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Humeral internal rotation osteotomy for the treatment of Erb-Duchenne-type obstetric palsy: clinical and radiographic results
OBJECTIVE: To evaluate the functional and radiographic results in patients undergoing shoulder anterior soft tissue stretching in association with open reduction and internal rotation osteotomy to centralize the humeral head as a treatment for Erb-Duchenne obstetric palsy sequelae. METHOD: A total of 35 patients underwent this surgical treatment, and the mean follow-up was 4.6 years. The Mallet scale was applied before and after the surgical procedure. A total of 20 patients underwent computed tomography to assess the glenoid version and humeral head subluxation. RESULTS: Functional improvement was achieved, as evidenced by an increase in the Mallet scale score from 12.14 to 16.46 (
Tratamento da luxação anterior recidivante do ombro pela técnica de Bristow-Latarjet
Objectives: To describe the clinical and radiographic results of patients with recurrent anterior shoulder dislocation treated with the Bristow-Latarjet technique. Material and Methods: Retrospective case series including 44 patients (45 shoulders) with anterior shoulder instability who underwent the Bristow-Latarjet procedure, including 86% of male patients and 80% with traumatic dislocations. The graft was fixed "standing", as used in the Bristow technique, in 84% of the shoulders, and "lying", as proposed by Latarjet, in 16%, using 1 metal screw in all cases, and washer in 20% of the surgeries. Results: The follow-up was 19.25 ± 10.24 months. We obtained 96% of good results, with 2 recurrences presented as subluxation. Of the 36 patients who practiced sports, 89% had good results. Graft healing occurred in 62% of cases. The graft was positioned below the glenoid equator in 84% of the cases, and less than 10 mm from its edge in 98%. The external rotation had a limitation of 20.7º ± 15.9º, while the internal rotation was limited in 4.0º ± 9.6º. The limitation of external and internal rotation and the position of the graft ("standing" or "lying") did not correlate with graft healing (p> 0.05). Bicortical fixation was positively correlated with healing (p <0.001). Conclusion: The Bristow-Latarjet technique is indicated for the treatment of recurrent anterior dislocations and subluxations of the shoulder. It is a safe treatment method, which can be used in people with intense physical activity. Limiting shoulder mobility does not prevent patients from returning to their usual occupations, as well as, in most of them, from playing sports with the same performance as before the surgery.
Level of evidence: IV, Case SeriesObjetivos: Descrever os resultados clínicos e radiográficos do tratamento da luxação anterior recidivante do ombro pela técnica de Bristow-Latarjet. Material e Métodos: Série de casos retrospectiva, incluindo 44 pacientes (45 ombros) com instabilidade anterior do ombro submetidos à técnica de Bristow-Latarjet, incluindo 86% de pacientes do sexo masculino e 80% com luxações traumáticas. O enxerto foi fixado "em pé" em 84% dos ombros, e "deitado" em 16%, utilizando 1 parafuso metálico, com uso de arruela em 20% das cirurgias. Resultados: O seguimento foi de 19,25 ± 10,24 meses. Obtivemos 96% de bons resultados, sendo 2 recidivas sob a forma de subluxação. Dos 36 pacientes que praticavam esporte, 89% apresentaram bons resultados. A consolidação ocorreu em 62% dos casos. O enxerto foi posicionado abaixo do equador da glenoide em 84% das vezes, e a menos de 10 mm da sua borda em 98%. A rotação externa apresentou limitação de 20,7º ± 15,9º, enquanto a rotação interna 4,0º ± 9,6º. A limitação da rotação externa e da rotação interna e a posição do enxerto ("em pé" ou 'deitado") não se correlacionaram com a consolidação do enxerto (p>0,05). A fixação bicortical correlacionou-se positivamente com a consolidação (p<0,001). Conclusão: A técnica de Bristow-Latarjet está indicada para o tratamento das luxações e subluxações anteriores recidivantes do ombro. É um método de tratamento seguro, que pode ser utilizado em pessoas com atividade física intensa. A limitação da mobilidade do ombro não impede os pacientes de voltarem às suas ocupações habituais, bem como, na maioria deles, de praticar esporte com desempenho igual ao de antes da operação.
