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Acompanhamento farmacoterapêutico de pacientes portadores de hipertensão arterial de diabetes Mellitus / Pharmacotherapeutical monitoring of patients with arterial hypertension of diabetes Mellitus
A atenção farmacêutica envolve uma interação direta do profissional farmacêutico com o paciente, visando o uso racional de medicamentos, com a finalidade de garantir um tratamento farmacológico positivo por meio do acompanhamento farmacoterapêutico. Sendo assim, o estudo teve como objetivo promover o acompanhamento farmacoterapêutico de pacientes portadores de hipertensão arterial sistêmica e/ou diabetes mellitus que estejam sendo atendidos em um Centro de Saúde de João Pessoa-PB. Trata-se de um estudo analítico, qualitativo e de intervenção com pacientes masculino e feminino, maiores de 18 anos e que aceitaram fazer parte da pesquisa. Esses pacientes foram acompanhados em entrevistas sucessivas, por meio de um formulário previamente elaborado. Posteriormente foram então investigados os possíveis problemas relacionados ao medicamento sendo definidos os planos de cuidado farmacoterapêutico, a fim de promover mudança no estado de saúde e na qualidade da farmacoterapia. Foram atendidos 24 pacientes portadores de hipertensão e/ou diabetes. Os principais medicamentos utilizados para tratar os pacientes foram insulina NPH, metformina 500 mg, losartana e hidroclorotiazida. Todos os pacientes foram reavaliados após intervenções. Depois dessa análise, foi constatado que 83,3% dos pacientes apresentaram melhora de suas condições gerais de saúde associado ao uso de medicamentos
Prevalência de anomalias congênitas associadas às fissuras labiopalatinas
Objetivo: Verificar a prevalência de anomalias congênitas associadas às fissuras labiopalatinas em crianças de 0 a 3 anos de idade. Métodos: Estudo transversal, observacional, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (Ofício nº 412/2011). Participaram do estudo 325 mulheres, mães biológicas de crianças com fissuras labiopalatinas de 0 a 3 anos de idade, associadas ou não a anomalias congênitas, matriculados no HRAC-USP. A média de idade das mães foi de 29 anos e mediana de 28 anos. O tamanho amostral foi segundo a “Fórmula para cálculo de tamanho de amostra - Populações infinitas”. Os resultados foram tabulados em planilha do programa computacional Microsoft® Excel, apresentados em tabelas apontando a média, mediana, frequência absoluta (fi), frequência absoluta acumulada (Fi), frequência relativa acumulada (Fr). Para a comparação entre a porcentagem do agravo na população e amostra, utilizou-se o teste estatístico “Teste Exato de Fisher”, adotando-se nível de significância de 5%. Resultado: Quanto à prevalência de anomalias congênitas associadas às fissuras labiopalatinas, 209(64,30%) crianças na faixa etária de 0 a 3 anos, apresentaram fissura labiopalatina isolada e 116(35,69%) apresentaram algum tipo de anomalia congênita associada a essas fissuras. A fissura mais prevalente foi a fissura pós-forame, apresentando-se isolada em 63 casos e associadas à anomalias em 42 casos, seguida da fissura trans-forame incisivo unilateral esquerda, sendo 17 casos isolada e 59 casos associada à anomalias. A anomalia congênita associada às fissuras mais encontrada foi a Sequencia de Pierre Robin, seguida das cardiopatias diversas e malformações de pés e mãos. Conclusão: a prevalência de anomalias congênitas associadas às fissuras labiopalatinas foi de 35,69%
Prevalence of heredity in children born with cleft lip and palate
Background and purpose: The incidence of heredity as a factor for the occurrence of cleft lip and palate is remarkable, as shown by the high number affected relatives. Therefore, this study investigates the prevalence of heredity on children aged 0 to 3, born with cleft lip and palate, cared for in HRAC. Methods: This is a descriptive, quantitative and retrospective study involving 325 children born with cleft lip and palate, as well as with associated anomalies. Results: Out of the 325 children, 106 (49.23%) had at least one family member who was also born with cleft lip and palate. The greatest incidence of heredity happened among cousins, this relationship being present in 70 cases (21.54%), followed by maternal/paternal uncles (29 cases - 8.92%), parents (14 cases - 4.31%), brothers (7 cases - 2.15%), grandparents (4 cases - 1.23%) and great-grandparents (4 cases - 1.23%). Regarding the type of cleft lip and palate, the