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    Tumor carcinóide neuroendócrino da mama - Estudo clínico-patológico de seis casos

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    O tumor carcinóide primário da glândula mamária é uma neoplasia muito rara, de existência controversa. Sua histogênese ainda é discutida, sendo a origem mais reconhecida as células basais primitivas ductais. No estudo retrospectivo de 243 carcinomas infiltrativos e "in situ” de tipo ductal e lobular, seguindo estritos critérios de seleção, foram achados seis tumores carcinóides. O material correspondia a mulheres com idade média de 43 anos, que apresentaram-se com massas palpáveis notadamente nos quadrantes externos da glândula mamária direita. Não foram comprovadas metástases axilares nem síndrome carcinóide. A mamografia mostrou opacidades densas de contornos regulares. A punção citológica com agulha fina sugeriu células neoplásicas de tipo lobular em três casos; hiperplasia lobular atípica em um caso e presença de mucina não específica no resto. No estádio II da doença foi realizada mastectomia de tipo Madden em todos os casos. Macroscopicamente os tumores tinham uma média de 29,8 mm de diâmetro, aspecto sólido em quatro casos e cístico-gelatinoso em dois, e margens bem definidas. O padrão histopatológico mais freqüente foi o basalóide e presença de mucina extracelular compondo 28% do tumor em três casos. Não foram comprovadas mitoses. Os diagnósticos diferenciais incluíram: o carcinoma lobular, o carcinoma mucinoso e as metástases mamárias de carcinóides de outras topografias. Na evolução pós-operatória não foi comprovada recorrência local, disseminação a distância ou óbito numa média de 3,8 anos, sendo que em nenhuma das pacientes realizou-se rádio, químio ou hormonioterapia. Baseados nesses dados propõe-se a quadrantectomia com esvaziamento axilar como primeira forma de tratamento, reservando a mastectomia para um segundo momento
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