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Indicadores clínicos y prehospitalarios de supervivencia al trauma cerrado: un análisis multivariado
O objetivo do estudo foi identificar os indicadores clínicos e pré-hospitalares associados à sobrevivência de vítimas de trauma fechado. Foram utilizadas a análise de sobrevivência de Kaplan Meier, e de Riscos Proporcionais de Cox, para analisar a associação de 33 variáveis ao óbito precoce e tardio, propondo modelos multivariados. Os modelos finais até 48h pós-trauma evidenciaram altos coeficientes de risco promovidos pelas lesões abdominais, Injury Severity Score >25, procedimentos respiratórios avançados e compressões torácicas pré-hospitalares. No modelo até 7 dias, a pressão arterial sistólica na cena do acidente, se menor de 75mmHg, foi associada a maior risco de óbito e se ausente, foi associada ao mais elevado risco de óbito após 7 dias. A reposição de volume pré-hospitalar apresentou efeito protetor em todos os períodos. Os resultados sugerem que a magnitude da hipoxemia e da instabilidade hemodinâmica diante da hemorragia, influenciaram de forma significante o óbito precoce e tardio desse grupo de vítimas.The aim of the study was to identify the clinical and prehospital indicators associated to the survival of blunt trauma victims. The Kaplan Meier survival analysis and the Cox proportional hazards model were used to analyze the association of 33 variables to early and late death, proposing multivariate models. The final models until 48 hours post-trauma showed high rates of risk promoted by abdominal injuries, Injury Severity Score > 25, advanced respiratory procedures and prehospital chest compressions. In the model up to 7 days, a systolic blood pressure in accident site lower than 75mmHg was associated with increased risk of death, and if absent it was associated with higher risk of death after 7 days. The prehospital volume replacement showed a protective effect in all periods. Results suggest that the magnitude of hypoxemia and hemodynamic instability due to bleeding had a significant influence on early and late death in this group of victims.El objetivo del estudio fue identificar los indicadores clínicos y prehospitalarios asociados a la supervivencia de víctimas de trauma cerrado. Fueron utilizados el Análisis de Supervivencia de Kaplan-Meier y de Riesgos Proporcionales de Cox para examinar la asociación de 33 variables respecto de la muerte temprana y tardía, proponiéndose modelos multivariados. Los modelos finales hasta 48 horas post trauma mostraron altos coeficientes de riesgo promovidos por las lesiones abdominales, Injury Severity Score > 25, procesos respiratorias avanzados y compresiones torácicas prehospitalarias. En el modelo hasta 7 días, la presión arterial sistólica en la escena del accidente, cuando resultó inferior a 75mmHg, se asoció con mayor riesgo de muerte y, en caso de ausencia, se asoció con el mayor riesgo de muerte posterior a 7 días. La reposición de volumen prehospitalario mostró un efecto protector en todos los períodos. Los resultados sugieren que la magnitud de la hipoxemia y la inestabilidad hemodinámica debida a la hemorragia influyeron de manera significativa en la muerte temprana y tardía en este grupo de víctimas
Análise do valor predeterminante dos procedimentos da fase pré-hospitalar na sobrevivência das vítimas de trauma
The aim of this study was to analyze the determining value of the procedures carried out during prehospital care in the survival time of traffic accident victims. Data of 175 victims with Revised Trauma Score £ 11, cared for and transported by advanced life support to tertiary referral hospitals, were submitted to Kaplan-Meier Survival Analysis and to Cox proportional hazards model. Four procedure groups associated with survival were identified: basic circulatory; advanced respiratory; volume replaced and medication. Until hospital discharge, the victims who underwent orotracheal intubation and chest compressions showed 3.6 and 6.4 times higher death hazards, respectively. The need for definitive airway and cardiopulmonary resuscitation in the prehospital phase was predetermining with higher death hazard. The less than 1000ml intravenous fluid replacement was the only predetermining factor with protective power against death hazard.La propuesta de este estudio