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    SISTEMA DOPAMINÉRGICO NO ABUSO DE ÁLCOOL: REVISÃO SISTEMÁTICA

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    O consumo do álcool em excesso é considerado um grave problema de saúde, causando danos não somente ao usuário, mas também ao seu ciclo social, familiar e profissional. O álcool é classificado como uma droga lícita com relevante aceitação social, no entanto, estima-se que o consumo excessivo gerou 3,3 milhões de mortes (5,9%) no mundo. O transtorno por uso de álcool possui uma prevalência de 8,5% em adultos nos Estados Unidos. As vias mesolímbica e mesocortical, funcionam paralelamente entre si e com as demais estruturas cerebrais e configuram o sistema de recompensa cerebral, sendo que a dopamina é o principal neurotransmissor presente neste sistema. À vista disso, as drogas psicoativas produzem um aumento da descarga de dopamina no sistema de recompensa, assim sendo, a via de recompensa dopaminérgica é a principal do sistema de recompensa cerebral, porém não é a única. A estimulação contínua de dopamina dessensibiliza os sistemas de recompensa, fazendo com este que deixe de responder aos estímulos cotidianos e a única coisa que se torna gratificante é a droga. Com o uso prolongado, a droga perde sua capacidade de recompensa, causando a necessidade do aumento de dose. Visto isso, foi realizada uma revisão sistemática para avaliar o sistema dopaminérgico no abuso de álcool em humanos. Desta forma foi desenvolvida uma estratégia de busca utilizando os seguintes termos: “dopamine”, “ethanol”, “alcohol” e “positron-emission tomography", pesquisados nas bases de dados: MEDLINE, EMBASE, Cochrane Library, Insight e Literatura cinzenta (Google Scholar e British Library), para estudos publicados até agosto de 2018. A qualidade dos estudos foi avaliada Newcastle-Ottawa (NOS). A população do estudo foi restrita para humanos. Foram encontrados 293 estudos. Após leitura de títulos e resumos, 235 estudos foram considerados irrelevantes, pois não atenderam aos critérios de inclusão. 50 estudos foram para a leitura na íntegra. Destes, 41 foram excluídos pelas seguintes razões: desenho do estudo, população de pacientes, intervenção e resultados. Nove estudos foram incluídos na síntese qualitativa. Quatro estudos relataram redução na disponibilidade apenas no receptor D2 em diferentes regiões do cérebro. Em relação ao receptor D3, apenas um estudo relatou esse achado e quatro estudos relataram uma diminuição em ambos os receptores D2 e D3. Assim, pode-se concluir que nesta revisão sistemática foram encontradas alterações nos receptores D2 em várias regiões do cérebro em humanos alcoolistas.Palavras-Chave: Sistema Dopaminérgico, Revisão Sistemática, Álcool

    EFICÁCIA DO TREINO COGNITIVO EM CRIANÇAS SUBMETIDAS A QUIMIOTERAPIA

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    O presente trabalho dispõe sobre um Resumo de Pesquisa concluído de uma bolsista do PIBIC, edital N° 206/2018 PIBIC/CNPq/UNESC, realizada no período de agosto de 2018 a julho de 2019, que objetivou levantar os efeitos do treino cognitivo em crianças submetidas a quimioterapia. A infância compreende o início do desenvolvimento humano. Espera-se que, durante o desenvolvimento, seja na infância que o sujeito expanda sua formação, socialização e seus aspectos cognitivos e psicomotores. Todavia também é na infância que podem ser diagnosticadas doenças capazes de suprimir ou atrasar o desenvolvimento global do sujeito. Conforme a International Agency for Research on Cancer, a incidência mundial relatada de câncer infantil apresenta um aumento contínuo, estimando-se 215.000 casos novos por ano. O tratamento do câncer pode ser realizado por meio de cirurgia, radioterapia ou quimioterapia, sendo este último um dos tratamentos mais utilizados. Durante o processo de quimioterapia ocorrem mudanças no desenvolvimento emocional, cognitivo, psicomotor e social do sujeito. Além disso, grande parte das crianças não frequenta a escola formal, o que pode prejudicar a formação cognitiva. Foram pesquisadas exaustivamente as bases de dados PUBMED, EMBASE, LILACS, e a literatura cinza com as seguintes palavras chaves: cognitive training, children cancer, childhood câncer e chemotherapy. Os marcadores booleanos OR e AND foram utilizados para refinar as buscas. Foram incluídos artigos com delineamento experimental e realizados em humanos. Não houve restrição de idioma. Por meio das pesquisas nas bases de dados encontrou-se 237 artigos, sendo realizada nesses artigos a leitura de títulos e resumos. Treze (13) artigos foram selecionados para leitura completa, dos quais seis (6) foram excluídos por duplicação e não se encaixar nos critérios de inclusão. Foram incluídos sete (7) estudos na revisão sistemática, sendo dois ensaios clínicos randomizados e quatro estudos piloto. A população foi de duzentos e vinte e nove (229), sendo 136 em intervenção e 93 em grupos controle. A média de idade dos participantes foi de 11.75 anos. Nem todos os artigos contemplaram avaliação do QI Total, mas a média encontrada antes do treino foi de 98,9. Os modelos de treino cognitivos avaliados nos artigos foram quatro pelo COGMED, um pelo Capitains Log, um pelo SWAT IT e um pelo Treino com os pais. A maioria dos locais de realização dos estudos foi em casa, sendo somente um no hospital. Com a realização da revisão sistemática foi observado que além de estimular a cognição o treino é capaz de expandir a socialização das crianças e fortalecer os vínculos com os pais e cuidadores. Assim o treino cognitivo é considerado uma intervenção positiva para crianças dentro do processo de quimioterapia.Palavras-Chave: Treino Cognitivo, Câncer Infantil, Quimioterapia
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