34 research outputs found

    INTRODUÇÃO À FILOSOFIA ENQUANTO BUSCA PELA ESSÊNCIA DO HOMEM

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    This article aims to provoke a reflection on the most appropriate way of introducing or being introduced in philosophy. The direction comes from the adopted way of thinking ”“ always unique and, therefore, provocative ”“ from the philosopher and thinker Martin Heidegger. Accordingly, the following topics will be developed: philosophize like jump, philosophize as be interest, philosophize as philosophize, aiming to achieve an understanding of philosophy as a search for the essence of man.Este artigo tem por objetivo provocar uma reflexão a respeito do modo mais apropriado de nos introduzirmos ou sermos introduzidos na filosofia. O direcionamento adotado provém do modo de pensar – sempre original e, por isso mesmo, provocativo – do filósofo e pensador Martin Heidegger. Nesse sentido, serão desenvolvidos os seguintes tópicos: filosofar como saltar, filosofar como interessar-se, filosofar como filosofar, objetivando alcançar uma compreensão do filosofar enquanto busca pela essência do homem

    Vestígios da trajetória de Edith Stein rumo ao Carmelo

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    Edith Theresa Hedwig Stein nasceu em Breslávia, Polônia, em 1891, e morreu como mártir no Campo de Concentração de Auschwitz, em 9 de agosto de 1942. Foi canonizada como Santa Teresa Benedita da Cruz, tendo sido santa, filósofa e teóloga alemã nascida judia que se converteu à Igreja Católica. Entender a relação entre filosofia e tradição cristã em Edith Stein só é possível tento em vista sua trajetória de formação humana, cultural, cívica e religiosa de matizações diversas. Sendo assim, é possível compreender que sua trajetória espiritual está intimamente ligada às posições filosóficas e, sobretudo, a profundas experiências intelectuais e religiosas. Neste sentido, conforme enunciado no título, assumimos aqui a tarefa, na medida do possível, de encontrar e evidenciar alguns vestígios da trajetória de Edith Stein rumo ao Carmelo. Santa Teresa Benedita da Cruz foi canonizada, em 1998, por João Paulo II, que a chamou “Ilustre filha de Israel”. Em Audiência Geral de 8 de agosto de 2018, o Papa Francisco recordou a santa como “mulher de diálogo e de esperança”

    A MORADA DO PENSADOR: HERÁCLITO NA PERSPECTIVA DE HEIDEGGER

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    A presente reflexão assume a tarefa de procurar entender uma estória costumeiramente contada e atribuída a Heráclito. Heidegger surpreende-nos na medida em que, em sua interpretação da mesma estória na perspectiva do pensamento desenvolvido no contexto de Ser e tempo, é possível compreender que Heráclito não mora mesmo num lugar qualquer, pois pode ser que propriamente não mora num lugar qualquer no sentido que compreendemos usualmente. De fato, num de seus fragmentos, Heráclito diz: “A morada do homem, o extraordinário”. O extraordinário não deve ser buscado fora do lugar em que Heráclito já se encontra e mora. Sua morada é suficientemente grávida de sentido do mistério, isto é, do ser que lhe atinge em sua existência. A morada do pensador é seu ethos. Este ethos perfaz o círculo aberto-fechado como disposição de ser na abertura essencializadora de pertença já atida a uma condição primordial, qual seja, o lugar essencial do ser-aí humano

    A intimidade da experiência religiosa: uma aproximação fenomenológica da mística de Bernardo de Claraval

