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    Listagem florística de espécies arbóreas e arbustivas de Mato Grosso: um ponto de partida para projetos de restauração ecológica

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    A presente publicação foi concebida para auxiliar no conhecimento da Flora do Estado de Mato Grosso, de forma a subsidiar a escolha de espécies arbustivas e arbóreas para projetos de restauração ecológica, embora também possa ser útil para projetos de manejo da vegetação nativa, plantios comerciais ou aqueles que busquem inserir essas espécies nativas em sistemas integrados de produção. Nem todas as espécies aqui apresentadas podem, em um primeiro momento, serem consideradas ?úteis?, mas um dos objetivos em apresentar a listagem é justamente fomentar as pesquisas com espécies arbustivas e arbóreas nativas, de forma a que se amplie o leque de possibilidades de uso e conservação das mesmas. Dentro da restauração ecológica deverá crescer a demanda por informações de espécies que não somente auxiliem na recomposição dos processos ecológicos, mas que também possam servir de fonte de renda complementar na propriedade rural, sob manejo da vegetação nativa, como é possível nas RLs e, em alguns casos específicos, nas APPs. A lista apresentada foi elaborada sem se ater apenas a artigos científicos, valorizando também o conhecimento de alguns viveiristas e profissionais e instituições da área de restauração ecológica em Mato Grosso, bem como livros e trabalhos acadêmicos. Trabalhar com listagens botânicas requer bastante cuidado, pois a Taxonomia é uma ciência dinâmica, reclassificando espécies, gêneros e mesmo famílias botânicas de acordo com novas descobertas ou a adoção de diferentes sistemas de classificação. Tendo adotado a estratégia de incluir não somente trabalhos acadêmicos revisados por especialistas, buscou-se manter o rigor na nomenclatura das espécies listadas, adotando-se como base de comparação o trabalho desenvolvido pelo projeto ?Lista de Espécies da Flora do Brasil, coordenado pelo Jardim Botânico do Rio de Janeiro, com posterior revisão a partir de referência internacional (The Plant List) (mais detalhes sobre o método estão descritos adiante). Pensando também no fato de haver registros bastante incompletos da Flora Mato-Grossense e as falhas de determinação que usualmente ocorrem, a meta é que a presente listagem passe por atualizações periódicas, servindo como fonte de consulta a técnicos da área. O presente documento foi planejado para ser uma primeira publicação de uma sequência a ser elaborada pela equipe da Embrapa Agrossilvipastoril à medida que as pesquisas em restauração e silvicultura avançarem em Mato Grosso. Foi estruturado de forma a dar noções sobre restauração ecológica e sobre as fitofisionomias de Mato Grosso, além de apresentar a listagem de espécies em si, principal produto a ser apresentado nesse momento. Nas publicações vindouras serão abordados com maior profundidade temas como obtenção de sementes, produção de mudas, usos econômicos das espécies, entre outros, de forma a aumentar o conhecimento ecológico e silvicultural das espécies nativas em Mato Grosso, dando orientações sobre como utilizar as espécies em projetos de restauração ecológica e auxiliando no difícil desafio de conciliar produção e conservação na paisagem rural.bitstream/item/124616/1/cpamt-2015-isernhagen-listagem-floristica-especie-arborea-arbustiva-mt.pd

    Plantar, criar e conservar: unindo produtividade e meio ambiente.

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    Aspectos da legislação voltados para adequação ambiental de imóveis rurais; Restauração ecológica das áreas de preservação permanente (APP) e reserva legal (RL); Conservação de Solos e Recursos Hídricos; Boas práticas em manejo de pastagens; Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF); A apicultura em propriedades rurais; O cultivo de peixes em pequenas propriedadesbitstream/item/109898/1/2013-Criar-plantar-conservar-embrapa-agrossilvipastoril.pd

    Estrutura da vegetação em experimento de recomposição da reserva legal na transição cerrado-amazônia via plantio de mudas.

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    Embora a figura da Reserva Legal (RL) esteja presente na legislação brasileira desde o início do século XX, a presença dessas áreas no cenário rural sofre resistência, especialmente devido à falta da cultura de manejo da vegetação nativa. A recomposição dessas áreas também é problemática, especialmente em regiões sem conhecimento adequado da ecologia e silvicultura de espécies nativas. O presente trabalho, desenvolvido no Mato Grosso, faz parte de um projeto maior que tem por objetivo testar diferentes técnicas de recomposição de RL na região de transição Cerrado-Amazônia. Foram utilizadas 16 espécies nativas inseridas em consórcios de mudas em quatro arranjos: consórcio de nativas com eucaliptos (T1), consórcio de nativas com seringueiras (T2) e dois consórcios somente com espécies nativas (T3 e T7), sendo que em T1, T2 e T3 houve ações de desramas para condução de crescimento. As taxas de sobrevivência aos 42 meses foram de cerca de 70%, sem diferenças entre os tratamentos. O T1, devido à presença dos eucaliptos, destacou-se nas médias de altura (9,85m), DAP (3,32cm) e área basal (4,69m²/ha). Ao longo dos próximos anos será dada continuidade aos monitoramentos da estrutura e dinâmica da vegetação, bem como à análise econômica dos consórcios

    Desempenho silvicultural de espécies madeireiras nativas em experimento de recomposição de reserva legal na transição cerrado-amazônia.

