A identidade da enfermagem obstétrica no centro de parto normal

Resumo Objetivo compreender a identidade da enfermagem obstétrica no campo de sua atuação no Centro de Parto Normal. Método estudo descritivo-exploratório, com abordagem qualitativa. Realizaram-se entrevistas semiestruturadas, entre março e agosto de 2022, com 09 enfermeira obstetras do Centro de Parto Normal Haydeê Pereira Sena, Pará, Brasil. Usaram-se análise de conteúdo e discussão com base na identidade de Claude Dubar. Resultados emergiram duas categorias: A identidade profissional: uma questão de construção social, que retrata o âmbito social da construção da identidade pelas experiências como estudante e como enfermeira e suas relações no processo de trabalho; e A identidade da enfermagem obstétrica no campo de sua atuação no Centro de Parto Normal, favorecendo a humanização, as evidências científicas para a autonomia da mulher, que somente é propiciada pela política estruturante do Centro de Parto, e os enfrentamentos com outras classes profissionais, para garantir e legitimar a atuação da enfermeira obstetra. Conclusão e implicações para a prática a compreensão da identidade profissional das enfermeiras no Centro de Parto Normal é o ponto central para garantir a sua valorização e sua atuação com respeito, legitimando seu direito, pois, com a identidade alicerçada, garantem-se maior qualidade e mudanças no modelo hegemônico obstétrico

Health professionals’ perceptions of planned home birth care within the Brazilian health system

Abstract Background The American College of Obstetricians and Gynecologists, in its opinion of the Committee on Midwifery Practice, points out that planned home birth is a woman's and family's right to experience, but also to choose and be informed about, their baby's place of birth. The aim of this study was to understand obstetric nurses' perceptions of planned home childbirth care within the framework of the Brazilian obstetric model. Method A qualitative study, with Snowball Sampling recruitment, totaling 20 obstetric nurses through semi-structured interviews between September 2022 and January 2023, remotely, using the Google Meet application and the recording feature. After the data had been collected, the material was transcribed in full and subjected to content analysis in the thematic modality with the support of ATLAS.ti 8.0 software. Results Obstetric care at home emerged as a counterpoint to hospital care and the biomedical model, providing care at home based on scientific evidence and humanization, bringing qualified information as a facilitator of access and financial costs as an obstacle to effective home birth. Conclusion Understanding obstetric nurses' perceptions of planned home birth care in the context of the Brazilian obstetric model shows the need for progress as a public policy and for strategies to ensure quality and regulation