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    Psoríase pustulosa palmo-plantar de apresentação unilateral

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    Introdução: Psoríase pustulosa é um subtipo menos comum de psoríase, que pode manifestar de forma generalizada ou localizada. Forma localizada ocorre geralmente de maneira bilateral e simétrica nas regiões das palmas e plantas (Psoríase Pustulosa Palmo-Plantar – PPPP), e quando a erupção das pústulas acontece no leito ungueal e nas extremidades dos dedos, há a acrodermatite de Hallopeau. PPPP é caracterizada por pústulas estéreis nas palmas e plantas com eritema, fissuras e hiperqueratose; além de prurido, queimação ou dor. Pode persistir por anos, com períodos de exacerbação e remissão, sendo de difícil tratamento. Em geral, a PPPP é rara, acometendo principalmente mulheres de meia idade, com associação ao tabagismo. Diagnóstico é feito pelo exame físico e análise anatomopatológica com: paraqueratose, espongiose epidérmica com acúmulo de neutrófilos na epiderme (pústulas espongiformes de Kogoj e microabscessos de Munro). Objetivo: Relatar caso de PPPP, com acometimento unilateral. Metodologia: Paciente atendida em ambulatório com diagnóstico de PPPP unilateral em planta e palma esquerdas. Relato de Caso: Sexo feminino, 55, com queixa de lesão na região plantar e palmar esquerda com eritema, descamação e pequenas pústulas. Análise histopatológica mostrando paraceratose, microabcessos córneos, espongiose e prolongamento das cristas epiteliais; derme com infiltrado inflamatório linfocitário na derme superficial. Hipótese diagnóstica: PPPP unilateral. Conclusão: PPPP é variante clínica incomum da psoríase, de difícil tratamento e que compromete de forma significativa a qualidade de vida. Recomenda-se o manejo individualizado, tendo em vista o diagnóstico precoce e tratamento para garantir a qualidade de vida do paciente

    Linfangiectasia

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    Introdução: O linfangioma (LG) é uma má formação decorrente da falha de comunicação da linfa com o sistema linfático. É composto por vesículas de conteúdo translúcido agrupadas sob a forma de placas na pele, acometendo a derme profunda e subcutânea e se caracteriza por alterações ectásicas superficiais secundárias. O LG circunscrito surge mais comumente ao nascimento ou durante a infância, podendo involuir espontaneamente. Normalmente se localiza em regiões cervico-facial, axilar e torácica. A linfangiectasia (LT), conhecida também como linfagioma secundário, é uma alteração que se desenvolve em áreas da pele na qual ocorreu obstrução ou destruição da drenagem linfática cutânea, determinando ectasia de vasos linfáticos superficiais. Na LT, a alteração linfática está restrita à derme papilar e pode ser consequência de traumas, doença do Crohn, ganho de peso excessivo e ação de endrógeno. Objetivo: Relatar caso de paciente com diagnóstico de LT após trauma. Metodologia: Paciente diagnosticada com LT atendida em serviço ambulatorial e revisão de literatura. Relato de caso: Paciente do sexo feminino, 26 anos, refere pequeno nódulo na pele em região do hipocôndrio direito com crescimento do mesmo. Nega dor e prurido e uso de medicamentos. Relata mamoplastia com colocação de próteses há 2 anos. Ao exame: pequeno nódulo, normocrômico, móvel, superficial e assintomático em região de hipocôndrio direito infra-mamário. Foi solicitado USG que apresentou características sugestivas de linfonodo. Ao realizar biópsia excisional da lesão, se constatou proliferação e ectasia de vasos linfáticos tortuosos, sugestivo de ser LG. Hipótese diagnóstica: LT. Tratamento: exérese cirúrgico. Conclusões: A LT é uma ocorrência rara, sendo importante o diagnóstico precoce para o tratamento adequado, visando a melhor qualidade de vida para o paciente

    Gorlin-Goltz syndrome: case report

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    Gorlin-Goltz syndrome (SGG) is a rare autosomal dominant disorder. Although it is hereditary, there are cases of spontaneous mutation. It is characterized by carcinogenic predisposition and several clinical manifestations. This article is about a 73-year-old white female patient with scoliosis, hypertelorism and four basal cell carcinomas (BCCs) on the back. The diagnosis of SGG was made. SGG is associated with clinical findings classified in larger criteria: minimum two BCCs in more than 20 years, or one in less than 20 years, keratocystic odontogenic tumor, palmoplantar pits, intracranial ectopic calcification, family history of SGG; and minor: craniofacial anomalies, macrocephaly, cleft or palatine lip, frontal bossa, hypertelorism, skeletal anomalies, ovarian fibroma, medulloblastoma. SGG is defined with the presence of two major criteria or one major and two minor. The treatment is multidisciplinary depending on the clinical manifestations of the patient and requires constant vigilance to new clinical findings

