4 research outputs found
Percepção formal e composição
Resumo: Este é um memorial de composição de oito peças, compostas a partir de premissas das ciências cognitivas sobre formas e sobre memória. Parte-se de uma discussão sobre a tendência estruturalista de alguns movimentos de vanguarda do século passado (tomando o serialismo integral como exemplo), em que se procura observar o divórcio entre lógica estrutural e sensÃvel. Propôs- se que tal ruptura possa ser superada concebendo a música como som que se enforma, transparecendo na escuta as regras que delimitam seu ‘jogo’. Apresenta-se, por fim, o relato da aplicação crÃtica deste conhecimento no processo de composição das peças
Utilização dos conceitos de integração e segregação de fluxos da teoria de Análise de Cena Auditiva como ferramentas auxiliares no processo composicional
O presente trabalho versa sobre a utilização de conceitos da Teoria de Análise de Cena Auditiva no processo de criação da obra Quando as pedras tocam o espelho d’água de autoria de E. Frigatti. Nesta tarefa foram utilizadas concepções centrais sobre a organização e percepção de fluxos sonoros (sound streams), propostos pelo pesquisador de psicologia auditiva Albert Bregman, para a criação de uma polifonia de sonoridades: uma polifonia de fluxos sonoros. Descreve-se como dois dos princÃpios de segregação e integração sequencial de fluxos demonstrados por Bregman se tornaram ferramentas conceituais importantes neste processo composicional, conduzindo à camuflagem de um tema principal na peça – tomado emprestado do folclore musical brasileiro – e a sua posterior revelação progressiva. Apresentamos a seguir os resultados do experimento criativo, reflexões e apontamentos para futuras obras
Percepção formal e composição
Resumo: Este é um memorial de composição de oito peças, compostas a partir de premissas das ciências cognitivas sobre formas e sobre memória. Parte-se de uma discussão sobre a tendência estruturalista de alguns movimentos de vanguarda do século passado (tomando o serialismo integral como exemplo), em que se procura observar o divórcio entre lógica estrutural e sensÃvel. Propôs- se que tal ruptura possa ser superada concebendo a música como som que se enforma, transparecendo na escuta as regras que delimitam seu ‘jogo’. Apresenta-se, por fim, o relato da aplicação crÃtica deste conhecimento no processo de composição das peças
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Este trabalho pesquisou a polifonia e o contraponto na música do século XX. Partindo de textos e relatos de compositores sobre a polifonia e o contraponto, investiguei o novo uso de procedimentos contrapontÃsticos, assim como o surgimento de novas práticas polifônicas, observando concepções das ciências cognitivas (formuladas por Bregman e Tenney) para amparar a discussão das práticas polifônicas que emergiram a partir do paradigma da sonoridade. Dessa forma, foram analisados os trabalhos de Schoenberg, Webern, Boulez, Stockhausen, Xenakis, Ligeti, Penderecki, Carter, Berio, Lutoslawski, Nono, Reich, Adams, Pärt, Sciarrino e Crumb. Constatei diferentes usos do contraponto que foram posteriormente aplicadas em novas composições de minha autoria, das quais quatro são discutidas no presente trabalho.In this work I investigated polyphony and counterpoint in music of the 20th century. Basing the research on the composers\' texts and reports on polyphony and counterpoint, I investigated the new use of counterpoint procedures, as well as the emergence of new polyphonic practices. I was observing ideas of cognitive scientists (Bregman and Tenney) to support the discussion about polyphonic practices that emerged from the sound paradigm. Thus, the works of Schoenberg, Webern, Boulez, Stockhausen, Xenakis, Ligeti, Penderecki, Catter, Berio, Lutoslawski, Nono, Reich, Adams, Pärt, Sciarrino and Crumb were analyzed. I\'ve found diverse uses of the practice of counterpoint that then I applied in my new compositions, four of which are discussed in this work