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    O presente trabalho objetiva realizar uma aproximação fenomenológica da mística de Bernardo de Claraval (1090-1153), tendo como ponto de partida algumas anotações de Martin Heidegger (1889-1976) a propósito de uma preleção não oferecida sobre “Os fundamentos filosóficos da mística medieval (1918/1919)”. O percurso assumido aqui consiste em três etapas: a) apresentar elementos que nos permitam compreender o contexto no qual desperta o interesse de Heidegger pela mística medieval; b) fazer uma aproximação da interpretação fenomenológica proposta por Heidegger para os Sermões ao Cântico dos Cânticos, de São Bernardo; c) oferecer uma tradução — acompanhada simultaneamente do texto latino — do terceiro sermão da série bernardina sobre o livro do Antigo Testamento, uma vez que este sermão nos permite acompanhar e compreender melhor as anotações e indicações deixadas por Heidegger. Bem ao espírito do Cântico dos Cânticos, texto que inspirou muitos outros místicos cristãos ao longo dos séculos, busca-se evidenciar a intimidade da experiência religiosa bernadina, indicando ao final como as anotações do jovem Heidegger possam ter influenciado seu pensamento posterior

    Enfoques do Islã na atualidade

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    O presente número da Reflexão reúne uma série de oito estudos brasileiros e um francês sobre o Islã na atualidade. Temáticas diversas como religião, diálogo inter-religioso, ética, amor, corpo, sexo, casamento, tabu, desejo, prazer, mídia, cinema, migração, fundamentalismo, entre outros temas correlatos tecem e entretecem as diversas abordagens. Portanto, trata-se de enfoques muito diversos da atualidade e que têm o Islã como pano de fundo. Diante desse cenário da diversidade de propostas e perspectivas, assumimos o ônus e o bônus de apresentar as respectivas contribuições em forma de recortes parciais dos resultados finais e/ou conclusivos a que cada uma das pesquisas apresentadas acabou chegando. Na seção temática principal bem como na seção temática livre encontram-se reunidos estudos em perspectivas de áreas e abordagens diversas sobre o Islã. É o que veremos sintética e recortadamente a seguir

    Ser-no-mundo como constituição fundamental da presença

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    A analítica existencial realizada por Martin Heidegger em Ser e tempo tem como pressuposto a necessidade inadiável de decompor o modo de ser de um ente muito privilegiado chamado por ele de presença (Dasein), tendo como horizonte fundamental, porém, a questão pelo sentido de ser e de tempo. A proposta assumida neste artigo consiste em compreender algumas estruturas existenciais – ou simplesmente existenciais, como o fenomenólogo alemão os denomina –, a fim de explicitar tematicamente a constituição fundamental que é ser-no-mundo. Sabendo que na primeira parte da analítica existencial é empreendida uma decomposição fenomenológica desta tripla estruturação ôntico-ontológica da presença, ater-nos-emos mais precisamente à mundanidade do mundo em geral e à originalidade do ser-em como tal. No intuito de iluminar e esclarecer o que vem tematizado na obra capital heideggeriana, também faremos incursões por algumas preleções dos anos 20 em que o tratado Ser e tempo foi concebido e publicado, bem como do texto A essência do fundamento, que guarda muitas relações com a temática aqui proposta

    Convergências e divergências entre os primeiros fenomenólogos da religião

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    The goal of this paper is to address two related themes, namely: on the one hand,to survey the main authors and works that influenced directly in the emergence and consolidation of the phenomenology of religions a specific discipline within the study of religions, seeking evidence to what extentit is possible to say that there convergent and/or divergent ideas among the main authors and works; on the other hand,to draw a parallel between two conceptions of phenomenology of religion, taking as its starting point a partial analysis of the works Phänomenologie der Religion (Phenomenology of religion), Gerardus van der Leeuw and Phänomenologie des religiösen Lebens (Phenomenology of religious life) by MartinHeidegger. A meta deste texto consiste em abordar dois temas correlatos, a saber: de um lado, fazer um levantamento dos principais autores e obras que influíram diretamente no surgimento e na consolidação da fenomenologia da religião enquanto disciplina específica no âmbito dos estudos das religiões, procurando evidenciar até que ponto é possível dizer que há ideias convergentes e/ou divergentes entre os principais autores e obras; de outro lado, traçar um paralelo entre duas concepções de fenomenologia da religião, tendo como ponto de partida uma análise parcial das obras Phänomenologie der Religion (Fenomenologia da religião), de Gerardus van der Leeuw e Phänomenologie des religiösen Lebens (Fenomenologia da vida religiosa), de Martin Heidegger