    Vitiligo ocupacional

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    Introdução: O vitiligo é uma doença cutânea idiopática, caracterizada por máculas branco-nacaradas de diferentes tamanhos e formas. Alguns fatores podem estar associados à etiopatogenia da doença, como: condições genéticas, doenças auto-imunes, traumas e substâncias químicas. O vitiligo pode acometer pêlos (leucotriquia) e o prurido e a inflamação são raros. Suas alterações histológicas em eletromicroscopia demonstram vacuolização e degeneração dos queratinócitos, melanócitos e células de Langerhans da camada basal, assim como infiltrado inflamatório mononuclear com pequenos linfócitos e histiócitos, principalmente cercando a lesão. O vitiligo ocupacional (VO) ocorre devido a substâncias químicas que em excesso na epiderme e na derme papilar, danificam os melanócitos. O VO manifesta-se no local de contato, podendo estender-se a todo corpo, seu diagnóstico é clinico e auxiliado com a luz de Wood. O tratamento consiste em estimular a produção de pigmento nas áreas lesadas, a partir de imunomoduladores, PUVA, entre outros. Objetivo: Relatar caso de paciente com diagnóstico de VO. Metodologia: Paciente diagnosticada com VO atendida em ambulatório e revisão de literatura. Relato de caso: Paciente do sexo feminino, 26 anos, refere manchas em mãos há 6 meses, após início de trabalho na limpeza. Nega comorbidades e antecedentes mórbidos pessoais relevantes. Refere utilização de produtos de limpeza, especialmente Alpha HP (peróxido de hidrogênio). Ao exame: máculas acrômicas nas extremidades digitais, ausência de eritema, prurido e outros sintomas. Hipótese diagnóstica: VO. Como conduta, foi prescrito protopic. Conclusões: O VO é uma hipomelanose de causa química de grande impacto emocional ao paciente. Seu diagnóstico precoce é importante a fim de melhorar a qualidade da pessoa acometida

    kerion Celsi

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    Introdução: Tinea capitis (TC) é considerada a dermatofitose mais comum em crianças entre 6 e 10 anos. A TC é uma infecção extremamente contagiosa causada por fungos dos gêneros Microsporum e Trichophyton que podem estar presentes em animais e humanos. Normalmente encontram-se em camadas superficiais da pele e são capazes de invadir o estrato da córnea e outras estruturas queratinizadas como cabelos e unhas. A TC é caracterizada por descamação acompanhada de alopecia no couro cabeludo, podendo acometer cílios e sobrancelhas ou em casos mais agravantes, erupção pustular eritematosa de Kerion Celsi (KC), manifestada como placa dolorosa, podendo evoluir para alopecia cicatricial. O diagnóstico de TC é feito através de exame clínico com auxílio de lâmpada de Wood e do exame micológico. KC caracterizase histologicamente por infiltrado neutrofílico ou granulomatoso, ou ambos e em estágios tardios resultam em cicatriz fibrótica. Seu tratamento é eficaz com antifúngicos orais, sendo a griseofulvina o medicamento de escolha. Objetivo: Relatar caso de paciente com diagnóstico de tinea capitis com Kerion Celsi. Metodologia: Paciente diagnosticado com Kerion Celsi atendido em serviço ambulatorial e revisão de literatura. Relato de caso: Paciente do sexo masculino, seis anos, apresentava lesão em couro cabeludo há 30 dias, referiu prurido e alopecia na região afetada. Nega outras doenças e quadros semelhantes na família. Tem contato com crianças e animais. Ao exame: placa supurativa em região de vértice, com pequenas crostas em couro cabeludo e área de alopecia na região. Apresentava prurido e dores leves. Hipótese diagnóstica: KC. Como conduta, foi prescrito griseofulvina com melhora do quadro em 2 meses. Conclusões: O diagnóstico precoce de TC é importante para evitar alopecia cicatricial e alterações na vida social do paciente

