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Productive restructuring and the reallocation of work and employment: a survey of the “new” forms of social inequality
O propósito do presente artigo consiste
em questionar a inevitabilidade dos processos de
segmentação e precarização das relações de trabalho
e emprego, responsáveis pela inscrição de
“novas” formas de desigualdade social que alicerçam
o actual modelo de desenvolvimento das economias
e sociedades. Visa-se criticar os limites da
lógica econômica e financeira, de contornos globais,
que configuram um “novo espírito do capitalismo”,
ou seja, uma espécie de divinização da
ordem natural das coisas. Impõe-se fazer, por isso,
um périplo analítico pelas transformações em curso
no mercado de trabalho, acompanhado pela vigilância
epistemológica que permita enquadrar e
relativizar as (di)visões neoliberais e teses tecnodeterministas
dominantes. A perspectivação de cenários
sobre o futuro do trabalho encerrará este
périplo, permitindo-nos alertar para os condicionalismos
histórico-temporais, para a urgência de
se desocultar o que de ideológico e político existe
nas actuais lógicas de racionalização e para os
processos de ressimbolização do trabalho e emprego
enquanto “experiência social central” na
contemporaneidade.The scope of this paper is to question
the inevitability of the processes of segmentation
and increased precariousness of the relations
of labor and employment, which are responsible
for the introduction of “new” forms of
social inequality that underpin the current model
of development of economies and societies. It
seeks to criticize the limits of global financial and
economic logic, which constitute a “new spirit of
capitalism,” namely a kind of reverence for the
natural order of things. It is therefore necessary
to conduct an analytical survey of the ongoing
changes in the labor market, accompanied by epistemological
vigilance which makes it possible to
see neoliberal (di)visions and dominant technodeterministic
theses in context. The enunciation
of scenarios on the future of work will conclude
this survey and will make it possible to draw attention
to both the historical and temporal constraints
and to the urgent need to unveil what is
ideological and political in the prevailing logic of
rationalization and processes to reinstate work
and employment as a “central social experience”
in contemporary times