most common were cleft palate (105 cases - 32.3%), left unilateral cleft lip and palate (75 cases - 23.07%), bilateral cleft lip and palate (65 cases - 20%) and left unilateral cleft lip (36 cases - 11.07%). Also, Pierre Robin Sequence had its greatest incidence in association with cleft palate on the first child. Conclusions: A positive relationship was found regarding the occurrence of cleft lip and palate among the relatives of the children included in the sample. We emphasize the importance of providing adequate orientation to families, focusing on a responsible family planning and providing information on the heightened occurrence risks of cleft lip and palate if there is already a family member affected, as well as on prevention measures to avoid associated anomalies
DIFICULDADE TERAPÊUTICA DA DIFERENCIAÇÃO CLÍNICA DA DOENÇA DE CROHN E TUBERCULOSE INTESTINAL
This article aims to raise awareness about the difficulty of differentiating between Crohn's Disease and Tuberculosis, as well as the impacts of this impasse on clinical daily life. This is an integrative review based on an online database that provided free articles, dated between 2019 and 2023, in Portuguese, Spanish and English that corresponded to the delimited theme. It is concluded that despite the difficulties in consolidating protocols, the histological study has been the bet for diagnostic optimization, as well as policies for TB eradication have impacted the prognosis of patients.Este artigo tem por objetivo conscientizar sobre a dificuldade da diferenciação entre a Doença de Crohn e a Tuberculose, bem como os impactos desse impasse no cotidiano clínico. Trata-se de uma revisão integrativa baseada em banco de dados online que forneceram artigos gratuitos, datados entre 2019 e 2023, em língua portuguesa, espanhola e inglesa que correspondiam ao tema delimitado. Conclui-se que embora as dificuldades na consolidação de protocolos, o estudo histológico tem sido a aposta para a otimização diagnóstica, bem como as políticas para erradicação da TB tem impactado no prognóstico dos enfermos.
Palavras-chave: Doença de Crohn, Tuberculose Gastrointestinal, Diagnóstico
ATLANTIC EPIPHYTES: a data set of vascular and non-vascular epiphyte plants and lichens from the Atlantic Forest
Epiphytes are hyper-diverse and one of the frequently undervalued life forms in plant surveys and biodiversity inventories. Epiphytes of the Atlantic Forest, one of the most endangered ecosystems in the world, have high endemism and radiated recently in the Pliocene. We aimed to (1) compile an extensive Atlantic Forest data set on vascular, non-vascular plants (including hemiepiphytes), and lichen epiphyte species occurrence and abundance; (2) describe the epiphyte distribution in the Atlantic Forest, in order to indicate future sampling efforts. Our work presents the first epiphyte data set with information on abundance and occurrence of epiphyte phorophyte species. All data compiled here come from three main sources provided by the authors: published sources (comprising peer-reviewed articles, books, and theses), unpublished data, and herbarium data. We compiled a data set composed of 2,095 species, from 89,270 holo/hemiepiphyte records, in the Atlantic Forest of Brazil, Argentina, Paraguay, and Uruguay, recorded from 1824 to early 2018. Most of the records were from qualitative data (occurrence only, 88%), well distributed throughout the Atlantic Forest. For quantitative records, the most common sampling method was individual trees (71%), followed by plot sampling (19%), and transect sampling (10%). Angiosperms (81%) were the most frequently registered group, and Bromeliaceae and Orchidaceae were the families with the greatest number of records (27,272 and 21,945, respectively). Ferns and Lycophytes presented fewer records than Angiosperms, and Polypodiaceae were the most recorded family, and more concentrated in the Southern and Southeastern regions. Data on non-vascular plants and lichens were scarce, with a few disjunct records concentrated in the Northeastern region of the Atlantic Forest. For all non-vascular plant records, Lejeuneaceae, a family of liverworts, was the most recorded family. We hope that our effort to organize scattered epiphyte data help advance the knowledge of epiphyte ecology, as well as our understanding of macroecological and biogeographical patterns in the Atlantic Forest. No copyright restrictions are associated with the data set. Please cite this Ecology Data Paper if the data are used in publication and teaching events. © 2019 The Authors. Ecology © 2019 The Ecological Society of Americ
