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Toxicodependencia: efeitos na ritmicidade social (uma perspectiva de promoção da saúde)
A toxicodependência é um problema que, directa ou indirectamente, afecta todas as pessoas e leva a opinião pública a querer caracterizá-la e a querer entende-la mais profundamente. O estudo da toxicodependência é complexo pela diversidade de variáveis que podemos abranger, sobretudo numa perspectiva de promoção da saúde. Considerando que a cronobiologia e concretamente a ritmicidade social deve ser tida em conta quando falamos de promoção da saúde, estudamos a toxicodependência numa vertente de ritmos biológicos, no sentido de dar um contributo na sua compreensão. Este estudo refere-se apenas a sujeitos com um percurso temporal considerável no mundo da dependência de substâncias psicoactivas ilícitas, mas inseridos num programa terapêutico. É um estudo de natureza quantitativa que pretendeu avaliar em que medida a toxicodependência tem efeitos na ritmicidade social das pessoas que consomem substâncias psicoactivas ilícitas. Foram utilizados como instrumentos de recolha de dados a Métrica dos Ritmos Sociais (MRS), o Questionário de DUKE – Perfil de Saúde, um Questionário de dados individuais e o Índice de Graffar. Os sujeitos da amostra apresentam, ritmicidade social normal, embora revelem baixo “volume” de actividade social. A saúde social surge como o indicador de saúde mais baixo e a ansiedade e depressão como os indicadores de disfunção mais altos
Consumo de substâncias psicoativas. Área emergente em saúde mental?
O consumo de sustâncias psicoativas tem sido alvo de interesse acrescido pela comunidade científica, na medida em que o fenómeno está a aumentar em Portugal. Nesta comunicação abordam-se os fatores de risco e de proteção associadas ao consumos destas substâncias. Acrescenta ainda as dificuldades inerentes a estas pessoas e as características fundamentais dos profissionais para o acompanhamento desta população específica
Promoção da qualidade de vida de pessoas com doença mental: a importância do domínio relações sociais
Publicado em "Referência : revista de enfermagem, III série, suplemento 2012. ISSN 0874-0283"Introdução: A prestação de cuidados em saúde mental e psiquiatria teve sempre implícitos desafios sucessivos
ligados à própria assistência em saúde mental, às grandes alterações legislativas nesta área, à adaptação da
assistência a essas alterações e também à investigação. Tendo em conta a sua inquestionável importância na
aferição de medidas de intervenção, a Qualidade De Vida (QDV) das pessoas com doença mental torna-se uma
área fundamental de investigação.
Objetivos: i) contribuir para uma melhor compreensão da relação entre a qualidade de vida e a doença mental e
ii) analisar a importância das facetas do Domínio Relações Sociais entre os grupos com e sem doença mental.
Metodologia: Tipo de estudo: Estudo comparativo de abordagem quantitativa. Participantes: 39 sujeitos com
doenças do humor e 39 sujeitos da população geral sem doença mental. Instrumentos: i) World Health
Organization (WHOQOL-Bref), ii) Questionário de Dados Sociodemográficos e iii) Índice de Graffar.Tratamento e
análise dos dados: O tratamento estatístico dos dados foi feito com recurso ao programa IBM SPSS Statistics,
versão 19.0. Realizou-se uma análise estatística dos dados com nível de significância de 0,05. Foi aplicado o
Teste t para analisar a importância das facetas no DRS entre os dois grupos.
Resultados: Os dados apontam para a presença de pior QDV no Domínio Relações Sociais nos sujeitos com
doença do humor. Esta diferença reflete-se essencialmente nas facetas atividade sexual e relações pessoais.
Conclusões: Os resultados permitem a reflexão sobre um conjunto de implicações das doenças do humor no
Domínio Relações Sociais da QDV, reforçando a importância de se respeitarem as variáveis relações pessoais,
atividade sexual e apoio social na assistência em saúde a esta população específica
Domínio relações sociais da qualidade de vida: um foco de intervenção em pessoas com doenças do humor
A prestação de cuidados em saúde mental e psiquiatria, por diversos motivos, incluindo os que a ligam à sua história, teve sempre implícitos desafios sucessivos ligados à própria assistência em saúde mental, às grandes alterações legislativas nesta área, à adaptação da assistência a essas alterações e também à investigação. Atendendo à conjuntura nacional e internacional que norteia a saúde mental e psiquiatria, a Qualidade De Vida (QDV) das pessoas com doença mental torna-se uma área fundamental de investigação, tendo em conta a sua inquestionável importância na aferição de medidas de intervenção. Neste sentido, este estudo pretendeu contribuir para uma melhor compreensão da relação entre a qualidade de vida e a doença mental.
Metodologia: O estudo apresentado é um estudo comparativo, de abordagem quantitativa, entre pessoas com doenças do humor e pessoas da população geral sem doença mental diagnosticada integrado num estudo mais alargado. Neste trabalho é analisado apenas o Domínio Relações Sociais da QDV.