fue analizar el valor determinante de los procedimientos realizados durante la atención prehospitalaria en el tiempo de sobrevivencia de víctimas de accidentes de tránsito. Datos de 175 víctimas con Revised Trauma Score < 11, atendidas y transportadas por el soporte avanzado a la vida a hospitales terciarios, fueron sometidos al análisis de sobrevivencia de Kaplan Méier y al análisis de Riesgos Proporcionales de Cox. Se identificaron 4 grupos de procedimientos asociados a la sobrevivencia: circulatorios básicos; respiratorios avanzados; volumen repuesto y medicamentos. Hasta el alta hospitalaria, las víctimas sometidas a la intubación orotraqueal y compresiones toráxicas presentaron 3,6 y 6,4 veces mayor riesgo de muerte, respectivamente. La necesidad de mantener la vía aérea definitiva permeable y hacer reanimación cardiorrespiratoria en la fase prehospitalaria fue predeterminante de un mayor riesgo de muerte. La reposición de volumen inferior a 1000ml fue el único factor predeterminante con fuerza protectora para el riesgo de muerte.A proposta deste estudo foi analisar o valor predeterminante dos procedimentos realizados, durante o atendimento pré-hospitalar no tempo de sobrevivência de vítimas de acidentes de trânsito. Dados de 175 vítimas com Revised Trauma Score < 11, atendidas e transportadas pelo suporte avançado à vida a hospitais terciários, foram submetidas à Análise de Sobrevivência de Kaplan Méier e à Análise de Riscos Proporcionais de Cox. Identificou-se 4 grupos de procedimentos associados à sobrevivência: circulatórios básicos; respiratórios avançados; volume reposto e medicamentos. Até a alta hospitalar, as vítimas, submetidas à entubação orotraqueal e compressões torácicas, apresentaram 3,6 e 6,4 vezes maior risco para o óbito, respectivamente. A necessidade de realização de via aérea definitiva e de reanimação cardiorrespiratória na fase pré-hospitalar foi predeterminante de maior risco para o óbito. A reposição de volume inferior a 1000ml foi o único fator predeterminante com força protetora para o risco de óbito
Rotatividade da força de trabalho do SAMU 192 no Brasil
Objective: To describe the general and outgoing turnover of SAMU 192 professionals according to states and regions, in 2019, generating a national reference rate. Method: Exploratory-descriptive study, carried out with public data collected from the tabulation tool of the National Registry System of Health Establishments for competences from January to December 2019, according to states, macro-regions and country. The general turnover rate (TRG), the exit turnover rate (TRS) and the movement index for the categories (IM) were calculated. Results: The movement of 33,738 professionals was analyzed, resulting in a TGR of 8.0% and a TRS of 6.8%, with a movement of 1:6.2 professionals and variation according to categories, sectors, regions and states. Turnover at CRU (TRG 15.5% and TRS 12.4%) was twice that observed in care (TRG 6.9% and TRS 5.9%). Physicians had high turnover in the CRU (TRS 14.7%, IM 2.9) and in care (TRS 12.7, IM 3.4). The turnover of nurses and drivers is lower. The North, Midwest and South macro-regions have worse turnover rates compared to the Southeast and Northeast. The states of São Paulo, Pernambuco and Piauí have lower rates, while Rondônia, Roraima, Santa Catarina and the Federal District stand out for high rates.Objetivo: Describir la rotación general y saliente de los profesionales del SAMU 192 según estados y regiones, en el año 2019, generando una tasa de referencia nacional. Método: Estudio exploratorio-descriptivo, realizado con datos públicos recolectados de la herramienta de tabulación del Sistema Nacional de Registro de Establecimientos de Salud por competencias de enero a diciembre de 2019, según estados, macrorregiones y país. Se calculó la tasa de rotación general (TRG), la tasa de rotación de salida (TRS) y el índice de movimiento de las categorías (IM). Resultados: Se analizó el movimiento de 33.738 profesionales, resultando una TGR de 8,0% y una TRS de 6,8%, con un movimiento de 1:6,2 profesionales y variación según categorías, sectores, regiones y estados. La rotación en CRU (TRG 15,5% y TRS 12,4%) fue el doble de la observada en atención (TRG 6,9% y TRS 5,9%). Los médicos tenían alta rotación en la URC (TRS 14,7%, IM 2,9) y en atención (TRS 12,7, IM 3,4). La