Influence of speech sample on perceptual judgement of hypernasality
Proposição: Investigar a influência do tipo de amostra de fala, conversa espontânea ou repetição de sentenças, sobre o índice de concordância intra e interavaliadores. Material e Métodos: Foram selecionadas e editadas 120 amostras de fala de indivíduos com fissura de palato±lábio reparada, de ambos os sexos, com idade entre 6 e 52 anos (média=21±10 anos), gravadas em áudio, sendo 60 amostras contendo trechos de conversa espontânea e 60 amostras contendo repetição de sentenças. As amostras foram analisadas por três fonoaudiólogas experientes, as quais classificaram a hipernasalidade em escala de 4 pontos: 1=hipernasalidade ausente, 2=hipernasalidade leve, 3=hipernasalidade moderada e 4=hipernasalidade grave, utilizando seus critérios internos, em duas etapas: primeiramente conversa espontânea e, 30 dias depois, repetição de sentenças. Os índices de concordância intra e interavaliadores foram estabelecidos para ambos os tipos de amostra de fala e foram comparados entre si por meio do Teste Z. Diferenças foram consideradas estatisticamente significantes ao nível de 5%. Resultados: A comparação dos índices de concordância intra-avaliadoras entre os dois tipos de amostra de fala mostrou aumento dos coeficientes obtidos na análise da repetição de sentenças em relação aos obtidos na conversa espontânea, de 0,45 (moderado) para 1,00 (quase perfeito) para a avaliadora 1; de 0,60 (substancial) para 0,74 (substancial) para a avaliadora 2 e de 0,44 (moderada) para 0,92 (substancial) para a avaliadora 3. Diferenças estatisticamente significante foram verificadas para as avaliadoras 1 (p<0,001) e 3 (p=0,006). A comparação entre os índices de concordância interavaliadores mostrou que os coeficientes de concordância obtidos entre as três avaliadoras para as amostras de fala contendo trechos de conversa espontânea variaram de 0,34 (regular) a 0,48 (moderado) e para as amostras com repetição de sentenças de 0,31 (regular) a 0,43 (moderado), não havendo diferença estatisticamente significante entre os dois tipos de amostras (p=0,970). Conclusão: A repetição de sentenças favoreceu a confiabilidade do julgamento perceptivo da hipernasalidade de um mesmo avaliador, visto que a concordância intra-avaliadores na análise desta amostra de fala foi maior. No entanto, o tipo de amostra de fala não influenciou a concordância entre diferentes avaliadores.Purpose: To investigate the influence of speech material, spontaneous conversation or sentences repetition, on intra and inter-rater reliability. Material and Methods: 120 audio recorded speech samples were selected and edited of individuals with repaired cleft palate±lip, both genders, aged 6 to 52 years old (mean 21±10), 60 samples containing spontaneous conversation and 60 samples containing sentences repetition. Recordings were analyzed by three experienced speech and language therapists, which rated hypernasality according to their own criteria using 4-point scale: 1=absence of hypernasality, 2=mild hypernasality, 3=moderate hypernasality and 4=severe hypernasality. The analyses were performed in two steps: first spontaneous speech and 30 days after, sentences repetition. Intra and inter-rater agreements were calculated for both speech samples and were statistically compared by the Z test. Differences between two speech samples were considered statistically significant at the 5% level. Results: Comparison of intra-rater agreements between both speech samples showed an increase of the coefficients obtained in the analysis of sentences repetition compared to those obtained in spontaneous conversation from 0.45 (moderate) to 1.00 (almost perfect) regarding rater 1; from 0.60 (substantial) to 0.74 (substantial) to rater 2 and from 0.44 (moderate) to 0.92 (substantial) to rater 3. Statistically significant differences were verified to raters 1 (p<0.001) and 3 (p=0.006). Comparison between inter rater agreement showed that the agreement coefficients obtained among the three raters ranged from 0.34 (fair) to 0.48 (moderate) for spontaneous conversation and from 0.31 (fair) to 0.43 (moderate) for sentences repetition with no statistically significant difference between two speech samples (p=0.970). Conclusion: Sentences repetition improved intra-rater reliability of hypernasality. However, the speech material had no influence on reliability among different raters
