18 research outputs found
Registro Brasileiro de Marcapassos no Ano 2000
O Registro Brasileiro de Marcapassos (RBM) Ă© uma base de dados nacional que visa coletar e divulgar informaçoes concernentes aos procedimentos relacionados com a estimulaçao cardĂaca artificial no Brasil. Este trabalho apresenta os resultados do sĂ©timo ano de operaçao do RBM, que vai de 1Âș de janeiro a 31 de dezembro de 2000. Neste perĂodo foram reportados 13466 procedimentos, sendo 9519 implantes iniciais (70,7%) e 3947 reoperaçoes (29,3%). As informaçoes foram enviadas por 256 hospitais e os formulĂĄrios, preenchidos por 445 mĂ©dicos. Foram implantados 7776 marcapassos ventriculares (57,8%), 5583 sistemas atrioventriculares (41,5%) e apenas 101 atriais (0,8%). Houve discreta predominĂąncia do sexo masculino. A anĂĄlise da idade dos pacientes mostrou que 249 (1,9%) apresentavam de 1 a 20 anos; 689 (5,1%) de 21 a 40 anos, 2638 (19,6%) de 41 a 60 anos; 6582 (48,9%) de 61 a 80 anos; e 2487 (18,5%) estavam acima de 81 anos de idade. SĂncopes, prĂ©-sĂncopes ou tonturas justificaram o implante de marcapasso em 9117 casos (67,7%); bradicardia, em 984 (7,3%); insuficiĂȘncia cardĂaca, em 927 (6,8%); taquicardia, em 259 (1,9%); e outros sintomas e sinais em 782 (5,8%) pacientes. Segundo a classificaçao da N.Y.H.A., 1382 pacientes (10,3%) eram assintomĂĄticos, 1736 (12,9%) apresentavam sintomas aos grandes esforços, 5204 (38,7%) eram portadores de sintomas aos pequenos e mĂ©dios esforços e 3598 (26,7%) apresentavam sintomas em repouso. Bloqueio atrioventricular do segundo grau foi o achado eletrocardiogrĂĄfico em 1402 pacientes (10,4%); bloqueio atrioventricular total, em 6909 (51,3%); bloqueios fasciculares, em 297 (2,2%); doença do nĂł sinusal, em 1899 (14,1%); flĂŒtter ou fibrilaçao atrial com baixa resposta ventricular, em 1180 (8,8%) e outros achados em 386 pacientes (2,9%). Malformaçao congĂȘnita foi considerada a causa da bradicardia em 216 casos (1,6%); etiologia desconhecida, em 3254 (24,2%); doença de Chagas, em 2958 (22,0%); fibrose do sistema de conduçao, em 3612 (26,8%); intervençoes mĂ©dicas, em 377 (2,8%) e outras causas em 1456 (10,8%). A comparaçao destes dados com os anteriormente publicados pelo Registro Brasileiro de Marcapassos mostrou tendĂȘncia de crescimento do nĂșmero de procedimentos realizados anualmente, do nĂșmero de mĂ©dicos e hospitais participantes do Registro e do percentual de marcapassos atrioventriculares implantados, com manutençao dos critĂ©rios de indicaçao de estimulaçao cardĂaca artificial
Registro Brasileiro de Marcapassos: Escolha do Modo de Estimulaçao no ano de 1999
O Registro Brasileiro de Marcapassos (RBM) Ă© uma base de dados nacional que visa a coletar e divulgar informaçoes concernentes aos procedimentos relacionados Ă estimulaçao cardĂaca artificial no Brasil. Este trabalho apresenta os resultados do sexto ano de operaçao do RBM, que vai de 1Âș de janeiro a 31 de dezembro de 1999, e teve como objetivo principal comparar os dados clĂnicos dos pacientes submetidos a implantes de marcapasso ventricular com os daqueles que receberam marcapasso atrioventricular. Neste perĂodo foram reportados 11.048 procedimentos, perfazendo 8.141 implantes iniciais (73,7%) e 2.907 reoperaçoes (26,3%). Foram implantados 6.779 marcapassos unicamerais (61.4%) e 4.258 bicamerais (38,6%). Dos implantes de cĂąmara Ășnica, apenas 99 foram atriais (0,9%). A relaçao mĂ©dia nacional entre implantes ventriculares e atrioventriculares foi de 1,6 : 1. Pela anĂĄlise dos dados apresentados para os primeiros implantes de marcapasso, foi possĂvel verificar fatores que influenciaram a escolha do modo de estimulaçao, como: 1) a regiao onde o hospital estĂĄ instalado; 2) a idade do paciente; 3) a classe funcional e 4) o distĂșrbio de conduçao do paciente. Diferenças Regionais: a regiao centro-oeste diferiu das demais por apresentar maior nĂșmero de implantes atrioventriculares que ventriculares (relaçao AV / VVI = 1,5). Nas demais regioes foram implantados mais marcapassos ventriculares que de dupla-cĂąmara, com relaçoes AV / VVI variando de 0,78 na regiao sudeste a 0,51 na regiao sul. Idade: na faixa etĂĄria de 21 a 60 anos, houve mais implantes bicamerais (relaçao AV / VVI = 1,7 dos 21 aos 40 anos e 1,25 dos 41 aos 60). Nas demais faixas de idade o nĂșmero de implantes ventriculares foi maior, com a relaçao VVI / AV variando de 1,3 : 1 nas duas primeiras dĂ©cadas da vida a 3,2 : 1 na faixa etĂĄria maior que 81 anos. Classe Funcional: apenas nos pacientes de classe funcional I o nĂșmero de marcapassos bicamerais excedeu o nĂșmero de ventriculares (relaçao AV / VVI = 1,4). Nos pacientes com sintomas de insuficiĂȘncia cardĂaca prĂ©via, o nĂșmero de implantes ventriculares foi maior, com relaçao VVI / AV de 1,2 : 1 classe II; de 1,5 : 1 na classe III e de 1,9 : 1 na classe IV. DistĂșrbio do Sistema Excito-Condutor: pacientes portadores de doença do nĂł sinusal receberam aproximadamente duas vezes mais marcapassos fisiolĂłgicos que ventriculares (relaçao AV/VVI = 2,1 : 1). Nos portadores de bloqueios do 2Âș grau a relaçao VVI/AV foi de 1,2:1, nos portadores de bloqueios totais, foi de 1,8:1 e nos casos de flutter ou fibrilaçao atrial, de 10 : 1). Outros Fatores Analisados: Sintomas prĂ©-operatĂłrios, etiologia do distĂșrbio da conduçao e sexo do paciente nao estiveram relacionados a diferenças no modo de estimulaçao escolhido