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    Alterações psiquiátricas após corticoterapia em paciente com rara manifestação neurológica de Síndrome de Behçet e o papel da interconsulta psiquiátrica

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    Consultation Liaison Psychiatry studies the relationship between psychiatry and all other areas of knowledge of the health-disease process and intends to propose solutions, under a biopsychosocial perspective, to the clinical (assistant) or institutional (service-related) problems. It is described the case of a patient who presented unusual pathophysiologic manifestation of the Behcet's syndrome and also developed mental disorder after the pharmacological treatment with corticosteroids. Despite the remission of mental and behavioral symptoms with psychopharmacological treatment of short duration, her clinical outcome made it need the reintroduction of corticotherapy, with recrudescence of the psychiatric disorder and the need for maintenance treatment to assure its management. Besides illustrating a rare clinical condition, the case described exemplifies the benefits of joint and planned actions between psychiatrists and other professionals involved in an individual assistance at the hospital ward.A Interconsulta Psiquiátrica (IP) trata-se do estudo da relação entre a psiquiatria e todas as outras áreas dos conhecimentos do processo saúde-doença, visando, sob uma perspectiva biopsicossocial, atender sua demanda clínica (prestação da assistência ao paciente) e institucional (relacionada aos serviços). É descrito o caso de uma paciente que apresentou rara manifestação fisiopatológica da Síndrome de Behçet e que evoluiu com transtorno psiquiátrico após a instituição de terapêutica com corticoesteróides. Apesar da remissão dos sintomas mentais e comportamentais com tratamento psicofarmacológico de curta duração, a evolução do quadro demandou a reintrodução de corticoterapia, com recrudescência de quadro psiquiátrico e necessidade de instituição de tratamento de manutenção para seu manejo. Além de ilustrativo, no sentido de discutir uma rara condição clínica, o caso descrito exemplifica os benefícios da atuação conjunta e planejada entre psiquiatras e outros profissionais na assistência integral ao paciente

    Cognitive complaints in clinical practice : organization of a health service for prevention of dementia and clinical predictors of mild cognitive impairment