rotación de enfermeras y conductores es menor. Las macrorregiones Norte, Medio Oeste y Sur tienen peores índices de rotación en comparación con el Sudeste y el Nordeste. Los estados de São Paulo, Pernambuco y Piauí tienen tasas más bajas, mientras que Rondônia, Roraima, Santa Catarina y Distrito Federal se destacan por tasas altas.Objetivo: Descrever a rotatividade geral e de saída dos profissionais do SAMU 192 segundo estados e regiões, em 2019, gerando uma taxa nacional de referência. Método: Estudo exploratório-descritivo, realizado com dados públicos coletados da ferramenta de tabulação do Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde para as competências de janeiro a dezembro de 2019, segundo estados, macrorregiões e país. Foi calculada a taxa de rotatividade geral (TRG), a taxa de rotatividade de saída (TRS) e o índice de movimentação para as categorias (IM). Resultados: Foi analisada a movimentação de 33.738 profissionais, resultando em TGR de 8,0% e a TRS de 6,8%, com a movimentação de 1:6,2 profissionais e variação segundo categorias, setor, regiões e estados. A rotatividade na CRU (TRG 15,5% e TRS 12,4%) foi o dobro da observada na assistência (TRG 6,9% e TRS 5,9%). Médicos apresentaram rotatividade alta na CRU (TRS 14,7%, IM 2,9) e na assistência (TRS 12,7, IM 3,4). A rotatividade da enfermagem e dos condutores é menor. As macrorregiões norte, centro-oeste e sul têm piores taxas de rotatividade se comparadas ao sudeste e nordeste. Os estados de São Paulo, Pernambuco e Piauí apresentam taxas mais baixas, enquanto Rondônia, Roraima, Santa Catarina e Distrito Federal se destacam por taxas elevada
Sobrevivência após acidentes de trânsito: impacto das variáveis clínicas e pré-hospitalares
OBJETIVO: Analizar las variables clínicas y pre hospitalarias asociadas a la sobrevida de víctimas de accidentes del tránsito. MÉTODOS: Estudio realizado en el municipio de São Paulo (Sudeste de Brasil), de 1999 a 2003. Fueron analizados datos de 175 pacientes, entre 12 y 65 años, victimas de accidentes de tránsito. El análisis de Sobrevida de Kaplan-Meier fue utilizado en el abordaje de los resultados en la escena del accidente con las víctimas de scoreOBJETIVO: Analisar as variáveis clínicas e pré-hospitalares associadas à sobrevivência de vítimas de acidente de trânsito. MÉTODOS: Estudo realizado no município de São Paulo, SP, de 1999 a 2003. Foram analisados dados de 175 pacientes, entre 12 e 65 anos, vitimados por acidente de trânsito. A Análise de Sobrevivência de Kaplan-Meier foi utilizada na abordagem dos resultados na cena do acidente com as vítimas de escoreOBJECTIVE: To assess clinical and prehospital variables associated with survival of motor vehicle crash victims. METHODS: Study carried out in the city of São Paulo (Southeastern Brazil), from 1999 to 2003. Data from 175 patients, who were aged between 12 and 65 years and had been motor vehicle crash victims, were analyzed. Kaplan-Meier Survival Analysis was used to approach the results at the accident scene with victims scorin
Desigualdade na atenção pré-hospitalar no Brasil: Análise da eficiência e suficiência da cobertura do SAMU 192
Objetivo : Analisar a evolução e o cenário de cobertura da atenção pré-hospitalar no Brasil entre 2015 e 2019, sob as dimensões de eficiência e suficiência, na totalidade dos municípios, segundo macrorregiões, cobertura, situação e estratégia de cobertura, área geográfica coberta, disponíveis e recursos distribuídos. Método: Estudo censitário, observacional, de abordagem quantitativa, descritiva e exploratória, realizado com dados disponibilizados pelo Ministério da Saúde, complementados com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. A eficiência foi analisada segundo 17 indicadores relacionados à população, distribuição dos recursos móveis e configuração de equipamentos por modalidade. A suficiência foi avaliada segundo variações nestes indicadores entre municípios nas macrorregiões do país. Resultados: A cobertura cresceu 5,4%, alcançou 85,0% dos cidadãos e 3750 municípios (67,3%), com predomínio da modalidade de Suporte Básico de Vida (83,0%). Houve variações na cobertura e na composição das forças de resposta entre macrorregiões. A face vulnerável da cobertura está em 1938 municípios cobertos regionalmente e em 1820 municípios sem cobertura. Conclusão: A exígua expansão