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    Jovens violinistas e a Teoria do Gosto

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    Esta comunicação é um recorte do projeto de pesquisa intitulado Jovens violinistas e a construção do gosto pela música de concerto desenvolvida no Programa de pós graduação em Música (Mestrado) da Universidade Estadual Paulista - UNESP. A pesquisa propõe investigar como jovens violinistas constroem seu gosto pela música de concerto, mapear o que ouvem no dia a dia, e assim, analisar o que intermedeia a construção do gosto musical. A justificativa desta pesquisa deve-se ao panorama observado através do levantamento feito por Arroyo; Janzen; Nascimento (2008) através de um guia bibliográfico contendo 150 títulos nacionais e internacionais, composto por artigos, capítulos de livros, livros, dissertações e teses na área de jovens e músicas, onde foram observados a escassez de trabalhos na área de juventude e a música de concerto. Pesquisa de caráter qualitativo, recorrendo a procedimentos etnográficos com observação participante, diários de campo, entrevistas em profundidade, observações das práticas musicais desses jovens e registros audiovisuais. Toda a coleta de dados irá acontecer na Escola de Música do Estado de São Paulo, a EMESP Tom Jobim, sediada na cidade de São Paulo com jovens violinistas do "curso preparatório" e do "curso de formação continuada". A interpretação dos dados será apoiada na teoria do gosto de Antoine Hennion, observando como os jovens constroem o gosto pela música de concerto e todos os objetos degustados que o envolvem por meio de três pontos fortemente descrito por Hennion como a performance, a prática através da atividade coletiva e a reflexividade do amador. Dessa forma, a pesquisa visa servir de apoio ao trabalho de educadores musicais no que tange à construção do gosto musical

    A Pragmática da construção do gosto musical

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    O presente artigo é um recorte da investigação em andamento produzida no campo da Educação Musical intitulada “Jovens violinistas e a pragmática do gosto: A construção do gosto pela música” e traz o debate teórico que localiza o objetivo da pesquisa: compreender a construção do gosto pela música no dia a dia de convívio dos jovens violinistas e violistas com a música, instrumentos e tantos outros mediadores. Para a interpretação dos dados, apoiei toda a investigação na teoria do gosto do sociólogo da música Antoine Hennion, professor e diretor do CSI - Centre de Sociologie de I’Innovation de I’École de Mines Paris Tech, traçando uma linha de compreensão entre a mediação, reflexividade e a performance musical. Para tanto, recorri a procedimentos etnográficos como observação participante, diários de campo, entrevistas semiestruturadas, observações das práticas musicais desses jovens e registros audiovisuais. De outubro de 2014 a junho de 2015 interagi com dez jovens (nove violinistas e um violista) entre 11 e 24 anos, estudantes da EMESP Tom Jobim e instrumentista da OJESP – Orquestra Jovem do Estado de São Paulo nas atividades desenvolvidas por eles como: aulas individuais, aulas de música de câmara, “grupos coletivos” de instrumentos, ensaios da OJESP, nos concertos e recitais dos jovens participantes da pesquisa. Por meio das reflexões do referencial teórico com a interpretação de dados obtidos no trabalho de campo, como análise das “playlists”, das observações e entrevistas destaco nas considerações alguns aspectos como a experiência da escuta musical e seu papel na construção do gosto pela música

    Jovens violinistas e a pragmática do gosto: a construção do gosto pela música

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    Esta investigação, produzida no campo da Educação Musical, na sua abordagem sociocultural, é de caráter qualitativo e tem por objetivo compreender como jovens violinistas e violistas, estudantes da Escola de Música do Estado de São Paulo – EMESP Tom Jobim, constroem seu gosto pela música. No início do trabalho situo o objeto de estudo, bem como esclareço os conceitos sociológicos jovens e juventudes. Abordo estudos que tratam da interação de jovens e músicas e relato, na revisão bibliográfica, alguns trabalhos acerca do gosto dos jovens pela música. Seguindo, apresento a teoria do gosto de Antoine Hennion, aporte teórico desta investigação, nos seus conceitos centrais: o coletivo dos amadores, esses entendidos como “aqueles que fazem algo com a música”, profissionais ou diletantes, o conceito de mediação, a reflexividade, a performance musical e os quatro suportes para a análise do gosto. Recorri a procedimentos etnográficos como observação participante, diários de campo, conversas informais, entrevistas semiestruturadas, observações das práticas musicais desses jovens e registros audiovisuais. De outubro de 2014 a junho de 2015 interagi com dez jovens, sendo nove violinistas e um violista com idade entre 11 e 24 anos, interação ocorrida na EMESP Tom Jobim e na OJESP – Orquestra Jovem do Estado de São Paulo. No capítulo interpretativo, apresento os mediadores envolvidos, os amadores em ação e os gêneros musicais degustados. Exponho uma ilustração criada a partir das reflexões acerca da pragmática do gosto pela música, que me auxiliou a compreender como os jovens constroem o gosto pela música. Os resultados indicam mediadores que ligam os jovens à música e às ações musicais densas de expressões corporais, sensações físicas e emocionais. Constatei que os mediadores são suportes para a construção do gosto dos jovens pela música que, de modo coletivo, desenvolvem suas performances e demonstram no engajamento do corpo o gosto pela música verbalizando-o por meio da reflexividade. Finalizo, indicando implicações desta pesquisa para a educação musical.This investigation is produced in the field of musical education with a socio-cultural approach. It is a qualitative study and aims to understand how young violinists and violist students of the School of Music of the State of São Paulo – Tom Jobim, EMESP - have built their taste in music. At the beginning of this work it is showed the object of study, as well as is clarified the sociological concepts of young people and youth. I review studies dealing with interaction between young people and music, and some works about the taste of young people by music. Following, I present the taste theory of Antoine Hennion which is the theoretical support of this research in its central concepts: the collective of the amateurs, which are understood as "people who does something with the music"; the professional or amateurish, the concept of mediation, the reflexivity, the musical performance and the four supports for the analysis of taste. It was also resorted ethnographic procedures as participant observation, fieldnotes, informal conversations, semi-structured interviews and observations of these young musical practices, and audiovisual records. From October 2014 to June 2015 I interacted with ten young students, nine violinists and a violist with age between 11 and 24 years, that interaction took place in Tom Jobim EMESP and OJESP-Youth Orchestra of the State of São Paulo in Brazil. In interpretative chapter, I present the mediators involved on the study, amateurs in action and the musical genres tasted. I exhibit an illustration created from reflections about the pragmatics of taste in music, which have helped to understand how young people build their taste for music. The results point out the mediators that linking young people to music and to music actions dense of bodily expressions, physical and emotional sensations. It was observed that the mediators are supports for the construction of taste of young people for music that collectively develops their performances and show on the engagement of the body the taste by music, verbalizing it through music reflexivity. Finally, I concluded indicating implications of this research for music education.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES
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