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Efeitos do desfluorano, sevofluorano e isofluorano sobre variáveis respiratórias e hemogasométricas em cães
Com este estudo objetivou-se avaliar, comparativamente, os efeitos de três anestésicos inalatórios sobre variáveis respiratórias e hemogasométricas em cães. Para tal, utilizaram-se 30 cães sadios, adultos, machos e fêmeas evitando-se aquelas em estro ou em gestação. Os animais foram separados e protocolados em três grupos de 10 cães cada (G1, G2 e G3). Induziu-se a anestesia geral com administração intravenosa de propofol, na dose de 10±1,3 mg/kg. Em seguida procedeu-se à intubação orotraqueal e anestesia geral inalatória pelo desfluorano (G1), sevofluorano (G2) e isofluorano (G3), diluídos em oxigênio a 100,00%, por meio de circuito anestésico tipo "semi-fechado", dotado de vaporizadores calibrados para cada agente anestésico. As variáveis estudadas foram Freqüência Respiratória, CO2 ao Final da Expiração, Saturação de Oxihemoglobina, Volume Corrente, Volume Minuto, Pressão Parcial Arterial de O2, Pressão Parcial Arterial de CO2, Excesso de Bases e pH. A avaliação estatística destas variáveis foi realizada pela Análise de Perfil, sendo considerado o nível de significância de 5,00%. Os resultados obtidos permitiram concluir que o desfluorano deprime o sistema respiratório aumentando a pressão parcial arterial de CO2 e o CO2 ao final da expiração; e diminuindo a pressão parcial arterial de O2 e o volume minuto, quando comparado com os outros anestésicos em teste.The aim of this work was to evaluate, comparatively, the effects of three volatile anesthetics upon respiratory and haemogasometric variables in dogs. For such, 30 adult, male and female healthy mongrel dogs were used. The animals were separated in 3 groups of 10 dogs each (G1, G2 and G3). General anesthesia was induced with intravenous administration of propofol (10±1,3 mg/kg). The dogs were submitted to inhalatory anesthesia with desflurane (G1), sevoflurane (G2) and isoflurane (G3), diluted in oxygen at 100,00%, through a semi-closed type anesthetic circuit. The following variables were studied: Respiratory Rate, End Tidal CO2, Pulse Oximetry, Tidal Volume, Minute Volume, Arterial O2, Arterial CO2, Bases Excess and pH. The statistical evaluation was accomplished by Profile Analisys (p<0,05). The results allowed us to conclude that desflurane depresses the respiratory system increasing the arterial CO2 and the End tidal CO2; and decreasing arterial O2 and minute volume, when compared with the other anesthetics in test
Efeitos cardiorrespiratórios da associação de tiletamina/zolazepam em cães (Canis familiaris) pré-tratados ou não pela acepromazina
The aim of this work was to evaluate the use of acepromazine as pre-treatment to tiletamine/zolazepam association. Twenty male and female healthy adult mixed breed dogs were used. The dogs were allocated in two groups of 10 animals each (G1 and G2). To G1 was administered 0.1 ml/kg of saline at 0.9 % (placebo), followed by 10 mg/kg of tiletamine/zolazepam 20 minutes later, both intravenously. Immediately before the pre-anesthetic medication (M1), before the anesthetics application (M2) and at 15, 30, 45 and 60 minutes after the administration of tiletamine/zolazepam association (M3 to M6, respectively), measurements of heart rate (HR), systolic, diastolic and mean blood pressures (SBP, DBP e MBP, respectively), cardiac output (CO), cardiac index (CI), systolic volume (SV), electrocardiogram (ECG), respiratory rate (RR), end tidal CO2 (ETCO2), oxihemoglobin saturation (SpO2) and body temperature (T0) were realized. For G2 the same methodology was used, replacing the placebo by acepromazine, at 0.2 mg/kg. The numeric data were submitted to analysis of profile that demonstrated cardiovascular stability and an increase of the anesthetic period with the use of acepromazine, and it was also observed, in G2, that, in spite of the decrease of RR, the SpO2 and ETCO2 values didnt have significant alterations, allowing to conclude that the use of acepromazine presents advantages in the isolated use of the tiletamine/zolazepam association, in dogs.Avaliou-se o uso da acepromazina como pré-tratamento à associação de tiletamina/zolazepam. Para tanto, utilizaram-se 20 animais da espécie canina, machos