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    O conceito de geração nas teorias sobre juventude

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    Desde Augusto Comte e Karl Mannheim (mas também desde José Ortega y Gasset e Antonio Gramsci), o conceito de geração tem sido um tema relevante nas ciências humanas e sociais. Como metáfora para a construção social do tempo, tem sido uma das categorias mais influentes não só no debate teórico, mas também no impacto público das pesquisas sobre juventude. Mesmo que o uso e abuso do conceito esteja enraizado no contexto europeu no período entre a Grande Guerra e a Segunda Guerra Mundial, tem sido relevante nos debates ideológicos e políticos de outras regiões. Este artigo representa uma tentativa de repensar o conceito de geração a partir de uma perspectiva histórica, destacando-se sua relevância para os debates contemporâneos sobre juventude

    Escola e participação juvenil: é possível esse diálogo?

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    A participação social dos jovens depende de como a sociedade oferece oportunidades nas quais eles possam se envolver em experiências participativas e se informarem sobre as possibilidades nesse campo. A partir dos dados de uma pesquisa nacional sobre a participação social da juventude brasileira, discute-se aqui o papel que a experiência escolar dos jovens vem desempenhando nesse processo na Região Metropolitana de Belo Horizonte. De acordo com os dados apresentados, os estabelecimentos de ensino atuam muito timidamente nesse campo, o que parece ser o resultado, tanto das concepções que orientam a organização escolar, como da realidade social que restringe os canais de participação social e política dos jovens brasileiros. O artigo apresenta alguns dados sobre a condição juvenil na Região Metropolitana de Belo Horizonte, em seguida analisa as representações juvenis sobre a participação social evidenciados na pesquisa. Por fim, o artigo discute o papel da escola como fomentadora de experiências participativas entre os seus alunos

    Políticas públicas, juventude e desigualdades sociais: uma discussão sobre o ProJovem Urbano em Belo Horizonte

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    O artigo discute alguns resultados de uma pesquisa qualitativa realizada entre 2009 e 2011 que investigou as trajetórias de jovens participantes do Programa ProJovem Urbano (Programa Nacional de Inclusão de Jovens) no ano de 2009, em Belo Horizonte, Minas Gerais. Procurou-se compreender a vivência da condição juvenil pelos participantes do programa a partir de suas experiências de escolarização e trabalho e de seus projetos de futuro, para assim compreender os significados e sentidos do programa para eles. Na primeira etapa da pesquisa, foram aplicados 103 questionários a fim de construir um breve perfil socioeconômico dos alunos. Após o levantamento inicial dos dados, duas turmas foram selecionadas e observadas. Posteriormente, foram selecionados dez jovens para a realização de entrevistas semiestruturadas. A pesquisa revelou uma maioria de mulheres, negros e jovens em condições precárias de trabalho ou desempregados e com uma sociabilidade restrita em relação a outros estratos da população. Evidenciou-se que as desigualdades sociais têm uma importância central nas trajetórias de vida desses jovens, com impactos marcantes em suas experiências atuais e em suas expectativas em relação ao futuro. Com base nesse solo comum, foi possível perceber uma diversidade de experiências a partir das quais são produzidos diferentes significados e motivações em relação à escolarização, o que delimitava também a relação construída com o programa. De uma maneira geral, a busca pela certificação escolar era o principal interesse dos participantes
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