17 research outputs found

    Petrografia, geoquímica e proveniência da Formação Corumbataí aflorante no município de Mineiros (GO)

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    In the state of Goiás, similar lithotypes to those attributed to the Corumbataí Formation occur in the state of São Paulo, although the lack of specific bibliographies about the unit in the Brazilian Midwest region, and the absence of detailed mappings in the vicinity of Serra do Caiapó (Central-Southeast of Goiás State) raise doubts as to the correlation between these outcrop areas of permian units and those found in the São Paulo domain of the Paraná Basin. Thus, this work presents mineralogical, petrographic, and geochemical characteristics of the Corumbataí Formation in the state of Goiás, and its implications of provenance, weathering, and paleoclimate, in order to provide complementary data that allow establishing correlations between the several outcropping areas of the unit along the north and east edges of the Basin. The siltstones of the municipality of Mineiros (GO) are chemically classified predominantly as “wackes” and arkose, and secondarily as lithoarenites and sublithoarenites, with high textural maturity, and variable chemical maturity, generated by sediments mainly from quartz sedimentary rocks, with lower contributions of felsic and mafic igneous rocks. Apparently, these sediments suffered little effect from sedimentary recycling, advocating a closer proximity to the source areas, subjected to varying degrees of weathering, which suggests a mixing of various sources in the generation of sediments that gave rise to the unit, and there is a predominance of classification of sources as derived from tectonically active regions or continental island arches.No estado de Goiás, ocorrem litotipos similares àqueles atribuídos à Formação Corumbataí, no estado de São Paulo, embora a escassez de bibliografias específicas sobre a unidade na Região Centro-Oeste brasileira e a ausência de mapeamentos de detalhe nas adjacências da Serra do Caiapó (centro-sudeste do estado de Goiás) suscitem dúvidas quanto à correlação entre essas áreas de afloramento de unidades permianas e aquelas encontradas no domínio paulista da Bacia do Paraná. Sendo assim, este trabalho apresenta caraterísticas mineralógicas, petrográficas e geoquímicas da Formação Corumbataí no estado de Goiás, bem como suas implicações de proveniência, intemperismo e paleoclima, no intuito de fornecer dados complementares que permitam estabelecer correlações entre as diversas áreas aflorantes da unidade ao longo das bordas norte e leste da bacia. Os siltitos do município de Mineiros (GO) são quimicamente classificados, predominantemente, como “wackes” e arcósios, e, secundariamente, como litoarenitos e sublitoarenitos, com alta maturidade textural e maturidade química variável, gerados por sedimentos provenientes principalmente de rochas sedimentares quartzosas, com menores contribuições de rochas ígneas félsicas e máficas. Aparentemente, esses sedimentos sofreram pouco efeito de reciclagem sedimentar, advogando por uma maior proximidade das áreas-fonte, sendo que esta foi submetida a variados graus de intemperismo, o que sugere mistura de diversas fontes na geração dos sedimentos que deram origem à unidade, além de haver predomínio de classificação das fontes como derivadas de regiões tectonicamente ativas ou arcos de ilha continentais

    Decifrando a proveniência dos folhelhos da formação Ponta Grossa na região de Rio Verde de Mato Grosso e Coxim (MS) através de métodos petrográficos e geoquímicos

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    Na região de Rio Verde de Mato Grosso e Coxim (MS) ocorrem rochas sedimentares devonianas relacionadas à Formação Ponta Grossa. Nesta região, a Formação Ponta Grossa aflorante é constituída por um pacote de folhelhos e siltitos cinza a pretos, com níveis de siltitos argilosos sobrepostos por arenitos feldspáticos muito finos micáceos, de cores creme, verde e avermelhados. Acima dos arenitos ocorrem siltitos argilosos amarelos fracamente laminados. Quimicamente, os níveis pelíticos são classificados como folhelhos/argilitos e com composição matura, derivados principalmente de rochas ígneas intermediárias e/ou máficas. Através da utilização de diagramas discriminantes para ambientes tectônicos e de proveniência, não foi estabelecido um padrão único para as amostras da Formação Ponta Grossa, podendo ser tanto classificados como sedimentos depositados em margem passiva quanto em margem ativa. Entretanto, dado o contexto da Bacia do Paraná durante o Devoniano, os sedimentos da Formação Ponta Grossa provavelmente tiveram como fonte rochas formadas em margens ativas (arcos magmáticos), erodidas e depositadas em margem passiva (bacia intracratônica).In the region of Rio Verde de Mato Grosso and Coxim (State of Mato Grosso do Sul, Brazil) Devonian sedimentary rocks related to the Ponta Grossa Formation occur. In this region, the Ponta Grossa Formation outcrops consist on a sequence of gray to black shales and siltstones, with levels of cream, green and reddish clayey siltstones overlain by very fine feldspathic and micaceous sandstones. Weakly structured, yellow clayey siltstones occur above the sandstones. Chemically, these pelitic levels are classified as mature shales/mudstones, derived mainly from intermediate and/or mafic igneous rocks. Diagrams used for provenance and tectonic setting discrimination revealed that these Ponta Grossa Formation sediments may have more than one origin, as they can be classified as deposited in passive or active margins. However, given the tectonic setting of the Paraná Basin during the Devonian, the source of these sediments is likely to be rocks formed in active margins (magmatic arcs), which were eroded and the resulting sediments deposited in passive margins (intracratonic basin)

