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    O EFEITO DA FRAGMENTAÇÃO FLORESTAL NA COMPOSIÇÃO E RIQUEZA DE ÁRVORES NA REGIÃO DA RESERVA MORRO GRANDE (PLANALTO DE IBIÚNA, SP)

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    Diversas modificações estruturais e funcionais têm sido indicadas como decorrência do processo de fragmentação das comunidades vegetais. Para avaliar alguns desses efeitos, foram comparadas a composição e a riqueza arbórea em diferentes áreas em duas paisagens do Planalto de Ibiúna (Cotia e Ibiúna, SP). As duas paisagens localizam-se sob condições abióticas similares, mas uma é predominantemente florestal (Reserva Morro Grande - 9.400 ha, onde foram estudadas 6 áreas) e outra agrícola (onde foram estudados 21 fragmentos com ampla gama de tamanhos – 0,9 a 275 ha). Utilizou-se o método de quadrantes para indivíduos com Diâmetro à Altura do Peito ≥ 5 cm, sendo que o esforço amostral incluiu 2.400 indivíduos na Reserva e 5.000 indivíduos na paisagem fragmentada. Foram amostradas 362 espécies, pertencentes a 171 gêneros e 71 famílias, sendo as mais ricas Myrtaceae, Lauraceae, Fabaceae, Rubiaceae e Euphorbiaceae. Considerando-se o conjunto dos fragmentos foram observadas diferenças na composição de espécies e menor riqueza. Nos fragmentos ocorreram mais indivíduos e espécies anemocóricas e barocóricas e pioneiras e secundárias iniciais. Inversamente, ocorreram mais indivíduos e espécies secundárias tardias e umbrófilas e zoocóricas na Reserva Morro Grande, destacando a importância desta área para a manutenção da biodiversidade regional. Apesar desses claros efeitos da fragmentação, algumas espécies ameaçadas de extinção, pouco conhecidas ou mesmo inéditas para São Paulo, foram amostradas exclusivamente nos fragmentos florestais, evidenciando a necessidade de incluir estes fragmentos remanescentes, da região sul do Planalto Paulistano, em mecanismos de preservação e promover a restauração florestal, para garantir a manutenção da biodiversidade regional
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