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Organização da agenda de atendimentos dos profissionais de saúde da Unidade Básica de Saúde de Campinas do Sul – RS
A Unidade de Saúde da Família de Campinas do Sul, Rio Grande do Sul, encontra-se anexa ao Hospital Municipal da Cidade, e desde sua construção, é culturalmente vista como parte do Hospital. Consequentemente, a população ainda possui uma visão hospitalocêntrica da saúde, procurando atendimento médico somente por livre demanda. Objetivando solucionar os problemas de acessibilidade ao sistema de saúde e ofertar acompanhamento e cuidado continuados aos pacientes, é de suma importância a criação de uma agenda para os atendimentos na unidade, reservando espaço para portadores de comorbidades crônicas, para livre demanda e casos agudos, para prevenção primária e secundária de afecções, além de visitas domiciliares, reuniões com a equipe e grupos de apoio. Após apresentar o projeto para a equipe, faz-se necessário um diagnóstico situacional da saúde populacional para posterior organização da agenda. Com horários de atendimento pré-definidos, o acesso dos usuários ao sistema será facilitado, diminuindo tempo de espera por consultas médicas além de estreitar a relação médio paciente e gerar melhoria nos níveis de saúde populacionais. Além da construção de uma agenda para organização dos atendimentos, a construção do presente trabalho envolveu a criação de um portfólio constituído por atividades ligadas a atenção à saúde da família, como visitas domiciliares, estudo de casos clínicos e promoção de saúde com prevenção de doenças
Linfoma ocular de células B da zona marginal: relato de caso e revisão da literatura
RESUMO Paciente feminina, 70 anos, apresentou-se com queixas de prurido ocular à esquerda, lacrimejamento e hiperemia há 2 meses. Ao exame físico, apenas hiperemia conjuntival discreta. Foi solicitada biópsia, que sugeriu a hipótese de pseudolinfoma pela insuficiência de critérios classificatórios. Após um ano a paciente retornou com os mesmos sintomas e proptose ocular à esquerda, associado a proliferação de aspecto linfático em conjuntiva bulbar, com presença de vasos sanguíneos, ocupando toda região superior e maior parte da medial, se estendendo até o limbo, sem oclusão do eixo visual e mobilidade ocular extrínseca preservada. Nova biópsia e imuno-histoquímica, foram compatíveis com linfoma de células B da zona marginal. Foram realizadas tomografias computadorizadas (TC) de crânio, pescoço e órbitas, revelando aumento do volume do músculo reto superior esquerdo, com intensa impregnação pelo contraste, acometendo ventre e tendão, com borramento de gordura adjacente. Foram programados 6 ciclos de quimioterapia com ciclofosfamida, doxorrubicina, vincristina e prednisona, CHOP, a cada 21 dias. Houve melhora dos sintomas oculares após o primeiro ciclo. Após o quarto, nova TC de órbitas evidenciou regressão do espessamento do músculo reto superior esquerdo, ainda melhor na TC realizada após o sexto ciclo. Os linfomas MALT são responsáveis por 5-17% de todos os casos de LNH, respondem por mais de 90% dos linfomas que acometem os anexos oculares, mas podem se originar em diversos tecidos. Devido a raridade da doença, carecem estudos prospectivos randomizados que definam um consenso terapêutico. A literatura sugere que o tratamento deve ser individualizado