    Ocorrência de intercalação de rocha fosfática na Formação Ponta Grossa em Rio Verde de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul: implicações paleoambientais

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    Amongst rocks of the Ponta Grossa Formation cropping out in Rio Verde de Mato Grosso, there are levels consisting predominantly of apatite, without fossil traces, which occur as layers hosted in gray to black shales. Petrographically, this phosphatic level has subtly layered structure and no features indicative of algae, fossil remains or organic structures. It has P2O5 content varying between 12.96 and 23.35%, CaO ranging between 19.85 and 33.04%, and high concentration of rare earth elements (REE) when compared to the average content of the upper continental crust. This occurrence exhibits no evidence of biogenic action, which is confirmed by electron microscopy, yet it  contains relicts of oxy-hydroxides, predominantly of iron, with small amount of manganese, suggesting origin from phosphate desorption due to the redox behavior of these oxy-hydroxides. If these phosphorites were not subject to external supply of iron oxy-hydroxides due to proximity to the coast, deltaic environments or hydrothermal and/or volcanic contributions, then the phosphatic levels of Rio Verde de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, probably formed on a shallow marine platform at depths between 200 and 300 m, in cold, low salinity and preferably anoxic water, subject to upwelling.Entre as rochas da Formação Ponta Grossa, aflorantes no município de Rio Verde de Mato Grosso, é registrada a presença de camadas constituídas predominantemente por apatita, não fossilíferas, que ocorrem como estratos destacados intercalados em folhelhos cinzas-escuros a pretos. Petrograficamente, essa rocha fosfática apresenta estrutura sutilmente laminada e não são observadas feições indicativas de algas, restos fósseis ou de estruturas orgânicas. Possui teores de P2O5 variando entre 12,96 e 23,35%, teores de CaO variando entre 19,85 e 33,04%, e possui alta concentração de elementos terras raras (ETR) em relação à média da crosta continental superior. Essa ocorrência não possui evidências de ação biogênica — o que é confirmado pela microscopia eletrônica — e possui relictos de oxi-hidróxidos, preferencialmente de ferro, com pequena quantidade de manganês, sugerindo origem pela dessorção de fosfato por comportamento redox a partir desses relictos. As condições de formação dessas fosforitas — se não condicionadas a aporte externo de oxi-hidróxidos de ferro pela proximidade da costa, por ambientes deltaicos ou por contribuições hidrotermais e/ou vulcânicas — colocam as camadas fosfáticas de Rio Verde de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, em condições de ambiente marinho plataformal raso, com profundidade entre 200 e 300 m, de águas frias e com baixa salinidade, preferencialmente anóxico, e suscetível a estabelecimento de zona de ressurgência

    PETROGRAFIA,QUÍMICA MINERAL E GEOTERMOBAROMETRIA DE RETROECLOGITO NO GRUPO ARAXÁ NA REGIÃO DA ZONA DE CISALHAMENTO VARGINHA, SUDOESTE DE MINAS GERAIS

