32 research outputs found

    Dilemas interseccionais: : Racismo e Aborto no Brasil

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    Abortion is a reproductive phenomenon common to all women and individuals with a uterus, but diverse social and historical contexts will determine how Black, Indigenous, Latinx, Asian, and other racially oppressed individuals with a uterus will experience this reproductive event. The intersection of gender inequalities and racism and their manifestations will determine how these women experience abortion, whether in the context of unintended pregnancy, the decision to end a pregnancy, relationships with partners and support networks, or access to health care services. Black women face greater solitude when deciding to end a pregnancy and experience the highest maternal mortality rates due to unsafe abortion. Therefore, reproductive justice that recognizes the humanity of women and acknowledges the world's diverse forms of oppression that have defined the reproductive destiny of Black, Latinx, Indigenous, Asian, and Southern Global women is fundamental. All women and individuals with a uterus have the right to make reproductive choices without being condemned to death.  O aborto é um fenômeno reprodutivo comum a todas as mulheres e pessoas com útero, mas os diversos contextos sociais e históricos situarão de como mulheres negras, indígenas, latinas, asiáticas e demais grupos racialmente oprimidos e pessoas com útero vão experimentar este evento reprodutivo. A intersecção das desigualdades de gênero e do racismo e suas manifestações determinará como essas mulheres vivenciam o aborto, seja na gravidez não pretendida, na decisão pela interrupção da gravidez, nas relações com as parcerias e rede de apoio, ou seja, na procura pelo serviço de saúde. As mulheres negras seguem mais solitárias no momento da decisão pela interrupção e são elas também que mais morrem de morte materna em consequência do aborto inseguro. Por isso fundamental a justiça reprodutiva que reconhece as mulheres em suas humanidades, o mundo e suas diversas formas de opressão que tem definido o destino reprodutivo das mulheres negras, latinas, indígenas, asiáticas e do Sul Global. Todas as mulheres e pessoas com útero tem direito de realizar suas escolhas reprodutivas sem serem condenadas a morte

    Educação patrimonial: um olhar sobre as Igrejas de Penedo – AL e a distinção social no Século XVIII

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    The present work had as objective the construction of the didactic script called Small Manual of Heritage Education: a direction for the use of the Penedense heritage, which aims to prepare the teacher for an effective heritage education. For this work, a literature review was used as a methodology, having as main authors Bittencourt, Zarbato, Almir Oliveira, Ernani Méro, Fabiane Alves, Paulo Freire and Hall. The script enables the application of the methodology of heritage education in the teaching of history as a way to develop the epistemological curiosity necessary for the implementation of autonomous knowledge of a critical-libertarian nature, focusing on ethnic-racial issues of the 18th century, passing through Penedo's religious history as a preponderant factor for the racial distinction that occurred in the eighteenth century.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESO presente trabalho teve como objetivo a construção do roteiro didático denominado Pequeno Manual de Educação Patrimonial: um direcionamento para uso do patrimônio penedense, que tem como intuito preparar o professor para uma educação patrimonial eficaz. Para este trabalho utilizou-se como metodologia a revisão de literatura, tendo como principais autores Bittencourt, Zarbato, Almir Oliveira, Ernani Méro, Fabiane Alves, Paulo Freire e Hall. O roteiro viabiliza a aplicação da metodologia da educação patrimonial no ensino de história como maneira de desenvolver a curiosidade epistemológica necessária para implementação do conhecimento autônomo de caráter crítico-libertário, tendo como foco as questões étnicoraciais do século XVIII, perpassando pela história religiosa penedense como fator preponderante para distinção racial ocorrida no dezoito.São Cristóvã

    SILÊNCIOS PLANEJADOS: DIREITOS SEXUAIS PARA A COMUNIDADE LGBTI+ NA AMÉFRICA LADINA

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    O presente artigo analisa a construção das categorias jurídicas, de Sujeitos e de Humanidades na Améfrica Ladina de Lélia González para compreender o projeto de silenciamento e gerenciamento das identidades dentro do nosso regime colonial cis-heteropatriarcal racializado do Direito no Brasil. Através de um arcabouço interdisciplinar, e pelas lentes de Intelectuais Negros Contemporâneos, adota-se a categoria político-cultural de Amefricanidade como um dos marcos teóricos para pensar uma outra noção de direitos humanos em pretuguês. Partindo de uma afroperspectiva, buscamos entender como são construídos os Direitos Sexuais para a comunidade LGBTI+ e a sua positivação.  A percepção do caráter racial, de gênero, sexualidade e classe das categorias jurídicas revelam o projeto político de gerenciamento das identidades por meio do controle dos corpos utilizando leis e normas para criar a realidade a partir de uma escala de humanidade nomeada pelo Estado-nação criado por um modelo de Sujeito que é a norma. Os Silêncios Planejados pelos grupos dominantes, sob a égide do pacto narcísico da branquitude, conferem legitimidade ao Direito; universalização ao discurso dos direitos humanos; a desumanização da comunidade LGBTI+ que segue desprotegida pelo Estado Democrático de Direito. Conclui-se que a produção de políticas públicas para reconhecimento e promoção dos Direitos Sexuais deste grupo não se concretizam devido ao projeto de eliminação das diferenças que se contrapõe à norma de humanidade, embora se faça necessária para acesso a outros direitos fundamentais