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    Com a aprovação da Lei 12.651/2012 (?novo Código Florestal?), a necessidade de recompor o passivo da Reserva Legal (RL) passou a tomar destaque no cenário rural nacional. Diante de uma variedade de cenários de degradação, a ciência da Ecologia da Restauração vem buscando novas estratégias para tornar o processo de regularização ambiental mais eficiente de acordo com as especificidades de cada área. A região de transição Cerrado-Amazônia, embora ainda com existência de grandes fragmentos florestais, possui um amplo passivo ambiental, resultante do avanço da fronteira agrícola brasileira. Além disso, pela localização geográfica, usualmente demanda-se que 80% da área das propriedades seja manejada através da figura das RLs. Nesse cenário, é urgente a realização de experimentos de recomposição de RL para gerar conhecimento e práticas adequadas ao contexto regional, além de possibilitar a geração de renda complementar ao proprietário rural. Arranjos que permitam o consórcio de espécies madeireiras e não-madeireiras podem ser atrativos ao produtor rural. Considerando-se que o objetivo das RLs é conciliar o manejo da vegetação com a conservação do patrimônio natural, é necessário utilizar as mais recentes tendências da restauração ecológica, promovendo o restabelecimento de comunidades por meio de ações diretas e indiretas que sustentem a sucessão secundária, recuperando tanto a integridade física e biológica, como a capacidade produtiva (função) do ecossistema (MARTINS et al., 2015; DURIGAN & ENGEL, 2015; BRANCALION et al., 2015; PEREIRA et al., 2015). Diante do contexto apresentado, o presente trabalho teve como objetivo analisar o desempenho silvicultural inicial de espécies madeireiras regionais em um experimento de recomposição de RLs de área agrícola abandonada na região de transição Cerrado-Amazônia do Mato Grosso

    Estoques de carbono e emissões de gases de efeito estufa de floresta secundária na transição Amazônia-Cerrado.

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    As florestas tropicais protegem a biodiversidade globalmente única, fornecem madeira, água, alimentos e outros recursos vitais para a população local e ajudam a reduzir as mudanças climáticas armazenando o carbono (Gonzales et. al, 2014). As florestas secundárias, resultado da degradação/distúrbio de florestas primárias pelas atividades humanas (Brown; Lugo, 1990), ocupam importante área na América Latina, principalmente nas regiões onde ocorreram a retirada da vegetação primária seguida de posterior abandono (Chazdon et al., 2016). À medida que ocorre a restauração da floresta, progressivamente ocorre também o restabelecimento ecológico das áreas, incluindo o aumento da biodiversidade e todos os serviços ambientais associados (Brancalion et al., 2012; Lewis et al., 2019; Matos et al., 2019). Os diferentes estágios de sucessão das florestas secundárias proporcionam serviços ambientais distin¬tos (Brancalion et al., 2012), sobretudo no sequestro e no armazenamento de carbono (C) nos compartimentos da floresta. Se comparadas com as florestas primárias, estima-se que as secundárias têm o potencial 11 vezes superior em sequestrar C pelo fato de permitir maior entrada de luz no sub-bosque, possuindo menor estoque total de C, mas com maior taxa de crescimento das árvores, refletindo em maior taxa de acúmulo de C (Pooter et al., 2016). Dessa forma, as estimativas dos estoques e sequestro de C pelas florestas secundárias são importantes para validar a capacidade dessas áreas em prestar esse serviço ambiental, ajudando no enfrentamento ao quadro atual de mudanças do clima (Lewis et al., 2019), sobretudo pelo fato das florestas secundárias possuírem diferentes estágios de sucessão (Brancalion et al., 2012). Não obstante, dados destas áreas contribuem para alimentar bancos de dados para a estruturação de programas estaduais que buscam o cumprimento de metas internacionais de redução de emissões, como o REDD+ (Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal) (Brasil, 2019).bitstream/item/221740/1/2021-cpamt-afn-estoque-carbono-efeito-estufa-floresta-secundaria-transicao-amazonia-cerrado.pd
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