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As Contribuições de Henri Coudreau à Coleção Etnográfica do Museu Paraense Emílio Goeldi
This study aims to elucidate questions about the documentation of Ethinographic Collection collected by Henri Coudreau, traveller and geographer, placed currently in the Museum Paraense Emílio Goeldi (MPEG), and to map a brief trajectory of the French geographer in the state of Pará between the years of 1895 and 1899, indicating his contribution to the Collection of MPEG. The performed study was a qualitative documental and bibliographic. The findings enlighten the knowledge about the amount of objects donated by the geographer to the institution and presents a map containing the demarcation of Amazonian rivers traveled by Coudreau.O presente artigo objetiva esclarecer dúvidas referentes à documentação da Coleção Etnográfica coletada por Henri Coudreau, viajante e geógrafo francês, e acondicionada atualmente no Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) e traçar uma breve trajetória de Coudreau no Pará entre 1895 e 1899, apontando as contribuições do geógrafo francês para a Coleção do MPEG. A partir de uma pesquisa qualitativa documental e bibliográfica, apresenta-se como resultados o esclarecimento acerca da quantidade de objetos doados pelo geógrafo à Instituição e um mapa contendo a marcação dos rios percorridos por Coudreau
Henri Coudreau e a “vulgarização” amazônica: os índios Juruna, Tapayuna e Parintintin (1895-1896)
Entre 1895 e 1899, o geógrafo francês Henri Coudreau realizou expedições pelo estado do Pará a serviço do governo deste estado a fim de sistematizar informações a acerca da geografia física e da população paraense. Os registros das expedições foram feitos por meio de mapas, desenhos, fotografias e coleta de objetos significativos para os grupos sociais que manteve contato. Além disso, Coudreau tinha o importante papel de vulgarizar informações por meio de seus livros editados na Europa. O presente artigo, por meio de uma pesquisa qualitativa, visa investigar as informações e as imagens de três povos indígenas vulgarizadas nos livros intitulados “Viagem ao Tapajós” e “Viagem ao Xingú”, de autoria de Henri Coudreau
Para além do colonialismo: a sinuosa confluência entre o Museu Goeldi e os Mebêngôkre
O artigo apresenta as transformações no relacionamento do Museu Goeldi com os povos indígenas, neste caso, os Mebêngôkre (mais conhecidos como Kayapó), em uma perspectiva de longa duração. A complexidade dessa relação não se resume à mera influência de um darwinismo social que teria acantonado os museus de história natural no papel de agentes
do colonialismo e de ideólogos de um racismo estrutural. Três momentos-chave da construção dos vínculos entre o Museu Goeldi e os Mebêngôkre são analisados: a transição entre o século XIX e o XX, quando missões religiosas eram financiadas pelo Estado e intermediárias obrigatórias entre os indígenas e a sociedade nacional, no intuito de integrá-los à “civilização”; os anos 1930, em que novos movimentos migratórios para a região amazônica e os ditames de uma oligarquia que se fortalecia por meio do controle fundiário – sobretudo em áreas produtoras de castanha-do-pará – ameaçavam a integridade física e territorial desse povo; e, finalmente,
os anos 1980-1990, quando surge uma oposição ao desenvolvimentismo do regime militar, cristalizando-se num modelo socioambiental que reconhece a importância do protagonismo dos
indígenas e das populações tradicionais na Amazônia. Uma vez destacadas as transformações
verificadas na relação entre museus e povos indígenas, conclui-se advogando a importância assumida no século XXI por pesquisas colaborativas e por uma museologia participativa – tanto para sua qualificação científica quanto para a valorização de um saber indígena com profundas repercussões políticas, sociais e ambientais
Repair of Iatrogenic Furcal Perforation with Mineral Trioxide Aggregate: A Seven-Year Follow-up
Teeth with furcal perforation present difficult resolution and dubious prognosis. Several materials have been proposed and calcium silicate-based cements such as mineral trioxide aggregate (MTA) are the most recommended. However, its long-term clinical behavior still remains poorly understood. The present study reports a clinical case of furcal perforation repair using Angelus MTA, with a 7-year follow-up. Patient sought treatment 2 months after iatrogenic accident. First lower right molar presented clinical signs such as fistula and bone loss between mesial and distal roots. Firstly, all root canals were treated and then furcal perforation was sealed with MTA Angelus and the dental crown was restored with composite resin. Radiographic evaluation was immediately performed to analyze the furcal perforation filling. After 7 years, a new clinical and imaging evaluation using periapical radiography and cone-beam computed tomography (CBCT) showed absence of clinical signs and symptoms, and alveolar bone reconstitution with periodontal space reduction. Angelus MTA presented good clinical behavior in the iatrogenic furcal perforation resolution based on long-term clinical evidence.Keywords: Endodontics; Furcation Perforation; Mineral Trioxide Aggregate; Root Canal Treatment; Root Perforation; Tooth Perforation
Para além do colonialismo: a sinuosa confluência entre o Museu Goeldi e os Mebêngôkre