e a persistência de municípios descobertos, denotam a ineficiência da cobertura, o que, associada à desigualdade na distribuição de recursos e modalidades, corrompe as diretrizes de integralidade e igualdade no acesso à saúde (suficiência). Objetivo: Analizar el escenario de evolución y cobertura de la atención prehospitalaria en Brasil entre 2015 y 2019, bajo las dimensiones de eficiencia y suficiencia, en todos los municipios, según macrorregiones, población cubierta, estrategia de cobertura, área geográfica cubierta, modalidades. recursos móviles disponibles y distribuidos. Método: Estudio censal, de abordaje observacional, cuantitativo, descriptivo y exploratorio, realizado con datos del Servicio Móvil de Atención de Emergencias (SAMU 192) proporcionados por el Ministerio de Salud, complementado con área geográfica y población, por municipio. Resultados: En el período, la cobertura creció un 5,4%, alcanzando el 85,0% de los ciudadanos en 3750 municipios (67,3%), con un aumento (0,6%) y predominio (83,0%) de la modalidad de Apoyo Básicos de Vida. Hubo variaciones en la eficiencia de cobertura entre regiones (entre 77,2% en la región norte y 94,6% en la región sur) con desigualdad en la composición de las fuerzas de respuesta (entre el 10,5% de los equipos de soporte vital avanzado en la región norte y el 18,3% en la región norte). la región sur), marcadamente superior entre las capitales y municipios del interior. Las capitales y municipios con 10 mil a 50 mil habitantes concentran los recursos del SAMU 192. La cara más vulnerable de cobertura se encuentra en los 1938 municipios cubiertos regionalmente y en los 1820 municipios sin cobertura (51,8% con <10 mil habitantes). Conclusão : A eficiência na cobertura consistente com a diretriz de integralidade do sistema de saúde, sem embargo, a expansão da peque e a persistência de ciudadanos al descubierto e um escenario de desigualdad de recursos e fontes de respuesta em municípios de diferentes regiões, corrompen la directriz de igualdad no acesso à saúde (suficiência).Objetivo : Analisar a evolução e o cenário de cobertura da atenção pré-hospitalar no Brasil entre 2015 e 2019, conforme dimensões de eficiência e suficiência, na totalidade dos municípios, segundo macrorregiões, população coberta, estratégia de cobertura, área geográfica, coberta disponível disponível e recursos móveis distribuídos. Método : Estudo censitário, observacional, abordagem quantitativa, descritiva e exploratória, realizado com dados sobre o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) fornecido pelo Ministério da Saúde, complementados com área geográfica e população, por município. Resultados: No período, a cobertura cresceu 5,4%, alcançou 85,0% dos cidadãos em 3750 municípios (67,3%), com avanço (0,6%) e predomínio (83,0%) da modalidade de Suporte Básico de Vida. Há variações na eficiência de cobertura entre regiões (entre 77,2% na região norte e 94,6% na região sul) com desigualdade na composição das superiores de resposta (entre 10,5% de equipes de suporte avançado de vida na região norte à 18,3% na região sul), acentuadamente maior entre capitais e municípios do interior. Capitais e municípios com 10 mil a 50 mil hab, concentram recursos do SAMU 192. A face mais vulnerável da cobertura está nos 1938 municípios cobertos regionalmente e nos 1820 municípios sem cobertura (51,8% com <10 mil hab). Conclusão: A eficiência na cobertura é coerente com uma direção de integralidade do sistema de saúde, entretanto, uma expansão exígua e a persistência de cidadãos descobertos e um cenário de desigualdade de recursos e informação de resposta nos locais diferentes regiões, corrompem a diretriz de igualdade no acesso à saúde (suficiência)
Produção de procedimentos pelo SAMU 192 no Brasil: Performance, benchmarking e desafios