    Notalgia parestésica: relato de caso

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    Introdução: Notalgia parestésica (NP) é uma condição neurocutânea, caracterizada por crises pruriginosas, hiperpigmentação e neuropatia sensorial. Apesar de pouco descrita em literatura, a doença é mais frequente do que se imagina, sendo subdiagnosticada em muitos casos. NP pode afetar qualquer idade e sexo, mas acomete principalmente pessoas de média idade e mulheres. Sua etiologia inclui alterações degenerativas vertebrais, trauma vertebral e predisposição genética. NP envolve o trajeto anatômico dos nervos espinhais e está relacionada com o comprometimento de neuropeptídios, dando origem a marcapassos neurais ectópicos, responsáveis pela clínica da NP. O diagnóstico é clínico, a partir da identificação de máculas hiperpigmentadas unilaterais em zona escapular, sem eritema ou descamação, com piora ao estresse. Deve-se diferenciar de líquen simples, amiloidose macular e hanseníase. Na anatomopatologia observa-se acantose focal e queratinócitos necróticos; a derme papilar mostra depósito de substância amiloide. Com sintomas leves o tratamento medicamentoso nem sempre é necessário, se mais severa utiliza-se capsaicina tópica, gabapentina, oxicarba-mazepina, corticoides e toxina botulínica. Objetivo: Relatar caso de NP. Material e métodos: Paciente atendida ambulatorialmente com revisão de literatura. Relato de Caso: Feminina, 50 anos, com queixa de mancha em dorso há 2 anos; refere dor na coluna torácica. Ao exame: presença de mácula hipercrômica. Hipótese diagnóstica: NP. Foi prescrito corticoide tópico para alívio de sintomas. Conclusão: Por tratar-se de uma doença subdiagnosticada, o conhecimento médico da clínica de NP é fundamental para o diagnóstico precoce, permitindo a escolha do tratamento específico, o que melhora a evolução dos pacientes e evita o uso de fármacos ineficazes

    Alopecia areata ofiásia na infância: do diagnóstico ao tratamento

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    Introdução: Entre as alopecias mais comuns na infância está a alopecia areata (AA), uma afecção crônica dos folículos pilosos, de etiologia auto-imune e genética. Apresenta-se pela queda de pelos, devido a interrupção de sua síntese, sem a atrofia dos folículos, por isso é reversível. AA afeta ambos os sexos e inicia- se em qualquer idade; porém, 60% dos primeiros episódios ocorrem entre 5 e 20 anos. AA manifesta-se por placas de alopecia assintomáticas, arredondadas, sem inflamação, podendo afetar qualquer área com folículos pilosos, frequentemente o couro cabeludo. Sinal de tração positivo, pelos cadavéricos e penugem branca no exame físico da fase aguda auxiliam o diagnóstico. AA é classificada como atípica e clássica, esta última pode ser: placa única, placas múltiplas, AA total, ou AA ofiásica (AAO). AAO consiste na perda de cabelos na linha de implantação temporooccipital, atingindo as bordas inferiores do couro cabeludo; seu diagnóstico é clinico devendo ser diferenciado de Tinha do couro cabeludo, pseudopelada de Brocq e tricotilomania. O tratamento para AAO é sintomático e não altera o prognóstico, sendo utilizados principalmente corticoides tópicos, infiltrações intralesionais, antralina e minoxidil. Objetivo: Relatar caso de AAO na infância. Relato do caso: Feminina, 13 anos, com perda de cabelos há 4 anos e piora há 6 meses. Ao exame: área extensa de alopecia em região temporoocciptal até margem inferior de implantação do couro cabeludo. Sinal de tração positivo na periferia da área de alopecia. Hipótese diagnóstica: AAO. Terapia: infiltração de corticoide. Metodologia: Paciente atendida em ambulatório e revisão de literatura. Conclusão: Por acometer sobretudo os cabelos, AA afeta a autoestima e os aspectos psicológicos, principalmente das crianças, que crescem em meio propício a julgamentos e rejeição social. Assim, é importante a intervenção terapêutica precoce para estabilizar e regredir o quadro clínico

    Infiltrado linfocítico de Jessner – discussão de caso

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    Introdução: Infiltrado linfocítico de Jessner (ILJ) é uma dermatose benigna rara, auto-limitante, caracterizada por placas e pápulas eritematosas assintomáticas situadas em áreas expostas ao sol. Apesar de ser crônica, pode ter resolução espontânea. A incidência e etiologia ainda não são claras. Entre os principais diagnósticos diferenciais estão lúpus túmido (LT) e erupção polimórfica à luz. O tratamento para ILJ inclui, principalmente, corticosteróides tópicos e intralesionais, inibidores da calcineurina tópicas, auranofina oral, anti-maláricos orais e talidomida oral. Objetivo: Relatar um caso de ILJ, pela sua raridade e por afetar a vida do paciente, comprometendo o equilíbrio psíquico pessoal e social. Metodologia: Paciente atendido em ambiente ambulatorial e revisão bibliográfica. Relato de caso: Feminina, 57 anos, branca. Lesões em face e ombro há 5 meses. Refere herpes labial recorrente e exposição solar sem proteção. Ao exame: placas eritematosas em face e ombro; nega sintomas nas lesões ou piora ao sol. Exames bioquímicos sem alterações. Análise anatomopatológica mostra infiltrado na derme com predomínio mononuclear distribuído difusamente e ao redor de anexos cutâneos e vasos sanguíneos. Imuno-histoquímico com infiltrado policlonal de linfócitos B e T, membrana basal não espessada, inflamação perivascular e perianexial; marcadores positivos linfocitários excluem malignidade e confirmam JLI. Conclusão: Há muitas doenças que se sobrepõem à clínica e histologia do JLI, e por isso pode ser considerado um padrão clínico-patológico comum a diferentes doenças. O diagnóstico de ILJ, diante de achados clínicos e histológicos compatíveis, é baseada na exclusão após extensa avaliação diagnóstica, que inclui história clínica, biópsia e exames laboratoriais. É importante a avaliação detalhada, para a especificidade terapêutica e melhora da qualidade de vida do paciente