    SILÊNCIOS PLANEJADOS: DIREITOS SEXUAIS PARA A COMUNIDADE LGBTI+ NA AMÉFRICA LADINA

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    O presente artigo analisa a construção das categorias jurídicas, de Sujeitos e de Humanidades na Améfrica Ladina de Lélia González para compreender o projeto de silenciamento e gerenciamento das identidades dentro do nosso regime colonial cis-heteropatriarcal racializado do Direito no Brasil. Através de um arcabouço interdisciplinar, e pelas lentes de Intelectuais Negros Contemporâneos, adota-se a categoria político-cultural de Amefricanidade como um dos marcos teóricos para pensar uma outra noção de direitos humanos em pretuguês. Partindo de uma afroperspectiva, buscamos entender como são construídos os Direitos Sexuais para a comunidade LGBTI+ e a sua positivação.  A percepção do caráter racial, de gênero, sexualidade e classe das categorias jurídicas revelam o projeto político de gerenciamento das identidades por meio do controle dos corpos utilizando leis e normas para criar a realidade a partir de uma escala de humanidade nomeada pelo Estado-nação criado por um modelo de Sujeito que é a norma. Os Silêncios Planejados pelos grupos dominantes, sob a égide do pacto narcísico da branquitude, conferem legitimidade ao Direito; universalização ao discurso dos direitos humanos; a desumanização da comunidade LGBTI+ que segue desprotegida pelo Estado Democrático de Direito. Conclui-se que a produção de políticas públicas para reconhecimento e promoção dos Direitos Sexuais deste grupo não se concretizam devido ao projeto de eliminação das diferenças que se contrapõe à norma de humanidade, embora se faça necessária para acesso a outros direitos fundamentais

    Desigualdades raciais em saúde e a pandemia da Covid-19

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    O racismo é um sistema estruturante, gerador de comportamentos, práticas, crenças e preconceitos que fundamentam desigualdades evitáveis e injustas, baseadas na raça ou etnia. Na saúde o racismo pode se manifestar de diversas formas, como o institucional, que frequentemente ocorre de forma implícita. A pandemia do coronavírus tem sido um desafio para países que apresentam profundas desigualdades. No Brasil, em que pese a ausência das informações desagregadas por raça ou etnia ou que quando coletadas apresentam um preenchimento precário, sabe-se que negras e negros irão sofrer mais severamente os impactos da pandemia e seus vários desfechos negativos. No texto recuperamos aspectos históricos e sua relação com as condições de vulnerabilidade da população negra e apresentamos uma agenda de ações específicas para o combate ao racismo e suas devastadoras consequências no contexto da Covid-19

    PATRIMÔNIO HISTÓRICO: PROPOSTA DE TOMBAMENTO EM NÍVEL FEDERAL PARA A CASA DE CÂMARA E CADEIA DE MATA GRANDE-AL

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    Partindo de uma contextualização que compreende a necessidade de manter viva a história de um povo, através de seus monumentos, evidencia-se neste artigo os valores materiais e imateriais de uma edificação. Trata-se do prédio secular da Casa de Câmara e Cadeia do município de Mata Grande em Alagoas, que contribuiu e contribui para a perpetuação da memória e da identidade da sociedade, não só por sua imponência arquitetônica, fachadas com detalhes estilísticos, ornamentos e toda cultura, como também pela significação de sua tipologia, que por muitos anos foi uma das tipologias mais influentes no Brasil. Essa tipologia foi significante nas definições das capitanias brasileiras pois abrigou os principais poderes das vilas – judiciário e legislativo – que, juntamente com a igreja, impunham para a sociedade o poder da coroa portuguesa. Por isso, esse prédio de origem lusitana muito diz sobre uma sociedade colonizada e um país que baseava sua cultura nas tradições europeias. É percebido através dessa pesquisa que, a compreensão da comunidade destaca e se faz necessária para que haja, entre ambos os atores – sociedade e IPHAN/AL – uma comunicação de interesses para que o recurso de proteção não atenda apenas aos anseios estatais

