Atitudes e opini?es de profissionais envolvidos na aten??o ? mulher em situa??o de viol?ncia em 10 munic?pios brasileiros.

This research aimed to analyze opinions and attitudes of professionals of the network of care to women in violence situation in 10 Brazilian cities. It is a quantitative cross-sectional study, carried out through semi-structured interviews with the participants of the workshops in these cities, totaling 438 individuals. A descriptive analysis was performed with frequency distributions, bivariate analysis and correspondence analysis. The number of professionals working on the suspected cases is higher than the number of those working on the confirmed cases of violence against women. Less than half of the professionals who attended the suspected cases has taken action on the matter of the fact. The adoption of some attitudes by the professionals was more common ? even also being less than half of the majority of actions ? in the face of the confirmed cases. Underreporting occurs in suspected cases and confirmed cases. Most of the interviewed people consider to be responsibility of the public health sector to develop preventing actions toward violence against women, with a high rate of unanswered cases. It is concluded that there is a long way for care to women in violence situation to be properly offered; professionals routinely refer more than address the cases, they poorly report them, they do not feel qualified, and sometimes do not even see themselves as the responsible for this care.Esta pesquisa objetivou analisar opini?es e atitudes de profissionais da rede de aten??o ?s mulheres em situa??o de viol?ncia em 10 munic?pios brasileiros. Estudo transversal quantitativo, realizado mediante entrevistas semiestruturadas com os participantes de oficinas realizadas nos munic?pios em estudo, totalizando 438 sujeitos. Realizou-se an?lise descritiva com distribui??o de frequ?ncias, an?lise bivariada e an?lise de correspond?ncia. O n?mero de profissionais que atenderam casos suspeitos ? maior do que o n?mero dos que atenderam casos confirmados de viol?ncia contra a mulher. Menos da metade dos profissionais que atenderam casos suspeitos adotou alguma atitude frente a eles. A ado??o de alguma atitude pelos profissionais foi mais comum ? embora tamb?m abaixo da metade para a maioria das a??es ? diante dos casos confirmados. Subnotifica??o ocorre nos casos suspeitos e nos casos confirmados. A maioria dos entrevistados considera ser papel do setor sa?de desenvolver a??es de preven??o da viol?ncia contra a mulher, com elevada propor??o de respostas deixadas em branco. Conclui-se que falta muito para que a aten??o ? mulher em situa??o de viol?ncia seja devidamente ofertada; os profissionais rotineiramente encaminham mais do que abordam os casos, notificam pouco, n?o se sentem capacitados e, ?s vezes, sequer se veem como respons?veis por essa aten??o