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High prevalence of HIV-associated neurocognitive disorders (HAND) in São Paulo City, Brazil
Introduction: HIV-associated neurocognitive disorders (HAND) are the subject of many studies, some of them reporting a prevalence of up to 50 percent. Objectives: To determine the prevalence and factors associated with HIV neurocognitive disorders (HAND) in a cohort of HIV-1-infected patients in São Paulo city, Brazil. Methodology: Descriptive cross-sectional study including 106 HIV-1-infected patients, employing direct interview and neuropsychological tests, applied by trained neuro-psychologists with expertise in the tests. Other, similar assessment tools we used were Brief Neurocognitive Questionnaire, International HIV Dementia Scale, Lawton Instrumental Activities of Daily Living, Hospital Anxiety and Depression Scale, Social Support Scale for People with HIV/Aids, Assessment of Adherence to Antiretroviral Therapy Questionnaire, and a complex neuropsychological assessment. Results: We included 106 patients from May 2015 to April 2018. We found a high prevalence of HAND in our patients (45%), with 27.5% presenting asymptomatic neurological impairment (ANI) and 17.5% mild neurological dysfunction (MND); only one patient presented HIV-associated dementia (HAD) (0.9%). Women were more likely to have MND (52.9%) and the only case of HAD was also female. The high prevalence of neurocognitive disorders was independent of the immunological status, use of efavirenz, or virological control. Conclusions: This study may mirror the national and international scenarios, showing a high prevalence of HAND (45%) and the prevalence of some risk factors, in special among women
Prevalence of depression, anxiety, stress and cognitive alterations in HIV-1 infected female patients in a general hospital in the city of São Paulo
Introdução: Atualmente metade da população mundial vivendo com HIV é composta por mulheres. Independentemente do sexo, estima-se que 15% a 50% das pessoas infectadas tenham algum nível de transtorno cognitivo associado ao HIV (HAND). Objetivo: Avaliar a frequência de depressão, ansiedade, estresse e alterações cognitivas em pacientes mulheres portadoras do HIV encaminhadas pelo Ambulatório de Imunodeficiências Adquirida (ADEE 3002) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo HC FMUSP. Metodologia: Foi realizado um estudo de delineamento transversal do tipo descritivo. A amostra foi composta por 46 mulheres vivendo com HIV (MVHIV), valor que corresponde a 43,4% de todas as pacientes em seguimento ativo. Foi utilizado um questionário estruturado para a coleta dos dados sociodemográficos e clínicos, além de escalas de humor e uma bateria neuropsicológica abrangente. Para classificação da HAND foi utilizado os critérios de Frascati sendo eles Alteração Neurocognitiva Assintomática (ANI), Comprometimento Neurocognitivo Leve (MND) e Demência Associada ao HIV (HAD). Resultados: A média de idade das participantes foi de 48 anos (DP= 8,9) e escolaridade média de 11 anos (DP= 3,0). O diagnóstico de HIV ocorreu há mais de 10 anos para 81,4% (n=35) da amostra, e a principal forma de transmissão do vírus foi através do mecanismo sexual (n= 37; 86%). 26 (56,5%) das MVHIV avaliadas não apresentaram alteração cognitiva, 18 (39,1%) apresentaram HAND, sendo 10 (21,7%) a forma ANI, 7 (15,2%) a forma MND e 1 (2,2%) a forma HAD. Somente 2 mulheres (4,4%) apresentaram alterações não relacionadas a infecção pelo HIV, sendo uma com histórico de uso abusivo de drogas e outra apresentou episódio de depressão grave. Foi observado a presença de sintomas ansiosos em 17 (39,5%) delas, 13 (30,2%) relataram sintomas depressivos, 7 (16,3%) apresentaram a forma moderada de estresse e 7 (16,3%) a forma grave. Houve significância estatística entre os grupos de HAND na maioria dos instrumentos neuropsicológicos utilizados, com prejuízo acentuado principalmente no funcionamento intelectual e na memória (p<0,001). Discussão: Identificamos uma alta prevalência de HAND (40%) em mulheres clinicamente controladas, com boa adesão ao tratamento e carga viral indetectável, sendo necessário mais estudos que possam identificar preditivos de risco para declínio cognitivo nesta populaçãoIntroduction: Currently half of the world\'s population living with HIV is composed of women. Regardless of sex, an estimated 15% to 50% of infected people have some level of HIV-associated neurocognitive disorder (HAND). Objective: To evaluate the frequency of depression, anxiety, stress and