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utilização do portefólio no 1º ciclo
Quando falamos de avaliação associamo-la normalmente a situações formais, que ocorrem em momentos específicos e cujo objetivo é verificar o aprendizado do aluno. No entanto, a avaliação formativa tem outras funções e outras práticas. O conhecimento do professor pode ser mais apoiado para uma ação pedagógica mais eficaz sobre como os alunos vivem tarefas específicas na sala de aula. Para que isso aconteça, é necessário que a avaliação seja usada na vida quotidiana, onde os alunos refletem sobre o que aprenderam e o significado que atribuem às diversas tarefas executadas durante um determinado período de tempo. Este é um dos mais interessantes efeitos do portefólio. A sua utilização no 1.º ciclo do ensino básico é muito interessante por diversos motivos, dos quais se destacam o facto de os alunos, em início de escolaridade, refletirem sobre a sua aprendizagem e o professor conhecer o sentido dado às diferentes tarefas executadas. Este estudo tem como principal objetivo compreender como o uso do portefólio contribui para que alunos e professores construam um diálogo de reflexão sobre as atividades do estudo do meio desenvolvidas em sala de aula.
Neste estudo participaram 26 alunos de uma turma do 2.º ano de escolaridade (7-8 anos). Segue uma abordagem qualitativa, assumindo uma metodologia inspirada na investigação-ação. Os dados foram recolhidos através da observação, de entrevistas de explicitação e da análise de documentos. Os dados foram analisados através de análise de conteúdo e permitiu perceber que os alunos distinguem de forma clara as tarefas em que mais aprenderam daquelas de que gostaram mais. A mesma tarefa não foi escolhida pelo mesmo aluno simultaneamente, como aquela em que aprendeu mais e a que mais gostou. As justificações apresentadas pelos alunos entre o gostar e o aprender apontam para algumas características de diferenciação. A qualidade da explicitação acerca das tarefas foi sendo mais desenvolvida e clara com o tempo. Verificou-se que a utilização do portefólio revelou potencialidades, por contribuir para um melhor conhecimento dos alunos enquanto aprendentes e por constituir um contexto de interações proveitosas para a aprendizagem
Real relationship and working alliance: their association and contribution to the outcome of psychotherapy
The real relationship and working alliance are considered sister concepts because even though they are separate constructs they are also interrelated. Both of them are considered to contribute significantly to the outcome of therapy, but there are still some questions regarding their relationship, like what contributes to their proximity?
To examine the association of real relationship and working alliance across studies, and confirm their separation, we elaborated a systematic review of this two constructs. Based on the results from that study, we conducted an empirical investigation with 40 ongoing therapist-client dyads, where we evaluated how real relationship and working alliance contribute to the outcome of psychotherapy, and if that contribution was influenced by the rater’s perspective.
The meta-analysis confirmed the theorized association between real relationship and working alliance, revealing an overall correlation of r = .66. The manner in which each of them contributes to outcome confirmed their differentiation. The empirical study also showed a significant correlation between real relationship and working alliance, and that the bond subscale of the Working Alliance Inventory (WAI) had an influence in this association. Overall, real relationship seemed to predict outcome beyond the working alliance, in both client and therapist’s perspectives. However, when we considered the subscales, the results depended on the perspective: for clients, genuineness was a better predictor; for therapists, realism was more important when combined with the task subscale of the WAI.
The study emphasizes the need to keep the research on the concepts of real relationship and working alliance, in order to improve the therapeutic relationship and the outcome of psychotherapy.A relação terapêutica é tão importante para o sucesso da terapia como a própria intervenção psicoterapêutica. Assim, é importante que a primeira seja tão estudada como a segunda. O modelo tripartido da relação terapêutica, proposto por Gelso, afirma que existem três importantes componentes que são diferentes, mas interligados: a relação real, a aliança terapêutica e a configuração transferência-contratransferência.
