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    Autoavaliação da saúde por pessoas idosas no ELSA–Brasil

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    O aumento da expectativa de vida faz com que as pessoas alcancem idades mais avançadas, essa, no Brasil em 2015, segundo o IBGE, foi de 79,1 anos para as mulheres e 71,9 anos para os homens. O envelhecimento é mais expressivo nas mulheres devido à sobremortalidade masculina por diversas causas e durante todas as fases da vida. Mas as diferenças entre homens e mulheres não podem ser explicadas com base somente nas diferenças biológicas, visto que as desigualdades econômicas, políticas e sociais resultam de construções sociais e culturais. Portanto, ao estudar esta população não podemos deixar de levar em consideração que “o envelhecimento é também uma questão de gênero”. O aumento de anos vividos proporcionado pela maior expectativa de vida pode ser acrescido de incapacidades provenientes das doenças crônicas não transmissíveis mais prevalentes nessa faixa etária, impactando na qualidade de vida e em como as pessoas avaliam sua saúde. O desejo de que o envelhecimento ocorra de forma saudável e com a melhor qualidade possível, traz a necessidade de identificarmos marcadores de risco à saúde desta população. A autoavaliação da saúde é a percepção que o indivíduo tem das diferentes dimensões do seu estado de saúde. É utilizada em inquéritos de saúde, desde 1950, como uma medida preditora de risco de complicações e morbimortalidade na população. Além disto, promove modificação no estilo de vida ao influenciar os comportamentos de saúde, e permite uma avaliação dinâmica da trajetória da saúde. Vulnerabilidades em pessoas idosas podem ser identificadas pelo conhecimento dos aspectos envolvidos na autoavaliação da saúde, o que pode ser utilizado para adequar serviços de saúde, estabelecendo prioridades nos cuidados. Este conhecimento pode embasar a elaboração de programas e ações de saúde pública para a promoção de saúde e a prevenção de doenças, visando melhorar a qualidade de saúde. Por outro lado, ao se estudar a autoavaliação da saúde deve- se levar em consideração os seus distintos significados de saúde para mulheres e homens, o que vai influenciar a forma em que esta é avaliada. A presente tese objetiva investigar a autoavaliação da saúde em pessoas idosas no Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil), coorte que estuda fatores que influenciam a manutenção da saúde e o desenvolvimento de doenças crônicas em 15.105 funcionários de seis instituições públicas de ensino superior e pesquisa no Brasil. Seus resultados são apresentados em três artigos científicos: 1. Autoavaliação da saúde entre mulheres e homens idosos do ELSA-Brasil (Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto): quais as similaridades e as diferenças? 2. Influência da morbidade crônica na autoavaliação da saúde em mulheres e homens idosos no ELSA-Brasil. 3. Preditores de mudanças na autoavaliação da saúde por mulheres e homens idosos em um estudo longitudinal: o que indicam os resultados do ELSA-Brasil? Os resultados desta pesquisa mostraram que as mulheres e os homens com 60 anos ou mais, ao contrário de outros estudos, não só avaliaram sua saúde de maneira positiva na linha de base, mas também apresentaram melhora nessa avaliação após quatro anos. A ausência ou menor número de morbidades crônicas teve um papel preponderante para uma melhor avaliação da saúde, o que reforça a importância da prevenção e controle das doenças crônicas no envelhecimento

    Arq Neuropsiquiatr

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    p.157-162Objective: To identify risk factors for dementia among the elderly in a rural area of Northeastern Brazil. Method: The subjects assessed were all 60 years old or older, and lived in a rural region of Bahia, a Northeastern State of Brazil. CAMDEX, a structured clinical evaluation protocol, was used for diagnosis, and applied at the home of the subjects. Results: The risk factors identified were divided in accordance with socio-demographic characteristics, the presence of co-morbid conditions, and the use of medications. The variables with strong association with dementia were age, history of stroke, arterial hypertension, and sight impairment. Conclusion: Advanced age, arterial hypertension, and vascular brain injury were the main risk factors associated with dementia, which suggests that public health measures adopted to prevent and control modifiable risk factors can mitigate the prevalence of high rates of dementia.São Paul

    Risk factors for dementia in a rural area of Northeastern Brazil Fatores de risco para demência em uma área rural do nordeste do Brasil

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    OBJECTIVE: To identify risk factors for dementia among the elderly in a rural area of Northeastern Brazil. METHOD: The subjects assessed were all 60 years old or older, and lived in a rural region of Bahia, a Northeastern State of Brazil. CAMDEX, a structured clinical evaluation protocol, was used for diagnosis, and applied at the home of the subjects. RESULTS: The risk factors identified were divided in accordance with socio-demographic characteristics, the presence of co-morbid conditions, and the use of medications. The variables with strong association with dementia were age, history of stroke, arterial hypertension, and sight impairment. CONCLUSION: Advanced age, arterial hypertension, and vascular brain injury were the main risk factors associated with dementia, which suggests that public health measures adopted to prevent and control modifiable risk factors can mitigate the prevalence of high rates of dementia.OBJETIVO: Identificar fatores de risco para demência entre idosos de uma área rural do nordeste do Brasil. MÉTODO: Os indivíduos avaliados tinham 60 anos ou mais e viviam numa região rural na Bahia, Estado do nordeste brasileiro. Um protocolo de avaliação clínica estruturada - CAMDEX - foi utilizado para diagnóstico e aplicado no domicílio dos indivíduos participantes. RESULTADOS: Os fatores de risco identificados foram divididos de acordo com características sócio-demográficas, a presença de comorbidades e o uso de medicações. As variáveis com forte associação para demência foram idade, história de acidente vascular encefálico, hipertensão arterial e comprometimento visual. CONCLUSÃO: Idade avançada, hipertensão arterial e lesão vascular cerebral foram os principais fatores de risco associados com demência, o que sugere que medidas de saúde pública adotadas para prevenir e controlar fatores de risco modificáveis podem diminuir a prevalência de altas taxas de demência
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