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Infecção pelo HIV: descritores de mortalidade em pacientes hospitalizados Mortality descriptors in HIV inpatients
OBJETIVO: Estudar os descritores clínico-epidemiológicos da mortalidade em pacientes internados por condições clínicas associadas à infecção pelo HIV. MÉTODO: Estudo retrospectivo de todos os pacientes adultos hospitalizados em 1990, 1992 e 1994 em hospital universitário. Os resultados foram descritos como números absolutos, percentagens e médias, sendo a significância estatística entre as diferenças avaliada pelos testes do qui-quadrado, exato de Fisher ou t de Student, conforme o caso. Um modelo de regressão logística foi elaborado visando a identificar os principais fatores associados ao risco de evolução para o óbito. RESULTADOS: Foram incluídos no estudo 240 pacientes. Entre 1990 e 1994 a idade média dos pacientes aumentou de 35,0 para 36,9 anos, a razão entre os sexos masculino e feminino caiu de 9,8 para 2,0, a proporção de não brancos cresceu de 18,5 para 41,3 e registrou-se um aumento do tempo médio entre a descoberta da infecção pelo HIV e a hospitalização de 0,7 para 2,5 anos. Observou-se a redução do número médio de dias de hospitalização de 31,3 para 25,3 e aumento da proporção de pacientes em acompanhamento ambulatorial de 47,8 para 83,3%. As infecções respiratórias representaram a principal causa de hospitalização (58%) e as infecções oportunistas apresentadas com maior freqüência foram: candidíase oral (27,1%), tuberculose (18,3%), pneumonia por Pneumocystis carinii (15,4%) e neurotoxoplasmose (10,4%). Na análise multivariada, apenas o tempo de hospitalização menor ou igual a 7 dias (Odds Ratio [OR]=3,88; p=0,02) e a ausência de acompanhamento ambulatorial (OR=3,29; p=0,01) mostraram-se associados a um maior risco de evolução para óbito. CONCLUSÃO: O conhecimento dos fatores associados a um risco aumentado de morte pode ser útil na tomada de decisão frente a pacientes hospitalizados com infecção pelo HIV.<br>OBJECTIVE: To assess the clinical-epidemiological descriptors of inpatient mortality in persons infected with the human immunodeficiency virus (HIV). METHOD: All adult HIV/AIDS patients hospitalized at a university hospital in 1990, 1992 and 1994 were studied retrospectively. Descriptive statistics for all variables of interest were generated. Chi-square test and Fisher's exact test were performed to compare categorical variables. Means were compared using the Student t test. Stepwise logistic regression was used to identify the odds of dying associated with each risk factor. RESULTS: Two hundred and forty patients were included in the study. Between 1990 and 1994 the mean age rose from 35 to 36.9 years, the male/female ratio decreased from 9.8 to 2.0, the non-white proportion increased from 18.5 to 41.3% and the mean time between detection of HIV infection and hospitalization rose from 0.7 to 2.5 years. In addition, length of stay dropped from 31.3 to 25.3 days and the proportion of patients being followed up in the outpatient clinic of the Universitary Hospital increased from 47.8 to 83.3%. Respiratory infections were the main cause of hospitalization (58.0%). Oral candidiasis (27.1%), tuberculosis (18.3%), Pneumocystis carinii pneumonia (15.4%) and toxoplasmic encephalitis (10.4%) were the most frequent opportunistic infections. Multivariate analysis showed that the factors associated with a worse outcome included the length of stay less than or equal to 7 days (Odds Ratio [OR]=3.88; p=0.02) and no outpatient follow-up at the Hospital (OR=3.29; p=0.01). CONCLUSION: Identification of independent risk factors for death may help in the implementation of more efficient interventions directed towards inpatients with HIV/AIDS