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    A área de estudo está situada no sudoeste do estado de Minas Gerais, nas proximidades do distrito de Santa Cruz do Prata, região da Zona de Cisalhamento Varginha. Esta região situa-se em uma zona com blocos crustais amalgamados durante a orogênese brasiliana no Neoproterozoico (Zona de Sutura de Alterosa), constituída por litotipos atribuídos ao Grupo Araxá. Nessa região, o Grupo Araxá é composto por metassedimentos pelíticos a psamo-pelíticos com intercalações de ortognaisses e de rochas metamáficas e metaultramáficas. Intercalado nos metassedimentos pelíticos nesta porção do Grupo Araxá, foram descritas ocorrências de rochas metamáficas de alta pressão (HP), com texturas simplectíticas e coroníticas interpretadas como retroeclogitos. Neste trabalho são apresentados dados petrográficos, de química mineral e geotermobarométricos da ocorrência de retroeclogito. Os resultados de geotermobarometria por elementos traço (Zr-em-rutilo e Ti-em-quartzo) indicam condições de reequilíbrio metamórfico em fácies eclogito, com temperatura de 763ºC e pressão de 14,4 kbar. As condições de reequilíbrio em fácies anfibolito superior, calculadas pelo software THERMOCALC, são de 12,5 ±0,8 kbar e 799 ±37 ºC. Os dados texturais e mineralógicos, associados aos dados de geotermobarometria, sugerem trajetória P-T-t horária associada a descompressão quase isotérmica. Os resultados são compatíveis com zonas de colisão continental com espessamento crustal

    PETROGRAFIA E CARACTERIZAÇÃO FÍSICO-MECÂNICA DE CALCÁRIOS ORNAMENTAIS DAS BACIAS POTIGUAR E DO ARARIPE

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    Os calcários do nordeste brasileiro Mont Charmot e Pedra Cariri, provenientes respectivamente da Formação Jandaíra na Bacia Potiguar e da Formação Santana na Bacia do Araripe, estão sendo utilizados comercialmente como rochas ornamentais em diversos ambientes, com superfícies polidas ou rugosas, como revestimentos de fachadas, pisos, pias, bordas de piscina e outros. Pouco se sabe sobre suas características intrínsecas e tecnológicas. Assim, para conhecer as características petrográficas e o comportamento físico-mecânico destes materiais foram estudados três níveis do calcário da Bacia Potiguar e dois da Bacia do Araripe. Os resultados dos ensaios indicam que as características tecnológicas dos calcários estudados corroboram com o uso destes materiais como rocha ornamental e de revestimento, como obras de artes, revestimento de interiores, pisos, bancadas e mesas. Não é indicado o uso em ambientes úmidos e em exteriores sujeitos a solicitações mecânicas mais enérgicas, como por exemplo o uso como piso em ambiente de alta circulação de pessoas ou de máquinas, e em fachadas

    CARACTERIZAÇAO E EVOLUÇÃO DE (HEDENBERGUITA)-HASTINGSITA-BIOTITA-GRANADA ORTOGNAISSE NA REGIÃO DA ZONA DE PALEO-SUTURA DE ALTEROSA, PORÇÃO SUL DO ORÓGENO BRASÍLIA MERIDIONAL: Characterization and evolution of (hedenbergite)-hastingsite-biotite-garnet orthogneiss in the region of the Alterosa Paleo-suture Zone, Southern portion of Southern Brasília Orogen

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    No sudoeste do estado de Minas Gerais, região do distrito de Santa Cruz do Prata, inserido num contexto de rochas de alta pressão atribuídas ao Grupo Araxá, na porção sul do Orógeno Brasília Meridional, foi registrada a ocorrência de um corpo de (hedenbergita)-hastingsita-biotita-granada ortognaisse, cuja associação mineral é pouco comum. Neste trabalho são apresentados dados de petrografia, química mineral, geoquímica, geotermobarometria e idade modelo da ocorrência. O ortognaisse configura um corpo lenticular, orientado segundo a direção E-W, paralelo a sub-paralelo à direção das zonas de cisalhamento regionais. Apresenta estrutura isotrópica a anisotrópica, podendo exibir domínios bem mais foliados e orientados, em consequência do maior grau de deformação. As porções não deformadas preservam feições e mineralogia anatética reliquiar (andesina + ortoclásio + quartzo + granada + hedenberguita), em aparente equilíbrio com o auge metamórfico (fácies granulito). As transformações retrogressivas registram o reequilíbrio metamórfico das condições de pressão e temperatura em fácies anfibolito médio a superior (em torno de 11,0 kbar e 750ºC). A idade modelo TDMNd indica elevado tempo de residência crusta