Participantes: A amostra é constituída por 39 sujeitos com doenças do humor e 39 sujeitos da população geral. Instrumentos: i) World Health Organization (WHO-QOL-Bref ), ii) Questionário de Dados Sócio-demográficos e iii) Índice de Graffar.
Resultados: Os dados apontam para a presença de pior QDV no Domínio Relações Sociais nos sujeitos desta amostra com doença do humor, quando comparados com os sujeitos da população geral. Esta diferença reflecte-se essencialmente no que respeita às facetas actividade sexual e relações pessoais.
Conclusões: Os resultados deste estudo permitem a reflexão sobre um conjunto de implicações das doenças do humor no Domínio Relações Sociais da QDV, reforçando a importância de se respeitarem as variáveis relações pessoais, actividade sexual e apoio social na assistência em saúde a esta população específica.The mental health and psychiatry care, for several reasons, have always been implicit successive challenges related to mental health care itself, to its history, to the major legislative changes in this area, to the adjustment of the assistance to those changes and also to research. Given the national and international guides to mental health and psychiatry, quality of life (QOL) of people with mental illness becomes a key area of research, given its unquestionable importance in the assessment of intervention measures. Thus, this study aims to contribute to a better understanding of the relationship between quality of life and mental illness.
Methodology: The present study is a comparative study of a quantitative approach, among people with mood disorders and people from general population without diagnosed mental disorders as part of a larger study. This paper analyses only the Social Relations Domain of QOL.
Participants: The sample consists of 39 subjects with mood disorders and 39 subjects from general population. Instruments: i) World Health Organization (WHOQO-Bref), ii) Questionnaire Sociodemographic Data and iii) Graffar Index.
Results: The data indicate the presence of worse QOL in Social Relationships subjects from this sample with mood disorders, when compared with the subjects from general population. This difference is reflected mainly in relation to sexual activity and personal relationships facets.
Conclusions: These results allow reflection on a set of implications of mood disorders in Social Relations Domain of QOL. Also, these results reinforce the importance of respecting the personal relationships, sexual activity and social support variables in health assistance for this specific population
A dimensão temporal na vida do toxicodependente : a educação como processo estruturante
Neste artigo analisa-se a dimensão temporal da vida dos seres vivos e, concretamente, a organização temporal do toxicodependente. Aborda-se a importância da organização temporal na saúde das pessoas e o papel fundamental da educação, no sentido de encarar a relação que o toxicodependente estabelece com o tempo como variável influente na sua saúde
A assistência em saúde: o caso particular da pessoa com doença mental
Artigo publicado no Diário do Minho em 26-03-2011
Representações sociais do toxicodependente
Apesar de não existirem estudos sobre ritmos sociais dos toxicodependentes, diversas opiniões sugerem que estas pessoas têm um estilo de vida próprio, isto é, ritmos próprios que não se sincronizam nem com os ritmos que a sociedade impõe, nem com os ritmos biológicos. Neste artigo são analisados alguns olhares sobre o toxicodependente do ponto de vista de organização social e pessoal
Estudo comparativo de qualidade de vida entre pessoas com e sem doença do humor diagnosticada
Introdução: O método adoptado para avaliar a saúde e os cuidados de saúde tem vindo a
sofrer alterações. Esta mudança prende-se essencialmente com dois factores: por um lado,
o reconhecimento da importância das consequências sociais da doença e, por outro, o
reconhecimento do objectivo das intervenções terapêuticas em aumentar o tempo de vida e
a sua qualidade. As medidas de qualidade de vida são usadas para i) quantificar o impacto
de uma condição ii) comparar os efeitos e consequências das doenças iii) avaliar alterações
resultantes de intervenções terapêuticas ou do próprio curso da doença e podem ser
necessárias como centrais componentes de análise custo/benefício. Neste sentido, a
qualidade de vida é entendida no meio científico e académico como uma medida de
resultado, a par da mortalidade e da morbilidade. As doenças mentais são responsáveis por
muitos anos vividos com incapacidade, tendo um peso enorme na carga total de todas as
doenças. Apenas a doença depressiva unipolar é responsável por 12,15% de anos vividos
com incapacidade e constitui a terceira causa que contribui para a carga global das doenças.
Tendo em conta este cenário, e atendendo às grandes mudanças de paradigma de
assistência às pessoas com doença mental, a avaliação da qualidade de vida dessas
pessoas revela-se da maior importância para se aprofundar o impacto da doença e se
aferirem práticas.
Objectivo: O presente estudo visa contribuir para uma melhor compreensão da relação
entre a presença de doença do humor e a qualidade de vida de pessoas da região de Braga.
