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Estratégias de leitura: apropriação e objetivação da leitura literária
Neste resumo apresentamos parte de nosso trabalho de pesquisa e extensão realizado, semanalmente, em uma escola de eninso fundamental da rede pública.Tendo em vista a dificuldade do uso apropriado da literatura infantil pelos professores, buscamos pressupostos teórico-metodológicos para que a atividade literária não fosse implementada com fins didatizantes. Reunindo textos literários ancorados no PNBE (Programa Nacional de Biblioteca Escolar), na contação de histórias e nas experiências de vida dos sujeitos envolvidos no projeto, trabalhamos com as oficinas de leitura, cuja metodologia de base advém da abordagem metacognitiva do ensino das estratégias de leitura,a partir dos estudos de Girotto e Souza (2010).Por meio das estratégias de leitura, visamos formar leitores co-participantes, reflexivos e autônomos. Tal meta evidencia a compreensão do sujeito leitor-ativo diante da leitura literária, sem perder de vista as experiências e conhecimentos prévios do leitor mirim, levando em consideração o desenvolvimento de sua inteligência e personalidade. Em nossas atividades temos a finalidade de atrair a participação do sujeito-leitor, de tal forma que o "pequeno, leitor" possa, engajando-se nesta prática cultural, mobilizar seu conhecimento prévio (de mundo, linguístico e textual), a fim de que interaja e se torne coautor da obra trabalhada. Queremos que as crianças, como aprendizes da literatura, entendam que lendo podemos fazer várias conexões com nossa vida, e que por isso, ela não se distancia delas, mas que também pode levá-las a lugares mágicos, desconhecidos, a aventuras, em que a atividade criadora, a imaginação e o faz-de-conta são atuantes. Para que a compreensão seja mais fluente podemos e fazemos várias conexões e links, sem tomarmos consciência dessa ação; em sala com os alunos, o projeto é direcionado, abordando estratégia por estratégia, usando o conhecimento prévio, como um guarda-chuva para todas as demais: Conexão Texto-texto; Conexão Texto-leitor; Conexão Texto-mundo; Inferência; Visualização. Sumarização; e Síntese. Dessa forma, priorizamos a leitura estratégica, pois a mesma não se concebe separada dos significados, do mesmo modo que a aprendizagem da leitura literária é foco de apropriação do sujeito, visando à formação de leitores críticos e em contínuo desenvolvimento. Percebemos que as crianças, sujeitos da pesquisa, antes de conhecerem as estratégias de leitura, já tinham uma cultura leitora, pois a professora de uma das turmas já trabalhava com a leitura literária, porém o olhar dos alunos e a aceitação, diante das estratégias já citadas, pôde ampliar o conhecimento do grupo acerca da literatura. Os alunos estão tão envolvidos com o projeto, que diante de um novo texto proposto, já deduzem a estratégia a ser utilizada, evidenciando o sentido que a abordagem adotada mobiliza em cada um, comprometendo-se cada vez mais como agente de sua atividade literária, e, a cada encontro, mais motivados.Até o presente momento, conseguimos observar o avanço das crianças em seu estatuto-leitor, bem como a motivação que o ensino das estratégias causam à sua vivência literária, obtendo influência positiva para a vida escolar e não-escolar.</p
Estratégias de leitura: apropriação e objetivação da leitura literária
Neste resumo apresentamos parte de nosso trabalho de pesquisa e extensão realizado, semanalmente, em uma escola de eninso fundamental da rede pública.Tendo em vista a dificuldade do uso apropriado da literatura infantil pelos professores, buscamos pressupostos teórico-metodológicos para que a atividade literária não fosse implementada com fins didatizantes. Reunindo textos literários ancorados no PNBE (Programa Nacional de Biblioteca Escolar), na contação de histórias e nas experiências de vida dos sujeitos envolvidos no projeto, trabalhamos com as oficinas de leitura, cuja metodologia de base advém da abordagem metacognitiva do ensino das estratégias de leitura,a partir dos estudos de Girotto e Souza (2010).Por meio das estratégias de leitura, visamos formar leitores co-participantes, reflexivos e autônomos. Tal meta evidencia a compreensão do sujeito leitor-ativo diante da leitura literária, sem perder de vista as experiências e conhecimentos prévios do leitor mirim, levando em consideração o desenvolvimento de sua inteligência e personalidade. Em nossas atividades temos a finalidade de atrair a participação do sujeito-leitor, de tal forma que o pequeno, leitor possa, engajando-se nesta prática cultural, mobilizar seu conhecimento prévio (de mundo, linguístico e textual), a fim de que interaja e se torne coautor da obra trabalhada. Queremos que as crianças, como aprendizes da literatura, entendam que lendo podemos fazer várias conexões com nossa vida, e que por isso, ela não se distancia delas, mas que também pode levá-las a lugares mágicos, desconhecidos, a aventuras, em que a atividade criadora, a imaginação e o faz-de-conta são atuantes. Para que a compreensão seja mais fluente podemos e fazemos várias conexões e links, sem tomarmos consciência dessa ação; em sala com os alunos, o projeto é direcionado, abordando estratégia por estratégia, usando o conhecimento prévio, como um guarda-chuva para todas as demais: Conexão Texto-texto; Conexão Texto-leitor; Conexão Texto-mundo; Inferência; Visualização. Sumarização; e Síntese. Dessa forma, priorizamos a leitura estratégica, pois a mesma não se concebe separada dos significados, do mesmo modo que a aprendizagem da leitura literária é foco de apropriação do sujeito, visando à formação de leitores críticos e em contínuo desenvolvimento. Percebemos que as crianças, sujeitos da pesquisa, antes de conhecerem as estratégias de leitura, já tinham uma cultura leitora, pois a professora de uma das turmas já trabalhava com a leitura literária, porém o olhar dos alunos e a aceitação, diante das estratégias já citadas, pôde ampliar o conhecimento do grupo acerca da literatura. Os alunos estão tão envolvidos com o projeto, que diante de um novo texto proposto, já deduzem a estratégia a ser utilizada, evidenciando o sentido que a abordagem adotada mobiliza em cada um, comprometendo-se cada vez mais como agente de sua atividade literária, e, a cada encontro, mais motivados.Até o presente momento, conseguimos observar o avanço das crianças em seu estatuto-leitor, bem como a motivação que o ensino das estratégias causam à sua vivência literária, obtendo influência positiva para a vida escolar e não-escolar