    TERMOBAROMETRIA E TRAJETÓRIA P-T DE METASSEDIMENTOS DO GRUPO ARAXÁ EM GOIÁS

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    Na região sudeste do estado de Goiás (região de Caldas Novas – Marcelândia - Morrinhos – Rochedo) afloram metassedimentos pelíticos, psamo-pelíticos e psamíticos atribuídos ao Grupo Araxá. Na região de Caldas Novas (Domínio Caldas Novas) as associações minerais relacionadas ao pico metamórfico são típicas da fácies xisto verde superior e o auge metamórfico calculado indica temperaturas entre 500ºC a 570ºC e pressões entre 7–8 kbar em condições de fácies xisto verde superior/anfibolito inferior, no campo de estabilidade da cianita. As associações minerais relacionadas ao pico metamórfico na região entre Marcelândia- Morrinhos – Rochedo (Domínio Araxá Oeste) são típicas da fácies anfibolito médio a superior e os cálculos termobarométricos mostram pico metamórfico a 600ºC-670ºC e 9-11 kbar, em condições de fácies anfibolito, zona da cianita. Os cálculos com o geotermômetro Zr-in-Rt, realizados para pressões de 10 kbar, apontam temperatura mínima de 611ºC e máxima de 692ºC. A trajetória P-T inferida, com base nos dados texturais e termobarométricos, é horária. As associações minerais observadas e os dados termobarométricos sugerem um zoneamento metamórfico progressivo de E para W no Grupo Araxá na região, e sugerem que os conjuntos possuem histórias metamórficas diferentes e que o zoneamento metamórfico é resultado da estruturação tectônica

    CARACTERIZAÇÃO TEXTURAL E MINERALÓGICA DAS ROCHAS DO MORRO DO NÍQUEL (MG) E CORRELAÇÕES COM O PROCESSO DE SERPENTINIZAÇÃO: Textural and mineralogical analisys of Morro do Níquel rocks (MG) and correlations with serpentinization

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    Morro do Níquel, a serpentinitic massif located in the southern extension of the Southern Brasilia Belt, in the Passos Nappe context, was the subject of a detailed textural and mineralogical study, developed on a drillhole, aiming to characterize the rocks present there. This massif has an ellipsoidal shape, with dimensions of 400 x 800 meters and thickness greater than 300 meters, composed only by serpentinite. This serpentinite has a predominance of mesh, mesh-ribbon and ribbon textures, consisting of lizardite / chrysotile and pseudomorphs that refer to preterit olivine crystals. The homogeneity of the studied samples indicates that the protolith was a rock with granular texture, medium to coarse granulation (> 0.5 cm) and constant mineralogy, possibly a dunite. The conditions described for that massif indicate two metamorphic events, an older one that developed in amphibolite facies, and a younger one, developed in prehnite-pumpellyite facies, but that partially preserved features of the past event. The presence of awaruite and heazlewoodite suggests a serpentinization developed in low O2 and S2 fugacity. Petrographic, lithological and metamorphic analysis shows that this body has distinct characteristics from serpentinites of the Greenstone Belt Morro do Ferro, an archean metavolcanossedimentary unit to which it is currently associated.O Morro do Níquel, maciço serpentinítico situado na extensão sul da Faixa Brasília Meridional, no contexto da Nappe de Passos, foi objeto de estudo mineralógico e textural detalhado, desenvolvido com base em testemunho de sondagem, visando caracterizar os litotipos ali presentes. Esse corpo apresenta formato elipsoidal, com dimensões de 400 x 800 metros e espessura superior a 300 metros, constituído, unicamente, por serpentinito. Esses serpentinitos apresentam predominância de texturas mesh, mesh-ribbon e ribbon, constituídas de lizardita/crisotilo e pseudomorfos que remetem a cristais reliquiares de olivina. A homogeneidade das amostras estudadas indica que o protólito potencialmente era composto de rocha com textura granular, granulação média/grossa (>0,5cm) e mineralogia constante, correspondendo, possivelmente, a um dunito. Nesse maciço são descritas condições indicativas de dois eventos metamórficos, um mais antigo que se desenvolveu em fácies anfibolito, e um mais jovem, em fácies prehnita-pumpellyita, mas que preservou, parcialmente, feições do evento pretérito. A presença de awaruita e heazlewoodita descreve uma condição de serpentinização em condições de baixa fugacidade de O2 e S2. A análise petrográfica, litológica e metamórfica aponta que esse corpo guarda características distintas dos serpentinitos do Greenstone Belt Morro do Ferro, unidade metavulcanossedimentar arqueana à qual é atualmente associado

    FERTILITY AND MINERALOGY OF SOILS SUBJECT TO VINASSE APPLICATION ON A FARM SITUATED IN SANTA CRUZ DAS PALMEIRAS-SP, BRAZIL: Fertilidade e mineralogia do solo sujeito à disposição de vinhaça de uma fazenda em Santa Cruz das Palmeiras

