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    ÍNDICE DE ALOIMUNIZAÇÃO ERITROCITÁRIA EM PACIENTES ATENDIDOS PELAS AGÊNCIAS TRANSFUSIONAIS DO GRUPO GSH NÍVEL NACIONAL

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    Objetivo: Analisar a incidência de aloimunização em pacientes internados nos hospitais das agências transfusionais do país atendidas pela Grupo GSH. Material e métodos: Estudo retrospectivo realizado através do levantamento de dados obtidos do sistema informatizado no período de janeiro de 2021 a dezembro de 2023, os quais foram agrupados e tratados em planilha do programa Microsoft Excel. Os dados coletados incluíam sexo, idade e resultados de anticorpos eritrocitários detectados. Resultados: No período do estudo, foram registrados 62 casos de reações transfusionais classificadas como aloimunização, envolvendo a identificação de 86 anticorpos, dentre os quais pode-se observar a ocorrência da identificação em 23 casos (26,7%) do anticorpo anti-E e 14 casos (16,8%) identificados anti-Kell, seguidos de anti-Jka com 11 casos (12,8%), anti-c e anti-D com 7 casos cada ( 8,1%), anti-C 6 casos (7%), anti-M 5 casos (5,8%) e os demais anticorpos identificados que apresentaram baixa expressividade, que somados representam 13 casos (15,1%), sendo identificados: anti-Ch, anti-Dia, anti-Fya, anti-Jkb, anti-Lea, anti-Lua, anti-s, anticorpo frio. Quanto ao sexo dos receptores, 33 casos (53,2%) eram de receptores do sexo feminino e 29 casos do sexo masculino (46,8%). Quanto a idade, na distribuição por faixa etária observou-se 21 pacientes entre 61-75 anos (34%), 20 pacientes entre 46-60 anos (32,2%), 15 pacientes acima dos 75 anos (24,2%), 3 pacientes entre 16-30 anos (5%), 2 pacientes entre 0-15 anos (3,2%) e 1 paciente entre 31-45 anos (1,4%). Discussão: Ao analisar os dados, observou-se que a maior prevalência dos anticorpos identificados com 26,7% foi de anticorpos anti-E, 16,8% anti-K e 12,8% anti-Jka, os demais anticorpos identificados apresentaram baixa incidência variando de 1 e 7 casos, ficando entre 1,1% e 8,1%. A relação com o sexo dos receptores que aloimunizaram, após serem submetidos às transfusões tem-se a prevalência no sexo feminino (53,2%). As idades dos receptores variaram de 5 anos a 99 anos, com maior incidência na faixa etária de 61 a 75 anos, resultados estes que são correlacionadas as condições clínicas e laboratoriais dos receptores, que consequentemente acarretaram um maior número de transfusões com exposição maior a diferentes doadores. Conclusão: A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que o fornecimento de sangue seguro e adequado seja parte da política e infraestrutura de saúde de todos os países. Atualmente a transfusão de sangue é um recurso que salva vidas e melhora a saúde de quem se beneficia em diversas circunstâncias, porém pode resultar no desenvolvimento de aloanticorpos. Essa aloimunização predispõe o paciente ao risco de reações transfusionais hemolíticas tardias. Os anticorpos mais encontrados na aloimunização são dirigidos contra antígenos dos sistemas Rh e Kell, por serem estes considerados os mais imunogênicos. A identificação dos fenótipos eritrocitários dos grupos sanguíneos em pacientes e doadores de sangue, possibilita a classificação da frequência dos genes mais imunogênicos de cada sistema, sendo essencial para diminuir o risco de aloimunização, havendo a possiblidade do sangue compatível tornar a transfusão mais segura

    REAÇÕES TRANSFUSIONAIS: CARACTERIZAÇÃO DAS REAÇÕES TRANSFUSIONAIS ADVERSAS OCORRIDAS EM HOSPITAIS ATENDIDOS PELO GRUPO GSH EM TODO PAÍS

