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    Associação entre níveis séricos de vitamina D e déficit cognitivo em idosos de Florianópolis/SC: estudo EpiFloripa

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    Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Nutrição, Florianópolis, 2018.Introdução: Estudos indicam que níveis inferiores de vitamina D estão associados ao pior desempenho cognitivo na população idosa, a qual parece ser mais predisposta à deficiência nesta vitamina. Objetivos: Investigar a associação entre o nível sérico de vitamina D e o déficit cognitivo em idosos de Florianópolis/SC. Metodologia: Análise transversal dos idosos (=60 anos) participantes do estudo EpiFloripa Idoso (2013-2014), uma coorte longitudinal de base populacional. O estado cognitivo foi avaliado pelo Mini-exame do Estado Mental, e os escores foram categorizados em provável presença ou ausência de déficit cognitivo (ponto de corte 19/20 para analfabetos e 23/24 para qualquer grau de escolaridade). A concentração sérica de vitamina D foi determinada em análise de amostra sanguínea por Quimioluminescência por Micropartículas. Para avaliar a associação entre a presença de déficit cognitivo e a vitamina D, foi utilizada regressão logística bruta e ajustada para variáveis sociodemográficas, comportamentais e de saúde, com os níveis de vitamina D distribuídos em quartis (1º Quartil: 4,0 a 20,7 ng/ml; 2º Quartil: 20,8 a 26,6 ng/ml; 3º Quartil: 26,7 a 32 ng/ml e 4º Quartil: 32,1 a 96,8 ng/ml). Resultados: A amostra foi composta por 572 idosos, sendo 372 mulheres (63%). A média de idade nos homens foi de 72,1 (DP=6,5) anos e nas mulheres de 72,4 (DP=6,3) anos. A prevalência de déficit cognitivo em homens e mulheres foi de 16,1% (IC95%: 9,9; 24,8) e 25,0% (IC95%: 19,5; 31,4), respectivamente. Nos homens, a prevalência de déficit cognitivo foi maior nos idosos com 80 anos ou mais (p=0,014), com renda menor que um salário mínimo (p<0,001), naqueles que nunca consumiam álcool (p=0,002) e com baixo peso (p<0,001). Já nas mulheres, a prevalência de déficit cognitivo foi maior nas idosas com 80 anos ou mais (p<0,001), com renda menor que um salário mínimo (p<0,001), nas que nunca consumiam álcool (p<0,001), naquelas insuficientemente ativas (p<0,001) e nas que apresentam 3 ou mais morbidades (p=0,017). Na análise ajustada, para as mulheres, os dados mostraram que as idosas no primeiro (OR: 6,35; IC95%: 1,53; 26,35), segundo (OR: 14,45; IC95%: 3,41; 61,19) e terceiro (OR: 7,22; IC95%: 1,80; 29,09) quartis de vitamina D, apresentaram maior chance de déficit cognitivo quando comparado às mulheres no quartil superior (32,1 a 96,8 ng/ml). Não foi verificada associação para os homens. Conclusão: Os resultados sugerem que os quartis mais baixos de vitamina D foram associados com o déficit cognitivo em mulheres idosas, mesmo após o ajuste para potenciais confundidores. Visto que a vitamina D tem relação com a saúde mental dos indivíduos idosos, mais pesquisas são necessárias para investigar se a manutenção de níveis séricos adequados pode representar um fator significativo na prevenção de distúrbios neurológicos relacionados à idade, como também, para verificar a necessidade de novos pontos de corte para essa faixa etária.Abstract : Background: Studies indicate that lower levels of vitamin D are associated with poorer cognitive performance in the elderly population, which seems to be more predisposed to vitamin D deficiency. Objective: To investigate the association between serum vitamin D level and cognitive impairment in the elderly from Florianópolis / SC. Methods: Cross-sectional analysis of the elderly (=60 years) participating in the EpiFloripa Elderly study (2013/2014), a population-based longitudinal cohort. The cognitive status was assessed by the Mini Mental State Exam, and the scores were categorized into a probable presence or absence of cognitive impairment (cut-off point 19/20 for illiterates and 23/24 for any degree of education). Serum vitamin D concentration was determined in blood sample analysis by Microparticle Chemiluminescence. To evaluate the association between the presence of cognitive impairment and vitamin D, logistic regression analyses was performed, crude and adjusted for sociodemographic, behavioral and health variables, with vitamin D levels distributed in quartiles (1st Quartile: 4.0 to 20.7 ng / ml, 2nd Quartile: 20.8 to 26.6 ng / ml, 3rd Quartile: 26.7 to 32 ng / ml, and 4th Quartile: 32.1 to 96, 8 ng / ml). Results: The sample consisted of 572 elderly, 372 women (63%). The mean age in men was 72.1 (± 6.5) years and in women 72.4 (± 6.3) years. The prevalence of cognitive impairment in men and women was 16.1% (95% CI: 9.9, 24.8) and 25.0% (95% CI: 19.5, 31.4), respectively. In men, the prevalence of cognitive impairment was higher in the elderly with 80 years or older (p = 0.014), with income lower than a minimum wage (p <0.001), in those who never consumed alcohol (p = 0.002) (p <0.001). In women, the prevalence of cognitive deficits was higher in the elderly women aged 80 years or older (p <0.001), with income less than a minimum wage (p <0.001), in those who never consumed alcohol (p <0.001) (p <0.001) and those with 3 or more morbidities (p = 0.017). In the adjusted analysis, for the women, the data showed that the elderly in the first (OR: 6,35; IC95%: 1,53; 26,35), second (OR: 14,45; IC95%: 3,41; 61,19) and third (OR: 7,22; IC95%: 1,80; 29,09) vitamin D quartiles had a higher chance of cognitive impairment when compared to women in the upper quartile (32.1 to 96.8 ng / ml). No association was found for men. Conclusion: The results suggest that lower quartiles of vitamin D were associated with cognitive impairment in older women, even after adjusting for potential confounders. Since vitamin D is related to the mental health of elderly individuals, further research is needed to investigate whether maintaining adequate serum levels may represent a significant factor in the prevention of age-related neurological disorders, as well as to new cutoff points for this age group

