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Redução da jornada de trabalho e qualidade dos empregos: entre o discurso, a teoria e a realidade
O objetivo deste ensaio Ă© examinar o tema da redução da jornada de trabalho de modo crĂtico, expondo algumas dimensĂ”es teĂłricas e empĂricas importantes que costumam ficar excluĂdas do debate pĂșblico sobre a matĂ©ria. Analisando algumas caracterĂsticas sobre o tempo de contratação de trabalhadores no mercado de trabalho brasileiro, demonstra-se que existe uma grande distĂąncia entre o discurso, a leitura acadĂȘmica sobre a matĂ©ria e a realidade. A redução da jornada de trabalho Ă© um tema multifacetado, que caracteriza um debate complexo e polĂȘmico, suscitando o interesse de diversos agentes sociais interessados nessa pauta, mas que possuem diferentes concepçÔes acerca do debate, em razĂŁo da heterogeneidade de valores em jogo. Argumenta-se no artigo que as implicaçÔes sociais de uma medida polĂtica de redução da jornada de trabalho nĂŁo podem ser previstas. Contudo, entende-se que essa redução Ă© uma tendĂȘncia histĂłrica, vinculada ao desenvolvimento socioeconĂŽmico. HĂĄ diferenças marcantes entre o discurso sindical, a simpatia polĂtica pela medida, as afirmaçÔes teĂłricas e as evidĂȘncias empĂricas sobre a temĂĄtica. O ensaio aborda o tema sobre duas dimensĂ”es principais: quantidade e qualidade do emprego. Quando tratado pela perspectiva da quantidade do emprego, envolve a questĂŁo da geração de empregos, a fim de minimizar os efeitos do desemprego. Quando tratado pela perspectiva da qualidade do emprego, envolve a questĂŁo da riqueza das atividades laborais e o melhor rendimento, proporcionando real melhoria nas condiçÔes laborais e na qualidade de vida dos trabalhadores
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Collective and individual voice: convergence in Europe?
This paper uses longitudinal survey data from Britain, Germany and Sweden to examine whether, as some researchers have suggested, there has been a convergence internationally towards individual forms of employee voice mechanism and, if so, to measure the extent and trajectory of change. The paper begins by examining the importance of the employee voice issue. It then reviews competing accounts of the utility of different forms of employee voice and their manifestations within different varieties of capitalism. It is hypothesized that there has been a general trend away from collective and towards individual voice mechanisms; this reflects the predominant trajectory of managerial practices towards convergence with the liberal market model. This hypothesis is largely rejected. The data showed only very limited evidence of directional convergence towards individual voice models in the three countries. Collective voice remains significant in larger organizations, and although it takes a wide range of forms that include but go beyond unions and works councils, this is a positive finding for proponents of those institutions