Nível de evidência: IV, Série de Caso
Platelet-rich plasma in arthroscopic repairs of complete tears of the rotator cuff
OBJETIVO: Avaliar os resultados funcionais e o índice de rerrotura do reparo do manguito rotador por via artroscópica associado ao uso do PRP. MÉTODOS: Série de casos prospectiva, avaliando os resultados do reparo artroscópico do manguito rotador em fileira simples associada ao uso do PRP. Foram incluídas apenas roturas isoladas do supraespinal, com retração inferior a 3cm. O PRP utilizado foi obtido pelo método de aférese, e aplicado em sua forma ativada, com a adição de trombina autóloga, na consistência líquida. A avaliação pós-operatória foi realizada de maneira padronizada, aos 12 meses de seguimento. Foram utilizadas as escalas de Constant-Murley, UCLA e EVA, além da análise da incidência de rerroturas através da ressonância magnética. RESULTADOS: Foram avaliados 14 pacientes (14 ombros). A escala de Constant-Murley evoluiu em média de 45,64 ± 12,29 no pré-operatório para 80,78 ± 13,22 no pós-operatório (p < 0,001). A escala de UCLA sofreu um incremento de 13,78 ± 5,66 para 31, 43 ± 3,9 (p < 0,001). A dor dos pacientes apresentou uma melhora significativa de acordo com a EVA (p = 0,0013), decrescendo de uma mediana de 7,5 (p25% = 6, p75% = 8) para 0,5 (p25% = 0, p75% = 3). Nenhum dos pacientes apresentou rerrotura completa. Em três pacientes (21,4%) foi observada uma rerrotura parcial, sem transfixação. Apenas um paciente evoluiu com complicação (capsulite adesiva). CONCLUSÃO: Os pacientes submetidos ao reparo do manguito rotador por via artroscópica associado ao uso do PRP apresentaram uma melhora funcional significativa e nenhuma rerrotura completa
Randomized trial on the proximal humerus fracture osteosynthesis with plate or intramedullary nailing
INTRODUÇÃO: As fraturas da extremidade proximal do úmero são frequentes, com incidência crescente no idoso e com impacto na qualidade de vida e na função do ombro. Para os casos com desvio, a placa bloqueada é o método mais utilizado de osteossíntese. Bons resultados clínicos são obtidos tanto com a placa bloqueada como com a haste intramedular bloqueada. O objetivo do estudo foi a comparação desses métodos no tratamento das fraturas da extremidade proximal do úmero quanto aos resultados clínicos, radiográficos e à taxa de complicações. MÉTODOS: Nesse estudo clínico prospectivo e randomizado, 72 pacientes com fraturas desviadas da extremidade proximal do úmero, classificadas como em 2 ou 3 partes de Neer, foram alocados para receberem osteossíntese com placa bloqueada (36 pacientes - Grupo Placa) ou haste intramedular bloqueada (36 pacientes - Grupo Haste). Os desfechos clínicos foram avaliados aos 3, 6 e 12 meses e incluíram as escalas de Constant e Murley, Universidade da Califórnia em Los Angeles modificada (UCLA), escala visual analógica de dor (EVA) e o questionário \"Disability of Arm, Shoulder and Hand\"(DASH) e a amplitude de movimento passiva. Os desfechos radiográficos consistiram na avaliação da consolidação e do ângulo cabeça-diáfise. As complicações foram avaliadas até os 12 meses e incluíram a avaliação do manguito rotador pela ultrassonografia. O desfecho primário do estudo foi a avaliação pela escala de Constant e Murley, aos 12 meses de pós-operatório. RESULTADOS: Sessenta e cinco pacientes completaram 12 meses de seguimento, sendo 32 no Grupo Haste e 33 no Grupo Placa. A escala de Constant aos 12 meses foi de 70,3 pontos para o Grupo Haste e de 71,5 pontos para o Grupo Placa (p = 0,750). A escala de Constant Relativa Individual foi de 81% para o Grupo Haste e de 85% para o Grupo Placa (p = 0,400). Também não houve diferença entre os grupos aos 3 e 6 meses para a escala de Constant. A escala EVA e o questionário DASH também não apresentaram diferença aos 3, 6 e 12 meses, assim como os resultados radiográficos. A escala UCLA apresentou diferença de 4,0 pontos aos 3 meses, com melhores resultados para o Grupo Haste (p = 0,005), mas sem diferença significante aos 6 e 12 meses. A amplitude de movimento apresentou diferença de 2,1 pontos favorável ao Grupo Haste para a rotação medial aos 6 meses (p = 0,042), sem diferença para os demais planos de movimento nos diferentes momentos de avaliação. Foram registradas 38 complicações, sendo 28 no Grupo Haste e 10 no Grupo Placa, com diferença estatística (p = 0,001). As complicações ocorreram em 18 pacientes, sendo 11 (34%) do Grupo Haste e sete (21%) do Grupo Placa, sem diferença estatística (p = 0,137). CONCLUSÕES: A osteossíntese das fraturas da extremidade proximal do úmero com placa bloqueada ou haste intramedular bloqueada produziram resultados clínicos e radiográficos semelhantes. A fixação com haste intramedular bloqueada apresentou maior taxa de complicações e reoperaçõesINTRODUCTION: Fractures of the proximal humerus are common, with an increasing incidence in the elderly and with a high impact on quality of life and shoulder function. For displaced fractures, the locking plate is the most used method of osteosynthesis. Studies have shown good clinical results with the use of locking plates, but also with the fixation with locking intramedullary nail. The aim of this study was to compare the clinical outcomes, radiographic results and the complications between these two methods in patients with displaced proximal humerus fractures. METHODS: In this prospective, randomized clinical trial, 72 patients with displaced fractures of the proximal humerus, classified as Neer 2- or 3-part, were randomly assigned to receive osteosynthesis with either locking plate (36 patients - Plate Group) or locking intramedullary nail (36 patients - Nail Group). The clinical outcomes were evaluated at 3, 6 and 12 months and included the Constant and Murley, University of California at Los Angeles (UCLA) and Disability of Arm, Shoulder and Hand (DASH) scores, visual analog scale (VAS) and the passive range of motion. Radiographic findings (consolidation and head shaft angle) and complications, which included the evaluation of rotator cuff by ultrasound, were also evaluated. The primary outcome was the Constant and Murley score at 12 months. RESULTS: Sixty-five patients completed 12 months of follow-up, 32 in the Nail Group and 33 in the Plate Group. The mean Constant score at 12 months was 70.3 points for the Nail Group and 71.5 points for the Plate Group (p = 0.750) and the mean Relative Constant score was 81% for the Nail Group and 85% points for the Plate Group (p = 0.400). There was also no difference at 3 and 6 months for the Constant score. VAS, DASH and radiographic findings also did not differ at 3, 6 and 12 months. Range of motion showed a 2.1 points difference in favor of the Nail Group for medial rotation at 6 months (p = 0.042), with no difference for the other motions at 3, 6 and 12 months. The UCLA score presented a difference of 4.0 points at 3 months, with better results for the Nail Group (p = 0.005), but no significant difference at 6 and 12 months. Thirty-eight complications were recorded, 28 in the Nail Group and 10 in the Plate Group, with significant difference (p = 0.001). Complications occurred in 18 patients, 11 (34%) of the Nail Group and seven (21%) of the Plate Group, with no significant difference (p = 0.137). CONCLUSIONS: Locking plates and locking intramedullary nail yielded similar clinical and radiographic results. Locking intramedullary nail fixation has a higher risk for complications and reoperation
Outcome assessment in the treatment of rotator cuff tear: what is utilized in Brazil?
ABSTRACT This review evaluated the outcomes used in clinical studies involving rotator cuff tear published in the last decade in the two leading Brazilian orthopedic journals. A literature review was performed using the journals Revista Brasileira de Ortopedia and Acta Ortopédica Brasileira. It included all original clinical articles describing at least one outcome measured before or after any clinical or surgical intervention related to rotator cuff tear, published between 2006 and 2015. The authors evaluated range of motion, muscle strength, patient satisfaction, and tendon integrity and functional outcomes scores. There were 25 clinical studies published about rotator cuff in the two principal Brazilian orthopedic journals in the last decade, 20 case series (80%), one case-control (4%), and four cohorts (16%). Objective measures such as muscle strength, patient satisfaction, and evaluation of tendon integrity were little used. Range of motion measurements were performed in 52% of the articles. Evaluations of muscle strength and patient satisfaction were reported by 28% and 16% of the studies, respectively. Only 28% of the articles evaluated tendon integrity after surgery. Of these, 16% did so by magnetic resonance imaging and 12% by , ultrasonography. The most used scale was the UCLA, present in 92% of the articles, while the Constant-Murley appeared in 20%. Scales deemed reliable, with high internal consistency and good responsiveness, were rarely used