    Eflúvio telógeno pós quadro de dengue - relatos de casos

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    Introdução: Eflúvio telógeno (ET) é uma forma de alopecia difusa caracterizada pelo aumento do número de fios na fase telógena, como resultado de uma mudança anormal no ciclo folicular, podendo ser crônica ou transitória. ET pode ser desencadeado por: febre, cirurgia, drogas, doenças sistêmicas, estresse, entre outros. Não existe explicação definitiva para o fenômeno, mas sabe-se que as alterações aceleram a entrada dos fios da fase anágena para a fase telógena. Geralmente o ET ocorre cerca de 2 a 3 meses após a ocorrência do fato que a gerou. Diagnóstico do ET é difícil pela ausência de sintomas ou características específicas; eventualmente o cabelo pode tornar-se mais fino e apresentar algum grau de rarefação; não há prurido, descamação ou inflamação; o teste de tração leve dos fios pode ser positivo e o tricograma apresentará mais do que 20% de fios telógenos. Tratamento do ET depende do fator desencadeante e seu controle, mas não há tratamento específico para o eflúvio telógeno. Objetivo: Relatar 11 casos de ET após quadro febril-infeccioso de dengue. Metodologia: Pacientes atendidos em ambulatório diagnosticados com ET, no período de junho a agosto de 2015. Resultados: 10 pacientes do sexo feminino e 1 masculino, referiram queixa de queda de cabelo após quadro de dengue, com início da perda dos fios variando de 1 a 5 meses após o quadro infeccioso (5 casos após 1 mês, 1 caso após 2 meses, 1 caso após 3 meses, 3 casos após 4 meses e 1 caso após 1 mês). Conclusão: ET geralmente é uma doença reativa e reversível. Muitas vezes, após um quadro febril-infeccioso, a queda se resolve de forma espontânea, mas causa grande preocupação pela intensidade e rapidez da instalação da queda. Portanto, identificar e corrigir possíveis causas subjacentes e tranquilizar o paciente são os componentes mais importantes no tratamento

    Foliculite queloidiana

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    Introdução: Foliculite queloidiana (FQ) é uma doença crônica com presença de inflamação,  cicatriz de folículo piloso e posterior desenvolvimento de pápulas, placas queloidianas e alopecia cicatricial; com episódios de agravamento da inflamação. Afeta principalmente couro cabeludo e nuca. Normalmente acomete homens de ascendência africana e fototipos elevados (Fitzpatrick IV-VI) na adolescência e é rara após os 50 anos. Sua causa não é definida; aponta-se a irritação crônica ou oclusão dos folículos  -  devido a práticas de corte de cabelo  -, trauma, fricção, predisposição e fator agravante. A inflamação ativa é manifestada por pápulas, pústulas e eritema; acompanhada de prurido ou dor. A inflamação tende a ser menos ativa, mas as pápulas queloidianas e as placas podem persistir se não tratadas. Achados histológicos: infiltrado inflamatório neutrofílico ou linfoplasmocitário perifolicular e intrafolicular, fibrose cutânea, folículos capilares quebrados cercados por inflamação granulomatosa, formação de abscesso perifolicular e dérmica fibrose. Tratamento é difícil, podendo ser utilizados antibióticos e corticoides intralesionais.  Objetivo:  Relatar caso de FQ.  Metodologia:  Paciente diagnosticada com FQ atendido em serviço ambulatorial.  Relato de caso: Masculino, 33 anos, Fitzpatrick III, com lesões em couro cabeludo e nuca há 2 anos, sem atendimento médico anterior. Exame físico: presença de pápulas e placas queloidianas na nuca, substituindo o folículo piloso, com consequente alopecia cicatricial. Sem queixas de dores ou prurido. Hipótese diagnóstica: FQ Conclusão: É uma doença crônica, de diagnóstico clínico e difícil tratamento. Assim, é importante o diagnóstico precoce para um tratamento adequado e acompanhamento regular da doença, visando a melhor qualidade de vida para o paciente
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