    Relatório Epifloripa Idoso

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    Relatório técnico científico de pesquisaEste relatório apresenta dados da terceira onda de entrevistas domiciliares do Estudo de Coorte EpiFloripa Idoso, estudo longitudinal de base populacional e domiciliar, que acompanha as condições de vida e saúde de uma amostra de idosos (60 anos ou mais de idade), representativa da zona urbana do município de Florianópolis, capital de Santa Catarina, na Região Sul do Brasil. Este documento também celebra os dez anos do estudo (2009-2019), coordenado pela Professora Eleonora d’Orsi do Departamento de Saúde Pública da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em parceria com pesquisadores dos Departamentos de Educação Física, Nutrição e Fonoaudiologia. Ao longo destes dez anos foram realizadas três ondas de entrevistas domiciliares e uma onda de exames clínicos, pela equipe do estudo, composta pela coordenadora, pesquisadores e estudantes de iniciação científica, mestrado e doutorado dos Programas de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, Educação Física, Nutrição, Odontologia e Ciências Médicas da UFSC. Este estudo somente foi possível graças ao empenho desta equipe multidisciplinar extremamente unida, dedicada, competente, solidária e produtiva. O relatório é apresentado em seis seções: no primeiro capítulo é apresentada a introdução e objetivo do documento, no segundo capítulo são apresentados os métodos do estudo, no terceiro capítulo os aspectos sociodemográfico da amostra. Já nos capítulos quatro, cinco e seis são apresentados os resultados dos indicadores comportamentais, de saúde e sociais, indicadores no formato de tabelas e gráficos, respectivamente. Por fim, são apresentadas as considerações finais do relatório, seguidas pelas referências bibliográficas e apêndices.A terceira onda do EpiFloripa foi financiada com recursos do Economic and Social Research Council (ESRC) do Reino Unido através do projeto multicêntrico Promoting Independence in Dementia (PRIDE), valor financiado: R$574.698,20 contrato 75/2017 entre UFSC e FAPEU, período: janeiro de 2016 a fevereiro de 2020
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