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    With the ethanol production expansion in Brazil, there was an increase in the production of vinasse, an effluent from sugar and alcohol industry, which under certain conditions can be used for fertirrigation of sugarcane crops. The research aimed to evaluate the effect of vinasse applied in the period from 2012 to 2017, considering the chemical and mineralogical properties of the soil of a farm located in Santa Cruz das Palmeiras-SP, Brazil. From the results obtained, it was possible to observe that in 2014, which was the year of highest calculation of vinasse dosage, low fertility conditions occurred with high concentrations of H+Al and total CEC. The temporal analysis of one of the farm fields exposed that, in controlled doses, the application of vinasse can improve soil fertility and promote the reduction of acidity and aluminum toxicity. The granulometric and mineralogical tests characterize the studied soil as a sandy soil with high concentrations of silicates and oxides of iron and aluminum. The research evaluated the possibility of leaching of base cations and concentration of H+Al in rainy periods, while moisture and macronutrients would be replaced with fertirrigation in dry periods.Com a crescente produção de etanol no Brasil, houve o aumento da geração da vinhaça, efluente da indústria sucroalcooleira, que sob certas condições pode ser utilizada para a fertirrigação de lavouras de cana-de-açúcar. O objetivo do estudo foi avaliar o efeito da vinhaça aplicada no período de 2012 a 2017, considerando as propriedades químicas e mineralógicas do solo de uma fazenda situada em Santa Cruz das Palmeiras. A partir dos resultados obtidos, foi possível observar que no ano de 2014 de maior cálculo de dosagem de vinhaça ocorreram baixas condições de fertilidade com altas concentrações de H+Al e de CTC total. A análise temporal de uma das glebas da fazenda demonstrou que, em doses controladas, a aplicação de vinhaça pode melhorar a fertilidade do solo e promover a redução da acidez e da toxicidade por alumínio. Os ensaios granulométricos e mineralógicos caracterizaram o solo estudado como um solo arenoso com altas concentrações de silicatos e óxidos de ferro e alumínio. O estudo avaliou a possibilidade de lixiviação dos cátions de base e concentração de H+Al em períodos chuvosos, ao passo que haveria reposição de umidade e macronutrientes com a fertirrigação em períodos secos

    Petrografia e geoquímica de gnaisses da região de Indiara, porção central do arco magmático de Goiás

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    In the region of Indiara, Goiás, there is an extensive belt of gneisses related to the Goiás Magmatic Arc, near the contact with the supracrustal rocks of the Anicuns-Itaberaí Metavolcanosedimentary Sequence. Although rocks from different locations associated with the Goiás Magmatic Arc have similar petrographic characteristics, geochemical and isotopic data show that the gneisses of Indiara region are not chemically similar to the rocks of type regions from the Arc (regions of Arenópolis, –Firminópolis, – Iporá and Mara Rosa). They have calcium-alkaline and peraluminous character, with predominantly granitic composition, in contrast to the prevalently calcic and metaluminous character of the type region, which also presents dominantly tonalitic to granodioritic compositions. The high SiO2 content, strongly peraluminous character and the high levels of normative corundum suggest that the gneisses of Indiara region are derived from Type-S syn-collisional granites and/or are related to mixing of igneous and sedimentary protoliths. TDM model ages (1.88 and 1.90 Ga) suggest that the gneisses of this region evolved from sialic crust older than the rocks that form the Goiás Magmatic Arc.Na região de Indiara, Goiás, ocorre uma extensa faixa de gnaisses relacionados ao Arco Magmático de Goiás, próximo ao contato com as rochas supracrustais da Sequência Metavulcanossedimentar Anicuns-Itaberaí. Dados geoquímicos e isotópicos (Sm/Nd) mostram que os gnaisses da região de Indiara não são semelhantes às rochas de regiões tipo do Arco Magmático de Goiás (regiões de Arenópolis, Firminópolis, Iporá e Mara Rosa). São rochas cálcio-alcalinas e peraluminosas, com composição predominantemente granítica, em contraste com o caráter prevalentemente cálcico e metaluminoso das regiões tipo, que também apresentam composição dominantemente tonalítica a granodiorítica. Os altos teores de SiO2, o caráter fortemente peraluminoso e os altos teores de coríndon normativo sugerem que os gnaisses da região de Indiara são derivados de granitos tipo-Sin-colisionais e/ou correspondem à mistura de protólitos ígneos e sedimentares. As idades modelo TDM (1,88 e 1,90 Ga) sugerem que os gnaisses da região evoluíram de crosta siálica mais antiga do que as rochas que compõem o Arco Magmático de Goiás
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