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    Orientadores: Paulo Dalgalarrondo, Amilton Santos JúniorDissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências MédicasResumo: Introdução: o comprometimento cognitivo leve (CCL) é altamente prevalente em adultos mais velhos e está associado a patologias neurodegenerativas, como a doença de Alzheimer (DA), e a conversão para demência. O diagnóstico e o manejo do CCL podem preservar a cognição e a funcionalidade, além de prevenir demência. No entanto, as ferramentas de avaliação para o diagnóstico do CCL não estão bem estabelecidas, nem estão disponíveis em todos os contextos clínicos. Objetivos: apresentar a organização de um programa de saúde para indivíduos com queixas cognitivas; verificar a prevalência de CCL, diagnosticado pelo desempenho abaixo de 1,5 desvio-padrão da média para idade, escolaridade e gênero em testes de uma bateria neuropsicológica abrangente; e testar se e quais parâmetros clínicos gerais estariam associados ao CCL e correlacionados com domínios neuropsicológicos específicos. Métodos: este programa ofereceu consultas para indivíduos com queixas cognitivas, idade ?55 anos e membros da comunidade de funcionários e docentes da Universidade Estadual de Campinas, no Brasil. Pacientes com diagnóstico de CCL ou declínio cognitivo subjetivo receberam intervenção multimodal para prevenção de demência e foram instruídos a retornar para avaliações de seguimento. Análises comparativas e modelos de regressão multivariada foram conduzidos com pacientes com CCL versus pacientes com declínio cognitivo subjetivo, em relação a características clínicas gerais das avaliações iniciais. Aquelas independentemente associadas ao CCL foram correlacionadas aos testes neuropsicológicos para cada domínio cognitivo, ajustando-se para idade, gênero e escolaridade. Resultados: Dos 220 pacientes com queixas cognitivas e sem demência (79,5% do sexo feminino, com idade de 62,4 ±6,3 anos e com 11,7 ±4,6 anos de escolaridade), 79,1% foram diagnosticados com CCL. Medidas mais elevadas no questionário de avaliação funcional (FAQ), no escore isquêmico de Hachinski e no inventário neuropsiquiátrico-escala de avaliação para o clínico (NPI-C); exame neurológico alterado; e níveis mais altos de colesterol LDL, colesterol HDL e triglicérides foram preditores independentes de CCL. Escolaridade, miniexame do estado mental (MEEM), avaliação cognitiva de Montreal (MoCA), NPI-C ansiedade, NPI-C irritabilidade, sódio sérico e colesterol total foram inversamente associados com CCL. Como esperado, escolaridade e MoCA se correlacionaram com o desempenho na maioria dos testes neuropsicológicos. MEEM esteve mais fortemente relacionado à atenção, mas não se correlacionou com medidas de memória, funções executivas e habilidades visuoespaciais. Outros parâmetros clínicos associados ao CCL não apresentaram correlações expressivas com domínios cognitivos específicos. Conclusões: houve uma prevalência inesperadamente elevada de CCL em um programa de prevenção a demência, num contexto de atenção primária e secundária à saúde, no Brasil. Parâmetros clínicos gerais, que estariam disponíveis na maioria dos serviços, podem contribuir na predição de CCL em pacientes com queixas cognitivas. MoCA foi o teste cognitivo de rastreio que melhor se correlacionou com domínios neuropsicológicos específicos no CCL. Além de testes cognitivos de rastreio, o exame neuropsiquiátrico e o exame neurológico, incluindo a avaliação de praxia, devem ser recomendados na avaliação de rotina de pacientes com mais de 55 anos e queixas cognitivasAbstract: Background: mild cognitive impairment (MCI) is highly prevalent in older adults and is associated with neurodegenerative pathologies, such as Alzheimer¿s disease (AD), and conversion to dementia. Diagnosis and management of MCI may preserve cognition and function, as well as prevent dementia; however, assessment tools for diagnosis of MCI are neither well established, nor available in all clinical settings. Objectives: to present the organization of a health program for individuals with cognitive complaints; to verify the prevalence of MCI, diagnosed by performance below 1.5 standard-deviation of the mean for age, education, and gender in tests of a comprehensive neuropsychological battery; and to test if and which general clinical parameters may be associated with MCI and correlated to specific neuropsychological domains. Methods: this program offered consultations for individuals with cognitive complaints, aged ?55 years and members of the State University of Campinas community, in Brazil. Patients diagnosed with MCI or subjective cognitive decline received a multimodal intervention for dementia prevention and were instructed to return to follow-up evaluations. Comparative analyses and multivariate regression models were conducted with MCI versus subjective cognitive decline patients, concerning baseline general clinical characteristics. Those ones independently associated with MCI were correlated to neuropsychological tests for each cognitive domain, adjusting to age, gender, and education. Results: Of the 220 patients with cognitive complaints and without dementia (79.5% female, aged 62.4 ±6.3 years, and with 11.7 ±4.6 years of education), 79.1% were diagnosed with MCI. High scores on functional assessment questionnaire (FAQ), Hachinski ischemic score, and total neuropsychiatric inventory-clinician rating scale (NPI-C); altered neurological examination; and elevated levels of LDL cholesterol, HDL cholesterol, and triglycerides independently predicted MCI. Education, Mini-mental state examination (MMSE), Montreal cognitive assessment (MoCA), NPI-C anxiety, NPI-C irritability, serum sodium, and total cholesterol were inversely associated with MCI. As expected, education and MoCA correlated to performance in most of the neuropsychological tests. MMSE was more strongly related to attention, but did not correlate to memory, executive, and visuospatial measures. Other clinical parameters associated with MCI did not present expressive correlations with specific cognitive domains. Conclusions: there was an unexpected high prevalence of MCI in a program for dementia prevention, in the context of primary and secondary health care, in Brazil. General clinical parameters, which can be available in most services, might contribute to predict MCI in patients with cognitive complaints. MoCA was the screening cognitive test which best correlated to specific neuropsychological domains in MCI. Besides screening cognitive tests, neuropsychiatric evaluation and neurological examination, including evaluation of apraxia, should be recommended as part of routine evaluation of patients aged 55 years or greater with cognitive complaintsMestradoSaude MentalMestre em Ciência

    Depressive symptoms in rheumatoid arthritis Sintomas depressivos em pacientes com artrite reumatoide

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    OBJECTIVE: To determine the prevalence of depressive and anxiety symptoms in patients with rheumatoid arthritis (a chronic inflammatory disease) in comparison to a control group with osteoarthritis (a chronic non-inflammatory degenerative disease) and to identify the sociodemographic and clinical variables associated with depressive symptoms in these patients. METHOD: Sixty-two rheumatoid arthritis patients and 60 osteoarthritis patients participated in the study. Sociodemographic and clinical data were collected and the Hospital Anxiety and Depression Scale and the Disability Index of the Health Assessment Questionnaire were applied. RESULTS: The prevalence of depressive symptoms was of 53.2% in rheumatoid arthritis and 28.3% in osteoarthritis (p = 0.005). The prevalence of anxiety symptoms was of 48.4% in rheumatoid arthritis and 50.0% in osteoarthritis (p = 0.859). The mean (and standard deviation) scores in the Disability Index of the Health Assessment Questionnaire were 1.4 (0.8) in rheumatoid arthritis and 1.4 (0.6) in osteoarthritis (p = 0.864). Rheumatoid arthritis patients with depressive symptoms had lower education and higher disease activity and functional disability. CONCLUSION: Although these two rheumatic diseases are similar in terms of the pain and functional disability that they cause, a significantly higher prevalence of depressive symptoms was found in rheumatoid arthritis patients. This difference might be explained by the hypothesis of a neuroimmunobiological mechanism related to cytokines in inflammatory diseases, which has been considered as a candidate to the development of depressive symptoms.OBJETIVO: Determinar a prevalência de sintomas depressivos e ansiosos na artrite reumatóide (doença inflamatória crônica) em comparação com um grupo controle com osteoartrite (doença crônico-degenerativa não inflamatória). Identificar variáveis sociodemográficas e clínicas associadas a sintomas depressivos nesses pacientes. MÉTODO: Participaram do estudo 62 pacientes com artrite reumatóide e 60 pacientes com osteoartrite. Foram coletados dados sociodemográficos e clínicos e foram aplicadas as escalas Hospital Anxiety and Depression Scale e Disability Index of the Health Assessment Questionnaire. RESULTADOS: A prevalência dos sintomas depressivos foi 53,2% na artrite reumatóide e 28,3% na osteoartrite (p = 0,005). A prevalência dos sintomas ansiosos foi 48,4% na artrite reumatóide e 50,0% na osteoartrite (p = 0,859). Os valores médios (desvio padrão) de Disability Index of the Health Assessment Questionnaire foram 1,4 (0,8) na artrite reumatóide e 1,4 (0,6) na osteoartrite (p = 0,864). Pacientes com artrite reumatóide e sintomas depressivos apresentaram menor nível educacional e maiores níveis de atividade da doença e incapacidade funcional. CONCLUSÃO: Embora ambas as doenças reumatológicas sejam similares em termos de dor e incapacidade funcional, uma prevalência significativamente maior de sintomas depressivos na artrite reumatóide foi encontrada. Essa diferença poderia ser explicada por meio da hipótese de um mecanismo neuroimunobiológico relacionado às citocinas nas doenças inflamatórias, o qual vem sendo considerado candidato para o desenvolvimento de sintomas depressivos

