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OS IMPACTOS TRABALHISTAS E SOCIAIS DOS MARITIME AUTONOMOUS SURFACE SHIPS (MASS)
Diante do atual cenário de incertezas acerca dos MASS (Maritime Autonomous Surface Ships) no qual ainda não está claro como irá se operacionalizar toda a mudança de paradigma que tais embarcações causarão, parece temerário tentar predizer quais serão os impactos trabalhistas e sociais decorrentes desta mudança. Entretanto, a dita ausência de informações práticas não deve nos impedir de procurar pensar, como forma de antecipar as mudanças que virão. Antecipar para melhor nos prepararmos e, não por acaso, este é objetivo do presente artigo: projetar as consequências trabalhistas e sociais da introdução dos MASS visando, talvez, moldar este futuro com a máxima amortização de seus impactos.
A simples ideia de que o futuro da indústria de shipping consistirá em navios autônomos, parcialmente tripulados ou não tripulados, capazes, inclusive, de tomarem decisões por si só, já, automaticamente, levanta a dúvida acerca do futuro de todo o mercado de trabalho a ela dependente. Consequência lógica seria imaginar um cenário desolador de desemprego em massa de várias categorias ligadas ao transporte marítimo de bens, porém, como restará demonstrado por meio de uma análise detida, estas mudanças virão gradativamente, criando um lapso temporal importante para a adaptação da indústria e seus empregados.
A nova configuração do mercado de shipping, embasada nos sistemas físico-cibernéticos da indústria 4.0 que caracterizam a dita Quarta Revolução Industrial, exigirá a adaptação da formação dos marítimos para lidar cada vez mais com sistemas computacionais, big data e softwares, mesmo que, possivelmente, de forma remota. Ademais, desempenharão também papéis ainda inatingíveis para os computadores que, conforme será desenvolvido, se fundamentarão nas capacidades inerentes ao ser humano: criatividade e habilidades interpessoais. Daí a abordagem indispensável acerca destes tópicos na construção do raciocínio perpetrado por este estudo.
Objetiva o presente artigo, também, elucidar as consequências sociais que osMASS podem trazer e, para tanto, abordará temas igualmente importantes desde aspectos focados, como a provável mudança da cultura organizacional da atividade marítima, quanto de aspectos macros como o possível agravamento de desigualdades entre companhias e países que produzem inovações, e aqueles que apenas as consomem.
Tamanhos impactos trabalhistas e sociais em um setor estratégico para o comércio de bens mundial não podem simplesmente acontecer acriticamente como consequência de uma corrida desmedida pelo lucro. Sendo assim, também se faz necessária uma discussão final acerca do fator ético presente em todo este cenário de disrupção.
Neste ponto discutir-se-á como a ética nas organizações deve estimular asações socialmente responsáveis, fugindo do simples furor da inovação pelo lucro e privilegiando a inovação enquanto ferramenta. Em outras palavras, questionar-se-á o uso da tecnologia como um fim em si mesmo lembrando que esta é, na verdade, uma invenção feita pelo homem e para o homem.
Portanto, são esses os pontos pelos quais o presente artigo passará para auxiliar na projeção de futuro acerca do vindouro mercado de transporte marítimopor meio dos maritime autonomous surface ships. Espera-se, ao cabo, mais do que fornecer respostas prontas acerca das consequências sociais e trabalhistas que eles trarão, encorpar o debate para a melhor compreensão deste fenômeno e, assim, contribuir com o estudo desbravador desta coletâne
Anales del III Congreso Internacional de Vivienda y Ciudad "Debate en torno a la nueva agenda urbana"
Acta de congresoEl III Congreso Internacional de Vivienda y Ciudad “Debates en torno a la NUEVa Agenda Urbana”, ha sido una apuesta de alto compromiso por acercar los debates centrales y urgentes que tensionan el pleno ejercicio del derecho a la ciudad. Para ello las instituciones organizadoras (INVIHAB –Instituto de Investigación de Vivienda y Hábitat y MGyDH-Maestría en Gestión y Desarrollo Habitacional-1), hemos convidado un espacio que se concretó con potencia en un debate transdisciplinario. Convocó a intelectuales de prestigio internacional, investigadores, académicos y gestores estatales, y en una metodología de innovación articuló las voces académicas con las de las organizaciones sociales y/o barriales en el Foro de las Organizaciones Sociales que tuvo su espacio propio para dar voz a quienes están trabajando en los desafíos para garantizar los derechos a la vivienda y los bienes urbanos en nuestras ciudades del Siglo XXI