Objective: To describe and analyze the production of approved procedures carried out by the SAMU 192 regulation centers and mobile resources between 2015 and 2019, according to frequency, population-based indicators, and daily productivity, establishing a performance indicator. Method: Census, observational, descriptive study, carried out with production data, extracted from the Outpatient Information System, complemented with population data from the Brazilian Institute of Geography and Statistics and information from the Ministry of Health. Results: The 116.8 million procedures analyzed stem from a 28.5% increase in the period, while the covered population and mobile resources grew by 9.7% and 14.4%. Every 1,000 inhabitants covered generated 109.8 calls per year, resulting in 24.0 shipments of mobile resources. Daily, basic support units performed 3.3 visits and 0.5 transports, while advanced support performed 2.7 visits and 0.9 transports. Conclusion: The production of procedures exceeded the growth of covered population, with variations between states, high production in populated areas, strong presence of basic support and elevation of transports, however, national productivity was lower than the international one.Objetivo: Describir y analizar la producción de trámites realizados por los centros de regulación y por los diferentes recursos móviles del SAMU 192 desde el año 2015 al 2019, según indicadores de base poblacional y productividad diaria, estableciendo un indicador básico de desempeño del sistema. Método: Estudio censal, retrospectivo y descriptivo realizado con datos de producción homologada de procedimientos, extraídos del Sistema de Información de Consulta Externa del Sistema Único de Salud, según país y estados, en cuanto a frecuencia, base poblacional y productividad. El benchmarking fue establecido por el promedio histórico. Resultados: Se analizaron 116,8 millones de procedimientos. En el período, la población cubierta y los recursos crecieron un 9,7% y un 14,4%, respectivamente, mientras que las llamadas atendidas aumentaron un 26,5% y el total de trámites básicos y avanzados un 28,5%. En promedio, cada mil habitantes generó 109,8 llamadas al año, resultando en 42,5 trámites por parte de la central, 24,0 con el envío de recursos móviles, que realizó 26,4 trámites. Las unidades básicas de apoyo realizaron 18,5 llamadas de emergencia y 2,7 traslados por mil habitantes cubiertos, con una productividad diaria de 3,3 llamadas/día y 0,5 traslados/día. Diariamente, las unidades de apoyo avanzado realizaron 2,7 llamadas/día y 0,9 traslados/día. Conclusión: La producción de trámites superó las tasas de crecimiento de los recursos móviles y población asistida. Hubo variaciones en la demanda y productividad entre estados, alta producción en áreas pobladas, fuerte presencia de modalidades BLS y aumento de trámites de transporte. Los puntos de referencia de productividad nacionales fueron más bajos que los internacionales y pueden reflejar un comportamiento operativo ineficiente.Objetivo: Descrever e analisar a produção de procedimentos realizados pelas centrais de regulação e recursos móveis do SAMU 192 entre 2015 e 2019, segundo frequência, indicadores de base populacional e produtividade diária, estabelecendo um indicador de performance. Método: Estudo censitário, observacional descritivo, realizado com dados de produção, extraídos do Sistema de Informações Ambulatoriais, complementados com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e do Ministério da Saúde. Resultados: Os 116,8 milhões de procedimentos analisados decorrem de 28,5% de aumento no período enquanto a população coberta e os recursos móveis cresceram 9,7% e 14,4% respectivamente. Cada mil habitantes cobertos geraram 109,8 chamadas, resultando em 24,0 envios de recursos móveis anuais. Diariamente, unidades de suporte básico realizaram 3,3 atendimentos e 0,5 transportes, enquanto o suporte avançado realizou 2,7 atendimentos e 0,9 transporte. Conclusão: A produção de procedimentos excedeu o crescimento de população coberta, com variações entre estados, alta produção em áreas populosas, forte presença do suporte básico e elevação dos transportes, todavia a produtividade nacional mostrou-se inferior a internacional
Força de trabalho do SAMU 192 no Brasil: Composição, capacidade operacional e procedimentos atribuídos
