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Internação por diabetes mellitus no Brasil entre 2016 e 2020 / Hospitalization for diabetes mellitus in Brazil between 2016 and 2020
Introdução: O diabetes mellitus (DM), inserido no grupo das Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT), configura-se hoje como uma epidemia mundial, representando grande desafio para os sistemas de saúde de todo o mundo. Caracteriza-se por ser uma síndrome que abrange um grupo heterogêneo de distúrbios metabólicos, cuja característica central é a hiperglicemia, resultante da deficiência total ou parcial da produção de insulina ou de defeitos na ação do próprio hormônio, ou ainda de ambos. Objetivo: Analisar os dados oficiais disponíveis acerca das internações hospitalares no Sistema Único de Saúde (SUS) decorrentes do DM no Brasil, entre 2016 a 2020. Metodologia: Trata-se de um estudo ecológico, de natureza retrospectiva, descritivo, com abordagem quantitativa. Foram analisados dados secundários referentes as hospitalizações, obtidos no Sistema de Informações Hospitalares – SIH (SIH/SUS), referente ao DM (diagnóstico principal CID-10 E10), disponíveis no Departamento de Informática do SUS (DATASUS). Os dados foram analisados no programa Microsoft Office Excel 2007 para elaboração de tabelas, contendo o valor absoluto e percentual. Resultados: No período de 2016 a 2020, os dados das internações por DM no Brasil, foram distribuídos por regiões: Norte (12.312), Nordeste (38.887), Sul (17.949), Sudeste (46.633) e Centro-oeste (8.679), portadores de DM não Especificado (categoria CID-10 E10.9. Observou-se redução nas internações no primeiro semestre de 2020. Dentre as 2.327 hospitalizações registradas em 2020 por DM, na Paraíba, aconteceram no hospital de referência 191 internações neste período. Conclusão: Os resultados reforçam tendências identificadas em outros estudos e em outros países, que destacam predominância de diabéticos nas hospitalizações, como destaque na redução das internações de pacientes com doenças crônica durante o início da pandemia por covid-19. Reforçando a necessidade de difusão e consolidação de estratégias preventivas, articuladas intersetorialmente, para prover cobertura mais adequada da população, amenizar as hospitalizações e, sobretudo, reduzir o impacto psicossocial e econômico causado pelo DM.