A relação real define-se como a relação pessoal existente entre duas ou mais pessoas, que se reflete no grau em que cada uma é genuína com a outra e percebe a outra de forma realista. Esta definição inclui duas dimensões importantes: a genuinidade e o realismo. A genuinidade é a capacidade de ser quem realmente se é, de ser autêntico no “aqui-e-agora”; o realismo é a experiência ou perceção do outro de formas que lhe são próprias, em vez de projeções do indivíduo baseadas nos seus medos ou desejos.
A aliança terapêutica foi definida de várias maneiras ao longo dos anos, mas Gelso adota a definição de Bordin porque esta coloca o enfoque no trabalho terapêutico. Assim, consideramos a aliança terapêutica como a colaboração entre terapeuta e cliente que assenta em três componentes: acordo sobre objetivos terapêuticos, consenso sobre as tarefas que compõem a terapia, e um vínculo entre ambos os participantes.
Embora a aliança terapêutica faça parte do tratamento, no sentido em que existe para realizar o trabalho da terapia, a relação real está presente sempre que duas ou mais pessoas se relacionam entre si. Por este motivo, o vínculo presente tanto na aliança como na relação real deve ser visto como um vínculo de trabalho e um vínculo pessoal, respetivamente. O facto de estes dois conceitos estarem tão interligados e, ainda assim, serem independentes, faz com que tenham sido nomeados “conceitos-irmãos”.
A American Psychological Association (APA) organizou um grupo de trabalho cujo objetivo é identificar e estudar os elementos que compõem a relação terapêutica e contribuem para os resultados da terapia. Num conjunto de meta-análises reunido por Norcross e Lambert (2019), é demonstrado o contributo da relação real e da aliança terapêutica, de forma independente, para os resultados.
No nosso estudo, que está dividido em duas partes, começámos por realizar uma revisão sistemática da literatura no que a estes dois construtos diz respeito. Pretendíamos examinar a sua associação e confirmar a sua diferenciação; e observar como estes construtos podem predizer o resultado da terapia.
Tendo como base uma meta-análise realizada por Gelso et al. (2019), pesquisámos os conceitos “relação real” e “aliança terapêutica” em bases de dados científicas e definimos os critérios de inclusão e de exclusão, o que nos levou a um total de 23 artigos. Para a realização da meta-análise, tivemos de adotar critérios mais específicos, o que nos levou a excluir 7 artigos da amostra. Esta acusou uma correlação moderada entre relação real e aliança terapêutica de r = .66, confirmando a forte associação entre os construtos, mas sem revelar a que se devia esta associação. Na revisão sistemática, os resultados mostraram: que relação real e aliança terapêutica contribuem de maneiras diferentes para os resultados, confirmando que são conceitos diferentes; a relação real parece ser melhor preditora dos resultados da terapia; poderá haver influência do avaliador no valor preditivo de cada um dos construtos. Para tentar responder às questões levantadas neste estudo, realizámos um estudo empírico.
Neste segundo estudo, propusemo-nos a responder se o fator vínculo do Inventário de Aliança Terapêutica (IAT) tinha influência na forte associação demonstrada entre relação real e aliança terapêutica; e se o avaliador (terapeuta ou cliente) dos construtos influencia o valor preditivo dos mesmos.
Nesta investigação, reunimos informação de 40 díades terapeuta-cliente, constituídas por 6 terapeutas e 40 clientes. Todos os participantes completaram instrumentos de autorrelato sobre a relação real, a aliança terapêutica, os resultados de terapia e desejabilidade social. Os instrumentos foram aplicados à distância, através da plataforma Google Forms, devido à pandemia de Covid-19 que vigorava na altura em que o estudo foi conduzido.
Foram realizadas correlações de Pearson na análise dos resultados e detetámos associações positivas e significativas entre a relação real e a aliança terapêutica. No caso dos clientes, o fator vínculo revelou uma correlação moderada e significativa com a relação real. Procedemos a uma análise posterior de significância de correlações, que demonstrou que o fator vínculo poderá estar a contribuir para as elevadas correlações entre relação real e aliança terapêutica.