Predictors of velopharyngeal dysfunction in individuals with cleft palate submitted to surgical maxillary advancement: clinical and tomographic assessments
Proposição: Investigar se as condições morfológicas e funcionais da região velofaríngea (extensão, mobilidade e inserção do véu palatino e razão entre a profundidade da nasofaringe e a extensão do véu palatino) podem ser consideradas fatores preditivos do aparecimento ou agravamento da hipernasalidade em indivíduos com fissura palatina, após o avanço cirúrgico da maxila (AM), na dependência da quantidade de avanço obtida. Material e Métodos: Cinquenta e dois pacientes com fissura de palato operada, de ambos os sexos e indicação para AM foram submetidos à gravação de fala e ao exame de tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC) antes (T1) e, em média, 14 meses após (T2) a cirurgia, e à gravação em vídeo de imagens intraorais do palato em repouso e em movimento no momento T1. As amostras de fala foram classificadas, por três avaliadoras, em escala de 4 pontos (hipernasalidade ausente, leve, moderada ou grave) e o aspectos morfofuncionais em escala de 3 pontos (extensão do palato longa, regular ou curta; mobilidade boa, regular ou ruim; inserção do músculo levantador do véu palatino posterior, média ou anterior). O escore final de classificação dessas variáveis foi obtido por meio do consenso entre as 3 avaliadoras. Adicionalmente, nas imagens de TCFC, foram realizadas medidas objetivas da profundidade da nasofaringe e da extensão do véu palatino para determinar a razão entre essas grandezas, além da medida da quantidade de AM. Todas as medidas foram realizadas utilizando-se os softwares Amira e Dolphin 3D. A concordância intra-avaliador foi verificada pelo cálculo do erro sistemático, do erro casual e pelo coeficiente de correlação intraclasse (CCI). Para comparar os escores de hipernasalidade nos momentos T1 e T2, aplicou-se o teste McNemar. A comparação entre os indivíduos de acordo com a ausência (G1) ou presença (G2) da hipernasalidade para cada variável foi realizada por meio dos testes t de Student e Mann-Whitney. A associação entre a hipernasalidade e as variáveis estudadas foi verificada utilizando-se os testes X² e de Fischer e a correlação de Spearman. A interação entre as variáveis foi verificada por meio da Regressão Logística, p<0,05. Resultados: Excelente correlação intra-avaliador foi verificada para as medidas objetivas. Diferença significante foi observada entre as classificações da hipernasalidade nos momentos T1 e T2 (p=0,031) e entre G1 e G2 quanto à mobilidade do véu (0,015), com associação positiva entre esta variável e a hipernasalidade no momento T2 (p=0,041). Conclusão: A mobilidade do véu palatino teve influência sobre o aparecimento da hipernasalidade após o avanço cirúrgico da maxilaPurpose: To investigate whether morphological and functional velopharyngeal aspects (velar length, mobility and insertion of levator veli palatini muscle, and ratio between nasopharyngeal depth and velar length) may be considered predictors of the appearance or worsening of hypernasality in individuals with cleft palate after surgical maxillary advancement (MA), depending on the amount of anterior movement obtained. Material and Methods: Fifty-two patients with repaired cleft palate, both sexes, and indication for MA were submitted to a speech audio recording and a cone beam computed tomography exam (CBCT) before (T1) and, on average, 14 months after (T2) surgery, and to an intraoral video recording of the soft palate at rest and during movement on T1. The speech samples were classified by three raters in a 4-point scale (absent, mild, moderate, or severe hypernasality) and the morphofunctional aspects in a 3-point scale (long, regular, or short velar length; good, regular, or poor velar mobility; posterior, middle, or anterior levator veli palatine insertion). The final score of those variables was obtained by means of consensus among the three raters. Additionally, through CBCT images, objective measures of pharyngeal depth, velar length (in order to determine the ratio between those variables), and amount of maxillary advancement were taken. All measures were performed twice by the same rater using Amira and Dolphin 3D softwares. Intra-rater agreement was verified by systematic and casual errors, and through the intraclass coefficient correlation (ICC). In order to compare