    Depressive Symptoms In Rheumatoid Arthritis.

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    To determine the prevalence of depressive and anxiety symptoms in patients with rheumatoid arthritis (a chronic inflammatory disease) in comparison to a control group with osteoarthritis (a chronic non-inflammatory degenerative disease) and to identify the sociodemographic and clinical variables associated with depressive symptoms in these patients. Sixty-two rheumatoid arthritis patients and 60 osteoarthritis patients participated in the study. Sociodemographic and clinical data were collected and the Hospital Anxiety and Depression Scale and the Disability Index of the Health Assessment Questionnaire were applied. The prevalence of depressive symptoms was of 53.2% in rheumatoid arthritis and 28.3% in osteoarthritis (p = 0.005). The prevalence of anxiety symptoms was of 48.4% in rheumatoid arthritis and 50.0% in osteoarthritis (p = 0.859). The mean (and standard deviation) scores in the Disability Index of the Health Assessment Questionnaire were 1.4 (0.8) in rheumatoid arthritis and 1.4 (0.6) in osteoarthritis (p = 0.864). Rheumatoid arthritis patients with depressive symptoms had lower education and higher disease activity and functional disability. Although these two rheumatic diseases are similar in terms of the pain and functional disability that they cause, a significantly higher prevalence of depressive symptoms was found in rheumatoid arthritis patients. This difference might be explained by the hypothesis of a neuroimmunobiological mechanism related to cytokines in inflammatory diseases, which has been considered as a candidate to the development of depressive symptoms.32257-6

    Alterações psiquiátricas após corticoterapia em paciente com rara manifestação neurológica de Síndrome de Behçet e o papel da interconsulta psiquiátrica Behavior disturbances after corticotherapy in a patient with uncommom neurological manifestation of Behcet Syndrome and the role of the consultation liaison psychiatry

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    A Interconsulta Psiquiátrica (IP) trata-se do estudo da relação entre a psiquiatria e todas as outras áreas dos conhecimentos do processo saúde-doença, visando, sob uma perspectiva biopsicossocial, atender sua demanda clínica (prestação da assistência ao paciente) e institucional (relacionada aos serviços). É descrito o caso de uma paciente que apresentou rara manifestação fisiopatológica da Síndrome de Behçet e que evoluiu com transtorno psiquiátrico após a instituição de terapêutica com corticoesteróides. Apesar da remissão dos sintomas mentais e comportamentais com tratamento psicofarmacológico de curta duração, a evolução do quadro demandou a reintrodução de corticoterapia, com recrudescência de quadro psiquiátrico e necessidade de instituição de tratamento de manutenção para seu manejo. Além de ilustrativo, no sentido de discutir uma rara condição clínica, o caso descrito exemplifica os benefícios da atuação conjunta e planejada entre psiquiatras e outros profissionais na assistência integral ao paciente.<br>Consultation Liaison Psychiatry studies the relationship between psychiatry and all other areas of knowledge of the health-disease process and intends to propose solutions, under a biopsychosocial perspective, to the clinical (assistant) or institutional (service-related) problems. It is described the case of a patient who presented unusual pathophysiologic manifestation of the Behcet's syndrome and also developed mental disorder after the pharmacological treatment with corticosteroids. Despite the remission of mental and behavioral symptoms with psychopharmacological treatment of short duration, her clinical outcome made it need the reintroduction of corticotherapy, with recrudescence of the psychiatric disorder and the need for maintenance treatment to assure its management. Besides illustrating a rare clinical condition, the case described exemplifies the benefits of joint and planned actions between psychiatrists and other professionals involved in an individual assistance at the hospital ward
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