3 research outputs found

    Pharmacological treatment of hypertension guided by peripheral or central blood pressure: a comparison between the two strategies

    Get PDF
    BackgroundArterial hypertension treatment guided by central blood pressures (CPB) rather than peripheral blood pressures (PBP) measurement has the potential to show greater effectiveness in preventing or even regressing stiffness and target organ damage (TOD).ObjectiveThis study aimed to compare the parameters of CBP and PBP measurements, arterial stiffness, TOD and renal profile in patients with anti-hypertensive treatment guided by CBP or PBP targets.MethodsA randomized clinical trial was conducted in central group (CG) and peripheral group (PG). Patients were randomized, evaluated every 3 months for BP and antihypertensive adjustments during a one-year follow up. The procedures in V1 and V5: anthropometric assessment; CBP/PBP measurements, carotid ultrasound; echocardiography; laboratory tests. Paired and unpaired t-tests and the χ2 were used (significance level: 5%).ResultsThe study evaluated 59 participants (30CG/29PG). The augmentation index (AIx) was higher in the CG (27.3% vs. 20.3%, p = 0.041). Intergroup analysis has found central diastolic BP lower in the CG (78.9 vs. 84.3 mmHg, p = 0.024) and the Alx difference between groups ceased to exist after a one-year follow-up. Intragroup comparisons, after intervention, showed a lower frequency of changed PWV (p < 0.001) and LVMI (p = 0.018) in the CG. The PG showed a higher frequency of changed PWV (p < 0.001) and LVMI (p = 0.003).ConclusionThe intervention guided by central BP reduced the central diastolic BP and AIx compared to the PG. There was a reduction in the frequency of changed PWV and LVMI in the CG

    LEUCOENCEFALOPATIA MULTIFOCAL PROGRESSIVA COM ACOMETIMENTO CEREBELAR EM PACIENTE VIVENDO COM HIV

    No full text
    A Leucoencefalopatia multifocal progressiva (LEMP) é uma infecção oportunista do sistema nervoso central por reativação do Poliomavírus JC, acometendo principalmente indivíduos imunocomprometidos. A substância branca é o principal local de acometimento, sendo a forma exclusivamente cerebelar (células granulares) incomum. Descrevemos o caso do paciente masculino, 37 anos, HIV + com histórico de imunossupressão severa e ataxia sensitiva leve secundário à polineuropatia pelo HIV, de evolução crônica e comprovação eletroneuromiográfica. Retomou tratamento regular 5 meses antes da internação, na ocasião com CD4 de 140. Evoluiu de forma subaguda (4 meses) com diplopia, disartria, disfagia e incoordenação de membros. Apresentava, ao exame físico, decomposição de sacadas, fala escandida e sinais de ataxia cerebelar apendicular nos quatro membros. Nesse contexto, é encaminhado do ambulatório para internação investigativa, sendo realizada ressonância magnética (RNM) de crânio com importante atrofia cerebelar (achado desproporcional ao restante do parênquima cerebral), acompanhado por sinais de microangiopatia leve. Procedida punção lombar com discreta pleiocitose de 14 células (predomínio linfomonocitário), glicose 56,1 mg/dL e proteínas de 28,1 mg/dL, sendo o material enviado para análise de painel viral via PCR. Diante do quadro de ataxia subaguda, levantada a hipótese de diagnóstico diferencial com componente auto-imune, sendo realizada pulsoterapia com metilprednisolona 1 g/dia e iniciado tratamento com imunoglobulina EV, sem melhora do quadro. Neste período, houve a detecção do DNA viral do Poliomavírus JC pelo método de PCR no LCR, sendo confirmado o diagnóstico de LEMP associado às células granulares cerebelares. Foi iniciado desmame de corticoide e fisioterapia para reabilitação. Paciente recebeu alta persistindo com ataxia grave, com retorno ambulatorial e programação de pesquisa da mutação VP1 (associada à neuropatia de células granulares) em conjunto com o Hospital Emílio ribas. Este caso expõe a relevância de se pensar na LEMP como diagnóstico diferencial de síndrome ataxica cerebelar em pacientes com imunossupressão, e portanto, de risco para infecção oportunista, devendo estar na gama de diagnósticos diferenciais dos quadros de pacientes com ataxias subagudas

    NEUROCISTICIRCOSE EXTRAPARENQUIMATOSA REFRATÁRIA AO TRATAMENTO ANTIPARASITÁRIO

    No full text
    A neurocisticercose extraparenquimatosa é rara, sendo o acometimento subaracnóideo uma condição grave. A perda do escolex, o que configura a forma racemosa da doença subaracnóide, torna o diagnóstico e o tratamento difíceis. A sintomatologia inclui convulsões e sinais de hipertensão intracraniana (HIC), com confirmação diagnóstica por visualização de cistos. Relatamos o caso de neurocisticercose em paciente do sexo masculino, 47 anos de idade, sem comorbidades prévias. Teve o diagnóstico de Neurocisticercose em 2018 devido a queixa de cefaléia crônica e baixa acuidade visual, confirmado na investigação com RNM de crânio que evidenciou inúmeras lesões císticas subaracnóideas e ventriculares. Realizou tratamento com Albendazol, Praziquantel e corticóide, além de fenestração do nervo óptico de olho esquerdo para descompressão devido sinais de HIC. Paciente recorreu à cefaléia e alteração visual, realizando um segundo ciclo de tratamento no mesmo ano. Cerca de 1 ano depois, foi internado para um terceiro ciclo, pois apresentava cefaléia e a RNM de controle evidenciou novas lesões racemosas. Após o terceiro ciclo, teve controle de imagem de RNM evidenciando melhora discreta no tamanho de lesões. Manteve seguimento ambulatorial retornando em junho de 2023 com queixa de cefaléia esporádica, quadrantopsia superior à esquerda e nova RNM em abril de 2023 com aumento de acometimento subaracnóideo e manutenção de herniação tonsilar incipiente, sendo internado para novo tratamento. Foi realizada punção liquórica com pleocitose de 79 leucócitos (15% de eosinófilos e 78% de linfócitos), glicose de 33, proteína de 68, e pressão de abertura de 42 cmH20. Neste ciclo, realizou corticóide EV (metilprednisolona 100 mg EV ao dia por 07 dias) seguido de desmame, Praziquantel 50 mg/kg/d e Albendazol 20 mg/kg/d. Devido à falta de Praziquantel no País, realizou apenas 4 dias deste, mantendo uso de Albendazol. Manteve-se assintomático a despeito dos sinais de HIC. Recebeu alta em desmame de corticoide e uso de Albendazol para seguimento ambulatorial. Este caso evidencia a potencial gravidade da neurocisticercose racemosa, que pode denotar alta morbidade e mortalidade, haja vista sinais incipientes de herniação tonsilar devido a HIC. Vemos maior dificuldade em realizar o tratamento dessa apresentação da doença, pela baixa biodisponibilidade das drogas no alvo. Além disso, a indisponibilidade do Praziquantel pode ser um limitador no sucesso desta nova tentativa
    corecore