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    Saberes que dialogam e memórias que se preservam: A extensão na escola de Jongo da Serrinha.

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    Andrea Moraes Alves (Docente ESS) 01158580754 Deise da Mota Pimenta (Discente Bacharelado em Serviço Social) 93702973249 Giulia Sampaio Fiorani Pinto (Discente Licenciatura em Dança) 14922960740 Joyce Maiara Nunes Aguiar (Discente Licenciatura em Artes Visuais) 12735251756 Maria Luiza Marmello da Silva (Coordenadora da Escola de Jongo da Serrinha) 609083357-68 Rafaela Pereira da Silva (Discente Licenciatura em Artes Visuais )13080966740 Renato Mendonça Barreto da Silva (Docente EEFD/Dança) 09507037705   Nosso objetivo é apontar para os impactos da ação de extensão que se estabelece através do diálogo entre docentes e discentes da UFRJ com a comunidade do morro da Serrinha. Faremos isto a partir dos relatos de vivências de crianças que freqüentam a Escola de Jongo da Serrinha, dos monitores que acompanham as atividades da Escola e de moradores da Serrinha que participam das atividades promovidas pelo Jongo. A Escola de Jongo é um projeto sócio-educativo do Grupo Cultural Jongo da Serrinha, (ONG) criada em 2001 por artistas e moradores da comunidade do Morro da Serrinha (Madureira, zona norte do Rio de Janeiro). A Escola oferece para crianças de 06 a 12 anos aulas de cultura popular, artes, musicalização, jongo, percussão, cavaquinho, leitura de partitura, jogos de imagens e canto. Grande parte dessas atividades é oferecida pelo projeto de extensão “Preservando e Construindo a Memória do Jongo da Serrinha”, vinculado a Escola de Belas Artes, Escola de Dança e Escola de Serviço Social. Atualmente a escola conta com a efetiva participação de 20 crianças, distribuídas em aulas que acontecem de segunda-feira a quarta-feira nos horários da manhã e da tarde. Um dos principais desafios têm sido a atração e manutenção das crianças. As dificuldades são muitas: de ordem financeira, de adequação do espaço e material de trabalho, assim como, a violência urbana e a insegurança presentes no cotidiano da comunidade. No entanto, a escola conta com uma trajetória de 14 anos de existência que deixou marcas indeléveis na vida das pessoas que por lá passaram. Entre os pontos positivos, podemos destacar: a transmissão da importância do legado do Jongo para as novas gerações da comunidade da Serrinha, a troca de saberes promovida pela interação entre UFRJ/Serrinha e a criação de espaço para que as crianças possam experimentar atividades lúdicas e artísticas. Priorizamos o entendimento de que a imagem de marginalização referendada às favelas cariocas não deve ser potencializada pela dicotomia histórica centro X periferia, ou mesmo pesquisa e extensão, pois dentro desta divisão se gestam vários projetos, muitos com a característica da interdisciplinaridade. Dessa forma percebemos através das histórias de vida dos indivíduos locais que a periferia é o centro no aspecto da transmissão do saber e dos alicerces historicamente construídos através das artes. Dito isto, afirmamos o papel da extensão, não como o de terceira função, mas como um lugar de política estratégica e método de formação necessária para a compreensão e transformação da realidade em que estamos inseridos
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