    A Problemática do Tempo na Conferência Heideggeriana "Der Begriff der Zeit"

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    To understand the trajectory of the Heideggerian elaboration of the concept of time it is fundamental to understand and analyze the conference The concept of time (Der Begriff der Zeit). We understand that although time is thematized in several other youth texts or even later Heideggerian works, it is visible at this 1924 conference that the thinker’s concern is to conceive, in a thematically explicit way, a new concept of time. Our initial proposal is restricted, on the one hand, to sighting and to highlight the ideas that led to the Heideggerian elaboration of the concept of time, which is why many related themes cannot be specifically addressed in this article; on the other hand, we are concerned to point to a series of studies focused particularly on this fundamental text of the paths taken by Heidegger between 1915 and 1930.Para compreender a trajetória da elaboração heideggeriana do conceito de tempo é fundamental analisar a conferência O conceito de tempo (Der Begriff der Zeit). Entendemos que, embora o tempo seja tematizado em vários outros textos da juventude ou mesmo em obras heideggerianas mais tardias, é visível nesta conferência de 1924 a preocupação do pensador em conceber, de uma maneira tematicamente explícita, um novo conceito de tempo. Nossa proposta inicial restringe-se, por um lado, em avistar e evidenciar as ideias condutoras da elaboração heideggeriana do conceito de tempo, razão pela qual muitos temas conexos não poderão ser especificamente abordados neste artigo; por outro lado, temos a preocupação de apontar para uma série de estudos voltados particularmente para este texto fundamental dos caminhos trilhados por Heidegger entre 1915 e 1930

    Fundamentação da Linguagem Humana: A Primazia da Audição sobre a Visão segundo Herder / The Foundation of Human Language: The Primazy of The Hearing on the Vision by Herder

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    A experiência do pensar passa necessariamente por um determinado jogo de palavras. É neste jogo que se põe em jogo e em causa o pensamento de Johann Gottfried Herder. Cada vez que se põe em jogo o jogo de palavras de Herder, põe-se em jogo o seu pensamento como uma experiência originária do pensar. A linguagem não é senão o próprio homem. Ela revela o modo de ser próprio do homem e do próprio homem. A linguagem é o que é desde que e como o homem se compreende em seu mundo, a partir e como ele experimenta o limite de sua esfera como dinâmica de sua própria constituição. A linguagem é o modo de ser do próprio homem como homem. No Ensaio sobre a origem da linguagem, Herder busca compreender e fundamentar filosoficamente o modo da essencialização da linguagem, isto é, próprio do homem e do próprio homem. O principal opositor com o qual Herder se confronta é Johann Peter Süssmilch. Lançamo-nos aqui à tarefa de acompanhar e compreender o pensamento deste pensador

    O Ser-Para-a-Morte no Horizonte da Analítica Existencial de Martin Heidegger

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    A presença é o único ente que, de fato, ex-siste. É o único ente não-seguro, não-pronto, não-acabado, mas essencialmente cura, ou seja, cuidado, contínua busca de segurança. A condição de finitude, isto é, de que ela é mortal, finita, revela e acusa isso. Com efeito, enquanto a morte não vem, a presença continua existindo, sendo e estando na tarefa de ser sob um modo possível de ser. Sabendo que a presença é o ente que existe faticamente, isto é, está jogado no mundo. Por isso, o fato primordial da presença constitui-se propriamente em sua facticidade.  Limitamo-nos aqui a entender os fenômenos “poder-ser-todo” e “decisão antecipadora”. Cabe considerar, inicialmente, que a decisão antecipadora constitui um modo privilegiado do si-mesmo da presença e o poder-ser-todo assegura a constituição ontológica originária dela. Nossa preocupação consiste em assegurar e demonstrar a unidade e totalidade originárias da presença através da interpretação desses dois fenômenos
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