e fêmeas, adultos, hígidos, divididos em 2 grupos de igual número. O grupo 1 (controle) foi pré-tratado com 0,1 ml/kg de solução salina a 0,9 % e o grupo 2 com 0,2 mg/kg de acepromazina, ambos por via intravenosa. Decorridos 20 minutos, todos os animais receberam, pela mesma via, 10 mg/kg da associação tiletamina/zolazepam. Imediatamente antes da medicação pré-anestésica (M1), antes da aplicação da associação (M2) e aos 15, 30, 45 e 60 minutos após a administração da tiletamina/zolazepam, realizou-se mensuração de: freqüência cardíaca (FC); pressão arterial sistólica (PAS), diastólica (PAD) e média (PAM); débito (DC) e índice cardíaco (IC); volume sistólico (VS); eletrocardiograma (ECG); freqüência respiratória (FR); CO2 ao final da expiração (ETCO2); saturação da oxiemoglobina (SpO2); e temperatura retal (T0). Observou-se estabilidade cardiovascular, miorrelaxamento e aumento do período hábil anestésico com o uso da acepromazina na medicação pré-anestésica. O tratamento estatístco dos valores numéricos pela análise de perfil mostrou que a acepromazina diminuiu a FR; entretanto, a SpO2 e ETCO2 não sofreram alterações estatisticamente significativas, permitindo concluir que o emprego da fenotiazina apresenta vantagens sobre o uso isolado da associação tiletamina/zolazepam, em cães
Efeitos do sevofluorano e do desfluorano sobre variáveis intracranianas e hemodinâmicas em cães
Avaliaram-se, comparativamente, os efeitos do sevofluorano e do desfluorano sobre variáveis intracranianas e hemodinâmicas em cães mantidos sob ventilação controlada. Foram utilizados 18 animais adultos, distribuidos aleatoreamente em dois grupos de igual número (GSEVO e GDES). Em todos os animais, induziu-se a anestesia geral com propofol (7,8l1,3 mg/kg/IV). Os cães foram intubados e a sonda orotraqueal foi acoplada a aparelho de anestesia inalatória. Em seguida, administrou-se a dose inicial de rocurônio (0,6 mg/kg/IV) e ato contínuo, iniciou-se a infusão contínua do miorrelaxante (0,6 mg/kg/h), a qual foi mantida durante todo o período experimental. Procedeu-se a ventilação controlada, com amplitude e freqüência suficientes para manter a capnometria constante em 35mmHg. Aos animais do GSEVO foi fornecido sevofluorano e aos animais do GDES, desfluorano, diluídos em O2. A anestesia inalatória foi mantida em 1,5 CAM (concentração alveolar mínima) para ambos os agentes voláteis. A administração do anestésico inalatório teve início imediatamente após a introdução da sonda orotraqueal. Foram estudadas as seguintes variáveis: pressão intracraniana (PIC), pressão de perfusão cerebral (PPC), temperatura intracraniana (TIC), freqüência cardíaca (FC), pressões arteriais sistólica (PAS), diastólica (PAD) e média (PAM), débito cardíaco (DC), índice cardíaco (IC), volume sistólico (VS), índice sistólico (IS), pressão venosa central (PVC), resistência vascular sistêmica (RVS), índice de resistência vascular sistêmica (IRVS) e temperatura corpórea (TC). As mensurações tiveram início após 30 minutos da implantação do cateter de PIC (M1) e se repetiram a cada 20 minutos (M2, M3 e M4). A avaliação estatística das variáveis foi efetuada pela Análise de Perfil (p<0,05)...The aim of this study was to compare the effects of sevoflurane and desflurane upon intracranial and hemodynamic variables in dogs under controlled ventilation. Eighteen adult mongrel dogs were used. The animals were randomly allocated into 2 groups of equal number (GSEVO and GDES). All dogs were induced with propofol (7.8l1.3 mg/kg/IV), intubated, and the tracheal tube was connected to the inhalant anesthesia circuit. The neuromuscular blockade was acomplished by a bolus dose of rocuronium (0.6 mg/kg/IV) followed by continuous infusion of the agent (0.6 mg/kg/h) throughout the experimental period. Controlled ventilation was immediately started, with adequate amplitude and frequency to maintain end-tidal CO2 (ETCO2) constant at 35 mmHg. The animals of GSEVO received 1.5 MAC of sevoflurane and the ones in the GDES,1.5 MAC of desflurane, both agents diluted in O2. The administration of the inhalant agents started immediately after the placement of the tracheal tube.The following variables were studied: intracranial pressure (ICP), cerebral perfusion pressure (CPP), intracranial temperature (ICT), heart rate (HR), systolic (SAP), diastolic (DAP) and mean arterial pressures (MAP), cardiac output (CO), cardiac index (CI), stroke volume (SV), stroke index (SI), central venous pressure (CVP), systemic vascular resistance (SVR), systemic vascular resistance index (SVRI) and body temperature (BT). The measurements started 30 minutes after the placement of the ICP catheter (T1) and were repeated at 20 minutes intervals (T2, T3 and T4). The numerical data was submmited to Profile Analysis (p<0.05). ICP and CPP did not differ between GSEVO and GDES, while TIC and BT decreased slowly during the experimental period in both groups... (Complete abstract, access undermentioned eletronic address)Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP
Anestesia para mielografia em cães
Com este texto, objetiva-se fornecer ao profissional de Medicina Veterinária subsídios para a realização de mielografia para o qual é necessário submeter o animal À anestesia geral. Este exame não é um procedimento inócuo, pois várias reações adversas podem ocorrer durante e após sua realização. O conhecimento da farmacodinâmica dos agentes anestésicos é de fundamental importância para o Médico Veterinário escolher associações que proporcionem segurança e minimizem as complicações advindas da técnica. Uma série de cuidados no período pré-anestésico, a escolha de associações de fármacos adequada e o monitoramento do animal durante e após a mielografia proporcionarão aos pacientes uma maior segurança no procedimento.The aim of this work was to supply the Veterinarian professional with information regarding to the execution of a mielography, which requires general anesthesia. This exam is not harmless and several adverse reactions may occur during and after its realization. The knowledge of the anesthetics pharmacodynamic is essential in order to select the associations that could provide safety and minimize the myelography complications. Some procedures in the preanesthetic period, the selection of the appropriate anesthetic agents and monitoring the animal during and after the myelography will provide major safety to this exam
Sevoflurano e desflurano sobre o ritmo cardíaco de cães tratados com infusão contínua de doses crescentes de adrenalina
Os anestésicos inalatórios sensibilizam o miocárdio ou seu sistema de condução à ação das catecolaminas endógenas e/ou exógenas, predispondo o animal às arritmias cardíacas. Dentre os anestésicos voláteis, o sevoflurano e o desflurano são fármacos relativamente recentes e, embora sejam dotados de características relacionadas a não sensibilização do miocárdio às catecolaminas, desconhecem-se estudos que comparem suas eventuais propriedades antiarritmogênicas. Com o objetivo de estudar, comparativamente, o comportamento do ritmo cardíaco e observar eventuais bloqueios atrioventriculares em cães anestesiados pelo sevoflurano e desflurano e submetidos à infusão contínua de adrenalina, foram utilizados 20 animais adultos, os quais foram separados em dois grupos de igual número (G1 e G2). Aos cães do G1, foi administrado propofol, na dose média de 10mmg.kg-1; em seguida os animais receberam sevoflurano, a 1,5CAM. Decorridos 30 minutos do início da administração do anestésico volátil, iniciou-se a infusão de adrenalina na dose de 1mmg.kg-1.min-1. A cada 10 minutos, a dose da catecolamina foi acrescida em uma unidade, cessando-se a administração em 6mmg.kg-1.min-1. Para o G2, empregou-se a mesma metodologia, substituindo-se o sevoflurano pelo desflurano, administrado a 1,5CAM. A cada dose de adrenalina, foi feita contagem de batimentos ventriculares ectópicos, bem como a observação de bloqueios atrioventriculares. Os achados foram tratados pelos métodos estatísticos de Análise de Perfil e Kruskall-Wallis. Os resultados permitiram concluir que o desflurano minimiza de maneira mais eficiente a arritmia induzida pela adrenalina, além de reduzir a incidência de bloqueios atrioventriculares
Invasive Hemodynamic Monitoring in Small Animals/ <br> Monitoramento Hemodinâmico Invasivo em Pequenos Animais