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    Objetivo: Descrever as principais reações transfusionais imediatas e tardias ocorridas em hospitais atendidos pelo Grupo GSH no país. Material e métodos: O levantamento dos dados, foi realizado pelas informações obtidas do sistema informatizado do Grupo GSH e da avaliação do livro de registro de notificações de reações transfusionais imediatas e tardias com o parecer do responsável médico, ocorridas no período de janeiro a dezembro de 2023, os dados são referentes à atendimentos de cerca de 240 hospitais e clínicas. Para a caracterização das reações transfusionais foram avaliadas quanto ao tipo de reação transfusional que podem ser classificadas como imediatas (aguda) ocorridas durante ou em até 24h da transfusão. E reações do tipo tardia que ocorrem após 24h até cerca de 3 semanas, após a transfusão. Resultado: Dos casos analisados, constatou-se que, das 390.000 bolsas transfundidas, 2.812 apresentaram sinais ou sintomas relacionados a reações transfusionais, afetando o total de 1.039 receptores. Isso representa um percentual de 0,72% de reações transfusionais. Das reações identificadas, suas causas foram classificadas das seguintes formas: 0,04% de distúrbios metabólicos (1 caso), 0,07% de dor aguda relacionada à transfusão (2 casos), 0,18% de reação hemolítica tardia (5 casos), 0,25% de outras reações tardias (7 casos), 0,3% de reação hipotensiva relacionada à transfusão (8 casos), 0,4% de reação hemolítica aguda imunológica (11 casos), 0,82% de lesão pulmonar aguda relacionada à transfusão (23 casos), 1,03% de dispneia associada à transfusão (29 casos), 1,21% de aloimunização/aparecimento de anticorpos irregular (34 casos), 4,1% de outras reações imediatas (116 casos), 5,7% de sobrecarga circulatória associada à transfusão (159 casos), 28,3% de reação febril não hemolítica (797casos) e 57,6% de reação alérgica (1620). Discussão: Durante os meses avaliados pode-se observar uma maior incidência das reações imediatas com 98,36%, com predominância dos tipos alérgica com 57,6% e febril não hemolítica com 28,3%. Quanto as reações tardias, totalizou 1,64%, sendo descritos três tipos de reações tardias no período, todas com baixa expressividade, sendo a aloimunização com 1,21%, outras reações tardias 0,25% e hemolítica tardia 0,18%. Como limitação do presente estudo, pode haver subnotificação de reações transfusionais, devido a não correlação de sinais apresentados por receptores, principalmente tardios, que possam ser associados à transfusão prévia. Conclusão: Os resultados obtidos com este estudo corroboram com os dados já descritos na literatura. Sabe-se que as reações podem ocorrer em decorrência de algum incidente do ciclo do sangue, ou do resultado inerente do processo. Portanto, a hemovigilância é a principal forma de garantir a segurança transfusional dos receptores com o registro e notificação dos eventos adversos, evitando-se a incidência de subnotificações. Sendo assim, é importante que as reações sejam identificadas corretamente e as condutas tomadas sejam adequadas, prevenindo-as através de equipes bem treinadas, processos bem definidos e qualidade dos hemocomponentes, a fim de manter a taxa de reações transfusionais conforme literatura

    PROTOCOLO DE HEMORRAGIA OBSTÉTRICA NO PROGRAMA DE BONS PRINCÍPIOS DE PRÁTICAS MÉDICAS (PBM)

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    Introdução e objetivo: A hemorragia obstétrica é uma das principais causas de mortalidade materna, exigindo uma abordagem eficaz e padronizada para sua prevenção e tratamento. Este trabalho apresenta dados de 2023 em sete maternidades particulares da capital de São Paulo e uma maternidade particular do interior do estado sobre a reserva e transfusão de sangue, para o protocolo de hemorragia obstétrica no âmbito do Programa de Bons Princípios de Práticas Médicas (PBM). Mesmo com uma baixa porcentagem de uso de sangue em todos os atendimentos, seguimos rigorosamente o protocolo, garantindo a segurança e eficácia no atendimento. O objetivo deste trabalho é analisar a conformidade do protocolo de hemorragia obstétrica na reserva e utilização de hemocomponentes, demonstrando a eficiência na gestão de estoque e a adesão ao PBM, bem como a efetividade das ações implementadas para garantir a segurança das pacientes. Materiais e métodos: Os dados foram coletados mensalmente, registrando as solicitações e utilizações de hemocomponentes para o protocolo de hemorragia obstétrica em oito maternidades de São Paulo. Foram considerados: Número total de partos; Número de pacientes inseridas no protocolo hemorrágico obstétrico com tipagem sanguínea e reserva de hemocomponentes; Número de pacientes inseridas no protocolo com reserva de hemocomponentes; Número de pacientes que receberam transfusão. A conformidade das solicitações de reserva de sangue foi verificada em relação ao protocolo estabelecido. Houve envolvimento de equipes de ginecologistas, obstetras, anestesistas e enfermeiros especializados na revisão e aplicação do protocolo. Resultados: Os dados indicam que nas maternidades analisadas, 38,6% dos partos realizados no ano de 2023 entraram no protocolo hemorrágico obstétrico, de acordo com os diagnósticos pré-definidos. Das pacientes que possuíam reserva de sangue, somente 8,55% receberam transfusão, refletindo a eficácia do protocolo na prevenção de hemorragias severas. Discussão: A análise dos dados reforça a importância da adesão ao protocolo de hemorragia obstétrica e ao PBM. A baixa utilização de sangue reflete a eficácia do protocolo em prevenir complicações graves e a capacidade das equipes envolvidas em identificar, prevenir e tratar os casos de risco. A variação de dados encontrados entre as unidades reflete as diferenças entre os perfis de cada hospital. Sem dúvida, o protocolo hemorrágico para as gestantes, o envolvimento e o treinamento contínuo das equipes contribuíram para um estoque adequado de hemocomponentes, atendendo as reservas de sangue solicitadas e evitando atendimentos de extrema urgência. Conclusão: A eficácia do protocolo de hemorragia obstétrica no âmbito do PBM garantiu a eficiência na gestão de hemocomponentes e a segurança das pacientes com risco hemorrágico aumentado. A continuidade do treinamento e a revisão periódica do protocolo são essenciais para manter os altos níveis de conformidade e a qualidade do atendimento
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