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    O impacto da emigração recente no número de nados-vivos em Portugal

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    A recente crise económica observada em Portugal não foi exclusiva do país e registou repercussões massivas a nível internacional. Desde 2008, em Portugal, registaram-se os mais variados cortes no investimento e despesa pública, resultando num grande aumento da taxa de desemprego. Realizaram-se algumas tentativas de minoração dos efeitos da crise económica com a institucionalização de medidas de austeridade como o Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC), mas estas não evitaram a intervenção do Fundo Monetário Internacional (FMI), trazendo a Troika a Portugal (Alves, 2015; Ribeiro et al., 2015). Durante o seu período em Portugal (2011 – 2014), o país não conseguiu manter a capacidade para atrair novos residentes ou até de fazer regressar aqueles que tinham há muito saído em busca de melhores condições de vida, voltando a ser um país com forte emigração à semelhança do já observado no passado. Apesar desta emigração se dividir entre temporária e permanente, a verdade é que, muito provavelmente, alguns daqueles que pensaram sair do país apenas temporariamente, poderão passar a emigrantes permanentes

    Maternidade e Paternidade: motivações e intenções. A importância da idade ao nascimento do primeiro filho.

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    Aparentemente, o número de filhos e a idade com que se tem esses filhos são atualmente influenciados, não só pelo aumento dos níveis de escolaridade, como pela participação feminina no mercado de trabalho e, consequentemente, também pelos seus desejos/aspirações pessoais e profissionais. Cada um destes fatores condiciona as motivações e intenções de mulheres e homens na sua transição para a parentalidade, levando ao seu consecutivo adiamento. Embora a decisão de formar uma família seja habitualmente tomada em conjunto, importa recordar que a probabilidade de efetivamente se transitar para a parentalidade é diferente entre homens e mulheres. Mas será a idade ao primeiro filho de facto tão importante num país onde a maioria dos casais considera que é preferível concretizar uma fecundidade inferior à desejada, de modo a assegurar um determinado nível de bem-estar, considerado aceitável, para a sua família? De facto, a idade é importante, sendo até um dos fatores-chave na intenção de se ter mais um filho, principalmente se tivermos em linha de conta que o intervalo fértil das mulheres para o nascimento de um segundo filho está fortemente condicionada pela idade a que se tiver tido o primeiro. Esta transição para o segundo filho pode mesmo ficar comprometida com aquele adiamento. Uma vez que a recuperação da fecundidade em Portugal está atualmente relacionada com o aumento do número de nascimentos de segundos filhos, importará compreender as alterações que têm ocorrido na idade média ao nascimento do primeiro filho. Esta evolução recente dos padrões de fecundidade é sustentada pelos resultados do Inquérito à Fecundidade (2013), que por si só já permitem acomodar alguma dose de otimismo quanto à intenção em ter um segundo filho, pois apontavam para uma fecundidade média esperada no final da sua vida reprodutiva de 1,8 filhos, ou seja, valor muito próximo de um ideal de dois filhos. Neste sentido, se ter um segundo filho está na raiz da ténue recuperação dos recentes níveis de fecundidade, então importa proporcionar condições mais favoráveis para que mais casais potenciem esta possibilidade e a concretizem. Não será expectável que a estrutura populacional extremamente envelhecida do país venha a sofrer alterações substanciais a curto e médio prazo, em resultado apenas de políticas de incentivo à natalidade. Os futuros pais pertencem atualmente a gerações de menor dimensão, pelo que, mesmo com alterações significativas que se possam vir a verificar nos comportamentos de homens e mulheres face à fecundidade, a própria natalidade encontra-se, pelo menos num futuro próximo, comprometida por essa menor dimensão, com todas as implicações sociodemográficas que daí poderão advir

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    To our friend and colleague, Lídia, who exemplified all the best of an economist working for the public good. Copyright © 2004 International Food Policy Research Institute. All rights reserved. Sections of this material may be reproduced for personal and not-for-profit use without the express written permission of but with acknowledgment to IFPRI. To reproduce the material contained herein for profit or commercial use requires expres
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