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    Integração da restauração ecológica a pecuária (IRPE): nova proposta metodológica.

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    O sistema de Integração da Restauração Ecológica à Pecuária (IRPE) é uma metodologia inovadora que consiste em usar bovinos, em manejo adequado, para estabelecimento do componente florestal se beneficiando do serviço ambiental prestado pelo gado por meio do pastejo, minimizando a competição entre o componente forrageiro e arbóreo-arbustivo, bem como a ocorrência de incêndios na propriedade. O objetivo foi testar a metodologia IRPE, para avaliar o efeito do pastejo bovino em área sob processo de restauração ecológica. O experimento foi instalado em janeiro/2017, com dois tratamentos (T1: sem gado e T2: com gado), onde, mudas de sete espécies nativas foram plantadas em linha. Após quatro anos, o pastejo em baixa lotação reduziu a biomassa de gramíneas em 77%/ano, não afetando a regeneração natural e possibilitando a sobrevivência (T1 = 61% e T2 = 47%) e o desenvolvimento (crescimento em altura) das mudas de espécies nativas (T1 = 34 cm/ano e T2 = 22 cm/ano), ambas às taxas sem diferença significativa entre os tratamentos. A presença dos bovinos aumentou o quantitativo de nutrientes químicos no escoamento superficial, sobretudo nos períodos de maior pluviosidade, contudo os valores se apresentaram de acordo com a legislação brasileira de qualidade de água. A partir da análise dos resultados concluiu-se que a aplicação da metodologia do IRPE foi bem-sucedida, sendo possível concluir que as gramíneas, sob manejo adequado de pastoreio protegeram o solo do processo erosivo e os bovinos, ao reduzirem a biomassa vegetal, diminuiu a probabilidade de ocorrência de incêndios e os gastos com aceiros e roçagem. Neste estudo conclui-se que o gado, se bem manejado, pode ser utilizado, nos primeiros anos da restauração, como ferramenta para controlar a biomassa de gramíneas e reduzir a competição entre as gramíneas e as espécies nativas
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