Tanto a relação real como a aliança terapêutica tiveram associações significativas com os resultados da terapia. Através de regressões lineares hierárquicas, observámos que, em ambas as perspetivas (terapeuta e cliente), a relação real era o melhor preditor de resultados. Quando observadas ao nível dos seus fatores, a subescala tarefas do IAT e a subescala genuinidade do Inventário de Relação Real (IRR) demonstraram ser as melhores preditoras dos resultados da terapia.
No entanto, quando os fatores do IAT eram colocados no primeiro bloco de análise, havia diferenças ao nível dos avaliadores: na perspetiva dos clientes, a genuinidade roubava o valor preditivo das tarefas, tornando-se o melhor preditor; enquanto para os terapeutas o realismo e as tarefas, em conjunto, eram bons preditoresApesar de já estar estabelecido que a aliança terapêutica é um importante componente da relação terapêutica e um bom preditor dos resultados da terapia, neste estudo chegámos à conclusão de que a relação real também deve ser tida em consideração, pois mostrou ser um melhor preditor de resultados que o seu “conceito-irmão”.
É necessário, contudo, algum cuidado a interpretar os nossos resultados, pois a amostra que apresentamos não é de grande dimensão, em particular no número de terapeutas, e os clientes apresentavam-se em diferentes fases da terapia, além de se encontrarem em psicoterapias diferentes.
Além disso, apesar de uma tradução que consideramos adequada, o IRR ainda não foi validado para a população portuguesa.
Este estudo vem acrescentar ao que tem sido feito no campo da relação terapêutica, não só ao nível da investigação, como ao nível clínico. Em termos de investigação, revela que o IAT talvez precise de ser revisto, porque o fator vínculo está a influenciar as correlações entre relação real e aliança terapêutica. Em termos clínicos, mostra que é necessário informar sobre a relação real e desenvolver estratégias que permitam aos terapeutas desenvolver as suas relações reais com os seus clientes e, consequentemente, melhorar os resultados da terapia.
A comparative two-cohort study about differences across time and influence of gross national income on demographic characteristics, diagnostic delay and clinical outcome of patients with cerebral vein thrombosis
Tese de mestrado, Neurociências, Universidade de Lisboa, Faculdade de Medicina, 2022A trombose venosa cerebral (TVC) é uma condição cérebro vascular rara e multifatorial com causas específicas relacionadas com o género. É uma doença que pode apresentar uma vasta apresentação clínica. Em contraste com o acidente vascular cerebral arterial, TVC é uma doença ainda pouco estudada, com frequência difícil de diagnosticar e com uma variedade de fatores de risco, o que leva a que se converta numa condição que pode apresentar uma panóplia de sinais e sintomas, mimetizando inúmeras patologias neurológicas. Neste contexto, é frequente não só existirem atrasos no diagnóstico como diversos resultados prognósticos. De acordo com estudos anteriores, a trombose venosa cerebral afeta maioritariamente adultos mais jovens, com uma maior incidência entre mulheres em idade fértil. As principais causas de TVC diferem entre países desenvolvidos, caracterizados por um elevado desenvolvimento tecnológico, um peso relativo significativo dos setores secundário e terciário na economia e um rendimento per capita elevado em que a sua distribuição pela população se apresenta relativamente homogénea em comparação com os restantes países (considerados no seguimento deste trabalho como países com um rendimento não elevado). O prognóstico de TVC depende essencialmente de uma deteção precoce e o seu reconhecimento assenta em técnicas específicas de neuroimagem e numa consciencialização clínica adequada e cada vez mais precisa e informada. Ao longo do tempo, os relatos de mortalidade têm apresentado uma tendência decrescente – para a qual não serão alheios o avanço das técnicas de neuroimagiologa e o aumento do conhecimento e sensibilização dos técnicos, o que permite um diagnóstico mais precoce e, consequentemente, a adoção em tempo útil de medidas terapêuticas. O Sul da Ásia é a área com a prevalência mais elevada de tromboses venosas cerebrais, sugerindo que existem algumas especificidades no perfil de fatores de risco nestes pacientes, quando comparados com pacientes europeus. É preciso ter em conta que alguns países asiáticos estão tipificados como subdesenvolvidos ou menos industrializados, apresentando uma dependência financeira e exclusão tecnológica