cognitive alterations in female patients with HIV referred by the Outpatient Clinic for Acquired Immunodeficiencies (ADEE 3002) of the Hospital das Clínicas, Faculty of Medicine, University of São Paulo HC FMUSP. Methodology: A descriptive cross-sectional study was carried out. The sample consisted of 46 women living with HIV (WLHIV), which corresponds to 43.4% of all patients in active follow-up. A structured questionnaire was used to collect sociodemographic and clinical data, in addition to mood scales and a comprehensive neuropsychological battery. To classify the HAND, the Frascati criteria were used, which are Asymptomatic Neurocognitive Disorder (ANI), Mild Neurocognitive Impairment (MND) and HIV-Associated Dementia (HAD). Results: The mean age of the participants was 48 years (SD= 8.9) and mean schooling of 11 years (SD= 3.0). The diagnosis of HIV occurred more than 10 years ago for 81.4% (n=35) of the sample, and the main form of transmission of the virus was through the sexual mechanism (n=37; 86%). 26 (56.5%) of the evaluated WLHIV did not present cognitive alteration, 18 (39.1%) presented HAND, being 10 (21.7%) the ANI form, 7 (15.2%) the MND form and 1 (2.2%) the HAD form. Only 2 women (4.4%) had changes not related to HIV infection, one with a history of drug abuse and the other with an episode of severe depression. The presence of anxious symptoms was observed in 17 (39.5%) of them, 13 (30.2%) reported depressive symptoms, 7 (16.3%) had the moderate form of stress and 7 (16.3%) had serious way. There was statistical significance between the HAND groups in most of the neuropsychological instruments used, with marked impairment mainly in intellectual functioning and memory (p<0.001). Discussion: We identified a high prevalence of HAND (40%) in clinically controlled women, with good adherence to treatment and an undetectable viral load, and further studies are needed to identify predictors of risk for cognitive decline in this populatio
IDENTIFICAÇÃO DE FATORES ASSOCIADOS AO DISTÚRBIO NEUROCOGNITIVO ASSOCIADO AO HIV (HAND): UMA ANÁLISE DE DADOS CLÍNICOS, LABORATORIAIS E SOCIODEMOGRÁFICOS
Introdução: O distúrbio neurocognitivo associado ao HIV (HAND) é caracterizado pelo comprometimento progressivo das funções neurológicas, cuja incidência varia entre 15 a 50% das pessoas vivendo com HIV/AIDS (PVHA). Dados clínicos, laboratoriais e fatores sociodemográficos podem corroborar no entendimento da HAND, sendo um passo fundamental para aprimorar o diagnóstico e prognóstico, tratamento e o acompanhamento dos pacientes desta coorte. O objetivo deste estudo é identificar fatores clínicos, laboratoriais e sociodemográficos de PVHA, que possam estar associados a HAND. Metodologia: Foram incluídos 24 participantes provenientes do ambulatório de Imunodeficiências Secundárias (ADEE 3002) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) neste estudo. Os dados demográficos foram coletados no momento da apresentação da pesquisa e assinatura do TCLE e os dados clínicos e laboratoriais de interesse foram coletados através do HCMED. A análise estatística foi feita através do software GraphPad Prism® v.9. Utilizou-se os testes Shapiro-Wilk para analisar a normalidade dos dados, Teste T independente com correção de Welch para a comparação entre os grupos e o teste exato de Fisher para a análise de dados baseados em frequências. Resultados: A análise dos dados sociodemográficos revelou que a média de idade dos participantes foi de 46,8 anos (± 9,8), com uma predominância de 79,2% de mulheres e 20,8% de homens. A escolaridade média foi de 11,1 anos (± 3,7). Em relação aos dados laboratoriais, não foram observadas diferenças estatísticas significativas. No entanto, houve uma tendência de diminuição na contagem de linfócitos T CD4+ no grupo HAND (688, ± 286 cels/mm3) em relação ao grupo normal (1011 ± 474 cels/mm3), assim como no nadir das células T CD4+, no grupo HAND (254 ± 204 cels/mm3) em comparação com o grupo normal (405 ± 290 cels/mm3). Quanto aos demais parâmetros clínicos analisados (tempo de tratamento, regime antirretroviral, e comorbidades) entre as categorias de classificação neurocognitiva, também não foram encontradas diferenças estatísticas. Conclusão: Após análise exploratória das características sociodemográficas e clínicas em PVHA, esses achados sugerem que os fatores clínicos investigados podem não estar diretamente associados ao desenvolvimento da HAND, ou seja, é multifatorial, requer estudos adicionais para uma compreensão mais aprofundada dessa relação e ou um biomarcador