico das internações hospitalares causadas por pancreatite aguda registradas no Sistema de Informações Hospitalares, disponível no DATASUS. As internações selecionadas foram de janeiro de 2019 e dezembro de 2023 no território nacional. Por se tratar de uma análise secundária, não houve a necessidade de submetê-lo ao Comitê de Ética em Pesquisa. As internações por pancreatite aguda destacam uma série de desafios e disparidades no sistema de saúde. Com um aumento de 3% nas internações, a maioria dos casos foi registrada na região Sudeste, que também apresentou os maiores custos associados. A predominância de internações de urgência, que somaram 95% do total, sublinha a gravidade e a natureza imprevisível da condição. A análise revelou uma vulnerabilidade particular entre homens pardos e indivíduos na faixa etária de 40 a 49 anos, indicando a necessidade de abordagens direcionadas de prevenção e tratamento para esses grupos. A desigualdade regional nos custos de internação e no acesso a serviços de saúde especializados aponta para a necessidade de políticas públicas que promovam a equidade e melhorem a infraestrutura médica nas regiões menos favorecidas
Incidência das infecções pelo vírus herpes: Desafios e implicações para a saúde pública
As internações devido ao vírus herpes representam um desafio significativo na prática médica contemporânea, impactando a qualidade de vida dos pacientes e os recursos de saúde pública. O herpes vírus, pertencente a uma família viral amplamente disseminada, pode manifestar-se de maneira variada, desde lesões cutâneas dolorosas até complicações sistêmicas graves que requerem cuidados intensivos. A análise da incidência das internações hospitalares por herpes vírus pode ajudar a identificar disparidades de saúde entre grupos populacionais, incluindo disparidades socioeconômicas e geográficas. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi construir o perfil epidemiológico das internações causadas por herpes vírus, no período de 2019 a 2023. Este é um estudo de séries temporais, que usou dados do Sistema de Informações Hospitalares (SIH) do DATASUS. Essa fonte abrangente oferece uma visão detalhada das internações causadas por herpes vírus no Brasil. Através desse estudo, demostramos uma redução de 1% nas internações causadas por herpes vírus no Brasil, com o sudeste sendo responsável pela maioria das internações e custos hospitalares. Além disso, identificamos que crianças do sexo feminino pardas, com idade entre 1 a 4 anos, foram as principais afetadas. Apesar dos desafios representados pelo herpes vírus, a análise epidemiológica oferece informações valiosas que podem orientar políticas de saúde pública e práticas clínicas, visando não apenas a redução das internações, mas também a melhoria da qualidade de vida dos indivíduos afetados. O contínuo monitoramento e a pesquisa são essenciais para adaptar estratégias de intervenção e alcançar progressos contínuos na gestão dessa condição de saúde pública significativa
Dynamics and determinants of SARS-CoV-2 RT-PCR testing on symptomatic individuals attending healthcare centers during 2020 in Bahia, Brazil
RT-PCR testing data provides opportunities to explore regional and individual determinants of test positivity and surveillance infrastructure. Using Generalized Additive Models, we explored 222,515 tests of a random sample of individuals with COVID-19 compatible symptoms in the Brazilian state of Bahia during 2020. We found that age and male gender were the most significant determinants of test positivity. There was evidence of an unequal impact among socio-demographic strata, with higher positivity among those living in areas with low education levels during the first epidemic wave, followed by those living in areas with higher education levels in the second wave. Our estimated probability of testing positive after symptom onset corroborates previous reports that the probability decreases with time, more than halving by about two weeks and converging to zero by three weeks. Test positivity rates generally followed state-level reported cases, and while a single laboratory performed ~90% of tests covering ~99% of the state's area, test turn-around time generally remained below four days. This testing effort is a testimony to the Bahian surveillance capacity during public health emergencies, as previously witnessed during the recent Zika and Yellow Fever outbreaks