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ESCRAVIDÃO, AFRICANOS E AFRODESCENDENTES NA “CIDADE MAIS EUROPEIA DO BRASIL”: IDENTIDADE, MEMÓRIA E HISTÓRIA PÚBLICA
In this article I will argue that Parana' s regional identity and especially the one related to its capital city, was established as from historical narratives which, produced since the nineteenth century, had a tendency to obscure - or even deny - the relevance of slavery and the importance of the presence of Africans and their descendants in the local population. Furthermore, I intend to present possibilities of intervention by means of a production which, inserted in the diffusion of what today is denominated Public History, will favour the reconstitution of such identity, rendering it more democraticNeste artigo vou argumentar que a identidade regional do Paraná e, em especial aquela relacionada à sua capital, se constituiu a partir de narrativas históricas que, produzidas desde século XIX, tenderam a obscurecer – ou mesmo negar – a relevância da escravidão e a importância da presença de africanos e seus descendentes na população local. Além disso, pretendo apresentar possibilidades de intervenção por meio de uma produção que, inserida na vertente do que hoje se denomina História Pública, possa favorecer a reconstituição de tal identidade, fazendo-a mais democrátic
AFRO-BRASILEIROS NO MUSEU PARANAENSE: silêncios, demandas públicas e ressignificações
Motivated by the interest to reflect on the relation of the public with the past and on the construction of past narratives destined to a great public, this article is inserted in the realm of which has been designated as Public History. In this article, we approach the manner the Afro-Brazilian population has been represented at the Museu Parnanense, an institution for memory preservation in the city of Curitiba. As this entity has a strong educational action at the local schools, the article also has a constituted relation with the Teaching of History. Our aim is to demonstrate that, having been created to forge a Paraná identity, which is strongly branded by the appraisal of the history of European immigration, the museum has been silent about the presence of Negrões in the population formation of the region, vanishing or limiting the approach of slavery experiences and the post-abolition period in the local history. Although this characteristic still remains in the exhibition Circuit of the museum, the institution is now seeking, attending to social demands from Afro-descendant groups, the historie recomposition until recently established. This article talks about the route of silencing and the challenges for the recomposition of the histories narrated.Guiado por el interés en la reflexión sobre la relación dei público con el pasado y la construcción de narrativas dei pasado dirigidas a grandes audiências, este artículo se inserta en el âmbito de lo que viene siendo denominado Historia Pública. Con él trabajo, se discute cómo la población afro-brasilena ha sido representada en el Museo Paranaense, institución de preservación de la memória localizada en la ciudad de Curitiba. Como esta entidad tiene una fuerte acción educativa junto a las escuelas de la región, el artículo también se relaciona con la educación en historia. Buscamos demostrar con él, que siendo creado para forjar una identidad paranaense fuertemente marcada por la valorización de la historia de inmigración de origen europeo, el museo ha silenciado la presencia de los negros en la formación de su población en la región, desvaneciendo o limitando el abordaje de las experiencias de esclavitud y de post-abolición de la historia local. Aunque esta característica aún permanece en el circuito de exhibición dei museo, en virtud de las demandas sociales de los grupos de ascendência africana, la institución viene buscando recomponer la narrativa histórica establecida hasta ahora. Es sobre esta trayectoria de silenciamiento e sobre los retos para la reconstrucción de las historias contadas, que trata este artículo.Pautado pelo interesse em refletir sobre a relação do público com o passado e sobre a construção de narrativas de passado destinadas a grandes públicos, este artigo insere-se no âmbito do que vem sendo designado História Pública. Nele, abordamos a maneira como a população afro-brasileiratem sido representada no Museu Paranaense, instituição de preservação da memória situada na cidade de Curitiba. Como essa entidade tem forte ação educativa junto a escolas da região, o artigo também tem relação constituída com o Ensino de História. Buscamos com ele demonstrar que, tendo sido constituído para forjar uma identidade paranaensefortemente marcada pela valorização da história da imigração de origem europeia, o museu tem silenciado sobre a presença de negros na formação populacional da região, esvanecendo ou limitando a abordagemdas experiências de escravidão e do pós-abolição na história local. Embora essa característica ainda se mantenha no circuito expositivo do museu, sob demandas sociais de grupos afrodescendentes, a instituição vem buscando recompor a narrativa histórica até então estabelecida. Desse percurso de silenciamento, dos desafios para a recomposição das histórias contadas é que trata esse artigo. 
A lei de 1885 e os caminhos da liberdade
Orientador: Silvia Hunold LaraDissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciencias HumanasResumo: Não informado.Abstract: Not informed.MestradoMestre em Históri
Sobre cadeias e coerção: experiências de trabalho no Centro-Sul do Brasil do século XIX On chains and coercion: labor experiences in south-central Brazil in the nineteenth century
Por meio de um fragmento da história de uma imigrante portuguesa estabelecida no Centro-Sul cafeeiro de meados do século XIX, o artigo pretende recuperar aspectos das experiências vivenciadas por trabalhadores juridicamente livres naquele contexto. Busca-se demonstrar os elementos coercitivos presentes nessas relações de trabalho, o papel desempenhado pelo poder público na restrição à autonomia dos trabalhadores, e as contradições e conflitos presentes no processo que se convencionou denominar "transição do trabalho escravo para o trabalho livre".Through a fragment of the history of a Portuguese immigrant settled in the south-central coffee region in the nineteenth century, this article intends to recover aspects of experiences of workers who were legally free in that context. It is intended here to demonstrate the coercive elements present in these labor relations, the role of the state in restricting worker autonomy, and the contradictions and conflicts present in the process conventionally called "the transition from slave labor to free labor"