42 research outputs found

    Um Processo Constante de Renovação

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    O ano de 2019 nos trouxe surpresas imprevisíveis, novos desafios, novas metas, novas motivações. É desse modo que enxergamos o transcorrer desse processo

    Reflexões sobre o Estudo CABANA (Catheter Ablation versus Antiarrhythmic Drug Therapy for Atrial Fibrillation Trial)

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    A fibrilação atrial se consolidou nas últimas décadas como um grave problema de saúde pública, considerando o seu notório aumento de prevalência com o envelhecimento aliado ao aumento da sobrevida da população. Dados do Framingham Heart Study indicam que, mesmo em um cenário ótimo de ausência dos clássicos fatores de risco para sua ocorrência, como tabagismo, consumo abusivo de álcool, obesidade, hipertensão, diabetes e cardiopatia, cerca de 10% dos indivíduos com idade igual ou superior a 80 anos e algo em torno de 25% daqueles com idade igual ou superior a 90 anos terão fibrilação atrial. Essas taxas aumentam substancialmente quando se agregam a fatores de risco isolados ou combinados. A despeito da sua já bem conhecida relação com a ocorrência do acidente vascular encefálico trombo-embólico2, a presença de fibrilação atrial tem sido identificada como um fator de risco de mortalidade independente em grandes estudos  populacionais

    Importantes observaçoes em um caso de taquicardia atrioventricular tipo Coumel

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    Os autores apresentam o caso de uma taquicardia supraventricular com particularidades incomuns. Apresentava padrao eletrocardiográfico da taquicardia de Coumel, com intervalo RP longo e seqüencia caudo-cranial de ativaçao atrial, gerada por reentrada atrioventricular envolvendo uma via acessória septal posterior de conduçao lenta. Mereciam destaque a presença de pré-excitaçao ventricular intermitente, a forma paroxística de exteriorizaçao clínica da taquicardia e a caracterizaçao do seu mecanismo mediante a observaçao do fenômeno raro de pós-excitaçao atrial, obtido por estimulaçao ventricular. Foi realizada a ablaçao por catéter da via acessória através de corrente de radiofreqüencia, que levou a sua interrupçao definitiva

    Estimulação hissiana

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    A estimulação artificial do feixe de His garante uma despolarização harmônica e sincronizada de ambos os ventrículos e já vem sendo estudada há mais de 50 anos. O aproveitamento e o desenvolvimento de ferramentas e cabos-eletrodos colaboraram para impulsionar o implante de marcapassos com estimulação hissiana de maneira rotineira em humanos, principalmente nos últimos 15 anos. Segundo as evidências atuais, essa modalidade de estimulação é promissora como alternativa à estimulação ventricular direita monossítica tradicional pela redução potencial dos prejuízos induzidos pela estimulação artificial, tais como queda da fração de ejeção, internações hospitalares por insuficiência cardíaca e até morte. O uso do marcapasso com estimulação hissiana também já foi descrito como alternativa para pacientes com indicação de terapia de ressincronização cardíaca, com resultados animadores. O limiar de comando mais elevado, as potenciais inibições ou perdas de captura ventricular por oversensing (far-field atrial), e os possíveis deslocamentos do cabo-eletrodo pela movimentação do folheto septal da valva mitral são problemas a serem considerados antes do implante de marcapasso com estimulação hissiana. Ensaios clínicos com grande número de participantes e alto poder estatístico ainda são necessários para a melhor compreensão dos benefícios da estimulação hissiana a médio e longo prazos, comparativamente à estimulação tradicional do ventrículo direito e às terapias de ressincronização cardíaca

    Reversão de taquicardiomiopatia de coração nativo em paciente com transplante cardíaco heterotópico

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    Relatamos o caso de paciente portadora de anomalia de Ebstein, submetida a transplante cardíaco heterotópico após insucesso na correção cirúrgica. Apesar da melhora clínica inicial, a paciente permanecia dispneica em decorrência de dissincronia sistólica entre os corações gerada por flutter atrial do coração nativo. Após a cardioversão desse flutter, o eletrocardiograma já apresentava espontaneamente o sincronismo sistólico entre ambos os corações. Houve significativa melhora tanto clínica como ecocardiográfica do coração nativo. A redução da frequência cardíaca do coração nativo após reversão do flutter colaborou para a melhora de seu desempenho hemodinâmico, caracterizando ser essa disfunção secundária à taquicardia

    O Desfibrilador Atrial Automático Implantável

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    A fibrilaçao atrial representa um grande desafio médico. Sua elevada prevalência na populaçao geral, as repercussoes clínicas, as complicaçoes tromboembólicas associadas e os resultados insatisfatórios obtidos com o emprego de drogas antiarrítmicas, motivaram o desenvolvimento de estratégias nao farmacológicas de tratamento, mais efetivas. A viabilidade da desfibrilaçao atrial transvenosa, aliada aos bons resultados dos desfibriladores ventriculares automáticos, conduziram à idealizaçao do desfibrilador atrial implantável, atualmente em investigaçao. Os diferentes estudos experimentais e clínicos demonstram que a desfibrilaçao atrial interna com baixa energia é possível, tem eficácia superior a 90% na restauraçao do ritmo sinusal, é segura quando sincronizada pelo complexo QRS e tem conseqüências hemodinâmicas desprezíveis. Os algoritmos de reconhecimento da fibrilaçao atrial, incorporados aos aparelhos em investigaçao, apresentam, por sua vez, elevado índice de precisao diagnóstica. Por outro lado, os efeitos locais, a longo prazo, de choques repetitivos sobre os tecidos cardíacos sao ainda desconhecidos. Também se desconhece se o efeito d

    O Desfibrilador Atrial Automático Implantável

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    A fibrilaçao atrial representa um grande desafio médico. Sua elevada prevalência na populaçao geral, as repercussoes clínicas, as complicaçoes tromboembólicas associadas e os resultados insatisfatórios obtidos com o emprego de drogas antiarrítmicas, motivaram o desenvolvimento de estratégias nao farmacológicas de tratamento, mais efetivas. A viabilidade da desfibrilaçao atrial transvenosa, aliada aos bons resultados dos desfibriladores ventriculares automáticos, conduziram à idealizaçao do desfibrilador atrial implantável, atualmente em investigaçao. Os diferentes estudos experimentais e clínicos demonstram que a desfibrilaçao atrial interna com baixa energia é possível, tem eficácia superior a 90% na restauraçao do ritmo sinusal, é segura quando sincronizada pelo complexo QRS e tem conseqüências hemodinâmicas desprezíveis. Os algoritmos de reconhecimento da fibrilaçao atrial, incorporados aos aparelhos em investigaçao, apresentam, por sua vez, elevado índice de precisao diagnóstica. Por outro lado, os efeitos locais, a longo prazo, de choques repetitivos sobre os tecidos cardíacos sao ainda desconhecidos. Também se desconhece se o efeito d
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