With 20 years of implementation in Brazil, the Mobile Emergency Care Service (SAMU 192), reaches 85% of the population, with emergency regulation centers (ERC) and mobile resources (MR), manned by teams of Basic Support of Life Support (BLS) and Advanced Life Support (ALS). Objective: To describe and analyze the SAMU 192 workforce, according to professional categories, operational capacity, and attribution of production of procedures in the period from 2015 to 2019. Method: Census, observational, descriptive, and exploratory study that uses data from the ERC quantity and MR, associated with official public data on the workforce and its approved production, extracted from national registry systems of the Unified Health System. Dimensioning projection models were developed to quantify operational capacity from the existing workforce, according to minimum team composition, working hours patterns and operating models. Results: The SAMU 192 workforce grew by 14.3% (MR 17.2% and ERC 3.4%), reaching 41,490 professionals in 2019. At ERC, professionals in final activities grew above 14.4%, while administrative occupations and other higher education professions grew by 61.1% and 59.0%, respectively. In basic MR, nursing technicians and assistants account for more than 51% of the total force, while drivers account for 42.4%. The participation of nurses and doctors grew by 27.4% and 29.8%, respectively. The sizing models revealed that BLS professionals (30 hours/week) would be able to operate up to 67.0% of MR. In the ALS, the number of nurses projects operational capacity above 100%, while the number of doctors (24 hours/week) projects operation of up to 36.5% of the MR, reaching 64.2% in models with 40 hours per week. Nursing technicians were responsible for up to 81.2% of attendances and 75.6% of BLS transports. In the ALS, a team formed by “doctor and nurse” performed up to 69% of emergency and transport care, with a downward trend. More than 30% of care and 28% of transport are attributed to nurses in advanced RM, in the absence of doctors, with a tendency to increase, a phenomenon also observable in aeromedical units and ALS vessels. Conclusion: There was a growth in the number of professionals working in SAMU 192, however, the projections showed the insufficiency in the quantity for the operation of all RM and reflected trends such as the remarkable activity of nursing professionals in emergency care and transport. The insufficiency of the regulations that structure the model and the absence of minimum operating indicators may be at the root of the challenges of insufficient professionals.Con 20 años de implantación en Brasil, el Servicio de Atención Móvil de Emergência (SAMU 192) llega al 85% de la población, con centros de regulación de emergencia (CRU) y recursos móviles (RM), atendidos por equipos de Soporte Vital Básico (SVB) y Avanzado Soporte Vital (ELA). Objetivo: Describir y analizar la plantilla del SAMU 192, según categorías profesionales, capacidad operativa y atribución de producción de procedimientos en el período de 2015 a 2019. Método: Estudio censal, observacional, descriptivo y exploratorio que utiliza datos de la cantidad y RM, asociado a los datos públicos oficiais sobre la fuerza de trabajo y su producción, extraídos de los sistemas catastrales nacionales del Sistema Único de Salud. Se desarrollaron modelos de proyección de dimensionamiento para cuantificar la capacidad operativa de la fuerza laboral existente, de acuerdo con la composición mínima del equipo, los patrones de jornada laboral y los modelos operativos. Resultados: La plantilla del SAMU 192 creció un 14,3% (RM 17,2% e CRU 3,4%), llegando a 41.490 profesionales em 2019. En el CRU, los profesionales en actividades finales crecieron por encima del 14,4%, mientras que las ocupaciones administrativas y otras profesiones de educación superior no previstas en la normativa creció un 61,1% y un 59,0%, respectivamente. En BLS RM, los técnicos y auxiliares de enfermería representan más del 51% de la fuerza total, mientras que los condutores representam el 42,4%. La participación de enfermeros y médicos creció un 27,4% y un 29,8%, respectivamente. Los modelos de dimensionamiento revelaron que los profesionales de BLS (30 horas/semana) podrían operar hasta el 67,0% de RM. En el ALS, el número de enfermeros proyecta capacidad operativa superior al 100%, mientras que el número de médicos (24 horas/semana) proyecta funcionamiento de hasta el 36,5% de la RM, alcanzando el 64,2% en modelos con 40 horas semanais. Los técnicos de enfermería fueron responsables por hasta el 81,2% de las atenciones y el 75,6% de los transportes del SVB. En el SAV, un equipo formado por "médico y enfermera" realizaba hasta el 69% de las atenciones de urgencia y transporte, con tendencia a la baja. Más del 30% de los cuidados y el 28% del transporte son atribuidos