    Healthy lifestyle behaviors and the periodicity of mammography screening in brazilian women

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    INTRODUCTION: Certain behaviors have been associated with health promotion, including mammography screening, in women worldwide. OBJECTIVE: The objective of this study was to determine whether there is an association between the periodicity of mammography screening and healthy lifestyle behaviors in Brazilian women employed at a public university in Bahia, Brazil. METHODS: A total of 635 women of 50–69 years of age at the time of the interview, from the Brazilian Longitudinal Study of Adult Health cohort who were resident in Bahia, participated in the study. Data were collected using a multidimensional questionnaire that included questions on participants’ sociodemographic characteristics and health-related behaviors (smoking, alcohol consumption, leisure-time physical activity and diet) and another questionnaire that dealt with risk factors and breast cancer screening. Measures of association were calculated using simple and multivariate logistic regression. RESULTS: The practice of physical activity, not smoking, moderate alcohol consumption and a healthy diet were the health behaviors most adopted by the women who had last had a mammogram ⩽2 years previously (which is in line with the interval recommended by the Brazilian Ministry of Health). A statistically significant association was found between a lapse of ⩾3 years since last undergoing mammography screening and excessive alcohol consumption, while a borderline association was found between the same screening interval and leisure-time physical inactivity. CONCLUSION: There was an association between lifestyle risk behaviors and a longer time interval between mammography screenings. The present results contribute to the debate on the use of mammography, lifestyle behaviors and health promotion among women

    INFECÇÃO PELO ZIKA VÍRUS E SEU NEXO CAUSAL COM CASOS DE MICROCEFALIA NO BRASIL: UMA REVISÃO DA LITERATURA

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    No Brasil, a entre de 2010 e 2014, a cada ano, cerca de 200 casos de microcefalia foram notificados. Entretanto, no final de 2015, houve um aumento expressivo nos estados do Nordeste. A partir de então verificou-se a presença do genoma do vírus Zika em amostras do líquido amniótico de duas gestantes, confirmados com microcefalia através de exames de ultrassonografia. O objetivo deste trabalho foi, a partir da patogênese, inferir quais os mecanismos de virulência do vírus implicados no desenvolvimento de microcefalia. Como resultados foram encontradas várias hipóteses descritas acerca dos mecanismos de penetração no Sistema Nervoso Central. Os principais mecanismos patogênicos encontrados foram: transposição da barreira hematoencefálica; macrófagos atuando como reservatórios virais e; entrada do vírus por transporte axonal anterógrado. Conclui-se, então, que até o momento existe apenas evidência ecológica da associação entre esses dois eventos, embora não possa ser excluída associação causal entre o ZIKV e a microcefalia. Assim, são necessários outros estudos para uma melhor caracterização dessa associação e também um melhor entendimento sobre o provável papel de outras infecções pré-natais e fatores de risco.Palavras-chave: Infecções por Arbovírus. Microcefalia. Epidemias

    Perinatal health outcomes of international migrant women in Brazil: A nationwide data linkage study of the CIDACS birth cohort (2011–2018)

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    Background: We investigated perinatal outcomes among live births from international migrant and local-born mothers in a cohort of low-income individuals in Brazil.// Methods: We linked nationwide birth registries to mortality records and socioeconomic data from the CIDACS Birth Cohort and studied singleton live births of women aged 10–49 years from 1st January 2011 to 31st December 2018. We used logistic regressions to investigate differences in antenatal care, adverse pregnancy outcomes, and neonatal (i.e., ≤28 days) mortality among international migrants compared to non-migrants in Brazil; and explored the interaction between migration, race/ethnicity and living in international border municipalities.// Results: We studied 10,279,011 live births, of which 9469 (0.1 %) were born to international migrants. Migrant women were more likely than their Brazilian-born counterparts to have a previous foetal loss (ORadj: 1.16, 1.11–1.22), a delayed start of antenatal care (i.e., beyond 1st trimester) (1.22, 95%CI:1.16–1.28), a newborn who is large for gestational age (1.29, 1.22–1.36), or a newborn with congenital anomalies (1.37, 1.14–1.65). Conversely, migrant women were less likely to deliver prematurely (0.89, 0.82–0.95) or have a low birth weight infant (0.74, 0.68–0.81). There were no differences in neonatal mortality rates between migrants and non-migrants. Our analyses also showed that, when disparities in perinatal outcomes were present, disparities were mostly concentrated among indigenous mothers in international borders and among live births of Black mothers in non-borders.// Conclusion: Although live births of international migrants generally have lower rates of adverse birth outcomes, our results suggest that indigenous and Black migrant mothers may face disproportionate barriers to accessing antenatal care
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