L’article analyse les transformations de la relation entre le Musée Goeldi et les Mebêngôkre (peuple amazonien mieux connu sous le nom de Kayapó), dans une perspective à long terme. Trois moments de cette relation sont détaillés : la transition du XIXe au XXe siècle, lorsque les institutions religieuses étaient des intermédiaires entre les indigènes et la société nationale brésilienne ; les années 1930, lorsque de nouveaux mouvements migratoires vers la région amazonienne menaçaient l’intégrité physique et territoriale de ce peuple ; et les années 1980-1990, lorsqu’un modèle de développement socio-environnemental a émergé qui reconnaissait le rôle des indigènes en Amazonie. L’article conclut en prônant l’importance de la recherche collaborative et de la muséologie participative au XXIe siècle, tant pour sa qualification scientifique que pour la valorisation des savoirs autochtones aux profondes répercussions politiques, sociales et environnementales.This paper discusses the transformations in the relationship between the Goeldi Museum and Indigenous peoples, specifically the Mebêngôkre, better known as Kayapo, in a long-term perspective. Their complexity is not merely influence of a social Darwinism that would have cornered natural history museums in the role of agents of colonialism and ideologues of structural racism. Three key moments in the construction of ties between the Goeldi Museum andthe Mebêngôkre are analyzed: the transition from the 19th to the 20th century, when religious missions were financed by the State and compulsory intermediaries between the Indigenous people and national society to integrate them into ‘civilization’; the 1930s, when new migratory movements to the Amazon region and the dictates of an oligarchy that strengthened itself through land control – especially in Brazil nut production areas – threatened the physical and territorial integrity of this people; and, finally, the 1980s-1990s, when opposition to the developmentalism of the military regime emerged and crystallized into a socio-environmental model that recognizes the importance of the role of Indigenous peoples and traditionalpopulations in the Amazon. After highlighting the transformations observed in the relationshipbetween museums and Indigenous peoples, the article concludes by advocating the importance assumed, in the 21st century, by collaborative research and participatory museology, both for their scientific qualification and for the appreciation of Indigenous knowledge with profound political, social, and environmental repercussions.O artigo apresenta as transformações no relacionamento do Museu Goeldi com os povos indígenas, neste caso, os Mebêngôkre (mais conhecidos como Kayapó), em uma perspectiva de longa duração. A complexidade dessa relação não se resume à mera influência de um darwinismo social que teria acantonado os museus de história natural no papel de agentesdo colonialismo e de ideólogos de um racismo estrutural. Três momentos-chave da construção dos vínculos entre o Museu Goeldi e os Mebêngôkre são analisados: a transição entre o século XIX e o XX, quando missões religiosas eram financiadas pelo Estado e intermediárias obrigatórias entre os indígenas e a sociedade nacional, no intuito de integrá-los à “civilização”; os anos 1930, em que novos movimentos migratórios para a região amazônica e os ditames de uma oligarquia que se fortalecia por meio do controle fundiário – sobretudo em áreas produtoras de castanha-do-pará – ameaçavam a integridade física e territorial desse povo; e, finalmente,os anos 1980-1990, quando surge uma oposição ao desenvolvimentismo do regime militar, cristalizando-se num modelo socioambiental que reconhece a importância do protagonismo dosindígenas e das populações tradicionais na Amazônia. Uma vez destacadas as transformaçõesverificadas na relação entre museus e povos indígenas, conclui-se advogando a importância assumida no século XXI por pesquisas colaborativas e por uma museologia participativa – tanto para sua qualificação científica quanto para a valorização de um saber indígena com profundas repercussões políticas, sociais e ambientais
PREVALÊNCIA E CONTROLE DO CARACOL GIGANTE AFRICANO (Achatina fulica) NO CÂMPUS I DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA
Os helmintos capazes de acometer o sistema nervoso central são considerados neurotrópicos e comumente associados aos quadros de meningite eosinofílica. Estes helmintos não são parasitas humanos habituais, sendo seu parasitismo classificado como acidental. O parasita Angiostrongylus cantonesis era considerado exótico há alguns anos, mas sua ocorrência recente certamente está ligada a mudanças ambientais geradas pela introdução de um potencial vetor – um molusco trazido da África para servir de alimento humano – o Achatina fulica. O caracol gigante africano é encontrado tanto em áreas urbanas quanto rurais e fica muito próximo das pessoas. O objetivo deste trabalho foi verificar e controlar a presença do molusco exótico Achatina fulica no câmpus I da UEPB. Este foi um estudo transversal e experimental, com coletas de amostras no campo, que foram realizadas entre os meses de agosto de 2019 a junho de 2020. Foram selecionados 20 pontos de coleta que abrangia os arredores dos prédios do Câmpus I da UEPB, por meio de técnicas de geoprocessamento. Dos 20 pontos de coleta, só foi obtido positividade para a presença do caracol nos pontos mais ao sudeste do câmpus que corresponde aos pontos de 1 ao 6 e no ponto 17. Obteve-se um total de 1.674 de exemplares, dos quais 1.032 eram viáveis e 642 não viáveis. A literatura aponta que a melhor ocasião para capturar os moluscos é no crepúsculo e/ou dias nublados e chuvosos, pois é quando saem de seus abrigos em maior número. Sua aniquilação pode ser feita por métodos mecânicos e/ou químicos, sendo estes últimos preferenciais. Como a presença do Achatina fulica está associada ao parasita Angiostrongylus cantonesis e à ocorrência de casos graves de meningite eosinofílica, assim como constitui uma ameaça à biodiversidade por competir com espécies de moluscos locais, o seu controle é de fundamental importância para a saúde pública. O que se recomenda nestes casos é manter uma vigilância sanitária constante, inclusive com a avaliação periódica das condições ambientais, particularmente da higidez do solo, já que o câmpus da UEPB abriga não apenas estudantes e funcionários públicos, mas também serviços de saúde oferecidos a toda a população do município de Campina Grande e cidades circunvizinhas