a enfermeros en ALS MR, en ausencia de médicos, con tendencia al aumento, fenómeno también observável en unidades aeromédicas y buques ALS. Conclusión: hubo un crecimiento en el número de profesionales que actúan en el SAMU 192, sin embargo, las proyecciones mostraron la insuficiencia en la cantidad para la operación de todos los RM y reflejaron tendencias como la notável actividad de los profesionales de enfermería en la atención de emergência y el transporte. La insuficiencia de las normas que estructuran el modelo y la ausencia de indicadores mínimos operativos pueden estar en la raíz de los desafíos de insuficiencia de profesionales.Com 20 anos de implementação no Brasil, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) chega a 85% da população, com centrais de regulação das urgências (CRU) e recursos móveis (RM), equipes de Suporte Básico de Vida (SBV) e Suporte Avançado de Vida (SAV). Objetivo: Descrever e analisar a força de trabalho do SAMU 192, segundo as categorias profissionais, capacidade operacional e atribuição de produção de procedimentos no período de 2015 a 2019. Método: Estudo censitário, observacional, descritivo e exploratório que utiliza dados do quantitativo de CRU e RM, associados aos dados públicos oficiais sobre a força de trabalho e sua produção, extraídos de sistemas de cadastro nacional do Sistema Único de Saúde. Foram desenvolvidos modelos de projeção de dimensionamento para quantificar a capacidade operacional a partir da força de trabalho existente, segunda composição de equipes mínimas, padrões de carga horária e modelos de operação. Resultados: A força de trabalho do SAMU 192 cresceu 14,3%, (RM 17,2% e CRU 3,4%), chegando a 41.490 profissionais em 2019. Na CRU, os profissionais nas atividades finais cresceram acima de 14,4%, enquanto as ocupações administrativas e as demais profissões de nível superior não previstas na regulamentação cresceram respectivamente 61,1% e 59,0%. Na RM de SBV, técnicos e auxiliares de enfermagem são mais de 51% do total da força, enquanto os condutores, alcançam 42,4%. A participação de enfermeiros e médicos cresceu respectivamente 27,4% e 29,8%. Os modelos de dimensionamento revelaram que os profissionais de SBV (30 horas/semana), foram capazes de operar até 67,0% da RM. No SAV, o quantitativo de enfermeiros projetam capacidade operacional acima de 100%, enquanto o de médicos (24 horas/semana), projeta operação de até 36,5% da RM, podendo chegar a 64,2% em modelos com 40h semanais. Técnicos de enfermagem foram responsáveis por até 81,2% os atendimentos e 75,6% dos transportes de SBV. No SAV, a equipe formada por "médico e enfermeiro" realiza até 69% dos atendimentos de emergência e transportes, com tendência de queda. Aos enfermeiros em RM de SAV, na ausência de médicos, são atribuídos mais de 30% dos atendimentos e 28% dos transportes, com tendência de elevação, fenômeno observável também em unidades aeromédicas e embarcações de SAV. Conclusão: Houve crescimento do conjunto de profissionais que atuam no SAMU 192, todavia, como projeções demonstraram a insuficiência no quantitativo para a operação de todos os RM eam tendências como a marcante atividade dos profissionais de enfermagem nos atendimentos de urgência e transportes. A insuficiência das normativas que estruturam o modelo e a ausência de indicadores mínimos de operação, pode estar na raiz dos desafios da insuficiência de profissionais
Survival determinant factors in motor vehicle crash victms submitted to prehospital advanced life support
O Atendimento Pré Hospitalar (APH) é um importante recurso no atendimento à vítimas de trauma. No entanto, há muitas dificuldades para demonstrar o efeito benéfico das intervenções do APH na sobrevivência das vítimas, sobretudo as de suporte avançado à vida (SAV). A proposta deste estudo é caracterizar as vítimas de acidentes trânsito, com Revised Trauma Score (RTS) <11, atendidas pelo SAV municipal e encaminhadas a hospitais terciários em São Paulo, além de identificar as variáveis da fase pré-hospitalar associadas à sobrevivência e avaliar o valor predeterminante dessas variáveis sobre o resultado obtido pelas vítimas. As variáveis avaliadas foram: sexo, idade, mecanismos do acidente, procedimentos de suporte básico e SAV realizados, repercussão fisiológica do trauma na cena do acidente, (considerando o RTS , seus