The aim of this paper was to revise the several homodynamic variables that can be monitored by invasive techniques, direct or indirectly, such as arterial pressure, central venous pressure, cardiac output, systemic vascular resistance, among others. Such techniques offer more accuracy and reliability, and also allow a continuous monitoring, being of great importance and utility in the treatment of the critically ill patient. As they are invasive techniques, they aren’t free of risks and the professional must decide for their utilization analysing the advantages and disadvantages.<p><p>Com este artigo objetivou-se revisar os diversos parâmetros hemodinâmicos que podem ser monitorados de maneira invasiva, direta ou indiretamente, como a pressão arterial, pressão venosa central, débito cardíaco, resistência vascular periférica, entre outros. Tais técnicas oferecem uma maior confiabilidade e precisão, além de permitirem um monitoramento contínuo, sendo de grande importância e utilidade no tratamento de pacientes em estado crítico. Por serem técnicas invasivas, não são isentas de risco, cabendo ao profissional, face as vantagens e desvantagens inerentes a cada uma, bem como ao estado clínico do paciente, optar ou não pela sua utilização
Sevoflurano e desflurano sobre o ritmo cardíaco de cães tratados com infusão contínua de doses crescentes de adrenalina
Os anestésicos inalatórios sensibilizam o miocárdio ou seu sistema de condução à ação das catecolaminas endógenas e/ou exógenas, predispondo o animal às arritmias cardíacas. Dentre os anestésicos voláteis, o sevoflurano e o desflurano são fármacos relativamente recentes e, embora sejam dotados de características relacionadas a não sensibilização do miocárdio às catecolaminas, desconhecem-se estudos que comparem suas eventuais propriedades antiarritmogênicas. Com o objetivo de estudar, comparativamente, o comportamento do ritmo cardíaco e observar eventuais bloqueios atrioventriculares em cães anestesiados pelo sevoflurano e desflurano e submetidos à infusão contínua de adrenalina, foram utilizados 20 animais adultos, os quais foram separados em dois grupos de igual número (G1 e G2). Aos cães do G1, foi administrado propofol, na dose média de 10mmg.kg-1; em seguida os animais receberam sevoflurano, a 1,5CAM. Decorridos 30 minutos do início da administração do anestésico volátil, iniciou-se a infusão de adrenalina na dose de 1mmg.kg-1.min-1. A cada 10 minutos, a dose da catecolamina foi acrescida em uma unidade, cessando-se a administração em 6mmg.kg-1.min-1. Para o G2, empregou-se a mesma metodologia, substituindo-se o sevoflurano pelo desflurano, administrado a 1,5CAM. A cada dose de adrenalina, foi feita contagem de batimentos ventriculares ectópicos, bem como a observação de bloqueios atrioventriculares. Os achados foram tratados pelos métodos estatísticos de Análise de Perfil e Kruskall-Wallis. Os resultados permitiram concluir que o desflurano minimiza de maneira mais eficiente a arritmia induzida pela adrenalina, além de reduzir a incidência de bloqueios atrioventriculares.The volatile anesthetics increase the sensibility of the myocardium or its conduction system to the action of endogenous and/or exogenous epinephrine, predisposing the animal to cardiac arrhythmias. Among the volatile anesthetics, sevoflurane and desflurane are quite recent drugs and even though they have antiarrhythmogenic characteristics, there aren’t studies comparing these properties. The aim of this work was to study comparatively the cardiac rhythm and observe occasional atrioventricular blockages in dogs anesthetized with desflurane and sevoflurane, receiving increasing doses of epinephrine. 20 healthy adult male and female mongrel dogs were used. The animals were separated in two groups (G1 and G2). In G1, anesthesia was induced with propofol (10mmg-1.kg-1IV) and maintained with sevoflurane (1.5 MAC). Thirty minutes after the begin of volatile anesthetic administration, the epinephrine infusion was initiated at a dose of 1mmg.kg-1.min-1. At each 10 minutes the dose was increased in 1mmg.kg-1.min-1 until 6mmg.kg-1.min-1. For G2, the same methodology was used, except that sevoflurane was replaced by desflurane (1.5 MAC). At each epinephrine dose, the non-sinusal cardiac beats were counted and the occurrence of atrioventricular blockages was evaluated. The numerical data were submitted to Profile analysis and Kruskall-Wallis. The results allow to conclude that desflurane reduces in a more efficient way the arrhythmia produced by epinephrine and also the occurrence of atrioventricular blockages