e económica. Estudos com uma participação mais inclusiva e global poderão vir a permitir uma maior compreensão da influência de fatores económicos na trombose venosa cerebral. Desta forma, a presente tese pretende abranger a evolução demográfica dos pacientes com trombose venosa cerebral, e a evolução da situação quer em termos de atrasos no diagnóstico quer nos resultados apurados em termos de dependência e/ou incapacidade após a doença. Pretende-se ainda analisar o impacto dos diferentes níveis de rendimento de cada país nestes fatores. Este estudo foi assim conduzido utilizando dados de dois dos principais estudos internacionais no tema de Tromboses Venosas Cerebrais: The International Study on cerebral vein and dural sinus thrombosis (ISCVT) and The benefit of Extending oral antiCOAgulation treatment (EXCOA-CVT). É de notar que ambos os estudos incluíram participantes recrutados em diferentes períodos (1998- 2001 no estudo ISCVT e 2012-presente no estudo EXCOA-CVT. Para o presente estudo comparativo, incluiu-se um total de 606 pacientes do estudo ISCVT e 998 pacientes do estudo EXCOA-CVT. Os sujeitos com trombose venosa cerebral foram comparados considerando o produto nacional bruto (Gross National Income- GNI) do país onde se localiza o centro médico alvo do estudo, tendo sido recolhidas as seguintes variáveis: características demográficas (idade e género); atraso no diagnóstico (i.e., tempo entre o início dos sintomas e o diagnóstico efetivo); e o grau de incapacidade ou dependência nas atividades de vida diárias – utilizando para isso a Escala Modificada de Rankin (Modified Rankin Scale- mRS). Procedeu-se ainda à análise das alterações resultantes do período temporal, uma vez que os dois estudos contemplam diferentes períodos de tempo. Em comparação com o estudo ISCVT, o mais recente estudo EXCOA-CVT incluiu mais pacientes de países com um nível de rendimento mais baixo (conseguido particularmente devido a um grande número de inclusões de participantes da Índia), garantindo um recrutamento mais equilibrado entre os países com um nível de rendimento mais elevado e os restantes. Os resultados apurados evidenciam diferenças significativas entre ambos os estudos para determinadas variáveis, nomeadamente demográficas, de atraso de diagnóstico e de incapacidade funcional. Em primeiro lugar, o estudo EXCOA-CVT revelou uma maior proporção de trombose venosa cerebral em homens, apesar das mulheres continuarem a ser o grupo mais afetado. É de realçar que esta diferença de género foi apenas evidente nos países em que o nível de rendimento é mais baixo, tendo este resultado sido influenciado pelo padrão específico de género observado no recrutamento efetuado aos pacientes da Índia. Por outro lado, não foram observadas quaisquer diferenças significativas entre o estudo ISCVT e o estudo EXCOA-CVT para a idade global à data do diagnóstico de TVC. Em segundo, entre o estudo ISCVT e o estudo EXCOA-CVT, houve uma redução significativa na duração do tempo do diagnóstico da trombose venosa cerebral. Em média, os pacientes do estudo EXCOA-CVT, demoraram menos dois dias a ser diagnosticados. Este diagnóstico mais precoce no estudo EXCOA-CVT- em que cerca de dois terços dos pacientes foram diagnosticados no período de uma semana - abrangeu indistintamente do nível de rendimento, todos os países alvo do estudo. Por último, ambos os extremos da Escala Modificada de Rankin, isto é, os casos assintomáticos de trombose venosa cerebral e os casos mortais, mostraram uma redução significativa no estudo mais recente EXCOA-CVT, quando comparado com o primeiro estudo ISCVT. A análise aos resultados permite ainda constatar uma diminuição no índice de mortalidade (tendência idênticas para países com diferentes níveis de rendimento) e uma redução do diagnóstico de tromboses venosas cerebrais em pacientes sem sintomas, ainda que neste caso, a redução verificada tenha sido mais acentuada nos países que apresentam um nível de rendimento mais elevado. Numa perspetiva global de comparação entre o estudo ISCVT e o estudo EXCOACVT, pode afirmar-se que houve uma melhoria do diagnóstico, com uma deteção mais precoce da doença, potencialmente devido aos mais recentes procedimentos de neuroimagem, assim como uma maior consciencialização da doença, tanto por parte dos profissionais de saúde, como da população em geral, abrindo assim várias oportunidades para medidas terapêuticas mais precoces. Associado a este maior conhecimento da doença, o facto do EXCOA-CVT apresentar uma amostra mais global e inclusiva (maior representação de países com um nível de rendimento mais baixo), permitiu obter um conhecimento mais rigoroso e detalhado do perfil do paciente com maior risco de trombose venosa cerebral. Foi assim possível constatar que a população com trombose venosa cerebral engloba um número mais elevado de homens do que anteriormente reportado, contrariando literatura prévia, assim como eventualmente uma maior incidência de tromboses venosas cerebrais em populações mais jovens. Esta tese acaba por pôr em evidência a importância da conceção do estudo/desenho da amostra, mostrando a necessidade de alargar o seu âmbito e torná-lo mais inclusivo. É ainda evidente a influência que variáveis demográficas como o género e a idade, assim como fatores relacionados com o estilo de vida podem ter em vários resultados clínicos.Cerebral Vein Thrombosis (CVT) is a rare cerebrovascular and multifactorial condition with gender-related specific causes and a wide clinical presentation. In contrast to arterial stroke, CVT is an understudied disease, often difficult to diagnose and with a variety of risk factors – leading to diagnostic delay and diverse prognostic outcomes. According to previous studies, CVT affects mainly young adults, with a higher incidence among females of childbearing age. The leading causes differ between high and non-high-income countries, converting CVT into a condition that can present a plethora of signs and symptoms, mimicking numerous neurological pathologies. Prognosis of CVT depends on early detection and its recognition relies on specific brain imaging techniques and on adequate clinical awareness. Over time, mortality reports have shown a decreasing trend – likely due to newer imaging techniques, increased awareness of the diagnosis and, consequently early therapeutic measures. South Asia is the area with the highest CVT prevalence, suggesting specificities in risk factors profile in those patients as compared to Europe. Studies with more inclusive and global participation may allow an understanding of the influence of economic factors in CVT. Therefore, the present study aimed to understand the evolution of CVT demographic, diagnostic delay and outcome, and collectively the impact of country’s income on these factors. This was conducted using data from two major international studies: The International Study on cerebral vein and dural sinus thrombosis (ISCVT) and The benefit of Extending oral antiCOAgulation treatment (EXCOA-CVT) – which included patients recruited in different time periods (1998-2001 and 2012-ongoing, respectively). For the present comparison, we included a total of 606 patients from the ISCVT and 998 patients from the EXCOA-CVT. Subjects with CVT were compared considering the gross national income (GNI) of the recruiting medical center, for the following variables: demographic characteristics (age and gender); diagnostic delay (i.e., time between symptom onset and actual diagnosis); and the degree of disability or dependence in the IX daily activities – using the Modified Rankin Scale (mRS). We have also focused on some time-related changes in these variables across both studies, as they covered different periods in time. In comparison to the ISCVT study, the more recent EXCOA-CVT had more CVT patients from non-high-income countries (particularly due to a high number of inclusions from India) and ensured a more balanced recruitment from high- and non-high-income countries. The results have found differences between both studies for certain demographic, diagnostic delay, and functional disability variables. First, the EXCOA-CVT revealed an increased proportion of CVT in males – although women remained the most affected group. Such gender difference was only evident for nonhigh- income countries – being, in fact, consequence of a specific gender pattern observed in India. No significant differences were observed between studies for the overall age at CVT diagnosis. Secondly, from ISCVT to EXCOA-CVT a significant reduction in the time for CVT diagnosis (on average around two days earlier) was identified. This earlier diagnosis in EXCOA-CVT – where almost two thirds of patients were diagnosed within a week, was present for both high- and non-high-income countries. Finally, both extremes of disability outcome – i.e., asymptomatic CVT cases and those that died – significantly reduced in EXCOA-CVT when compared to ISCVT. Whereas the mortality rate decreased in both high- and non-high-income countries, the reduction in CVT diagnosis with no