6 research outputs found
Histopathology of dairy cows' hooves with signs of naturally acquired laminitis
O objetivo deste trabalho foi investigar as alterações
histológicas no casco de vacas leiteiras sem e com
lesões de laminite, naturalmente, adquirida. Utilizaram-se
animais de descarte sem lesões macroscópicas no casco
(G1 n=9) e com lesões macroscópicas associadas à laminite
sem (G2 n=23), ou com claudicação (G3 n=7). Após
o abate, amostras da junção derme-epiderme das regiões
solear, axial e dorsal do casco foram obtidas e processadas,
histologicamente, nas colorações de HE e PAS. Avaliou-se,
semiquantitativamente, às cegas e por um mesmo pesquisador,
congestão, hemorragia e infiltrado inflamatório
na derme das regiões solear, axial e dorsal. Avaliou-se infiltrado
inflamatório na lâmina dermal das regiões axial e
dorsal. A morfologia das células epidermais e a presença de
irregularidades em três regiões do comprimento da membrana
basal (MB) foram examinadas na coloração de PAS.
Os escores das lesões nas diferentes regiões do casco no
mesmo grupo e nos diferentes grupos para cada região do
casco foram comparados através de análises não paramétricas
(P<0,05). Infiltrado inflamatório na derme de todas
as regiões do casco foi detectado em todos os grupos sem
diferença estatística (P>0,05). Vacas sem lesões macroscópicas
secundárias à laminite (G1) apresentaram escores de
inflamação e alteração de células epidermais semelhantes
aos dos grupos com lesões de laminite, sugerindo a existência
de fase prodrômica para a doença em bovinos. A MB
apresentou irregularidades com intensidade variável ao
longo de seu comprimento (P<0,05), porém, sem diferença
entre grupos (P>0,05). O padrão de irregularidades na
MB encontrado não foi relatado até o momento e não se
assemelha ao colapso de MB descrito em equinos e bovinos
com laminite induzida. Concluiu-se que, mesmo na ausência
de lesões macroscópicas no casco causadas por laminite,
vacas leiteiras apresentam lesões histológicas compatíveis
com inflamação da junção derme-epiderme como em
animais afetados. A membrana basal de bovinos sem e com
lesões de laminite apresenta irregularidades com distribuição
irregular ao longo de seu comprimento que precisam
ser melhor estudadas
Custo e resultados do tratamento de seqüelas de laminite bovina: relato de 112 casos em vacas em lactação no sistema free-stall Results and costs of treatment for bovine laminitis sequelae: study of 112 lameness cases in lactating cows in free-stall system
Os resultados e o custo do tratamento de seqüelas podais da laminite subclínica são descritos em 112 casos de manqueira em vacas em lactação mantidas no sistema free-stall. As observações feitas durante um ano abrangeram animais de 2,5 a 10 anos de idade, da primeira à sexta lactação e com média de produção de 8.000±2.000kg de leite. O protocolo de tratamento, descrito detalhadamente para cada uma das afecções podais, foi eficiente na reversão de todas elas. O custo total do tratamento para o rebanho foi de US44.68 por animal. O tratamento das úlceras de sola foi o mais dispendioso (US5,005.23 and the mean cost/animal was US72.58) and longer (26.8 days). Sole and heel abscesses and white line disease at the foe (64/112 or 57.2%) were most commonly observed
Avaliação ultrassonográfica da involução das estruturas umbilicais extra e intracavitárias em bezerros sadios da raça Nelore concebidos naturalmente e produtos de fertilização in vitro
Esse trabalho foi desenvolvido com o objetivo de caracterizar a involução das estruturas umbilicais em bezerros sadios da raça Nelore ao longo dos primeiros 35 dias de vida, e de comparar esse processo em bezerros concebidos por métodos naturais ou por fertilização in vitro (FIV). Quarenta bezerros foram distribuídos em dois grupos (n=20) de acordo com o método de concepção (natural ou FIV) e cada grupo foi composto por dez machos e dez fêmeas. A ultrassonografia (transdutor microconvexo de 7,5 MHz) foi empregada para examinar o conjunto das estruturas remanescentes do cordão umbilical que compõem o umbigo externo e as estruturas abdominais (veia umbilical, artéria umbilical esquerda e ducto alantóide), mensurando-se os seus diâmetros em locais definidos. Os exames foram realizados entre 24 e 36 horas de vida e aos 7, 14, 21, 28 e 35 dias de idade. Testaram-se os efeitos do sexo, da idade e do método de concepção por meio da análise de variâncias de medidas repetidas. O exame ultrassonográfico provou-se adequado para a avaliação das estruturas umbilicais extra e intracavitárias permitindo a caracterização do processo fisiológico de involução das mesmas. No umbigo externo, as veias umbilicais foram observadas como imagem individualizada até os 14 dias de vida e um conjunto de estruturas em processo de atrofia era visualizado após essa idade. No abdômen, a veia e a artéria umbilicais foram visualizadas até os 35 dias de idade e o ducto alantóide somente durante a primeira semana de vida. Essas estruturas apresentaram-se com parede hiperecóica regular e contínua e lúmen homogeneamente anecóico. O diâmetro de todas as estruturas umbilicais estudadas se reduziu continuamente ao longo do primeiro mês de vida (p0,05). Comparados aos bezerros concebidos por métodos naturais, os produtos de FIV nasceram com os vasos umbilicais e o ducto alantóide um pouco mais calibrosos (diâmetros 1 a 3 mm maiores). Distintamente dos valores mais elevados estabelecidos em estudos prévios para os bezerros de raças européias, pode-se admitir, por fim, que nos bezerros recém-nascidos sadios da raça Nelore a espessura das estruturas que compõem o umbigo externo não deve ultrapassar 2 cm, o diâmetro da veia e da artéria umbilicais pode chegar a 1 cm e o do ducto alantóide é próximo a 0,5 cm