hypernasality scores between T1 and T2, McNemar test was applied. Comparison among individuals according to the absence (G1) or presence (G2) of hypernasality for each variable was performed by means of Student t test and Mann-Whitney test. Association between hypernasality and the variables analyzed was verified by using X² test, Fischer test, and Spearman correlation. Interactions among variables were verified by Logistic Regression, p<0,05. Results: Excellent intra-rater correlation was verified for objective measures. Significant difference was observed for hypernasality scores between T1 and T2 (p=0,031) and between G1 and G2 in relation to velar mobility (0,015), with positive association between this variable and hypernasality on T2 (p=0,041). Conclusion: Levator veli palatine mobility presented influence on the appearance of hypernasality after M
Influência da amostra de fala na classificação perceptiva da hipernasalidade
RESUMO Objetivo Investigar a influência do tipo de amostra de fala, conversa espontânea ou repetição de sentenças, sobre o índice de concordância intra e interavaliadores obtido na classificação perceptiva da hipernasalidade. Métodos Foram selecionadas e editadas 120 amostras de fala gravadas em áudio (60 contendo trechos de conversa espontânea e 60 contendo repetição de sentenças) de indivíduos com fissura de palato±lábio reparada, de ambos os sexos, com idade entre 6 e 52 anos (média=21±10 anos). Três fonoaudiólogas experientes, utilizando seus critérios internos, classificaram a hipernasalidade em escala de 4 pontos: 1=ausente, 2=leve, 3=moderada e 4=grave, primeiramente na amostra de conversa espontânea e, 30 dias depois, na repetição de sentenças. Os índices de concordância intra e interavaliadores foram estabelecidos para ambos os tipos de amostra de fala e comparados entre si por meio do Teste Z com nível de significância de 5%. Resultados A comparação dos índices de concordância intra-avaliadores entre os dois tipos de amostra de fala mostrou aumento dos coeficientes obtidos na análise da repetição de sentenças em relação aos obtidos na conversa espontânea, já a comparação entre os índices de concordância interavaliadores não mostrou diferença significante entre as três avaliadoras para os dois tipos de amostras de fala. Conclusão A repetição de sentenças favoreceu a confiabilidade do julgamento perceptivo da hipernasalidade de um mesmo avaliador, visto que a concordância intra-avaliadores na análise desta amostra de fala foi maior. No entanto, o tipo de amostra de fala não influenciou a concordância entre diferentes avaliadores
Ressonância da fala após tratamento cirúrgico da insuficiência velofaríngea secundária à cirurgia ortognática
OBJETIVO:investigar o efeito da cirurgia corretiva da insuficiência velofaríngea sobre a ressonância da fala de indivíduos nascidos com fissura palatina que passaram a apresentar hipernasalidade, após a cirurgia ortognática.MÉTODOS:foram analisados os resultados da ressonância de 23 pacientes com fissura labiopalatina corrigida cirurgicamente que apresentavam ressonância oronasal equilibrada antes da cirurgia ortognática e foram submetidos à correção cirúrgica da insuficiência velofaríngea, devido ao aparecimento de hipernasalidade após a cirurgia ortognática. Os pacientes foram submetidos à avaliação perceptivo-auditiva da fala para classificação da hipernasalidade, em três situações: 3 dias antes e 5 meses, em média, após a cirurgia ortognática e, 13 meses, em média, após a cirurgia corretiva da insuficiência velofaríngea. A hipernasalidade foi classificada utilizando-se escala de 4 pontos: 1=ausência de hipernasalidade; 2=hipernasalidade leve; 3=moderada e 4=grave. Os escores de hipernasalidade nas três situações estudadas foram comparados por meio do teste de Friedman, com nível de significância de 5% e, posteriormente, pelo teste de Tukey para comparações múltiplas.RESULTADOS:do total de 23 pacientes, houve eliminação do sintoma de fala após a correção da insuficiência velofaríngea em 83% (19/23), sendo os escores médios de nasalidade antes da cirurgia ortognática=1, após a cirurgia ortognática=3 e após a correção da insuficiência velofaríngea=1. Houve diferença estatisticamente significante entre as três situações estudadas (p<0,001).CONCLUSÃO:a cirurgia corretiva da insuficiência velofaríngea foi um tratamento efetivo na grande maioria dos casos que apresentaram hipernasalidade secundária à cirurgia ortognática, com retorno à condição de normalidade