parâmetros e flutuações), o tempo consumido no APH, gravidade do trauma segundo o Injury Severity Score (ISS),a Maximum Abbreviated Injury Scale (MAIS) e número de lesões para cada segmento corporal. Os resultados obtidos por 175 vítimas entre 12 e 65 anos, foram submetidos a Análise de Sobrevivência de Kaplan Meier e ao Modelo de Riscos Proporcionais de Cox. A variável dependente foi o tempo de sobrevivência após o acidente, considerando os intervalos até 6h,12h, 24h, 48h, até 7 dias e até o término da internação. Os homens (86,9%) e a faixa etária de 20 a 29 anos (36,0%) foram as mais freqüentes. Os atropelamentos (45,1%) e o envolvimento de motocicletas e seus ocupantes (30,9%) foram os destaques dentre os mecanismos de trauma. A média do RTS na cena e do ISS, foram respectivamente 8,8 e 19,4.Os segmentos corpóreos mais atingidos foram: cabeça (58,8%), membros inferiores (45,1%) e superfície externa (40%). A média de tempo consumido na fase de APH foi 41min (tempo de cena 20,2min). Ocorreram 36% de óbitos, (metade em até 6 horas). A análise estatística revelou 24 fatores associados à sobrevivência, dentre eles, os procedimentos respiratórios avançados e os circulatórios básicos, as variáveis relativas ao RTS e a gravidade (ISS, MAIS e o número de lesões). No modelo final de Cox, ter sido submetido a procedimentos respiratórios avançados, compressões torácicas, apresentar lesão abdominal e ISS>25, foi associado a maior risco para o óbito até 48h após o trauma. Até 7 dias, a compressão torácica não se manteve no modelo final e a PAS de zero a 75mmHg apresentou associação com a morte após o acidente. Até a alta hospitalar, a ausência de PAS na avaliação inicial permaneceu no modelo. A reposição de volume foi o único fator com valor protetor para o risco de óbito presente em todos os momentosThe prehospital care (PH) is an important resource to trauma victims care. Nevertheless, there is great difficulty in demonstrating the PH interventions positive effect in victims survival, especially when concerning the advanced life support (ALS). The aim of this study is to characterize motor vehicle crash victims with Revised Trauma Score (RTS) <11 cared by municipal ALS and moved to tertiary hospitals in São Paulo in addition to identifying the prehospital variables associated to survival, and to evaluate their values as victim survival outcome determinant. The variables evaluated were: sex, age, trauma mechanism, basic life support and ALS procedures, physiological measures in the accident scene (considering the RTS, its parameters and fluctuations), the time consumed in PH phase, trauma severity by Injury Severity Score (ISS), the Maximum Abbreviated Injury Scale (MAIS) and number of lesions in each body region. The main results obtained by 175 victims between 12 e 65 years of age were submitted to the Kaplan Meier Survival Analysis and to Cox Proportional hazards Regression Analysis. The dependent variable was the survival time after the motor vehicle accident considering the intervals up to 6,12,24 and 48hs , up to 7 days and until the time of hospital discharge. Men (86,9%) and the 20 to 29 aged group (36%) were the most frequent. The pedestrians struck by car (45,1%) and the motorcycles (and their riders) (30,9%)were the highlight in trauma mechanisms. The RTS and the ISS average were 8,8 and 19,4 respectively. The more damaged body regions were head (58,8%), lower limbs (45,1%) and external surface (40%).The prehospital time average was 41 min (scene time 20,2min).Death rate was 36% (half of which up to 6hs).The statistical analysis revealed 24 survival associated factors. The ALS and the circulatory basic procedures, the RTS variables and the trauma severity (ISS,MAIS and number of lesions) were within them. In the final Cox Model were associated to higher risk of death up to 48hs after trauma: the submission to ALS respiratory procedures, chest compressions, the presence of abdominal injuries and ISS>25 .Until the 7th day the chest compression was not sustained in a final model and the systolic blood pressure (SBP) from zero to 75mmHg revealed statistical association with death after trauma. Until hospital discharge the SBP absence in scene evaluation remained in the model. The prehospital intravenous fluid refilling was the only factor of protector value to death risk in all moment