symptoms was more remarkable in the non-high-income countries. Together the comparison of these studies, demonstrated an improved patient diagnosis and detection, potentially because of newer imaging procedures and increased awareness of the disease with an opportunity for early therapeutic measures. However due to this increased awareness and a more global inclusive study design (greater representation of non-high-income countries), a more accurate understanding of those at risk for CVT included a higher than previously understood involvement of males and perhaps a greater occurrence of CVT in younger populations. This thesis highlighted the design (greater representation of non-high-income countries), a more accurate understanding of those at risk for CVT included a higher than previously understood involvement of males and perhaps a greater occurrence of CVT in younger populations. This thesis highlighted th
Multi-level education for sustainability through global citizenship, territorial education and art forms
UI/BD/150716/2020
UIDB/04647/2020
UIDP/04647/2020
CeiED-ECIA/0002/2020
COFAC/CeiED-ECIJ/0001/2020
UIDB-4114-2020This article is aimed at addressing concepts, approaches and challenges that are both very characteristic of the era we are living in and that would also greatly benefit from being more and better integrated into our learning systems (both in the formal and non-formal educational systems and lifelong learning). Those issues and themes have emerged from, or have been exacerbated by, socio-economic systems in place since the middle of the 20th century, promoting amongst other things, a consumption society based on a linear over-exploitation of natural resources, the globalization of exchanges, a rapid urbanization process and not-always-harmonious mixes of cultures and communities. The COVID-19 pandemic seems to have culminated in triggering reflections on what matters most and, conversely, on what makes our world so un-sustainable and non-resilient. From these, a new momentum has been generated on reviewing where our efforts on teaching and learning about ‘sustainability’ got us to. Our focus here is on new approaches to education for sustainability at global, community and personal levels, as well as at levels that connect those. From linking the local to the global through ‘global citizenship,’ to experiential learning generated through practical projects such as urban agriculture, to an emotional involvement into understanding sustainability issues through art forms, we re-visit sustainability through the eyes of the learners, questioning the boundaries of the ‘sustainability educational project’ beyond the ones which, for (too) long, have paralleled those of neo-liberal reforms.publishersversionpublishe
Social capital and growth in european regions
Theories of economic growth at the regional and national level, have expanded the traditional production function of the Solow model towards a wide function that collects conditioning factors of labour productivity, measured by R & D expenditure, the number of patents, the human capital, the social capital or entrepreneurship rates. This set of factors have been developed by authors like Westlund (2006) and Koo and Kim (2009). The aim of this paper is to analyze regional growth in the EU, considering the differences between the EU15 and its eastern regions, using such set of factors and taking into account the limitations of existing data for this type of analysis.B913-0565-0908 | Elvira VieiraN/
Social Capital and growth in the European Regions
Theories of economic growth at the regional and national level, have expanded the traditional production function of the Solow model towards a wide function that collects conditioning factors of labour productivity, measured by R & D expenditure, the number of patents, the human capital, the social capital or entrepreneurship rates. This set of factors have been developed by authors like Westlund (2006) and Koo and Kim (2009). The aim of this paper is to analyze regional growth in the EU, considering the differences between the EU15 and its eastern regions, using such set of factors and taking into account the limitations of existing data for this type of analysis
Feedback actions on linear parameter-varying systems
pág. 69-71mLinear parameter-varying systems are studied by means of geometrical translation of some recent results of algebraic nature dealing with the feedback actions on linear control systems.S
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