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    Conversando é que a gente se entende... A abordagem familiar como ferramenta do médico de família e comunidade

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    Abordagem familiar viabiliza ao Médico de Família e Comunidade (MFC) conhecer os membros da família e, com eles, estabelecer vínculo fundamentado no respeito às suas condições socioeconômicas, aos seus valores culturais e às suas crenças. Relação de co-responsabilidade se firma entre profissional e indivíduos da comunidade, que otimiza ações de saúde preventivas e curativas, contribuindo para qualidade de vida das pessoas. Trabalho de revisão bibliográfica sobre temática abordagem familiar como ferramenta no processo de trabalho dos MFC. Atuar em saúde tendo como objeto do cuidado a família é uma forma de reversão do modelo hegemônico voltado à doença, que fragmenta o indivíduo e separa-o de seu contexto e de seus valores socioculturais. Uma forma de aproximar o MFC das famílias residente no território adscrito à Unidade de Saúde, se dá por meio da abordagem familiar, ocasião em que o profissional pode usar ferramentas como ecomapa e o genograma, qualificando o planejamento e o desenvolvimento das ações de saúde. MFC, é portanto um médico generalista, que atende todos os membros de uma família, cujo compromisso não está restrito a problemas de saúde definidos mas sim ao desenvolvimento de ações que visem o indivíduo ainda saudável. Por meio do vínculo e conhecimento das famílias, viabilizados por meio da abordagem familiar, os Médicos de Família e Comunidade podem identificar conhecer integral e sistemicamente os membros das famílias, mapear suas demandas e necessidades de saúde, que até então seriam, muitas vezes, ignoradas. Têm ainda a oportunidade de interagir com as pessoas e, em uma relação dialógica, compartilhar saberes. Por meio da abordagem familiar, os Médicos têm a sua disposição as tecnologias relacionais, leves, por meio das quais podem se tornar co-participes do cotidiano das pessoas no território adscrito à unidade de saúde

    Desmistificação da simplicidade das tecnologias leves no processo de trabalho em medicina de família e comunidade

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    A Medicina de Família e Comunidade é a especialidade que, partindo de um primeiro contato, cuida de forma longitudinal, integral e coordenada da saúde das pessoas. O profissional que a ela se dedica tem a seu dispor ferramentas e tecnologias que, bem empregadas, contribuem para a qualidade do seu processo de trabalho e para a resolutividade da atenção à saúde. As tecnologias em saúde são classificadas em tecnologia dura, relacionada a equipamentos tecnológicos; leve-dura, que compreende todos os saberes bem estruturados no processo de saúde; e leve, que se refere às tecnologias de relações, de produção de comunicação, de acolhimento e de vínculos. As tecnologias leves são as que possibilitam captar a singularidade, o contexto, o universo cultural, os modos específicos de viver determinadas situações por parte do usuário, enriquecendo e ampliando o raciocínio clínico do médico. É nesse território – das relações, do encontro, de trabalho vivo em ato – que o usuário tem maiores possibilidades de atuar e de interagir. Contudo, no contexto social e político brasileiro, predomina ainda a ideologia hospitalocêntrica, que sustentada por crenças e valores propagados pelo capitalismo, enfatizam a tecnologia dura. A valorização excessiva das tecnologias duras revela o domínio do modelo ontológico que não inclui à atenção as emoções. A atenção médica com foco na estrutura física busca o diagnóstico através do rastreamento de doenças. Neste contexto, tornase um desafio ao Médico de Família e Comunidade usar as tecnologias leves, desvalorizada por muitos especialistas, para os quais sua utilização exige pouco conhecimento do profissional haja vista que raramente contribuem para construção de diagnóstico e elaboração de planos terapêuticos. No entanto, ao sistematizar as tecnologias relacionais no cotidiano do processo de trabalho na Atenção Primária à Saúde (APS), o profissional contribui para o processo produtivo marcado pelo trabalho vivo que ocorre na interação médico-paciente, contribuindo para estabelecimento de vínculos e responsabilizações entre ambos. Após este vínculo, o sucesso terapêutico pode ser alcançado mais facilmente, colaborando para a resolutividade de atenção prestada, que na APS atinge aproximadamente 80% das demandas dos usuários. Assim, sem desmerecer as tecnologias chamadas leve-dura e dura, torna-se imprescindível valorizar a utilização das tecnologias leves no processo de trabalho médico, compreendo-as como recursos capazes de contribuir para a resolutividade da atenção, desonerando assim o Sistema Único de Saúde e desafogando a Rede de Urgência e Emergência

    NEOTROPICAL ALIEN MAMMALS: a data set of occurrence and abundance of alien mammals in the Neotropics

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    Biological invasion is one of the main threats to native biodiversity. For a species to become invasive, it must be voluntarily or involuntarily introduced by humans into a nonnative habitat. Mammals were among first taxa to be introduced worldwide for game, meat, and labor, yet the number of species introduced in the Neotropics remains unknown. In this data set, we make available occurrence and abundance data on mammal species that (1) transposed a geographical barrier and (2) were voluntarily or involuntarily introduced by humans into the Neotropics. Our data set is composed of 73,738 historical and current georeferenced records on alien mammal species of which around 96% correspond to occurrence data on 77 species belonging to eight orders and 26 families. Data cover 26 continental countries in the Neotropics, ranging from Mexico and its frontier regions (southern Florida and coastal-central Florida in the southeast United States) to Argentina, Paraguay, Chile, and Uruguay, and the 13 countries of Caribbean islands. Our data set also includes neotropical species (e.g., Callithrix sp., Myocastor coypus, Nasua nasua) considered alien in particular areas of Neotropics. The most numerous species in terms of records are from Bos sp. (n = 37,782), Sus scrofa (n = 6,730), and Canis familiaris (n = 10,084); 17 species were represented by only one record (e.g., Syncerus caffer, Cervus timorensis, Cervus unicolor, Canis latrans). Primates have the highest number of species in the data set (n = 20 species), partly because of uncertainties regarding taxonomic identification of the genera Callithrix, which includes the species Callithrix aurita, Callithrix flaviceps, Callithrix geoffroyi, Callithrix jacchus, Callithrix kuhlii, Callithrix penicillata, and their hybrids. This unique data set will be a valuable source of information on invasion risk assessments, biodiversity redistribution and conservation-related research. There are no copyright restrictions. Please cite this data paper when using the data in publications. We also request that researchers and teachers inform us on how they are using the data
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