Metodologia: O estudo apresentado é um estudo comparativo. A amostra é constituída por
78 sujeitos; 39 com doença de humor diagnosticada – depressão major, distimia, doença
bipolar e doença depressiva sem outra especificação (1º Grupo) e 39 sem doença mental
diagnosticada (2º Grupo) e ambos os grupos pertencem à região de Braga. O 1º grupo foi
seleccionado de entre as pessoas inscritas na consulta externa do Hospital de Braga entre
Junho de 2007 e Junho 2009, tendo sido respeitados todos os requisitos éticos e legais e o
2º grupo foi seleccionado em bola de neve e por quotas para que se respeitassem as
características sociodemográficas do 1º grupo. A ambos os grupos foi aplicado e WHOQOL
– Bref, contemplando campos referentes aos parâmetros sócio-demográficos seleccionados
e a respeitar.
Principais resultados: Quando comparados os domínios da qualidade de vida entre os dois
grupos verifica-se que existem diferenças significativas. O 1º grupo apresenta em todos os
domínios do WHOQOL – Bref (psicológico, físico, relações sociais e ambiente) e qualidade
de vida geral scores mais baixos que os do 2º grupo. Verificou-se que os domínios mais
afectados pela presença de doença do humor foram o domínio físico e o domínio
psicológico.
Conclusões: Os resultados reforçam estudos anteriores de que pessoas com doenças do
humor apresentam pior qualidade de vida apontando, assim, para a necessidade de se
instituir um acompanhamento multidimensional destas pessoas.Introduction: The method used to assess the health and health care has changed. This
change is mainly based on two factors: on the one hand, the recognition of the importance of
the social consequences of the disease and, on the other hand, the recognition of
interventions’ objective in increasing the lifespan and its quality. Measures of quality of life
are used to I) quantify the impact of a condition II) compare the effects and consequences of
diseases III) evaluate changes resulting from therapeutic interventions or the own progress
of the disease and may be required as central components of cost/benefit analysis. In this
sense, the quality of life is understood in the scientific and academic as an outcome
measure, as well as the mortality and morbidity. Mental illnesses are responsible for many
years lived with disability, having an enormous effect in the total burden of all diseases. Only
unipolar depressive disease accounts for 12.15% of years lived with disability and is the third
cause that contributes to the global burden of disease. Given this scenario, and given the
major paradigm shifts to assist people with mental illness, the assessment of quality of life of
these people appears to be utmost importance to deepen the impact of the disease and
assess practices.
Objective: This study aims to contribute to a better understanding of the relationship
between the presence of disease of humour and quality of life of people in the region of
Braga.
Methodology: The study presented is a comparative study. The sample consists of 78
subjects, 39 with chronic mood diagnosed – major depression, dysthymia, bipolar disorder
and depressive disorder not otherwise specified (Group 1) and 39 without mental illness
diagnosed (Group 2) and both groups belong to the region of Braga. The 1st Group was
selected from among those enrolled in the outer query’s Braga Hospital between June 2007
and June 2009, having been complied with all requirements of law and ethics and the 2nd
Group was selected to snowball and quota to be respected socio-demographic
characteristics of the 1st Group. Both of these groups were applied and WHOQOL – Bref,
comprising fields for the parameters selected socio-demographic and respect.
Main Results: When we compare the domains of quality of life between the two groups it
appears that there are significant differences. The 1st Group shows in all areas of WHOQOLBref
(psychological, physical, social relationships and environment) and general quality of life
scores lower than those in 2nd Group. It was found that the areas most affected by the
presence of disease of humour were the physical domain and psychological domain.
Conclusions: The results reinforce previous studies that people with mood disorders have a
poorer quality of life by pointing therefore to the need to establish a multi-dimensional
monitoring of these people
As emoções de pessoas com doença de humor (o sentir de quem as visitou em suas casas)
Publicado em "Emoções em saúde : contributos", ISBN 978-989-96617-1-4Este trabalho resultou de uma experiência intensa ligada à saúde vivenciada com
pessoas com doença de humor nos seus domicílios, tendo sido obtida durante a recolha de dados
para um trabalho de investigação mais amplo. Pretende evidenciar, embora com as dificuldades
inerentes a esse processo, as emoções e sentimentos das pessoas com doença de humor,
referenciando a forma como as pessoas vivenciam as suas vidas, como encaram as doenças, os
seus estados de humor actuais e também as soluções que encontram para as contrariedades que
lhes vão surgindo. Pela apresentação de 4 textos elaborados por quem as ouviu em suas casas,
percebemos que, maioritariamente, as pessoas apresentam emoções negativas, revelam
necessidade constante de expor os seus problemas e angústias e agradecem a nossa
disponibilidade para as visitar e para as ouvir. O sentir de quem as ouve é perturbador, mas
simultaneamente motivador para se repensarem modelos de acompanhamento construindo uma
nova forma de enfrentar a doença mental
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