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Decifrando a cidade: a visão melancólica de Mário Quintana
Este trabalho tem por objetivo a análise de elementos como a melancolia, a cidade e a modernidade na obra de Mario Quintana. O enfoque escolhido consiste em observar o sentimento do poeta em relação ao passado irrecuperável e a sua perplexidade face às transformações da cidade, revelando suas inquietações a respeito da temporalidade e do misterioso. O trabalho visa discutir questões relativas à modernidade, às suas conseqüências e à presença da melancolia. Entre os autores consultados para fundamentação, estão Sigmund Freud, Eduardo Lourenço, Susan Sontag, Hugo Friedrich, Walter Benjamin, Sandra Pesavento e Moacyr Scliar.
Palavras-chave: cidade; flâneur; melancolia
OS PERFIS DA LITERATURA DE INTROSPECÇÃO: O DIÁRIO EM VIRGÍLIO FERREIRA E A AUTORIA NA AUTOFICÇÃO
O estudo busca, primeiramente, refletir sobre os perfis da literatura de introspecção, dando um enfoque especial para a escrita diarística do autor português Vergílio Ferreira. Depois, intenciona mapear a proposta doubrovskiana de autoficção enquanto variante pós-moderna da autobiografia, a partir da análise da conceitualização do gênero feita por Doubrovsky e daquele que seria considerado o primeiro romance autoficcional – Fils (1977), também escrito pelo teórico francês, em resposta à lacuna existente nos estudos realizados sobre a autobiografia por Philippe Lejeune (Le pacte autobiographique, 1975). Revisaremos o amplo e polêmico debate acerca do neologismo, o diálogo existente entre o conceito original de autoficção e as constantes atualizações de suas formas, presentes na literatura contemporânea, e o ideário incipiente, nos anos 60, de teorias pós-modernas (principalmente, Michel Foucault). O estudo pretende ampliar o debate existente em língua francesa e trazê-lo para os estudos teóricos e literários do Brasil
A produção de autoria feminina: albertina bertha e a imprensa periódica
ResumoNeste presente trabalho, pretendo mostrar um recorte de uma pesquisa sobre a participação da escritora carioca Albertina Bertha na imprensa periódica da época, bem como a sua atuação na sociedade intelectual do início do século XX, que permanece, até hoje, à sombra dos estudos críticos-literários do Brasil.Palavras-chaveAlbertina Bertha. Produção Feminina
Porto Alegre, a “pequena cidade grande” de Mario Quintana
Este trabalho tem por objetivo o levantamento e a análise de poemas do poeta Mario
Quintana. A intenção das reflexões é examinar elementos como a cidade, a modernidade e a
memória lírica. O enfoque escolhido consiste em observar o sentimento do poeta em relação
ao passado irrecuperável e a sua perplexidade face às transformações do espaço urbano,
revelando suas inquietações a respeito da temporalidade e a sua íntima relação com a cidade
de Porto Alegre.
Palavras-chave: cidade; modernização; memória lírica
A presença francesa na lírica de Mário Quintana
A presença francesa na lírica de Mario Quintana é elemento visível e essencial para a leitura hermenêutica do conjunto de sua obra poética. O recorte selecionado para este trabalho consiste em estabelecer uma relação entre os poetas Mario Quintana e Charles Baudelaire, destacando possíveis diálogos entre eles, uma vez que o poeta francês é o precursor em tornar Paris objeto de sua poesia, e Quintana, por sua vez, encontra na sua relação com a cidade matéria para sua poesia. Pretendemos, também, mostrar as mudanças urbanísticas de Porto Alegre e o desejo de alçar-se à condição de metrópole, como bem observa Sandra Pesavento, o sonho de ser “uma Paris no Sul”. Apresentaremos Quintana como o flâneur que testemunha as mudanças que vão ocorrendo na cidade e, conforme as considerações do psicólogo norte-americano James Hillman, como esse processo de modernização pode acabar com a flânerie
O romance de introspec??o no Brasil : o lugar de Albertina Bertha
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Previous issue date: 2010-01-12O presente estudo pretende verificar a express?o da subjetividade na fic??o de Albertina Bertha, mais especificamente, no romance l?rico e de digress?es filos?ficas Exalta??o, publicado em 1916. Dessa forma, verificam-se os processos subjetivos e as t?cnicas narrativas de apresenta??o da consci?ncia, bem como a filia??o da autora na vertente do romance de introspec??o no Brasil, situando-a dentro da literatura brasileira atrav?s dessa modalidade. Intencionamos coloc?-la numa linhagem, em correla??o com outros romances de introspec??o, verificando como essas obras repercutiram no Brasil as rupturas com o Realismo, o di?logo dos escritores brasileiros com as est?ticas do final do s?culo XIX, sobretudo a simbolista, qual o significado do espa?o nas narrativas e sua rela??o com processos subjetivos e quais os procedimentos de linguagem que ser?o retomados por outros escritores brasileiros nas narrativas de explora??o da subjetividade. Al?m disso, este trabalho visa contribuir com a elabora??o de uma hist?ria ainda inexistente do romance de introspec??o no Brasil