Pervasive gaps in Amazonian ecological research
Biodiversity loss is one of the main challenges of our time,1,2 and attempts to address it require a clear un derstanding of how ecological communities respond to environmental change across time and space.3,4
While the increasing availability of global databases on ecological communities has advanced our knowledge
of biodiversity sensitivity to environmental changes,5–7 vast areas of the tropics remain understudied.8–11 In
the American tropics, Amazonia stands out as the world’s most diverse rainforest and the primary source of
Neotropical biodiversity,12 but it remains among the least known forests in America and is often underrepre sented in biodiversity databases.13–15 To worsen this situation, human-induced modifications16,17 may elim inate pieces of the Amazon’s biodiversity puzzle before we can use them to understand how ecological com munities are responding. To increase generalization and applicability of biodiversity knowledge,18,19 it is thus
crucial to reduce biases in ecological research, particularly in regions projected to face the most pronounced
environmental changes. We integrate ecological community metadata of 7,694 sampling sites for multiple or ganism groups in a machine learning model framework to map the research probability across the Brazilian
Amazonia, while identifying the region’s vulnerability to environmental change. 15%–18% of the most ne glected areas in ecological research are expected to experience severe climate or land use changes by
2050. This means that unless we take immediate action, we will not be able to establish their current status,
much less monitor how it is changing and what is being lostinfo:eu-repo/semantics/publishedVersio
In COVID-19 Health Messaging, Loss Framing Increases Anxiety with Little-to-No Concomitant Benefits: Experimental Evidence from 84 Countries
The COVID-19 pandemic (and its aftermath) highlights a critical need to communicate health information effectively to the global public. Given that subtle differences in information framing can have meaningful effects on behavior, behavioral science research highlights a pressing question: Is it more effective to frame COVID-19 health messages in terms of potential losses (e.g., "If you do not practice these steps, you can endanger yourself and others") or potential gains (e.g., "If you practice these steps, you can protect yourself and others")? Collecting data in 48 languages from 15,929 participants in 84 countries, we experimentally tested the effects of message framing on COVID-19-related judgments, intentions, and feelings. Loss- (vs. gain-) framed messages increased self-reported anxiety among participants cross-nationally with little-to-no impact on policy attitudes, behavioral intentions, or information seeking relevant to pandemic risks. These results were consistent across 84 countries, three variations of the message framing wording, and 560 data processing and analytic choices. Thus, results provide an empirical answer to a global communication question and highlight the emotional toll of loss-framed messages. Critically, this work demonstrates the importance of considering unintended affective consequences when evaluating nudge-style interventions
A global experiment on motivating social distancing during the COVID-19 pandemic
Finding communication strategies that effectively motivate social distancing continues to be a global public health priority during the COVID-19 pandemic. This cross-country, preregistered experiment (n = 25,718 from 89 countries) tested hypotheses concerning generalizable positive and negative outcomes of social distancing messages that promoted personal agency and reflective choices (i.e., an autonomy-supportive message) or were restrictive and shaming (i.e., a controlling message) compared with no message at all. Results partially supported experimental hypotheses in that the controlling message increased controlled motivation (a poorly internalized form of motivation relying on shame, guilt, and fear of social consequences) relative to no message. On the other hand, the autonomy-supportive message lowered feelings of defiance compared with the controlling message, but the controlling message did not differ from receiving no message at all. Unexpectedly, messages did not influence autonomous motivation (a highly internalized form of motivation relying on one’s core values) or behavioral intentions. Results supported hypothesized associations between people’s existing autonomous and controlled motivations and self-reported behavioral intentions to engage in social distancing. Controlled motivation was associated with more defiance and less long-term behavioral intention to engage in social distancing, whereas autonomous motivation was associated with less defiance and more short- and long-term intentions to social distance. Overall, this work highlights the potential harm of using shaming and pressuring language in public health communication, with implications for the current and future global health challenges
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